Questõessobre Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas
É boa a notícia para os fãs da natação, vôlei de praia, futebol, hipismo, ginástica rítmica e tiro com arco
que buscam ingressos para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Entradas para catorze sessões esportivas dessas
modalidades, que tinham se esgotado na primeira fase de sorteio de ingressos, estão à venda.
<http://tinyurl.com/qapfdjt>Acesso em: 12.09.2015. Adaptado.
A oração subordinada destacada nesse fragmento é
É boa a notícia para os fãs da natação, vôlei de praia, futebol, hipismo, ginástica rítmica e tiro com arco que buscam ingressos para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Entradas para catorze sessões esportivas dessas modalidades, que tinham se esgotado na primeira fase de sorteio de ingressos, estão à venda.
Atente às orações adjetivas transcritas a
seguir e ao que é dito a respeito delas: 1. “que o
tempo consumiu” (linha 65); 2. “que lhe adoçava a
fisionomia subalterna” (linha 74); 3. “que no seu
caso eram a caneta e a pena” (linhas 81-82).
I. A oração 1 delimita ou restringe o substantivo
“casta” (linha 65), isto é, ela diz que, no
conjunto das castas, aquela tem um
diferencial: é uma casta “que o tempo
consumiu”.
II. A oração 2 dá uma informação suplementar
para a identificação de “calvície” (linha 73).
Embora seja importante do ponto de vista
comunicativo, sua supressão não compromete
a compreensão da frase.
III. A oração 3 restringe o significado de “peixe”
(linha 81). Não pode ser retirada do período
para não comprometer seu entendimento.
Está correto o que se diz apenas em
Atente às orações adjetivas transcritas a seguir e ao que é dito a respeito delas: 1. “que o tempo consumiu” (linha 65); 2. “que lhe adoçava a fisionomia subalterna” (linha 74); 3. “que no seu caso eram a caneta e a pena” (linhas 81-82).
I. A oração 1 delimita ou restringe o substantivo “casta” (linha 65), isto é, ela diz que, no conjunto das castas, aquela tem um diferencial: é uma casta “que o tempo consumiu”.
II. A oração 2 dá uma informação suplementar para a identificação de “calvície” (linha 73). Embora seja importante do ponto de vista comunicativo, sua supressão não compromete a compreensão da frase.
III. A oração 3 restringe o significado de “peixe” (linha 81). Não pode ser retirada do período para não comprometer seu entendimento.
Está correto o que se diz apenas em
TEXTO II
O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — †2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar.
Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado.
Observe as passagens do texto:
– papoila ou rosa delicada e fina / te cobre as faces, que
são cor da neve. (Texto 1);
– Ah! não, não fez o céu, gentil pastora, / para a glória de
amor igual tesouro! (Texto 1);
– ... aproximou-se da grande roda que se formara em
torno dos dois mulatos. (Texto 2);
– Aí, de queixo grudado às costas das mãos contra uma
cerca de jardim... (Texto 2).
Na organização textual, as informações em destaque expressam,
correta e respectivamente, sentido de:
Observe as passagens do texto:
– papoila ou rosa delicada e fina / te cobre as faces, que são cor da neve. (Texto 1);
– Ah! não, não fez o céu, gentil pastora, / para a glória de amor igual tesouro! (Texto 1);
– ... aproximou-se da grande roda que se formara em torno dos dois mulatos. (Texto 2);
– Aí, de queixo grudado às costas das mãos contra uma cerca de jardim... (Texto 2).
Na organização textual, as informações em destaque expressam, correta e respectivamente, sentido de:
Texto 1
Os teus olhos espalham luz divina,
a quem a luz do sol em vão se atreve;
papoila ou rosa delicada e fina
te cobre as faces, que são cor da neve.
Os teus cabelos são uns fios d’ouro;
teu lindo corpo bálsamo vapora.
Ah! não, não fez o céu, gentil pastora,
para a glória de amor igual tesouro!
Graças, Marília bela,
graças à minha estrela!
(Tomás Antônio Gonzaga, Obras Completas)
Texto 2
Jerônimo levantou-se, quase que maquinalmente, e, seguido por Piedade, aproximou-se da grande roda que se formara em torno dos dois mulatos. Aí, de queixo grudado às costas das mãos contra uma cerca de jardim, permaneceu, sem tugir nem mugir, entregue de corpo e alma àquela cantiga sedutora e voluptuosa que o enleava e tolhia, como à robusta gameleira brava o cipó flexível, carinhoso e traiçoeiro.
E viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços nus, para dançar. A lua destoldara-se nesse momento, envolvendo-a na sua cama de prata, a cujo refulgir os meneios da mestiça melhor se acentuavam, cheios de uma graça irresistível, simples, primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpente e muito de mulher.
(Aluísio Azevedo, O Cortiço, 1991)
Em “O Universo que saltou dos cálculos de Einstein tinha
três características básicas [...]” (4° parágrafo), a oração destacada
encerra sentido de
Leia o trecho extraído do artigo “Cosmologia, 100”, de Antonio Augusto Passos Videira e Cássio Leite Vieira, para responder à questão.
“Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu mesmo percorri, árdua e sinuosa.” A frase – que tem algo da essência do hoje clássico A estrada não percorrida (1916), do poeta norte-americano Robert Frost (1874-1963) – está em um artigo científico publicado há cem anos, cujo teor constitui um marco histórico da civilização.
Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos depois de o Homo sapiens deixar uma mão com tinta estampada em uma pedra, a humanidade era capaz de descrever matematicamente a maior estrutura conhecida: o Universo. A façanha intelectual levava as digitais de Albert Einstein (1879-1955).
Ao terminar aquele artigo de 1917, o físico de origem alemã escreveu a um colega dizendo que o que produzira o habilitaria a ser “internado em um hospício”. Mais tarde, referiu-se ao arcabouço teórico que havia construído como um “castelo alto no ar”.
O Universo que saltou dos cálculos de Einstein tinha três características básicas: era finito, sem fronteiras e estático – o derradeiro traço alimentaria debates e traria arrependimento a Einstein nas décadas seguintes.
Em “Considerações Cosmológicas na Teoria da Relatividade Geral”, publicado em fevereiro de 1917 nos Anais da Academia Real Prussiana de Ciências, o cientista construiu (de modo muito visual) seu castelo usando as ferramentas que ele havia forjado pouco antes: a teoria da relatividade geral, finalizada em 1915, esquema teórico já classificado como a maior contribuição intelectual de uma só pessoa à cultura humana.
Esse bloco matemático impenetrável (mesmo para físicos) nada mais é do que uma teoria que explica os fenômenos gravitacionais. Por exemplo, por que a Terra gira em torno do Sol ou por que um buraco negro devora avidamente luz e matéria.
Com a introdução da relatividade geral, a teoria da gravitação do físico britânico Isaac Newton (1642-1727) passou a ser um caso específico da primeira, para situações em que massas são bem menores do que as das estrelas e em que a velocidade dos corpos é muito inferior à da luz no vácuo (300 mil km/s).
Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917), impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma pequena joia, “Teoria da Relatividade Especial e Geral”, na qual populariza suas duas teorias, incluindo a de 1905 (especial), na qual mostrara que, em certas condições, o espaço pode encurtar, e o tempo, dilatar.
Tamanho esforço intelectual e total entrega ao raciocínio cobraram seu pedágio: Einstein adoeceu, com problemas no fígado, icterícia e úlcera. Seguiu debilitado até o final daquela década.
Se deslocados de sua época, Einstein e sua cosmologia podem ser facilmente vistos como um ponto fora da reta. Porém, a historiadora da ciência britânica Patricia Fara lembra que aqueles eram tempos de “cosmologias”, de visões globais sobre temas científicos. Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos continentes, do geólogo alemão Alfred Wegener (1880-1930), marcada por uma visão cosmológica da Terra.
Fara dá a entender que várias áreas da ciência, naquele início de século, passaram a olhar seus objetos de pesquisa por meio de um prisma mais amplo, buscando dados e hipóteses em outros campos do conhecimento.
(Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado.)
Assinale a alternativa cuja frase contém um numeral cardinal empregado como substantivo.
singular estado:
Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alternadamente
possuem o Poder, perdem o Poder, reconquistam o Poder,
trocam o Poder... O Poder não sai duns certos grupos,
como uma pela* que quatro crianças, aos quatro cantos de
uma sala, atiram umas às outras, pelo ar, num rumor de risos.
Quando quatro ou cinco daqueles homens estão no Poder,
esses homens são, segundo a opinião, e os dizeres de todos os
outros que lá não estão — os corruptos, os esbanjadores da
Fazenda, a ruína do País!
Os outros, os que não estão no Poder, são, segundo a sua
própria opinião e os seus jornais — os verdadeiros liberais, os
salvadores da causa pública, os amigos do povo, e os interesses
do País.
Mas, coisa notável! — os cinco que estão no Poder fazem
tudo o que podem para continuar a ser os esbanjadores da
Fazenda e a ruína do País, durante o maior tempo possível! E
os que não estão no Poder movem-se, conspiram, cansam-se,
para deixar de ser o mais depressa que puderem — os verdadeiros
liberais, e os interesses do País!
Até que enfim caem os cinco do Poder, e os outros, os
verdadeiros liberais, entram triunfantemente na designação
herdada de esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em tanto
que os que caíram do Poder se resignam, cheios de fel e de tédio
— a vir a ser os verdadeiros liberais e os interesses do País.
Ora como todos os ministros são tirados deste grupo de
doze ou quinze indivíduos, não há nenhum deles que não tenha
sido por seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do País...
Não há nenhum que não tenha sido demitido, ou obrigado
a pedir a demissão, pelas acusações mais graves e pelas votações
mais hostis...
Não há nenhum que não tenha sido julgado incapaz de
dirigir as coisas públicas — pela Imprensa, pela palavra dos
oradores, pelas incriminações da opinião, pela afirmativa
constitucional do poder moderador...
