Questõesde UECE sobre Português

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Foram encontradas 397 questões
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UECE 2014 - Português - Formas nominais do verbo (particípio, gerúndio, infinitivo), Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Atente ao que se diz sobre o enunciado que vai da linha 33 à linha 35.

I. O vocábulo “mordido”, no texto, é particípio do verbo morder e entra na composição da voz passiva.
II. Na voz ativa, teríamos a seguinte estrutura: (...) as vaias precisavam morder o escrete.
III. Se o cronista optasse pelo uso da voz ativa, mantendo a primeira oração no início, o sentido do enunciado continuaria o mesmo.

Está correto o que se diz apenas em


A
II e III.
B
I e II.
C
III.
D
I.
bfc2769d-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o trecho seguinte: “Há um tipo de vaia que explode como uma força da natureza. Sim. Uma vaia que venta, chove, troveja e relampeja” (linhas 14-16), é INCORRETO afirmar que


A
o excerto se inicia com uma metáfora, a que se seguem quatro metonímias em uma gradação ascendente.
B
a série de verbos “venta, chove, troveja, relampeja” forma uma gradação.
C
é hiperbólico e, por isso, retrata o estado emocional do enunciador quando trata de futebol.
D
o isolamento do advérbio “sim”, quebrando o encadeamento sintático, funciona como um índice da ansiedade do enunciador.
bfc52027-b8
UECE 2014 - Português - Ortografia, Grafia e Emprego de Iniciais Maiúsculas

O cronista faz alusão a Otelo, personagem da tragédia shakespeariana intitulada “Otelo, o Mouro de Veneza”. Otelo, o protagonista, apaixona-se por uma jovem de família nobre, Desdêmona, com quem se casa. Insuflado por Iago, acaba matando a amada por ciúme. Nas linhas 32 e 45, o cronista escreve Otelo, com a inicial maiúscula. Na linha 47, põe o vocábulo no plural e o grafa com inicial minúscula. Atente para o que se diz sobre o uso das iniciais maiúsculas e minúsculas, nesse caso.

I. A maiúscula se justifica por ser a palavra um substantivo próprio, no caso, um antropônimo, que individualiza um ser humano.
II. A minúscula, por seu lado, justifica-se porque o vocábulo Otelo não mais nomeia um homem em particular, mas um conjunto de sujeitos que representam um tipo, no texto, o ciumento. Migrou, pois, da categoria de substantivo próprio para a de substantivo comum.
III. A grafia otelos é opcional. O cronista poderia ter escrito com maiúscula: somos 90 milhões de Otelos.

Está correto o que se diz em


A
I e III apenas.
B
I, II e III.
C
I e II apenas.
D
II e III apenas.
bfba396a-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Mário Rodrigues Filho (*Recife, 1908 †Rio de Janeiro, 1966), ou apenas Mário Filho, era irmão de Nélson Rodrigues. Tido como o maior jornalista esportivo brasileiro de todos os tempos, inovou a maneira de descrever as partidas e falar dos jogadores. Deu nome ao antigo Estádio Municipal do Maracanã, que oficialmente passou a chamar-se Estádio Jornalista Mário Filho. Segundo o cronista, Mário Filho é que deveria escrever a história do tricampeonato: “Só ele teria a visão homérica do maior feito do futebol brasileiro e mundial” (linhas 2- 4). Com o enunciado entre aspas, o cronista quer dizer que Mário Filho


A
foi um grande leitor de Homero, autor de dois grandes épicos da Grécia clássica.
B
praticava a técnica narrativa de Homero: a ordem direta dos fatos.
C
empregava a linguagem correta e objetiva, própria dos grandes escritores greco-latinos.
D
tinha uma visão grandiosa dos fatos, que expressava em estilo vibrante e arrebatador.
bfb6f283-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A pátria em chuteiras é o título do livro de crônicas de Nélson Rodrigues, sobre futebol, de onde foi retirada a crônica “O escrete do sonho”. O título do livro é também o título de uma das crônicas que compõem a obra. No início da crônica “A pátria em chuteiras”, Nélson Rodrigues faz a seguinte interrogação: “Pergunto: — para nós, o que é o escrete? — Digamos: é a pátria em calções e chuteiras, a dar rútilas botinadas, em todas as direções. O escrete representa os nossos defeitos e as nossas virtudes. Em suma: — o escrete chuta por 100 milhões de brasileiros. E cada gol do escrete é feito por todos nós”.

