Questõesde ENEM sobre Tipologia Textual

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61a0d015-7a
ENEM 2021 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A resenha é, normalmente, um texto de base argumentativa. Na resenha do filme Son of Saul, o trecho da sequência argumentativa que se constitui como opinião implícita é

Intenso e original, Son of Saul retrata horror do holocausto


        Centenas de filmes sobre o holocausto já foram produzidos em diversos países do mundo, mas nenhum é tão intenso como o húngaro Son of Saul, do estreante em longa-metragens László Nemes, vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes.

      Ao contrário da grande maioria das produções do gênero, que costuma oferecer uma variedade de informações didáticas e não raro cruza diferentes pontos de vista sobre o horror do campo de concentração, o filme acompanha apenas um personagem.

        Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de conduzir as execuções de judeus como ele que, por um dia e meio, luta obsessivamente para que um menino já morto — que pode ou não ser seu filho — tenha um enterro digno e não seja simplesmente incinerado.

      O acompanhamento da jornada desse prisioneiro é no sentido mais literal que o cinema pode proporcionar: a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja com um close em primeiro plano ou em sua visão subjetiva. O que se passa ao seu redor é secundário, muitas vezes desfocado.

       Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que possa conduzir o enterro da  criança, e por isso pouco se envolve nos planos de fuga que os companheiros tramam e, quando o faz, geralmente atrapalha. “Você abandonou os vivos para cuidar de um morto”, acusa um deles.

    Ver toda essa via crucis é por vezes duro e exige certa entrega do espectador, mas certamente é daquelas experiências cinematográficas que permanecem na cabeça por muito tempo.

        O longa já está sendo apontado como o grande favorito ao Oscar de filme estrangeiro. Se levar a estatueta, certamente não faltará quem diga que a Academia tem uma preferência por quem aborda a 2ª Guerra. Por mais que exista uma dose de verdade na afirmação, premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes.


Carta Capital, n. 873, 22 out. 2015.
A
“[…] do estreante em longa-metragens László Nemes, vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes”. 
B
“Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de conduzir as execuções de judeus […]”.
C
“[…] a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja com um close […]”.
D
“Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que possa conduzir o enterro da criança […]”.
E
“[…] premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes”.
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ENEM 2021 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A resenha é, normalmente, um texto de base argumentativa. Na resenha do filme Son of Saul, o trecho da sequência argumentativa que se constitui como opinião implícita é

Intenso e original, Son of Saul retrata horror do holocausto

    Centenas de filmes sobre o holocausto já foram produzidos em diversos países do mundo, mas nenhum é tão intenso como o húngaro Son of Saul, do estreante em longa-metragens László Nemes, vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes.
    Ao contrário da grande maioria das produções do gênero, que costuma oferecer uma variedade de informações didáticas e não raro cruza diferentes pontos de vista sobre o horror do campo de concentração, o filme acompanha apenas um personagem.
    Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de conduzir as execuções de judeus como ele que, por um dia e meio, luta obsessivamente para que um menino já morto — que pode ou não ser seu filho — tenha um enterro digno e não seja simplesmente incinerado.
    O acompanhamento da jornada desse prisioneiro é no sentido mais literal que o cinema pode proporcionar: a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja com um close em primeiro plano ou em sua visão subjetiva. O que se passa ao seu redor é secundário, muitas vezes desfocado.
    Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que possa conduzir o enterro da criança, e por isso pouco se envolve nos planos de fuga que os companheiros tramam e, quando o faz, geralmente atrapalha. “Você abandonou os vivos para cuidar de um morto”, acusa um deles.
    Ver toda essa via crucis é por vezes duro e exige certa entrega do espectador, mas certamente é daquelas experiências cinematográficas que permanecem na cabeça por muito tempo.
    O longa já está sendo apontado como o grande favorito ao Oscar de filme estrangeiro. Se levar a estatueta, certamente não faltará quem diga que a Academia tem uma preferência por quem aborda a 2ª Guerra. Por mais que exista uma dose de verdade na afirmação, premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes.

Carta Capital, n. 873, 22 out. 2015. 
A
“[…] do estreante em longa-metragens László Nemes, vencedor do Grande Prêmio do Júri no último Festival de Cannes”.
B
“Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de conduzir as execuções de judeus […]”.
C
“[…] a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por sobre seus ombros, seja com um close […]”.
D
“Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à procura de um rabino que possa conduzir o enterro da criança […]”.
E
“[…] premiar uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul não deixaria de ser um passo à frente dos votantes”.
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ENEM 2020 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Caminhando contra o vento,
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou

O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bombas e Brigitte Bardot
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta noticia
Eu vou

VELOSO, C. Alegria, alegria In Caetano Veloso.
São Paulo. Philips. 1967 (fragmento).

