Questõesde UECE 2014 sobre Português

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Foram encontradas 67 questões
cdd1aebc-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe a ocorrência, no texto, de marcadores temporais: “Até que” (linha 10), “Até que” (linha 37) e “um dia (uma folha me bateu nos cílios)” (linha 42). Geralmente esses marcadores, chamados de adjuntos adverbiais, aparecem com mais de um valor semântico. Atente para o que é dito sobre esses marcadores.


I. O da linha 10 tem valor semântico de tempo e de consequência.

II. O da linha 37 é puramente temporal.

III. O da linha 42 acrescenta o valor semântico de tempo ao de condição.


É correto o que se diz em 


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
I e II apenas.
B
I, II e III.
C
I e III apenas.
D
II e III apenas.
cdcd7bc2-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

O dicionário Houaiss Eletrônico apresenta várias acepções para o vocábulo “coincidência”. Assinale a acepção na qual repousa o sentido em que o termo em questão foi usado no texto.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
Igualdade, identidade de duas ou mais coisas.
B
Realização simultânea de dois ou mais acontecimentos; simultaneidade.
C
Ocorrência de eventos que, por acaso, se dão ao mesmo tempo e que parecem ter alguma conexão entre si.
D
Concorrência de coisas para um mesmo fim.
cdc9d966-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O personagem do texto percorre etapas para chegar, ao final, a um estado de epifania ou iluminação. Identifique esse percurso na ordem em que ele acontece.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
esperança; revolta; ceticismo (irônico); aceitação; certeza (do não merecimento de milagres); iluminação.
B
revolta; certeza (do não merecimento de milagres); aceitação; ceticismo (raivoso); iluminação.
C
conformação; revolta; ceticismo (raivoso); certeza (do não merecimento de milagres); iluminação.
D
revolta; esperança; certeza (do não merecimento de milagres); ceticismo (raivoso); aceitação; iluminação.
cdc6dd94-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Pronomes possessivos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

“Isso me acontece tantas vezes que passei a me considerar modestamente a escolhida das folhas.” (linhas 31-34) Assinale a afirmação INCORRETA em relação aos elementos do enunciado transcrito.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
O pronome “isso” tem duas funções neste trecho: 1. apontar para trás situando no espaço físico do texto o que foi dito; 2. resumir em si mesmo o que foi dito antes.
B
Substituindo-se as partículas “me” por expressões substantivas, têm-se as seguintes estruturas: 1. Isso acontece a minhas primas, tantas vezes [...]; 2. Considerei meu pai o herói do momento.
C
As duas partículas “me”, que se relacionam com os verbos acontecer (me acontece) e considerar (me considerar) têm, respectivamente, o valor de complemento verbal direto e complemento verbal indireto.
D
Pode-se dizer que há, entre as duas orações desse enunciado, uma relação entre causa e efeito. Mudando-se o foco, o enunciado pode ser assim reescrito: Porque isso me acontece tantas (muitas) vezes, passei a me considerar modestamente a escolhida das folhas.
cdbf2401-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Geralmente, em um texto, detectam-se outras vozes além da voz do enunciador, contradizendo-o ou concordando com ele. Às vezes, essas vozes vêm marcadas por um verbo discendi e por sinais gráficos, tais como dois pontos, aspas, travessão, etc. Isso acontece, principalmente, na narrativa dita tradicional. Outras vezes, essas vozes aparecem muito sutilmente e exigem maior atenção do leitor. Pondere sobre o seguinte excerto: “Pois já cheguei a ouvir conversas assim, sobre milagres: Avisoume que, ao ser dita determinada palavra, um objeto de estimação se quebraria.” (linhas 4-8). Nesse trecho da crônica, ouve-se mais de uma voz camuflada pela voz do enunciador. Reconheça a única voz que NÃO se manifesta no trecho destacado.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
A primeira voz é a do enunciador da crônica que relata o que lhe foi dito por alguém.
B
Para fazer o relato do que lhe foi dito ele se vale do discurso indireto.
C
A segunda voz é a de alguém que fala sobre milagre ao enunciador da crônica.
D
Ouve-se a voz de quem, como terceira voz, deu à segunda voz informações sobre milagre.
cda94c94-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto, Morfologia

