Questõesde UFPR sobre Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

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Foram encontradas 11 questões
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UFPR 2019 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Considerando a sentença “Mais vale uma naftalina na mão do que duas rolando”, no segundo quadrinho da tira, assinale a alternativa que traz um provérbio com sentido mais próximo ao sentido do provérbio suposto pela citação.

A tira a seguir, do rato Níquel Náusea, de Fernando Gonsales, é referência para a questão.


A
Quem não tem cão, caça com gato.
B
Quando um não quer, dois não brigam.
C
O seguro morreu de velho.
D
Um dia é da caça, outro é do caçador.
E
As aparências enganam.
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UFPR 2019 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Sintaxe

Com base no texto de Eco, é correto afirmar:

       Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.

[...]

         É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel - sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.



(Umberto Eco - Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)

A
A oração “foi publicado em alguns jornais” (1a linha) trata-se de uma oração sem sujeito.
B
A expressão “lectio magistralis" (2a linha) está destacada em itálico em virtude de seu emprego conotativo.
C
A expressão “no curso de” (2a linha) pode ser substituída pela preposição “durante”, mantendo paralelismo semântico
D
O advérbio “viralmente” (penúltima linha) é uma figura de linguagem empregada para estabelecer um paradoxo.
E
A oração “É falso” (2a linha) deveria apresentar concordância nominal de gênero com o termo antecedente “história dos imbecis”.
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UFPR 2019 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

No trecho “Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito”, as orações, cujos inícios estão sublinhados, correspondem, respectivamente, a:

       Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.

[...]

         É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel - sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.



(Umberto Eco - Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)

A
uma suposição e uma explicação.
B
uma explicação e uma conclusão.
C
uma causa e uma consequência.
D
uma concessão e uma explicação.
E
uma hipótese e uma consequência.
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UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Tomando por base o conto, indique a(s) ocorrência(s) em que a expressão entre parênteses substitui a expressão grifada, sem prejuízo do sentido.


1. ... um homem que reivindica ser um ‘caçador de ratos’ ...(assume)

2. Apesar de obter sucesso ... (lograr êxito)

3. ... o povo da cidade abjurou a promessa feita ... (descumpriu)

4. ... só ficaram opulentos habitantes ... (oprimidos)


Assinale a alternativa correta. 

(BENETT, Gazetadopovo.com.br, acesso em 09/08/2011.)


Para entender a charge de Benett, são necessários alguns conhecimentos extras. O texto abaixo ajuda-nos nessa direção.


      O Flautista de Hamelin é um conto folclórico reescrito pela primeira vez pelos Irmãos Grimm e que narra um desastre incomum acontecido na cidade de Hamelin, na Alemanha, em 26 de junho de 1284.

      Em 1284, a cidade de Hamelin estava sofrendo com uma infestação de ratos. Um dia, chega à cidade um homem que reivindica ser um "caçador de ratos", dizendo ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom pagamento em troca dos ratos – uma moeda pela cabeça de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta e hipnotizou os ratos, afogando-os no rio Weser.

      Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a promessa feita, recusando-se a pagar o "caçador de ratos", afirmando que ele não havia apresentado as cabeças. O homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou novamente sua flauta, atraindo dessa vez as crianças de Hamelin. Cento e trinta meninos e meninas seguiram-no para fora da cidade, onde foram enfeitiçados e trancados em uma caverna. Na cidade, só ficaram opulentos habitantes, repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza. 

      E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure, nunca se encontra nem um rato, nem uma criança.

(http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Flautista_de_Hamelin, acesso em 10/08/2011.)

A
Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
E
Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
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Agora, considere os seguintes períodos:


1. O caçador, depois de visar ao lobo na floresta, parou para revidar ao chamado dos companheiros de caça.

2. Depois de precisar os detalhes do contrato, o vendedor pediu aos interessados que aguardassem, pois teria de atender o chamado do escritório.