E todavia serão estes doze ou quinze indivíduos os que
continuarão dirigindo o País, neste caminho em que ele vai,
feliz, abundante, rico, forte, coroado de rosas, e num chouto**
tão triunfante!
(*) Pela: bola.
(**) Chouto: trote miúdo.
(Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].)
No início do segundo parágrafo, por ter na frase a mesma função sintática que o vocábulo “vagaroso” com relação a “passo”, a oração “de quem não tem pressa” é considerada
A gente Honório Cota
Quando o coronel João Capistrano Honório Cota mandou erguer o sobrado, tinha pouco mais de trinta anos. Mas já era homem sério de velho, reservado, cumpridor. Cuidava muito dos trajes, da sua aparência medida. O jaquetão de casimira inglesa, o colete de linho atravessado pela grossa corrente de ouro do relógio; a calça é que era como a de todos na cidade - de brim, a não ser em certas ocasiões (batizado, morte, casamento - então era parelho mesmo, por igual), mas sempre muito bem passada, o vinco perfeito. Dava gosto ver:
O passo vagaroso de quem não tem pressa - o mundo podia esperar por ele, o peito magro estufado, os gestos lentos, a voz pausada e grave, descia a rua da Igreja cumprimentando cerimoniosamente, nobremente, os que por ele passavam ou os que chegavam na janela muitas vezes só para vê-lo passar.
Desde longe a gente adivinhava ele vindo: alto, magro, descarnado, como uma ave pernalta de grande porte. Sendo assim tão descomunal, podia ser desajeitado: não era, dava sempre a impressão de uma grande e ponderada figura. Não jogava as pernas para os lados nem as trazia abertas, esticava-as feito medisse os passos, quebrando os joelhos em reto.
Quando montado, indo para a sua Fazenda da Pedra Menina, no cavalo branco ajaezado de couro trabalhado e prata, aí então sim era a grande, imponente figura, que enchia as vistas. Parecia um daqueles cavaleiros antigos, fugidos do Amadis de Gaula ou do Palmeirim, quando iam para a guerra armados cavaleiros.
(Ópera dos mortos, 1970.)
No trecho “Ao que retorquia outro tio, oficial” ( L.27-28), observa-se oração adjetiva como elemento modificador do aposto, que inicia o período.
Com relação ao texto acima, à obra Memórias Póstumas de Brás Cubas e a aspectos por eles suscitados, julgue os itens de 64 a 75 e assinale a opção correta no item 76, que é do tipo C.
No trecho “que esbanjavam insensivelmente o que pertencia aos pobres por direito” (L.17-18), o complemento direto de “esbanjavam” é modificado por uma oração adjetiva.
Com base no texto acima, julgue os itens de 23 a 32.
No texto, as orações (...) que já estava com os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei na cidade (...) e (...) que encontrasse pela frente (...) são exemplos, respectivamente, de oração subordinada adjetiva explicativa e subordinada adjetiva restritiva, porque:
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o eclipse do Estado Novo e o desmantelamento da Shindô-Renmei, inicia-se um ciclo de emudecimento, de ambos os lados, sobre as quatro décadas de intolerância vividas pelos japoneses. Do lado local, foi sedimentando-se no mundo das letras a ideia do país como um “paraíso racial”. Do lado dos imigrantes, as segundas e terceiras gerações de filhos de japoneses se concentraram, a partir da década de 1950, na construção da sua ascensão social. A história foi sendo esquecida, junto com o idioma e os hábitos culturais de seus pais e avós.
* Shindô-Renmei foi uma organização nacionalista, que surgiu no Brasil após o término da Segunda Guerra Mundial, formada por japoneses que não acreditavam na derrota do Japão na guerra. Possuía alguns membros mais fanáticos que cometiam atentados, tendo matado e ferido diversos cidadãos nipo-brasileiros.
Sobre o texto foram feitas algumas afrmações:
I A expressão em Belo Horizonte, sublinhada no primeiro parágrafo, NÃO pode ser eliminada do trecho, sob pena de o sentido do trecho ser drasticamente alterado.
II A expressão como dizia, sublinhada no segundo parágrafo, serve como elemento coesivo, pois retoma o assunto do parágrafo anterior: o engarrafamento.
III A oração que já tinha visto milhares de vezes, sublinhada no segundo parágrafo, tem função adjetiva, e se refere ao termo “placa da esquina”.
IV As expressões é possível, no primeiro parágrafo e deveria, no segundo parágrafo, expressam possibilidade.
Estão CORRETAS as afrmações
I A expressão em Belo Horizonte, sublinhada no primeiro parágrafo, NÃO pode ser eliminada do trecho, sob pena de o sentido do trecho ser drasticamente alterado.
II A expressão como dizia, sublinhada no segundo parágrafo, serve como elemento coesivo, pois retoma o assunto do parágrafo anterior: o engarrafamento.
III A oração que já tinha visto milhares de vezes, sublinhada no segundo parágrafo, tem função adjetiva, e se refere ao termo “placa da esquina”.
IV As expressões é possível, no primeiro parágrafo e deveria, no segundo parágrafo, expressam possibilidade.
Estão CORRETAS as afrmações