O primeiro enunciado do texto “Não, nunca me acontecem milagres” (linha 1) tem algumas peculiaridades. Assinale a alternativa correta em relação a esse enunciado.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
O emprego do advérbio “não” no início do enunciado é textualmente irrelevante. Ele poderia ocupar qualquer lugar no enunciado sem que houvesse alteração em nenhum nível do texto.
B
Há nele uma dupla negativa, muito característica da língua popular, mas só na modalidade escrita.
C
Reescrito, o enunciado poderia ficar assim: Não me acontecem milagres nunca. Dessa maneira, efetua-se a separação dos dois elementos negativos. Essa nova estrutura prejudica a compreensão das ideias do texto.
D
Na reescritura — Não, milagres nunca me acontecem —, o sujeito do enunciado ocupa a posição canônica, isto é, a mais usada. Essa mudança altera a expressividade e a impressividade da frase.
cdacfb33-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nos estudos sobre a obra de Clarice Lispector, fala-se da epifania (ou revelação) que se dá com a personagem. Em determinado momento do texto, a personagem passa a entender algo que, para ela, estava escondido ou obscuro.

Assinale a opção cujo trecho transcrito indica esse momento na crônica. 


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
“Até que fui obrigada a chegar à conclusão de que sou daqueles que rolam pedras durante séculos...” (linhas 10-12)
B
“Vivo de coincidências, vivo de linhas que incidem uma na outra e se cruzam...” (linhas 19-21)
C
“Até que um dia, abrindo a bolsa, encontro entre os objetos a folha seca, engelhada, morta. Jogo-a fora: não me interessa fetiche morto como lembrança.” (linhas 37-40)
D
“Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza.” (linhas 42- 43)
cdb1e92a-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É correto dizer que o enunciado das linhas 8- 9, “Meus objetos se quebram banalmente e pelas mãos das empregadas”,


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
tem sutis conotações irônicas.
B
é puramente informativo.
C
exige um conhecimento especializado do leitor.
D
traz uma informação indispensável para a atribuição de um sentido ao texto.
cdb69134-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

O pronome “isso” (linha 2) constitui uma anáfora. Sobre ele é correto afirmar que

I. além de anafórico, o “isso” aponta para a posição que o substantivo milagre ocupa no plano do texto, posição de anterioridade.

II. retoma a expressão “ouço falar” (ouvir falar de milagres) e aponta para a anterioridade dessa expressão no texto.

III. tem conotações afetivas.

Estão corretas as complementações contidas em


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
I, II e III.
B
I e III somente.
C
II e III somente.
D
I e II somente.
cdba8610-b8
UECE 2014 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Acerca do “pois” da linha 4, deve-se dizer que


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
semanticamente ele introduz uma noção de exclusão.
B
não tem valor semântico nem função sintática mas reforça a coesão textual.
C
estabelece um elo com o enunciado anterior e tem o valor semântico de conclusão.
D
ressalta o valor de um elemento do enunciado para o entendimento das informações que estão no nível dos elementos linguísticos do texto.
cd9c35e7-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto estrutura-se em pares opositivos. Marque com S a(s) oposição(ões) que se encontra(m) no texto e, com N, a(s) que não se encontra(m).

( ) milagres X esperança
( ) esperança X revolta
( ) milagre X coincidências
( ) folha X diamante
( ) (d)aqueles que rolam pedras durante séculos X (d)aqueles para os quais os seixos já vêm prontos, polidos e brancos

Está certa, de cima para baixo, a seguinte sequência:


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
S, N, N, S, S.
B
N, S, S, N, S.
C
N, S, N, S, N.
D
S, S, S, N, N.
cda58cb4-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto diz que


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
o fenômeno do milagre é privativo das pessoas que abraçam abertamente uma religião.
B
é importante ver as pequenas coisas do cotidiano como milagres, ou manifestações de Deus.
C
saber-se indignas de milagres deixa todas as pessoa confusas e revoltadas contra Deus.
D
nem todo mundo é digno de receber um milagre da divindade.
cda1be2f-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Atente ao que se diz sobre o texto.

I. Pode-se dividir o texto em duas partes: a primeira, da linha 1 à linha 25; a segunda, da linha 26 à linha 44. Essa delimitação, no nível do texto, corresponde a uma divisão no nível das ideias.