3. Para revidar as investidas dos clientes, o gerente adiou o início da liquidação e procedeu a investigação do percentual de aumento de preços praticado pela loja, o que permitiu que os funcionários desfrutassem de algumas horas extras de descanso.

4. Os representantes do povo demoram a atender a demandas dos cidadãos, mas sabem desfrutar as benesses do poder.


Assumindo que as explicações sobre os verbos disponibilizadas acima constituem a única possibilidade de uso segundo a norma culta da língua portuguesa, que períodos estariam adequados a essa norma?

Leia como o dicionário Aurélio explica o significado e o uso dos seguintes verbos.


Atender. V. t. i. 1. Dar, prestar atenção: Não atendeu à observação que lhe fizeram. 2. Tomar em consideração; levar em conta; ter em vista; considerar: Não atende a súplicas. 3. Atentar, observar, notar: Atendia, de longe, aos acontecimentos. T. d. 4. Acolher, receber com atenção ou cortesia: Sempre atende aqueles que o procuram. Dar ou prestar atenção a. Tomar em consideração; considerar: Atende antes de tudo as suas conveniências.

Desfrutar. V. t. d. 1. V. usufruir (2): Agora desfruta benefícios prestados; 2. Deliciar-se com; apreciar: Sádico, desfrutou as cenas brutais do filme. 3. Viver à custa de. 4. Zombar de; troçar, chacotear. T. i. 5. Fruir (3): Desfruta de bom conceito no meio científico.

Precisar. V. t. d. 1. Indicar com exatidão; particularizar, distinguir, especializar: Não sabe precisar a época de sua viagem. 2. Ter precisão ou necessidade de; necessitar: (...) precisa espairecer. 3. Citar ou mencionar especialmente: a testemunha precisou o criminoso. T. i. 4. Ter necessidade; carecer, necessitar: Precisa de dinheiro. Int. 5. Ser pobre, necessitado.Trabalha porque precisa.

Proceder. V. t. i. 1. Ter origem; originar-se, derivar(-se): O amor não procede do hábito. (...) 2. Provir por geração; descender: Segundo o cristianismo, todos os homens são irmãos porque procedem de Adão e Eva. 3. Instaurar processo: O governo procederá contra os agiotas. 4. Levar a efeito; executar, realizar: As juntas apuradoras procederam à contagem dos votos. (...)

Revidar. V. t. d. 1. Responder ou compensar (uma ofensa física ou moral) com outra maior: O rapaz revidou os socos do agressor. 2. Responder, replicar, contestando: O deputado revidou o discurso que o incriminava. T. d. e i. e Int. 3. Vingar uma ofensa com outra maior: Revidou a alusão pérfida com as mais violentas injúrias.

Visar. V. t. d. 1. Dirigir a vista fixamente para; mirar: visar um alvo. 2. Apontar arma de fogo contra: Visou o ladrão, imobilizando-o. 3. Pôr o sinal de visto em: visar um cheque. 4. Ter por fim ou objetivo; ter em vista: Ao escrever esta novela, visava um fim moral. T. i. 4. Ter por fim ou objetivo; ter em vista: Estas medidas visavam ao bem público

A
Somente o período 3.
B
Somente os períodos 2 e 4.
C
Somente os períodos 1 e 3.
D
Somente os períodos 1 e 4.
E
Somente os períodos 2, 3 e 4.
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UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

Que alternativa reescreve a sentença “Encontrar tais monstros era fundamental, com a tradição rezando que sua presença augurava riquezas”, mantendo as principais relações de sentido?

(SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje, julho 2011, p. 83.)  

