Questõesde UECE sobre Sintaxe

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Foram encontradas 76 questões
3db84873-b8
UECE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Entre as linhas 11 e 14, lê-se “Já quando fazem o obséquio de me liberar o espaço, de tempos em tempos entro para olhar as estantes onde há de tudo um pouco”. Atente ao que se diz sobre a expressão “Já quando”.

I. Essa expressão dá, à oração que inicia, o valor semântico de tempo.

II. “Já” acrescenta à oração um caráter de comparação, cujo elemento comparado vem implícito no texto: (Os desocupados enchem o recinto de tal maneira que me impedem de aproximar-me das estantes). “ Já quando fazem o obséquio de me liberar o espaço, de tempos em tempos entro para olhar as estantes onde há de tudo um pouco”. Comparam-se duas situações: o que acontece quando os desocupados não dão espaço para o enunciador passar, e o que acontece quando lhe dão esse espaço. Quando não dão, ele não se aproxima das estantes; quando dão, ele entra “para olhar as estantes”.
III. Omitindo-se o “Já”, a oração nada perderia: nem no plano semântico nem no plano estilístico-expressivo.

Está correto o que se diz em

Texto 
A garagem de casa 
(Chico Buarque. O irmão alemão. 1 ed. São Paulo. Companhia das letras. 2014. p. 60-61. Texto adaptado com o acréscimo do título.)

A obra O irmão alemão, último livro de Chico Buarque de Holanda, tem como móvel da narrativa a existência de um desconhecido irmão alemão, fruto de uma aventura amorosa que o pai dele, Sérgio Buarque de Holanda, tivera com uma alemã, lá pelo final da década de 30 do século passado. Exatamente quando Hitler ascende ao poder na Alemanha. Esse fato é real: o jornalista, historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, na época, solteiro, deixou esse filho na Alemanha. Na família, no entanto, não se falava no assunto. Chico teve, por acaso, conhecimento dessa aventura do pai em uma reunião na casa de Manuel Bandeira, por comentário feito pelo próprio Bandeira.
Foi em torno da pretensa busca desse pretenso irmão que Chico Buarque desenvolveu sua narrativa ficcional, o seu romance.
Sobre a obra, diz Fernando de Barros e Silva: “o que o leitor tem em mãos [...] não é um relato histórico. Realidade e ficção estão aqui entranhadas numa narrativa que embaralha sem cessar memória biográfica e ficção”. 
A
I e III apenas.
B
I e II apenas.
C
I, II e III.
D
II e III apenas.
3db5514a-b8
UECE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Pontuação, Redação - Reescritura de texto, Uso da Vírgula

“Esses desocupados matam o tempo jogando porrinha, ou lendo os jornais velhos que mamãe amontoa num canto, sentados nos degraus do escadote com que ela alcança as prateleiras altas.” (linhas 7-11) Escreva V quando o que se disser do excerto for verdadeiro, e F quando for falso.

( ) Quando se lê o enunciado transcrito, não fica bem clara a relação sintática da oração “sentados nos degraus do escadote...” com os outros termos do enunciado: se ela se liga a “esses desocupados”, ou a “os jornais velhos que mamãe amontoa num canto”. A esse tipo de relação, que confunde o leitor, chama-se ambiguidade semântica.
( ) A vírgula usada depois do substantivo “canto” não diminui a confusão que ocorre no trecho.
( ) Somente o conhecimento dos traços semânticos (ou de significação) dos substantivos “desocupados” e “jornais” pode esclarecer o verdadeiro sentido do enunciado.
( ) Poder-se-ia reestruturar o enunciado de modo a eliminar esse problema: Sentados nos degraus do escadote com que mamãe alcança as prateleiras altas, esses desocupados matam o tempo jogando porrinha, ou lendo os jornais velhos que ela amontoa num canto.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

Texto 
A garagem de casa 
(Chico Buarque. O irmão alemão. 1 ed. São Paulo. Companhia das letras. 2014. p. 60-61. Texto adaptado com o acréscimo do título.)

