Questõesde UFRGS sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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UFRGS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre a peça Gota d’Água: uma tragédia brasileira, de Chico Buarque e Paulo Pontes, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.


( ) Paulo Pontes e Chico Buarque, no texto de apresentação à peça de 1975, criticam a experiência capitalista do “milagre econômico” brasileiro e conclamam a intelectualidade a aproximar-se do povo, inscrevendo o drama na vertente nacional popular do período.

( ) Algumas das canções hoje clássicas de Chico Buarque e Paulo Pontes integram a peça como a que dá título ao texto – Gota d’Água – e Basta um dia, ambas interpretadas por Bibi Ferreira na montagem original.

( ) Gota d’Água, embora ambientada no subúrbio carioca, atualiza Medeia, texto clássico de Eurípides, mantendo a linguagem elevada da tragédia grega.

( ) O desfecho da peça de Chico Buarque e Paulo Pontes não segue o texto da tragédia de Eurípides: Joana e Jasão se reconciliam e vivem em harmonia com os filhos.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A
F – V – F – F.
B
V – F – V – F.
C
V – V – F – V.
D
V – V – F – F.
E
F – F – V – V.
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UFRGS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmações abaixo, sobre a canção Águas de março – composição de Antonio Carlos Jobim, interpretação dele e de Elis Regina – que integra o álbum Elis & Tom.


I - A letra, a melodia e a intepretação de Elis Regina e Tom Jobim estão marcadas unilateralmente pela melancolia e pelo pessimismo sintomáticos do momento histórico autoritário em que a canção foi composta.

II - A canção assume um viés claramente narrativo em que o sujeito cancional apresenta sua rotina de trabalho em ambiente rural.

III- A letra da canção está estruturada na repetição de sentenças afirmativas; fragmentada, a letra mobiliza substantivos do mundo natural que rimam entre si e formam pares antitéticos.


Quais estão corretas?

A
Apenas I.
B
Apenas III.
C
Apenas I e II.
D
Apenas II e III.
E
I, II e III.
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UFRGS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o gênero canção popular brasileira, conforme vem sendo proposto nas leituras obrigatórias do concurso vestibular, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.


( ) A letra da canção só pode ser analisada em sua complexidade, se aproximada à poesia clássica, já que a melodia é aspecto acessório na composição do gênero canção popular.

( ) A canção, assemelhada ao teatro, é gênero de performance, o que a diferencia de outros gêneros literários como o romance ou o conto.

( ) A canção define-se pela articulação entre letra, melodia, harmonia e acompanhamento rítmico, sendo a indissociabilidade entre texto e música uma das potências do gênero.

( ) A canção, na experiência brasileira, tem papel fundamental na formação das sensibilidades, visto que é gênero com circulação em ambientes letrados e não letrados.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A
F – V – V – V.
B
V – F – F – F.
C
F – V – F – V.
D
F – F – V – F.
E
V – V – F – V.
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UFRGS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia as seguintes afirmações sobre os romances Dom Casmurro, de Machado de Assis, e Diário da queda, de Michel Laub.


I - Os dois romances são narrados em primeira pessoa, como processo de compreensão do vivido.

II - Os dois narradores apresentam uma relação amorosa com esposa e filhos, reproduzindo a tradição familiar.

III- O balanço final dos narradores de cada romance demonstra grande aprendizado, a partir das experiências vividas, repleto de esperança e de otimismo.


Quais estão corretas?

A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas I e III.
D
Apenas II e III.
E
I, II e III.
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UFRGS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o episódio "O sobrado", do romance O continente, de Erico Verissimo.


( ) O contexto histórico é o desfecho da Guerra dos Farrapos entre republicanos e federalistas, iniciada em 1890.

( ) O episódio ocupa três dias de junho de 1895.

( ) A divisão em 7 capítulos intercalados estabelece um contraponto temporal e estrutural com os demais capítulos do romance.

( ) O jogo entre vida e morte, que marca toda a trilogia, já se estabelece aqui a partir de objetos, como a tesoura e o punhal.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A
V – V – F – F.
B
V – V – F – V.
C
F – V – V – V.
D
V – F – V – V.
E
F – F – V – F.
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No bloco superior abaixo, estão listados os títulos de alguns romances, representantes do Romance de 30 no Brasil; no inferior, o enredo central desses romances.


Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.


1 - A bagaceira, de José Américo de Almeida.

2 - O quinze, de Rachel de Queiroz.

3 - Menino de engenho, de José Lins do Rego.

4 - Os ratos, de Dyonélio Machado.

5 - Vidas secas, de Graciliano Ramos.


( ) Os retirantes sertanejos Valentim Pereira, Soledade, sua filha, e Pirunga, um agregado, buscam, durante uma terrível seca, abrigo no engenho de Dagoberto Marcão.

( ) Carlos de Melo narra suas memórias de infância na fazenda Santa Rosa, apresentando o avô, as tias e os “moleques da bagaceira”.

( ) Família de retirantes foge da seca em direção ao sul do Brasil, rumo a uma cidade grande, onde há trabalho para o pai e escola para os filhos.

( ) Funcionário público, endividado com o leiteiro, perambula pela cidade em busca do dinheiro para saldar sua dívida.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A
4 – 1 – 5 – 2.
B
2 – 4 – 1 – 3.
C
1 – 3 – 5 – 4.
D
5 – 2 – 3 – 1.
E
3 – 1 – 4 – 2.
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Leia o trecho da crônica O vestuário feminino, de Júlia Lopes de Almeida (1862-1934).


É uma esquisitice muito comum entre senhoras intelectuais, envergarem paletó, colete e colarinho de homem, ao apresentarem-se em público, procurando confundir-se, no aspecto físico, com os homens, como se lhes não bastassem as aproximações igualitárias do espírito.