Assinale a afirmação correta em relação ao título do livro.


A
Há, entre “chuteira” e “pátria”, uma relação de interdependência.
B
Entre “chuteira” e “pátria”, existe uma relação de parecença ou semelhança.
C
Uma relação de contiguidade permitiu o uso de “chuteira” por jogador e de “pátria” (brasileira) por brasileiros.
D
O emprego de camisa por jogador diria mais da relação do brasileiro com o futebol do que o emprego de “chuteira”.
bfbd0b94-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a opção que apresenta uma voz que NÃO é a voz do enunciador.


A
Negro burro, negro analfabeto, negro ordinário!” (linhas 29-30)
B
“Nunca houve, na face da terra, um escrete tão humilhado e tão ofendido.” (linhas 4-5)
C
“como uma força da natureza. Sim. Uma vaia que venta, chove, troveja e relampeja.” (linhas 14-16)
D
“Para assumir a sua verdadeira dimensão, o escrete precisava ser mordido pelas vaias.” (linhas 33-35)
cdeab55a-b8
UECE 2014 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Atente ao que se diz sobre o seguinte enunciado: “No entanto, não se considere um modelo consolidado” (linhas 56-57).


I. Para ser entendido, o enunciador exige a cooperação do leitor, que deverá, por inferência, saber de qual modelo ele fala.

II. Ao enunciado falta uma expressão que desempenhe o papel de sujeito da voz passiva do verbo considerar.

III. Dependendo do contexto, a não explicitação do sujeito do verbo considerar torna o enunciado passível de duas leituras: 1. No entanto, não considere a si mesmo um modelo consolidado. 2. No entanto, não seja considerado (o modelo da Internet) como um modelo consolidado.


Está correto o que se diz em

Luís Nassif. Coluna Econômica.07/09/2013. 

A
I, II e III.
B
II e III apenas.
C
I e II apenas.
D
I e III apenas.
cde70817-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Um dos enunciados dispostos a seguir é redundante. O articulista usa excesso de palavra, insistindo em uma ideia. Reconheça e assinale esse enunciado.

Luís Nassif. Coluna Econômica.07/09/2013. 

A
“No entanto, não se considere um modelo consolidado.” (linhas 56-57)
B
“Repetiu-se o mesmo processo do telefone.” (linha 113)
C
“Foi assim com o início da telefonia.” (linha 63)
D
“Nasceram centenas de outras companhias por todo o país.” (linhas 70-71)
cddb8501-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A argumentação do texto nos leva a entender que

Luís Nassif. Coluna Econômica.07/09/2013. 

A
o modelo libertário da Internet vai ser preservado para o bem da democracia.
B
nada garante que aconteça com a Internet o que aconteceu com o telefone e o rádio.
C
a liberdade da Internet, como aconteceu com a da telefonia e a do rádio, não está assegurada.
D
o desejo de que a Internet continue como um território livre é unanimidade.
cddee40e-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Os parágrafos do texto têm um alto grau de coesão. Assinale a afirmação FALSA em relação ao mecanismo coesivo.

Luís Nassif. Coluna Econômica.07/09/2013. 