A obra O irmão alemão, último livro de Chico Buarque de Holanda, tem como móvel da narrativa a existência de um desconhecido irmão alemão, fruto de uma aventura amorosa que o pai dele, Sérgio Buarque de Holanda, tivera com uma alemã, lá pelo final da década de 30 do século passado. Exatamente quando Hitler ascende ao poder na Alemanha. Esse fato é real: o jornalista, historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, na época, solteiro, deixou esse filho na Alemanha. Na família, no entanto, não se falava no assunto. Chico teve, por acaso, conhecimento dessa aventura do pai em uma reunião na casa de Manuel Bandeira, por comentário feito pelo próprio Bandeira.
Foi em torno da pretensa busca desse pretenso irmão que Chico Buarque desenvolveu sua narrativa ficcional, o seu romance.
Sobre a obra, diz Fernando de Barros e Silva: “o que o leitor tem em mãos [...] não é um relato histórico. Realidade e ficção estão aqui entranhadas numa narrativa que embaralha sem cessar memória biográfica e ficção”. 
A
F, F, V, V.
B
V, V, F, F.
C
F, V, V, F.
D
V, F, F, V.
3d8b6c83-b8
UECE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Mas não são adeptos de literatura os indivíduos que ali se abrigam da chuva ou do sol a pino de verão.” (linhas 4-7) O “mas” que inicia o período introduz uma oposição

Texto 
A garagem de casa 
(Chico Buarque. O irmão alemão. 1 ed. São Paulo. Companhia das letras. 2014. p. 60-61. Texto adaptado com o acréscimo do título.)

A obra O irmão alemão, último livro de Chico Buarque de Holanda, tem como móvel da narrativa a existência de um desconhecido irmão alemão, fruto de uma aventura amorosa que o pai dele, Sérgio Buarque de Holanda, tivera com uma alemã, lá pelo final da década de 30 do século passado. Exatamente quando Hitler ascende ao poder na Alemanha. Esse fato é real: o jornalista, historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Holanda, na época, solteiro, deixou esse filho na Alemanha. Na família, no entanto, não se falava no assunto. Chico teve, por acaso, conhecimento dessa aventura do pai em uma reunião na casa de Manuel Bandeira, por comentário feito pelo próprio Bandeira.
Foi em torno da pretensa busca desse pretenso irmão que Chico Buarque desenvolveu sua narrativa ficcional, o seu romance.
Sobre a obra, diz Fernando de Barros e Silva: “o que o leitor tem em mãos [...] não é um relato histórico. Realidade e ficção estão aqui entranhadas numa narrativa que embaralha sem cessar memória biográfica e ficção”. 
A
à ideia, explicitada na superfície textual, de que o portão da garagem estava enguiçado.
B
à ideia implícita de que os frequentadores de uma biblioteca são adeptos da literatura.
C
à expressão “ladrões de livros” (linha 2).
D
à ideia implícita de que os frequentadores de uma biblioteca não são ladrões de livros.
c78e1dbc-b7
UECE 2010 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Assinale a opção em que está INCORRETO o que se afirma sobre as relações sintáticas entre as expressões destacadas.

Texto
NÃO LIBERTE O MONSTRO QUE EXISTE
EM VOCÊ

A vida em estado natural:"Solitária, pobre,
sórdida, embrutecida e curta" 
(Revista VEJA. Edição 2137. 04/11/2009)  
A
A relação que existe entre Schopenhauer (linha 12) e dizia (linha 13) é a mesma que existe entre a forma verbal Engana-se e a expressão quem pensa que civilidade é uma matéria relacionada a senhores pomposos e mesas cobertas de talheres esquisitos (linhas 1-4).
B
A expressão análises e sugestões (linha 36) está para o termo fazem (linha 36) assim como a expressão os pactos que celebraram (linhas 29-30) está para o termo cumpram (linha 29).
C
A relação que se estabelece entre perfis falsos (linhas 33-34) e façam (linha 33) é a mesma que se estabelece entre leis necessárias (linha 28) e emergem (linha 28).
D
A vinculação entre que civilidade é uma matéria relacionada a senhores pomposos e mesas cobertas de talheres esquisitos (linhas 1-4) e o termo pensa (linha 1) repete-se entre que as pessoas deveriam seguir o comportamento do porco-espinho (linhas 13-15) e o termo dizia (linha 13).
b00352a5-b7
UECE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe

A oração “Exigindo a alfabetização” (linha 7) poderia ser substituída, sem prejuízo da compreensão do texto, por

Texto

CINEMA

Nélson Werneck Sodré. Síntese de História da Cultura Brasileira. Extraído da 15ª edição, de 1988. p. 79-80; 91-92. Texto adaptado.
A
Embora exigisse a alfabetização.
B
Como exigisse a alfabetização.
C
Caso exigisse a alfabetização.
D
Para que exigisse a alfabetização.
b007cc91-b7
UECE 2012 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Entendendo-se concessão como um “fato subordinado e contrário ao da ação principal de uma oração, mas incapaz de impedir que tal ação venha a ocorrer” (Houaiss), assinale a opção que apresenta uma concessão.

Texto

CINEMA

Nélson Werneck Sodré. Síntese de História da Cultura Brasileira. Extraído da 15ª edição, de 1988. p. 79-80; 91-92. Texto adaptado.
A
“ao mesmo passo que constituímos mercado consumidor de proporções crescentes para a produção estrangeira de filmes” (linhas 18- 21)
B
“cultuando feitos norte-americanos” (linha 55)
C
“que chegou ao cúmulo de ganhar foros de naturalidade” (linhas 41-42)
D
“ainda que exercendo enorme influência” (linhas 7-8)
7f699265-b7
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que analisa corretamente o excerto abaixo, na perspectiva sintático-estilística: Policarpo aguarda a luz que caminha na direção de sua casa. Vem vindo. Silenciosa. A outra se perde nos confins do lado de lá. É o prefeito que volta? Não, não é. Os fachos permutaram de trajeto. Não há esporas no foco em retorno. Vem andando. Sem barulho. Aproxima-se. Está pertinho. Passa por ele e deixa uma ventania de jasmim à sua passagem (linhas 115-123).

TEXTO

CIDADE SEM LUZ 

(Olavo Drummond. O vendedor de estrelas. Contos.) 

A
Há uma predominância de períodos compostos por subordinação, que sugerem o equilíbrio mental da personagem Policarpo.
B
Predominam períodos compostos por coordenação, que enfatizam a tranquilidade que envolve Policarpo.
C
Prevalecem períodos curtos, na maioria, simples, que impõem um ritmo ilustrativo do estado de espírito da personagem Policarpo.
D
Sobressaem em quantidade frases nominais, próprias da descrição, que enfatizam a forte impressão deixada por Violeta em Policarpo.
7f5de3f1-b7
UECE 2010 - Português - Análise sintática, Sintaxe

Observe as relações sintáticas entre os termos do seguinte enunciado: Policarpo, o escrivão da Coletoria, maldizia, mais uma vez, o prefeito, que não conseguiu consertar a usina, e o instante em que resolvera morar naquele fim de mundo (linhas 10-14).

Grafe (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma sobre essas relações.

( ) O verbo maldizer, no texto, maldizia, mantém com o substantivo prefeito a mesma relação sintática que mantém com o substantivo instante.
( ) A oração que não conseguiu consertar a usina apresenta um pormenor, uma informação adicional sobre o prefeito, mas exprime também uma relação de causa.
( ) A oração em que resolvera morar naquele fim de mundo delimita ou restringe o substantivo instante.
( ) A expressão referencial (n)aquele fim de mundo retoma o referente de Forquilha, acrescentando um juízo de valor a seu respeito, e determina a situação do falante em relação à coisa mencionada.

A sequência correta é

TEXTO

CIDADE SEM LUZ 

(Olavo Drummond. O vendedor de estrelas. Contos.) 