É comum coexistirem sequências tipológicas em um mesmo gênero textual. Nesse fragmento, os tipos textuais que se destacam na organização temática são

A
descritivo e argumentativo, pois o enunciador detalha cada lugar por onde passa, argumentando contra a violência urbana.
B
dissertativo e argumentativo, pois o enunciador apresenta seu ponto de vista sobre as noticias relativas á cidade.
C
expositivo e injuntivo, pois o enunciador fala de seus estados físicos e psicológicos e interage com a mulher amada.
D
narrativo e descritivo, pois o enunciador conta sobre suas andanças pelas ruas da cidade ao mesmo tempo que a descreve.
E
narrativo e injuntivo, pois o enunciador ensina o interlocutor como andar pelas ruas da cidade contando sobre sua própria experiência.
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ENEM 2018 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

Cores do Brasil


Ganhou nova versão, revista e ampliada, o livro lançado em 1988 pelo galerista Jacques Ardies, cuja proposta é ser publicação informativa sobre nomes do “movimento arte naïf do Brasil”, como define o autor. Trata-se de um caminho estético fundamental na arte brasileira, assegura Ardies. O termo em francês foi adotado por designar internacionalmente a produção que no Brasil é chamada de arte popular ou primitivismo, esclarece Ardies. O organizador do livro explica que a obra não tem a pretensão de ser um dicionário. “Falta muita gente. São muitos artistas”, observa. A nova edição veio da vontade de atualizar informações publicadas há 26 anos. Ela incluiu artistas em atividade atualmente e veteranos que ficaram de fora do primeiro livro. A arte naïf no Brasil 2 traz 79 autores de várias regiões do Brasil.

WALTER SEBASTIÃO. Estado de Minas, 17 jan. 2015 (adaptado).


O fragmento do texto jornalístico aborda o lançamento de um livro sobre arte naïf no Brasil. Na organização desse trecho predomina o uso da sequência

A
injuntiva, sugerida pelo destaque dado à fala do organizador do livro.
B
argumentativa, caracterizada pelo uso de adjetivos sobre o livro.
C
narrativa, construída pelo uso de discurso direto e indireto.
D
descritiva, formada com base em dados editoriais da obra.
E
expositiva, composta por informações sobre a arte naïf.
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ENEM 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Fraudador é preso por emitir atestados com erro de português

Mais um erro de português leva um criminoso às mãos da polícia. Desde 2003, M.O.P., de 37 anos, administrava a empresa MM, que falsificava boletins de ocorrência, carteiras profissionais e atestados de óbito, tudo para anular multas de trânsito. Amparado pela documentação fajuta de M.O.P., um motorista poderia alegar às Juntas Administrativas de Recursos de Infrações que ultrapassou o limite de velocidade para levar uma parente que passou mal e morreu a caminho do hospital.

O esquema funcionou até setembro, quando M.O.P. foi indiciado. Atropelara a gramática. Havia emitido, por exemplo, um atestado de abril do ano passado em que estava escrito aneurisma “celebral” (com l no lugar de r) e “insulficiência” múltipla de órgãos (com um I desnecessário em “insuficiência” — além do fato de a expressão médica adequada ser “falência múltipla de órgãos”).

M.O.P. foi indiciado pela 2a Delegacia de Divisão de Crimes de Trânsito. Na casa do acusado, em São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, a polícia encontrou um computador com modelos de documentos.

Língua Portuguesa, n. 12, set. 2006 (adaptado)

O texto apresentado trata da prisão de um fraudador que emitia documentos com erros de escrita. Tendo em vista o assunto, a organização, bem como os recursos linguísticos, depreende-se que esse texto é um(a)

A
conto, porque discute problemas existenciais e sociais de um fraudador.
B
notícia, porque relata fatos que resultaram no indiciamento de um fraudador.
C
crônica, porque narra o imprevisto que levou a polícia a prender um fraudador.
D
editorial, porque opina sobre aspectos linguísticos dos documentos redigidos por um fraudador.
E
piada, porque narra o fato engraçado de um fraudador descoberto pela polícia por causa de erros de grafia.
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ENEM 2014 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

ROSA, J . G. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

No romance Grande sertão: veredas, o protagonista Riobaldo narra sua trajetória de jagunço. A leitura do trecho permite identificar que o desabafo de Riobaldo se aproxima de um(a)

A
diário, por trazer lembranças pessoais.
B
fábula, por apresentar uma lição de moral.
C
notícia, por informar sobre um acontecimento.
D
aforismo, por expor uma máxima em poucas palavras.
E
crônica, por tratar de fatos do cotidiano.
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ENEM 2013 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso sociai da tecnologia para fins de interação e de informação. Tal posicionamento é expresso, de forma argumentativa, por meio de uma atitude

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CURY, C. Disponível em: http:tftirasnacionais.btogspot.com
Acesso em; 13 nov. 2011.
A
crítica, expressa pelas ironias.
B
resignada, expressa pelas enumerações.
C
indignada, expressa peios discursos diretos.
D
agressiva, expressa pela contra-argumentação.
E
alienada, expressa pela negação da realidade.
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ENEM 2013 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual

A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada com a obra A hora da estrela, de 1977, ano da morte da escritora. Nesse fragmento, nota-se essa peculiaridade porque o narrador

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécuia e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.
       [...]
       Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré- pré-bistória já havia os monstros apocalípticos? Se esta pistória não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos — sou eu que escrevo o que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi pafávra mais doida, inventada peias nordestinas que andam por aí aos montes.
       Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual — há dois anos e meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não inicio pelo fim que justificaria o começo — como a morte parece dizer sobre a vida — porque preciso registrar os fatos antecedentes.

USPECTOR. C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (fragmento).

A
observa os acontecimentos que narra sob uma ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às personagens.
B
relata a história sem ter tido a preocupação de investigar os motivos que levaram aos eventos que a compõem.
C
revela-se um sujeito que reflete sobre questões existenciais e sobre a construção do discurso.
D
admite a dificuldade de escrever uma história em razão da complexidade para escolher as palavras exatas.
E
propõe-se a discutir questões de natureza filosófica e metafísica, incomuns na narrativa de ficção.