A
Entre os parágrafos 1 e 2, a coesão é feita só com a progressão das ideias do parágrafo 1, sem nenhum elo linguístico.
B
Entre os parágrafos 2 e 3, a coesão é feita pela conjunção adversativa “no entanto” (que opõe o que vai ser dito no parágrafo 3 ao que foi dito nos parágrafos 1 e 2) e pela retomada do que foi dito nos parágrafos 1 e 2, que o articulista resumiu em “um modelo consolidado”.
C
Entre os parágrafos 3 e 4, a coesão é feita pelo advérbio “assim” que aponta retroativamente para o que foi dito entre as linhas 44 e 62.
D
Entre os parágrafos 10 e 11, faz-se a coesão por meio da expressão "o mesmo processo de concentração” e liga-se não só ao parágrafo imediatamente anterior (parágrafo 10), mas a tudo que foi dito antes, entre as linhas 56 e 101.
cde2dc02-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Considere os dois enunciados do último parágrafo e atente ao que se diz sobre eles.


I. O pronome “esse”, pelos ensinamentos da gramática normativa, aponta para o que vem antes dele (enquanto o “este” aponta para o que vem depois). No primeiro enunciado do último parágrafo – “Esse é o desafio atual da internet”, no entanto, o que deveria ter sido dito antes não foi explicitado linguisticamente.

II. Por inferência o leitor fica sabendo qual é o desafio da Internet: conservar-se como um território livre e neutro.

III. “em breve o grande sonho libertário da Internet terá o mesmo destino do telefone e do rádio.” Esse destino consiste em ser a Internet dominada por cartéis (acordos comerciais entre empresas com a finalidade de determinar os preços e limitar a concorrência) e, portanto, passar a ser um espaço privilegiado de liberdade.


Está correto o que se diz apenas em 

Luís Nassif. Coluna Econômica.07/09/2013. 

A
I e III.
B
III.
C
II e III.
D
I e II.
cdd1aebc-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe a ocorrência, no texto, de marcadores temporais: “Até que” (linha 10), “Até que” (linha 37) e “um dia (uma folha me bateu nos cílios)” (linha 42). Geralmente esses marcadores, chamados de adjuntos adverbiais, aparecem com mais de um valor semântico. Atente para o que é dito sobre esses marcadores.


I. O da linha 10 tem valor semântico de tempo e de consequência.

II. O da linha 37 é puramente temporal.

III. O da linha 42 acrescenta o valor semântico de tempo ao de condição.


É correto o que se diz em 


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
I e II apenas.
B
I, II e III.
C
I e III apenas.
D
II e III apenas.
cdcd7bc2-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

O dicionário Houaiss Eletrônico apresenta várias acepções para o vocábulo “coincidência”. Assinale a acepção na qual repousa o sentido em que o termo em questão foi usado no texto.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
Igualdade, identidade de duas ou mais coisas.
B
Realização simultânea de dois ou mais acontecimentos; simultaneidade.
C
Ocorrência de eventos que, por acaso, se dão ao mesmo tempo e que parecem ter alguma conexão entre si.
D
Concorrência de coisas para um mesmo fim.
cdd6734d-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Os dois últimos parágrafos do texto constituem uma sequência


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
argumentativa, que dá um toque de intelectualidade ao texto.
B
descritiva, que confere a tonalidade de leveza exigida pelo gênero crônica.
C
narrativa, que empresta ao texto o cunho do cotidiano, imprescindível para a crônica.
D
injuntiva (exprime uma ordem), que torna a crônica mais ágil, porque põe as personagens em interação.
cdc9d966-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O personagem do texto percorre etapas para chegar, ao final, a um estado de epifania ou iluminação. Identifique esse percurso na ordem em que ele acontece.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
esperança; revolta; ceticismo (irônico); aceitação; certeza (do não merecimento de milagres); iluminação.
B
revolta; certeza (do não merecimento de milagres); aceitação; ceticismo (raivoso); iluminação.
C
conformação; revolta; ceticismo (raivoso); certeza (do não merecimento de milagres); iluminação.
D
revolta; esperança; certeza (do não merecimento de milagres); ceticismo (raivoso); aceitação; iluminação.
cdc6dd94-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Pronomes possessivos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