A
V, V, F, V.
B
V, V, V, V.
C
F, V, V, F.
D
F, F, V, V.
4e24b65d-b6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o emprego do vocábulo ''assim'' nas linhas 19 e 34, considere as seguintes afirmações:

I - Os dois funcionam como elementos de coesão entre parágrafos.

II - O da linha 19 aponta para o que foi dito anteriormente.

III - O da linha 34 tem valor de conclusão.

Está correto o que se afirma


A
apenas em I e II.
B
em I, II e III.
C
apenas em I e III.
D
apenas em II e III.
4e2152ff-b6
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as proposições abaixo sobre o uso do elemento ''pois'' na linha 19.
I - Mesmo sem desempenhar função definida pela gramática, produz efeito de sentido, se considerado no plano textual-discursivo.
II - Tem como uma de suas funções convocar o leitor para seguir o raciocínio que se inicia no primeiro parágrafo e continua no segundo.
III - Introduz no segundo parágrafo uma relação de conclusão para o que foi informado no parágrafo anterior.

Está correto o que se afirma


A
apenas em I e II.
B
apenas em I e III.
C
em I, II e III.
D
apenas em II.
33428ff3-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Indique a opção que expressa a ideia que poderia constituir o sujeito do verbo tratar no enunciado “Trata-se de um mito originário da Grécia que se perpetua no nosso imaginário”. (linhas 120-122)

Texto 2

A completude não existe



(Betty Milan. Veja. 1/04/2010. Edição 2161, ano 43, no 16.)
A
A concepção do ser humano como uma esfera.
B
A ideia de o amor se originar da divisão de uma esfera.
C
A crença na possibilidade da completude.
D
A ilusão de o amor fazer de dois seres um só ser.
334bf84b-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto

Considere o enunciado “Num de seus seminários, Lacan retomou esse mito para ensinar que, na verdade, o amor é „o desejo impossível de ser um quando há dois‟” (linhas 133-136).
Nos itens a seguir, a expressão “na verdade” aparece deslocada em relação ao texto original.

I - Num de seus seminários, Lacan retomou esse mito para ensinar que o amor é, na verdade, “o desejo impossível de ser um quando há dois”.
II - Num de seus seminários, Lacan retomou esse mito para ensinar que o amor, na verdade, é “o desejo impossível de ser um quando há dois”.
III - Num de seus seminários, Lacan, na verdade, retomou esse mito para ensinar que o amor é “o desejo impossível de ser um quando há dois”.

Em qual(is) dos itens o sentido original se mantém?

Texto 2

A completude não existe



(Betty Milan. Veja. 1/04/2010. Edição 2161, ano 43, no 16.)
A
Apenas em I.
B
Apenas em I e III.
C
Apenas em I e II.
D
Apenas em II e III.
3331fa56-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em três ocasiões, a autora emprega a expressão “Até que” (linhas 22, 58 e 68). Marque a opção em que se explica o uso dessa expressão.

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
Nas três ocorrências, indica uma relação temporal, além de marcar a realização de algo que estava demorando muito.
B
Nas três ocorrências, indica um limite temporal para a ação subsequente.
C
Nas duas primeiras ocorrências, indica inclusão; na terceira, a realização de algo que estava demorando muito.
D
Em cada ocorrência indica uma relação diferente: na primeira, uma relação temporal; na segunda, uma relação espacial; na terceira, uma relação de finalidade.
3319065f-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Atente para o que é dito sobre a frase inicial do sexto parágrafo: “Mas não ficou simplesmente nisso” (linha 39).

I - A partícula “mas” tem, no texto, a propriedade de atuar sobre o receptor e tentar levá-lo a aceitar o ponto de vista do locutor.
II - O “mas” sugere que o locutor se antecipa a uma possível conclusão apressada do interlocutor sobre o que vinha sendo informado.
III - O vocábulo “nisso” retoma um elemento único do parágrafo anterior – “dia seguinte” (linha 33).