II. O conectivo “mas” (linha 26) pressupõe um embate entre duas vozes: uma que afirma algo, e outra que se opõe a esse algo ou o restringe. Na crônica de Lispector, essas vozes derivam de personagens diferentes.

III. O conectivo “mas” (linha 26) evidencia a oposição básica do texto, que nomeamos aqui de milagre 1 e milagre 2.

Está correto o que se diz apenas em


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
I.
B
II e III.
C
I e III.
D
I e II.
e2244f1f-b8
UECE 2014 - Português - Substantivos, Morfologia

Observe o que é dito sobre o uso do vocábulo “penas” no último verso do poema (linha 104).

I. É um substantivo concreto que indica a penugem dos pássaros.

II. É um substantivo abstrato, que se refere aos sofrimentos humanos, mas também à compaixão e à piedade.

III. É ambíguo: o poeta joga com as duas acepções apresentadas.

É correto o que se afirma em

Jorge de Lima (*1893, em União-AL †1953, no Rio de Janeiro), poeta, mas também médico e pintor, compôs seus primeiros poemas sob a égide passadista. Em 1925, no entanto, adere ao Modernismo, publicando um folheto intitulado O mundo do menino impossível, onde reúne alguns de seus poemas livres. O ano de 1928 foi o de Essa negra Fulô, talvez sua obra mais lida. O ano de 1935 é marcado por sua conversão ao Catolicismo. Passa, a partir de então, a construir uma obra marcada por uma temática cristã de sentido bíblico e apocalíptico. Em 1952, lança Invenção de Orfeu, um longo poema hermético dividido em 10 partes ou cantos, como Os Lusíadas, de Camões, por meio do qual o poeta, segundo suas palavras, queria modernizar a epopeia clássica. São ainda palavras de Jorge de Lima: “A ideia central desse poema [Invenção de Orfeu] é a epopeia do poeta olhado como herói diante das vicissitudes do mundo através do tempo e do espaço. O que atravessa o poema de ponta a ponta é o drama da Queda. Sem a Queda não haveria história, não haveria Epopeia. O poeta é o seu herói”. O texto 3 que vem a seguir foi extraído desse grande poema intitulado Invenção de Orfeu.

(Observação: Orfeu, personagem da mitologia grega, é considerado o músico por excelência, o músico e o poeta. Tocava lira e cítara, da qual teria sido o inventor.)


(LIMA, Jorge de. In: Invenção de Orfeu. Rio de
Janeiro: Edições de Ouro, 1967. p. 57-58.)
A
I, II e III.
B
I e II apenas.
C
II e III apenas.
D
I e III apenas.
e22136ea-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a opção que traz um comentário INCORRETO sobre o texto 3.

Jorge de Lima (*1893, em União-AL †1953, no Rio de Janeiro), poeta, mas também médico e pintor, compôs seus primeiros poemas sob a égide passadista. Em 1925, no entanto, adere ao Modernismo, publicando um folheto intitulado O mundo do menino impossível, onde reúne alguns de seus poemas livres. O ano de 1928 foi o de Essa negra Fulô, talvez sua obra mais lida. O ano de 1935 é marcado por sua conversão ao Catolicismo. Passa, a partir de então, a construir uma obra marcada por uma temática cristã de sentido bíblico e apocalíptico. Em 1952, lança Invenção de Orfeu, um longo poema hermético dividido em 10 partes ou cantos, como Os Lusíadas, de Camões, por meio do qual o poeta, segundo suas palavras, queria modernizar a epopeia clássica. São ainda palavras de Jorge de Lima: “A ideia central desse poema [Invenção de Orfeu] é a epopeia do poeta olhado como herói diante das vicissitudes do mundo através do tempo e do espaço. O que atravessa o poema de ponta a ponta é o drama da Queda. Sem a Queda não haveria história, não haveria Epopeia. O poeta é o seu herói”. O texto 3 que vem a seguir foi extraído desse grande poema intitulado Invenção de Orfeu.

(Observação: Orfeu, personagem da mitologia grega, é considerado o músico por excelência, o músico e o poeta. Tocava lira e cítara, da qual teria sido o inventor.)