Esse desdém da mulher pela mulher faz pensar que: ou as doutoras julgam, como os homens, que a mentalidade da mulher é inferior, e que, sendo elas exceção da grande regra, pertencem mais ao sexo forte, do que do nosso, fragílimo; ou que isso revela apenas pretensão de despretensão.

Seja o que for, nem a moral nem a estética ganham nada com isso. Ao contrário; se uma mulher triunfa da má vontade dos homens e das leis, dos preconceitos do meio e da raça, todas as vezes que for chamada ao seu posto de trabalho, com tanta dor, tanta esperança, e tanto susto adquirido, deve ufanar-se em apresentar-se como mulher. Seria isso um desafio?

Não; naturalíssimo pareceria a toda a gente que uma mulher se apresentasse em público como todas as outras. [...]

Os colarinhos engomados, as camisas de peito chato, dão às mulheres uma linha pouco sinuosa, e contrafeita, porque é disfarçada. [...]

Nas cidades, sobre o asfalto das ruas ou o saibro das alamedas, não sabe a gente verdadeiramente para que razão apelar, quando vê, cingidas a corpos femininos, essas toilettes híbridas, compostas de saias de mulher, coletes e paletós de homem... Nem tampouco é fácil de perceber o motivo por que, em vez da fita macia, preferem essas senhoras especar o pescoço num colarinho lustrado a ferro, e duro como um papelão!


Considere as seguintes afirmações sobre o trecho.


I - A crônica, publicada em 1906, registra as exigências que uma sociedade patriarcal impõe a mulheres que circulam no âmbito público.

II - A crônica apresenta um chamado para que mulheres de atuação pública – espaço majoritariamente masculino – mantenham características convencionadas como femininas, em especial no vestuário.

III- A autora, ao falar do vestuário feminino, está tratando também de meio, raça e gênero, temas estruturantes do debate literário no final do século XIX, início do XX.


Quais estão corretas?

A
Apenas II.
B
Apenas III.
C
Apenas I e II.
D
Apenas I e III.
E
I, II e III.
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Leia o trecho final de O cortiço.


A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.

Os policiais, vendo que ela se não despachava, desembainharam os sabres. Bertoleza então, erguendo-se com ímpeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que alguém conseguisse alcançála, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.

E depois embarcou para a frente, rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue.

João Romão fugira até ao canto mais escuro do armazém, tapando o rosto com as mãos.

Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. Era uma comissão de abolicionistas que vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito.

Ele mandou que os conduzissem para a sala de visitas.


Considere as seguintes afirmações sobre o trecho.


I - O narrador em terceira pessoa aproxima-se de Bertoleza, assumindo seu ponto de vista para desmascarar o falso abolicionismo de João Romão; ao mesmo tempo, mantém-se distante dela ao descrevê-la com traços animalescos.

II - A morte terrível de Bertoleza destoa do andamento geral do romance, marcado pelo lirismo da narração, característica naturalista presente no texto de Aluísio Azevedo.

III- A última frase do trecho sugere que João Romão receberá a comissão a despeito do fim de Bertoleza, em uma alegoria do Brasil: abolicionista na sala de visitas, escravocrata na cozinha.


Quais estão corretas?

A
Apenas II.
B
Apenas III.
C
Apenas I e II.
D
Apenas I e III.
E
I, II e III.
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UFRGS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta sobre o poema VI, de Chuva oblíqua.

Instrução: A questão refere-se aos poemas de Fernando Pessoa.
A
O poema é escrito em versos brancos e livres, constituindo um exemplo do interseccionismo de Pessoa.
B
O poema apresenta a temática da infância como o tempo da felicidade.
C
O sujeito lírico apresenta-se eufórico, festivo e satisfeito.
D
O sujeito lírico recorda a infância em preto e branco.
E
O sujeito lírico sente a multidão no teatro como a possibilidade de encontrar a felicidade.
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UFRGS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia as seguintes afirmações sobre os poemas “Autopsicografia” e “Isto”.


I - Em ambos os poemas, são apresentados os princípios de Pessoa para a construção da poesia, constituindo-se como “arte poética”.

II - Nos dois poemas, não há referência à figura do leitor.

III- Em ambos os poemas, o sujeito lírico admite construir sua poética inventando e falseando.


Quais estão corretas?

Instrução: A questão refere-se aos poemas de Fernando Pessoa.
A
Apenas II.
B
Apenas III.
C
Apenas I e II.
D
Apenas I e III.
E
I, II e III.
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UFRGS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o segmento abaixo, retirado do Sermão da Sexagésima, de Padre Antônio Vieira, e assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.


Supostas estas duas demonstrações; suposto que o fruto e efeitos da palavra de Deus, não fica, nem por parte de Deus, nem por parte dos ouvintes, segue-se por consequência clara que fica por parte do pregador. E assim é. Sabeis, cristãos, por que não faz fruto a palavra de Deus? Por culpa dos pregadores. Sabeis, pregadores, por que não faz fruto a palavra de Deus? Por culpa nossa. [...] Mas como em um pregador há tantas qualidades, e em uma pregação tantas leis, e os pregadores podem ser culpados em todas, em qual consistirá esta culpa? No pregador podem-se considerar cinco circunstâncias: ........ .

A
a pessoa, a ciência, o Evangelho, a oratória, os cânticos
B
Deus, a fé, a matéria, o estilo, a voz
C
Deus, a fé, o Evangelho, a oratória, os cânticos
D
a pessoa, a fé, o Evangelho, o estilo, os cânticos
E
a pessoa, a ciência, a matéria, o estilo, a voz