Está correto o que é dito

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
somente em II.
B
somente em II e III.
C
somente em I e II.
D
somente em III.
3321474f-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Indique a opção que traz um comentário INCORRETO sobre o trecho “E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha.” (linhas 73-75).

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
Os dois períodos indicam, respectivamente, uma certeza e uma probabilidade sobre os sentimentos da mãe.
B
A expressão referencial “essa mulher” tem como antecedente imediato explícito “A senhora” (linha 66).
C
Em “a descoberta horrorizada”, horrorizada relaciona-se sintaticamente com “descoberta”, mas semanticamente com “essa mulher”.
D
O texto se tornaria menos expressivo se a negação viesse em segundo lugar: “E o pior para essa mulher devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha, não era a descoberta do que acontecia”.
331dee00-b5
UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Regência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe o que se diz sobre o seguinte enunciado: “Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o.” (linhas 27-29).

I - Em “comendo-o, dormindo-o”, observam-se duas extensões de sentido e o uso de uma regência não convencional.
II - Em “dormindo-o”, a narradora toma como transitivo direto um verbo intransitivo, forçando o paralelismo sintático com “comendo-o”.
III - O emprego de “comendo-o, dormindo-o” intensifica a relação quase erótica da personagem-narradora com os livros.

Está correto o que se diz

Texto 1
Felicidade clandestina



(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)

A
apenas em I.
B
apenas em I e II.
C
apenas em II e III.
D
em I, II e III.
1a1b5167-af
UECE 2013 - Português - Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas, Sintaxe

Atente às orações adjetivas transcritas a seguir e ao que é dito a respeito delas: 1. “que o tempo consumiu” (linha 65); 2. “que lhe adoçava a fisionomia subalterna” (linha 74); 3. “que no seu caso eram a caneta e a pena” (linhas 81-82).


I. A oração 1 delimita ou restringe o substantivo “casta” (linha 65), isto é, ela diz que, no conjunto das castas, aquela tem um diferencial: é uma casta “que o tempo consumiu”.

II. A oração 2 dá uma informação suplementar para a identificação de “calvície” (linha 73). Embora seja importante do ponto de vista comunicativo, sua supressão não compromete a compreensão da frase.

III. A oração 3 restringe o significado de “peixe” (linha 81). Não pode ser retirada do período para não comprometer seu entendimento.


Está correto o que se diz apenas em

TEXTO II


O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — 2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar. 


Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado. 

A
I e II.
B
I.
C
II e III.
D
III.
19f8cc74-af
UECE 2013 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Uso dos conectivos, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere a seguinte passagem do texto: “em busca de minas de ouro e de prata e de riqueza fácil” (linhas 11-13) e o que se diz dela.


I. O segundo “e” do excerto não tem justificativa gramatical, mas estilística.

II. Enquanto o primeiro “e” coordena a expressão ”de minas de ouro” com a expressão “de (minas) de prata”, o segundo “e” coordena a expressão “de minas de ouro e de (minas) de prata” com a expressão “de riqueza fácil”.

III. As três locuções adjetivas — “de minas de ouro”, “de (minas) de prata” e “de riqueza fácil” — completam o sentido do substantivo “busca”.


Está correto o que se diz apenas em

TEXTO I

O texto I desta prova é um excerto da parte 2, capítulo III, da obra Bandeirantes e pioneiros: paralelo entre duas culturas, de Vianna Moog — gaúcho de São Leopoldo (*1906 — 1988). Nesse capítulo, Moog faz um estudo comparativo entre a colonização dos EUA e a do Brasil, um paralelo entre as fundações da América inglesa e da América portuguesa. 


Vianna Moog. Bandeirantes e pioneiros: Paralelo entre duas culturas. Capítulo III: Conquista e colonização. p. 103-104. Texto adaptado.

A
I e III.
B
II e III.
C
I e II.
D
III.
82d756c9-af
UECE 2013 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Redação - Reescritura de texto

Reflita sobre o excerto transcrito: “A saia de montaria, de bretanha, arfava ao vento, produzindo uma irritação estranha aquele pano branco na alma enlutada da população. Guida olhava a turba com admiração, que ao povo parecia petulância e, por vê-la açoitar o cavalo, diziam que ela acenava com o chicote para ele...” (linhas 87-93).