A
Encontrar os monstros era sinal de mal agouro, ou seja, significava não encontrar riquezas.
B
Era imprescindível encontrar os monstros e, se rezassem em sua presença, poderiam encontrar riquezas.
C
Era importante encontrar os monstros, para os quais tradicionalmente se rezava para atrair riquezas.
D
Era lendário o fato de que monstros rezavam para atrair riquezas e encontrá-los era essencial.
E
Era importante encontrar os monstros que, pela tradição, constituíam indícios de riqueza.
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UFPR 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As expressões ‘cidadãos prestantes’ e ‘instância de intermediação’, no segundo parágrafo, podem ser interpretadas, segundo o contexto de ocorrência, respectivamente, como:

      A crise final da escravidão, no Brasil, deu lugar ao aparecimento de um modelo novo de resistência, a que podemos chamar quilombo abolicionista. No modelo tradicional de resistência à escravidão, o quilombo-rompimento, a tendência dominante era a política do esconderijo e do segredo de guerra. Por isso, esforçavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia, sua organização interna e suas lideranças de todo tipo de inimigo, curioso ou forasteiro, inclusive, depois, os historiadores.

      Já no modelo novo de resistência, o quilombo abolicionista, as lideranças são muito bem conhecidas, cidadãos prestantes, com documentação civil em dia e, principalmente, muito bem articulados politicamente. Não mais os grandes guerreiros do modelo anterior, mas um tipo novo de liderança, uma espécie de instância de intermediação entre a comunidade de fugitivos e a sociedade envolvente. Sabemos hoje que a existência de um quilombo inteiramente isolado foi coisa rara. Mas, no caso dos quilombos abolicionistas, os contatos com a sociedade são tantos e tão essenciais que o quilombo encontra-se já internalizado, parte do jogo político da sociedade mais ampla.

(Quilombo abolicionista – cap. 1; p. 11. SILVA, Eduardo: As Camélias do Leblon e a abolição da escravatura: uma investigação de história cultural. SP: Cia das Letras, 2003.)

A
‘pessoas que têm crenças religiosas’ e ‘foro oficial’.
B
‘indivíduos que prestam serviços’ e ‘lugar de recurso’.
C
‘cidadãos que se distinguem na sociedade’ e ‘nível de mediação’.
D
‘cidadãos que são prestativos’ e ‘intermediários eventuais’.
E
‘pessoas que protestam contra injustiças’ e ‘nível intermediário’.
cf1b1cd7-be
UFPR 2017 - Português - Interpretação de Textos, Intertextualidade, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmativas abaixo acerca dos usos de aspas presentes no texto:


1. Em “Tira a Dilma, Tira o Aécio, Tira o Cunha, Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota o fio dental, morena você é tão sensual”, as aspas cumprem o papel de demarcar citação.

2. Em “jogando a toalha”, as aspas estão demarcando uma expressão idiomática.

3. Em “memecrítica”, as aspas estão demarcando um deslocamento do sentido usual da palavra.

4. Em “berço esplêndido” as aspas demarcam ironia pela via do recurso da intertextualidade.


Assinale a alternativa correta.

Texto A:


                                   A era dos memes na crise política atual


      Seria cômico, se não fosse trágico, o estado de irreverência do brasileiro frente à crise em que o país encontra-se imerso. A nossa capacidade de fazer piada de nós mesmos e da acentuada crise político-econômica atual nos instiga a refletir se estamos “jogando a toalha” ou se este é apenas um “jeitinho brasileiro” de encarar a realidade. A criatividade de produzir piadas, memes e áudios engraçados expõe um certo tipo de estratégia do brasileiro para lidar com situações de conflito: “Tira a Dilma. Tira o Aécio. Tira o Cunha. Tira o Temer. Tira a calça jeans e bota um fio dental, morena você é tão sensual”. Eis uma das milhares de piadas que circulam nas redes sociais e que, de forma irreverente, estimulam o debate. Não há aquele que não se divirta com essa piada ou outra congênere; que não gargalhe diante dos diversos textos engraçados que circulam por meio de postagens ou mensagens de celular, independentemente do grau de escolaridade de quem compartilha. Seja por meio do deboche e do riso, é de “notório saber” que todas as classes estão conscientes da gravidade da situação e que, por conseguinte, concordam que medidas enérgicas precisam ser tomadas. A diferença está na forma ideologicamente defendida para a tomada de medidas.