(LIMA, Jorge de. In: Invenção de Orfeu. Rio de
Janeiro: Edições de Ouro, 1967. p. 57-58.)
A
Nos dois primeiros versos, o vocábulo “chuva” se opõe ao vocábulo “estios”. Os dois são metafóricos: o primeiro significa tempos difíceis, e o segundo, tempos amenos.
B
Os pássaros que aparecem a partir do oitavo verso (linha 98) devem ser entendidos como animais terrenos que indicam a materialidade da vida.
C
Os vocábulos “serões” e “enganos” no terceiro verso (linha 93) apontam para a velhice, quando os sonhos permanecem, mesmo sem a expectativa de realização.
D
O poema constitui uma alegoria do desejo humano de libertar-se das contingências terrenas e atingir o plano da divindade.
e21b64ea-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nas duas primeiras estrofes, o eu poético

Jorge de Lima (*1893, em União-AL †1953, no Rio de Janeiro), poeta, mas também médico e pintor, compôs seus primeiros poemas sob a égide passadista. Em 1925, no entanto, adere ao Modernismo, publicando um folheto intitulado O mundo do menino impossível, onde reúne alguns de seus poemas livres. O ano de 1928 foi o de Essa negra Fulô, talvez sua obra mais lida. O ano de 1935 é marcado por sua conversão ao Catolicismo. Passa, a partir de então, a construir uma obra marcada por uma temática cristã de sentido bíblico e apocalíptico. Em 1952, lança Invenção de Orfeu, um longo poema hermético dividido em 10 partes ou cantos, como Os Lusíadas, de Camões, por meio do qual o poeta, segundo suas palavras, queria modernizar a epopeia clássica. São ainda palavras de Jorge de Lima: “A ideia central desse poema [Invenção de Orfeu] é a epopeia do poeta olhado como herói diante das vicissitudes do mundo através do tempo e do espaço. O que atravessa o poema de ponta a ponta é o drama da Queda. Sem a Queda não haveria história, não haveria Epopeia. O poeta é o seu herói”. O texto 3 que vem a seguir foi extraído desse grande poema intitulado Invenção de Orfeu.

(Observação: Orfeu, personagem da mitologia grega, é considerado o músico por excelência, o músico e o poeta. Tocava lira e cítara, da qual teria sido o inventor.)


(LIMA, Jorge de. In: Invenção de Orfeu. Rio de
Janeiro: Edições de Ouro, 1967. p. 57-58.)
A
ensina como vencer os problemas.
B
faz a apologia da coragem diante dos obstáculos.
C
exorta a que se valorize o pouco que se tem.
D
aconselha que se seja indiferente ao sofrimento.
e21860db-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Compare os dois poemas e atente ao que se diz.

I. O poema de Jorge de Lima é direcionado para o plano do espírito, enquanto o de Guilherme de Almeida é direcionado para o plano dos sentimentos.

II. O poema de Jorge de Lima tem uma dicção universal, enquanto o de Guilherme de Almeida desenvolve-se em uma linha particular, intimista.

III. O poema de Jorge de Lima traz uma mensagem de aceitação e fé; o de Guilherme de Almeida, uma mensagem de ceticismo e desânimo.

Está correto o que se diz em

Jorge de Lima (*1893, em União-AL †1953, no Rio de Janeiro), poeta, mas também médico e pintor, compôs seus primeiros poemas sob a égide passadista. Em 1925, no entanto, adere ao Modernismo, publicando um folheto intitulado O mundo do menino impossível, onde reúne alguns de seus poemas livres. O ano de 1928 foi o de Essa negra Fulô, talvez sua obra mais lida. O ano de 1935 é marcado por sua conversão ao Catolicismo. Passa, a partir de então, a construir uma obra marcada por uma temática cristã de sentido bíblico e apocalíptico. Em 1952, lança Invenção de Orfeu, um longo poema hermético dividido em 10 partes ou cantos, como Os Lusíadas, de Camões, por meio do qual o poeta, segundo suas palavras, queria modernizar a epopeia clássica. São ainda palavras de Jorge de Lima: “A ideia central desse poema [Invenção de Orfeu] é a epopeia do poeta olhado como herói diante das vicissitudes do mundo através do tempo e do espaço. O que atravessa o poema de ponta a ponta é o drama da Queda. Sem a Queda não haveria história, não haveria Epopeia. O poeta é o seu herói”. O texto 3 que vem a seguir foi extraído desse grande poema intitulado Invenção de Orfeu.