I. O período transcrito poderia ter a seguinte estrutura: A saia de montaria, de bretanha, arfava ao vento, produzindo aquele pano branco uma irritação estranha na alma enlutada da população.

II. O verbo dizer, no plural, “diziam”, concorda ideologicamente com “povo”, isto é, concorda com a ideia de plural dessa palavra, não com a sua forma.

III. A oração “por vê-la açoitar o cavalo” tem o valor semântico de condição.


Está correto o que se diz somente em

Texto 2


A obra D. Guidinha do Poço conta a história de D. Margarida Reginaldo de Sousa Barros — conhecida como Guida ou Guidinha —, herdeira do Capitão-Mor Reginaldo Venceslau. Depois da morte do pai, ela se casa com o Major Joaquim Damião de Barros, o Major Quim, dezesseis anos mais velho do que ela. Embora tivessem casa na vila, fixaram residência na fazenda Poço da Moita, herdade de Margarida. Depois de alguns anos de casados, Margarida se apaixona por Secundino, jovem praciano, sobrinho do marido. Quando o Major Quim descobre a traição, pede o divórcio, que Guida não aceita. O Major deixa-a na fazenda e vai morar na casa da Vila. A mulher, então, contrata um capanga de nome Naiú para matar o marido. O caboclo faz o serviço, mas, quando é preso, revela que fora D. Margarida a mandante do homicídio.

O capítulo que você lerá é o último da obra, quando se dá a prisão de D. Guidinha do Poço. 


Manuel de Oliveira Paiva. Dona Guidinha do Poço. p. 125-126. Texto adaptado. 

A
I e II.
B
II e III.
C
I e III.
D
II.
82bc044e-af
UECE 2013 - Português - Interpretação de Textos, Artigos, Análise sintática, Preposições, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia

Observe o que se diz sobre o período seguinte: “Na última década do século passado, entre os tipos populares da cidade de Fortaleza, capital do Ceará, minha terra natal, andava uma velha desgrenhada, farrapenta e suja, que a molecada perseguia com chufas, a que ela replicava com os piores doestos deste mundo.” (linhas 1-7).


I. A preposição “entre”, em “entre os tipos populares de Fortaleza”, poderia ser substituída por “em meio a”.

II. Em “capital do Ceará, minha terra natal”, há dois apostos. Podemos entender que os dois explicitam “cidade de Fortaleza”, ou que o segundo explicita “capital do Ceará”. No segundo caso, teremos um aposto dentro de outro aposto.

III. Dentro do contexto, poderíamos substituir o artigo indefinido uma, em “uma velha desgrenhada”, pelo artigo definido a.


Está correto o que se diz em

Texto 1

O texto 1 desta prova é da autoria do intelectual cearense Gustavo Barroso, que nasceu em Fortaleza, no ano de 1888 e morreu no Rio de Janeiro, em 1959. Professor, jornalista, ensaísta, romancista, foi membro da Academia Brasileira de Letras. A obra À margem da história do Ceará, em dois volumes, foi seu último trabalho. É uma reunião de setenta e seis artigos e crônicas que falam exclusivamente sobre a história do Ceará entre 1608 e 1959. O texto transcrito abaixo foi extraído do segundo volume e, como vocês poderão ver, é um artigo sobre a obra do também cearense Manuel de Oliveira Paiva, Dona Guidinha do Poço. Servindo-se de uma pesquisa feita pelo historiador Ismael Pordeus, Gustavo Barroso fala do romance de Oliveira Paiva, mais especificamente, das relações entre essa obra literária e a verdade histórica que ela transfigura. 


Gustavo Barroso. À margem da história do Ceará. v. 2, 3 ed. p. 347-350. Texto adaptado.

A
I e II apenas.
B
I e III apenas.
C
II e III apenas.
D
I, II e II.