      A “memecrítica” é uma categoria de crítica social que tem causado desconforto nos políticos e membros dos poderes judiciário e executivo, estimulando, inclusive, tentativas frustradas de mapeamento e controle do uso da internet por parte dos internautas. [...]

      Por outro lado, questionar as contradições presentes apenas por meio da piada, em certo aspecto politizada, não garante mudanças sociais de grande impacto.

      Esses manifestos e/ou críticas de formas isoladas (ou uníssonas) podem, mesmo sem intenção, relegar os cidadãos brasileiros a um estado de inércia, a uma condição de estado permanente de sonolência eterna em “berço esplêndido”. Já os manifestos, protestos e/ou passeatas nas ruas e demais enfrentamentos em espaços de poder instituídos ainda são os mecanismos mais eloquentes e potenciais para contrapor discursos e práticas opressoras que contribuem para o caos social. É preciso o tête-à-tête, o diálogo crítico e reflexivo em casa, na comunidade e demais ambientes socioculturais. Entretanto, um diálogo respeitoso, cordial, que busca a alteridade. Que apresente discordâncias, entretanto respeite a opinião divergente, sem abrir mão da ética e do respeito aos direitos humanos.

 (Luciano Freitas Filho – Carta Capital (adaptado), junho/2017. Disponível em: <http://justificando.cartacapital.com.br/2017/06/07/era-dos-memes-na-crise-politica-atual/>.)

A
Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
E
As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
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UFPR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ser “quase um ponto fora da curva” significa: 

A épica narrativa de nosso caminho até aqui
Quando viajamos para o exterior, muitas vezes passamos pela experiência de aprender mais sobre o nosso país. Ao nos depararmos com uma realidade diferente daquela em que estamos imersos cotidianamente, o estranhamento serve de alerta: deve haver uma razão, um motivo, para que as coisas funcionem em cada lugar de um jeito. Presentes diferentes só podem resultar de passados diferentes. Essa constatação pode ser um poderoso impulso para conhecer melhor a nossa história.
Algo assim vem ocorrendo no campo de estudos sobre o Sistema Solar. O florescimento da busca de planetas extrassolares – aqueles que orbitam em torno de outras estrelas – equivaleu a dar uma espiadinha no país vizinho, para ver como vivem “seus habitantes”. Os resultados são surpreendentes. Em certos sistemas, os planetas estão tão perto de suas estrelas que completam uma órbita em poucos dias. Muitos são gigantes feitos de gás, e alguns chegam a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete vezes o raio de Júpiter, o grandalhão do nosso sistema. Já os nossos planetas rochosos, classe em que se enquadram Terra, Mercúrio, Vênus e Marte, parecem ser mais bem raros do que imaginávamos a princípio.
A constatação de que somos quase um ponto fora da curva (pelo menos no que tange ao nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários) provocou os astrônomos a formular novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua atual configuração. Isso implica responder perguntas tais como quando se formaram os planetas gasosos, por que estão nas órbitas em que estão hoje, de que forma os planetas rochosos surgiram etc.
Nosso artigo de capa traz algumas das respostas que foram formuladas nos últimos 15 a 20 anos. Embora não sejam consensuais, teorias como o Grand Tack, o Grande Ataque e o Modelo de Nice têm desfrutado de grande prestígio na comunidade astronômica e oferecem uma fascinante narrativa da cadeia de eventos que pode ter permitido o surgimento da Terra e, em última instância, da vida por aqui. [...]
(Paulo Nogueira, editorial de Scientific American – Brasil – n o 168, junho 2016.)
A
ser rochoso.
B
ser gasoso.
C
levar poucos dias para completar a órbita.
D
orbitar em torno de uma estrela diferente do Sol.
E
estar em um estágio pouco avançado de conhecimento de sistemas planetários.