“Isso me acontece tantas vezes que passei a me considerar modestamente a escolhida das folhas.” (linhas 31-34) Assinale a afirmação INCORRETA em relação aos elementos do enunciado transcrito.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
O pronome “isso” tem duas funções neste trecho: 1. apontar para trás situando no espaço físico do texto o que foi dito; 2. resumir em si mesmo o que foi dito antes.
B
Substituindo-se as partículas “me” por expressões substantivas, têm-se as seguintes estruturas: 1. Isso acontece a minhas primas, tantas vezes [...]; 2. Considerei meu pai o herói do momento.
C
As duas partículas “me”, que se relacionam com os verbos acontecer (me acontece) e considerar (me considerar) têm, respectivamente, o valor de complemento verbal direto e complemento verbal indireto.
D
Pode-se dizer que há, entre as duas orações desse enunciado, uma relação entre causa e efeito. Mudando-se o foco, o enunciado pode ser assim reescrito: Porque isso me acontece tantas (muitas) vezes, passei a me considerar modestamente a escolhida das folhas.
cdbf2401-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Geralmente, em um texto, detectam-se outras vozes além da voz do enunciador, contradizendo-o ou concordando com ele. Às vezes, essas vozes vêm marcadas por um verbo discendi e por sinais gráficos, tais como dois pontos, aspas, travessão, etc. Isso acontece, principalmente, na narrativa dita tradicional. Outras vezes, essas vozes aparecem muito sutilmente e exigem maior atenção do leitor. Pondere sobre o seguinte excerto: “Pois já cheguei a ouvir conversas assim, sobre milagres: Avisoume que, ao ser dita determinada palavra, um objeto de estimação se quebraria.” (linhas 4-8). Nesse trecho da crônica, ouve-se mais de uma voz camuflada pela voz do enunciador. Reconheça a única voz que NÃO se manifesta no trecho destacado.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
A primeira voz é a do enunciador da crônica que relata o que lhe foi dito por alguém.
B
Para fazer o relato do que lhe foi dito ele se vale do discurso indireto.
C
A segunda voz é a de alguém que fala sobre milagre ao enunciador da crônica.
D
Ouve-se a voz de quem, como terceira voz, deu à segunda voz informações sobre milagre.
cdacfb33-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nos estudos sobre a obra de Clarice Lispector, fala-se da epifania (ou revelação) que se dá com a personagem. Em determinado momento do texto, a personagem passa a entender algo que, para ela, estava escondido ou obscuro.

Assinale a opção cujo trecho transcrito indica esse momento na crônica. 


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
“Até que fui obrigada a chegar à conclusão de que sou daqueles que rolam pedras durante séculos...” (linhas 10-12)
B
“Vivo de coincidências, vivo de linhas que incidem uma na outra e se cruzam...” (linhas 19-21)
C
“Até que um dia, abrindo a bolsa, encontro entre os objetos a folha seca, engelhada, morta. Jogo-a fora: não me interessa fetiche morto como lembrança.” (linhas 37-40)
D
“Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza.” (linhas 42- 43)
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UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto, Morfologia

O primeiro enunciado do texto “Não, nunca me acontecem milagres” (linha 1) tem algumas peculiaridades. Assinale a alternativa correta em relação a esse enunciado.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
O emprego do advérbio “não” no início do enunciado é textualmente irrelevante. Ele poderia ocupar qualquer lugar no enunciado sem que houvesse alteração em nenhum nível do texto.
B
Há nele uma dupla negativa, muito característica da língua popular, mas só na modalidade escrita.
C
Reescrito, o enunciado poderia ficar assim: Não me acontecem milagres nunca. Dessa maneira, efetua-se a separação dos dois elementos negativos. Essa nova estrutura prejudica a compreensão das ideias do texto.
D
Na reescritura — Não, milagres nunca me acontecem —, o sujeito do enunciado ocupa a posição canônica, isto é, a mais usada. Essa mudança altera a expressividade e a impressividade da frase.
cdb1e92a-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É correto dizer que o enunciado das linhas 8- 9, “Meus objetos se quebram banalmente e pelas mãos das empregadas”,


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
tem sutis conotações irônicas.
B
é puramente informativo.
C
exige um conhecimento especializado do leitor.
D
traz uma informação indispensável para a atribuição de um sentido ao texto.