Questõesde UNB sobre Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado

Nos seis versos iniciais do poema, a impessoalidade poética é reforçada pelo emprego de orações sem sujeito ou com sujeito indeterminado. Tal impessoalidade contrasta com a aproximação entre narrador e personagem, marcada, textualmente, pelo emprego do pronome “Meu” no verso “Meu leiteiro tão sutil” (v.20).

Na estrutura “do qual lhe dão imagem fiel” (L.11), a expressão “imagem fiel”, em termos semânticos, é a informação nova do período, tendo em vista que os elementos “do qual”, “lhe” e “dão” retomam, respectivamente, referência em constituintes sintáticos anteriores, a saber: “aspecto próprio e praticamente inalterado” (L.10-11); “o senhor” (L.10); e “todos” (L.9), sujeito da oração.

No trecho “pendurou-se-me uma ideia no trapézio que eu tinha no cérebro” (L.2), a combinação dos pronomes “se” e “me” exemplifica a variante padrão da língua portuguesa à época do texto. No que se refere ao português contemporâneo, uma estrutura equivalente que manteria a ênfase no sujeito da oração e a correção gramatical seria a seguinte: uma ideia pendurou-se no trapézio que eu tinha em meu cérebro.

No segundo período do texto, as estruturas oracionais com as formas infinitivas “estimular”, (L.6) “aumentar” (L.6) e “compensar” (L.7) estão associadas à possibilidade de não se realizar foneticamente o sujeito das respectivas orações, o que assegura, portanto, interpretação ligada à referência indeterminada do sujeito das orações que têm como núcleo do predicado essas formas verbais.

Na oração concessiva “sem que um só seja uma função” (L.13), há elipse do núcleo nominal do sujeito da oração.

Com relação a aspectos gramaticais do texto acima, assinale a opção correta.

A oração “criar amor às casas alheias” (L.5-6) exerce função de sujeito da oração que a antecede, o que implica dizer que “sestro antigo da Sandice” (L.5) é predicativo desse sujeito.