(Observação: Orfeu, personagem da mitologia grega, é considerado o músico por excelência, o músico e o poeta. Tocava lira e cítara, da qual teria sido o inventor.)


(LIMA, Jorge de. In: Invenção de Orfeu. Rio de
Janeiro: Edições de Ouro, 1967. p. 57-58.)
A
I e II apenas.
B
II e III apenas.
C
I e III apenas.
D
I, II e III.
e215b57a-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a opção que traz corretamente a ideia geral do poema, representada em uma oposição básica.

Jorge de Lima (*1893, em União-AL †1953, no Rio de Janeiro), poeta, mas também médico e pintor, compôs seus primeiros poemas sob a égide passadista. Em 1925, no entanto, adere ao Modernismo, publicando um folheto intitulado O mundo do menino impossível, onde reúne alguns de seus poemas livres. O ano de 1928 foi o de Essa negra Fulô, talvez sua obra mais lida. O ano de 1935 é marcado por sua conversão ao Catolicismo. Passa, a partir de então, a construir uma obra marcada por uma temática cristã de sentido bíblico e apocalíptico. Em 1952, lança Invenção de Orfeu, um longo poema hermético dividido em 10 partes ou cantos, como Os Lusíadas, de Camões, por meio do qual o poeta, segundo suas palavras, queria modernizar a epopeia clássica. São ainda palavras de Jorge de Lima: “A ideia central desse poema [Invenção de Orfeu] é a epopeia do poeta olhado como herói diante das vicissitudes do mundo através do tempo e do espaço. O que atravessa o poema de ponta a ponta é o drama da Queda. Sem a Queda não haveria história, não haveria Epopeia. O poeta é o seu herói”. O texto 3 que vem a seguir foi extraído desse grande poema intitulado Invenção de Orfeu.

(Observação: Orfeu, personagem da mitologia grega, é considerado o músico por excelência, o músico e o poeta. Tocava lira e cítara, da qual teria sido o inventor.)


(LIMA, Jorge de. In: Invenção de Orfeu. Rio de
Janeiro: Edições de Ouro, 1967. p. 57-58.)
A
dificuldade vs. aceitação da dificuldade
B
maldade vs. bondade
C
impaciência vs. tranquilidade
D
tristeza da velhice vs. alegria da juventude
e2131a85-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

Os termos que compõem a primeira estrofe do texto 2 (quatro versos que formam um único período) foram deslocados. Assinale a única alteração que muda o sentido original dos versos.


(Guilherme de Almeida. In Acaso.)

A
Quando eu saía a brincar pelas calçadas / Nos meus tempos felizes de menino / A chuva cessava e um vento fino / Franzia a tarde úmida e lavada.
B
Quando, nos meus tempos felizes de menino, / a chuva cessava e um vento fino / Franzia a tarde úmida e lavada / Eu saía a brincar pelas calçadas /.
C
Nos meus tempos felizes de menino / Quando a chuva cessava e um vento fino / Franzia a tarde úmida e lavada / Eu saía a brincar pelas calçadas /.
D
Eu saía a brincar pelas calçadas / Quando a chuva cessava e um vento fino / Franzia a tarde úmida e lavada, / Nos meus tempos felizes de menino.
e21069f0-b8
UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Morfologia - Verbos, Colocação Pronominal, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Atente aos dois versos finais do poema e ao que se diz sobre eles.

I. O verbo ir, no pretérito perfeito (foram), foi usado no interior do verso 13 (linha 89) e no início do verso 14 (linha 90), constituindo uma figura de linguagem que tem função textual: reforçar o sentido do verbo ir, sugerindo que os ideais do eu poético se foram de vez, sem possibilidade de retorno.

II. O verbo ir (foram) vem acompanhado do pronome se, primeiro, em posição proclítica, depois, em posição enclítica. Esse pronome não tem função sintática, mas função textual. O pronome repetido é mais um recurso que reforça o desengano do sujeito lírico.

III. Os dois diminutivos do texto – pequenino e barquinhos – indicam apenas dimensão. De fato, os braços de uma criança são realmente pequenos.

Está correto o que se diz somente em


(Guilherme de Almeida. In Acaso.)

A
I e III.
B
II.
C
I e II.
D
II e III.