Questõesde UERJ sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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UERJ 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”,
DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.

Guimarães Rosa afirmou, em uma entrevista, que somente renovando a língua é que se pode renovar o mundo. Visando a essa renovação, recorria a neologismos e inversões pouco usuais de termos, explorando novos sentidos em seus textos.

Um exemplo dessas inversões encontra-se em:

A
Nossa mãe era quem regia,
B
Nossa mãe muito não se demonstrava.
C
Nossa mãe terminou indo também, de uma vez,
D
Nossa mãe, vergonhosa, se portou com muita cordura;
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A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “O ESPELHO”,
DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.

Que amedrontadora visão seria então aquela? Quem o Monstro?

Com base na leitura do conto, a visão retratada na pergunta desencadeia o seguinte sentimento:

A
desejo de nova mudança
B
anseio de poder absoluto
C
receio com a própria imagem
D
assombro com o tempo futuro
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A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “O ESPELHO”,
DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.

Marcelo Gleiser, em “O poder criativo da imperfeição”, formula uma tese a respeito da relação entre ciência e realidade. O narrador do conto estabelece reflexões acerca do conhecimento que dialogam com essa tese.

O trecho do conto que melhor sintetiza esse diálogo é:

A
porque vivemos, de modo incorrigível, distraídos das coisas mais importantes.
B
a espécie humana peleja para impor ao latejante mundo um pouco de rotina e lógica,
C
primeiro a humanidade mirou-se nas superfícies de água quieta, lagoas, lameiros, fontes,
D
Vejo que começa a descontar um pouco de sua inicial desconfiança, quanto ao meu são juízo.
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A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”,
DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.

De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e os anos – sem fazer conta do se-ir do viver.

A expressão sublinhada é um exemplo das recriações linguísticas do autor. Seu sentido, com base no trecho citado, pode ser definido como:

A
ação da natureza
B
passagem do tempo
C
presença de esperança
D
necessidade de cuidados
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A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”,
DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.

Considere a hipótese de que o título “A terceira margem do rio” se refere também à própria ficção, que se desenvolve entre duas margens: a da realidade e a da imaginação.

O trecho do conto que melhor comprova essa hipótese de leitura é:

A
o que não era o certo, exato; mas, que era mentira por verdade.
B
Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos.
C
e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro – o rio.
D
Ninguém é doido. Ou, então, todos.
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A QUESTÃO REFEREM-SE AO CONTO “A TERCEIRA MARGEM DO RIO”,
DO LIVRO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, DE JOÃO GUIMARÃES ROSA.

O conto constrói uma alegoria, ou seja, uma metáfora ampliada que o organiza.

Esse aspecto alegórico é reforçado pelo modo de identificação dos personagens, o que se faz por meio de:

A
nome próprio
B
grau de parentesco
C
atividade profissional
D
demonstração de afeto
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Os conceitos a vestiram como uma segunda pele,
O vocábulo a é comumente utilizado para substituir termos já enunciados. No texto, entretanto, ele tem um uso incomum, já que permite subentender um termo não enunciado.
Esse uso indica um recurso assim denominado:

A EDUCAÇÃO PELA SEDA

Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.

Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.

Rosa Amanda Strausz

Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.

A
elipse
B
catáfora
C
designação
D
modalização
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pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
A expressão destacada reforça o sentido geral do texto, porque remete a uma ação baseada no seguinte aspecto:

A EDUCAÇÃO PELA SEDA

Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.

Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.

Rosa Amanda Strausz

Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.

A
vulgaridade
B
exterioridade
C
regularidade
D
ingenuidade
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Ninguém imaginou (l. 16)
Ninguém previu (l. 18-24)
A repetição do vocábulo ninguém, nos dois últimos parágrafos do texto, reforça o seguinte sentido:

A
flexibilidade do ponto de vista
B
contestação da verdade factual
C
dimensão do otimismo ingênuo
D
necessidade de crítica ao passado
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A narrativa condensada do texto sugere uma crítica relacionada à educação, tema anunciado no título.
Essa crítica dirige-se principalmente à seguinte característica geral da vida social:

A EDUCAÇÃO PELA SEDA

Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.

Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.

Rosa Amanda Strausz

Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.

A
problemas frequentes vividos na infância
B
julgamentos superficiais produzidos por preconceitos
C
dificuldades previsíveis criadas pelas individualidades
D
desigualdades acentuadas encontradas na juventude
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André Dahmer

Folha de São Paulo, 13/05/2013.


A tira de André Dahmer pode ser relacionada com o texto anterior, a crônica de João do Rio.

O trecho da crônica que melhor evidencia essa relação é:

A
Trabalha-se muito mais, pensa-se muito mais, ama-se mesmo muito mais, (l. 6-7)
B
Em meia hora de sessão tem-se um espetáculo multiforme e assustador (l. 18-19)
C
Não pensa, faz; não pergunta, obra; não reflete, julga. (l. 20-21)
D
Uns acabam pensando que encheram o tempo, que o mataram de vez. (l. 28)
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Livre, grátis, inovador, coletivo, palavras-chave do novo mundo que a internet inaugurou. (l. 9)
Após essa abertura, no segundo parágrafo, há uma sucessão de frases que desempenham um papel argumentativo.
Esse papel é principalmente o de:

A
forma verbal
B
pontuação informal
C
adjetivação positiva
D
estrutura coordenativa
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O primeiro parágrafo expõe projeções passadas sobre possibilidades de um futuro regido pela internet.

O recurso linguístico que permite identificar que se trata de projeção e não de fatos do passado é o uso da:

A
forma verbal
B
pontuação informal
C
adjetivação positiva
D
estrutura coordenativa
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UERJ 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

André Dahmer

Folha de São Paulo, 13/05/2013.


A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado. Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:

A
proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo
B
configuram julgamentos vazios ainda que existam crimes comprovados
C
emitem juízos sobre os outros mas não se veem na posição de acusados
D
apressam-se em opiniões superficiais mesmo que possuam dados concretos
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Nós somos uma delirante sucessão de fitas cinematográficas. (l. 18)

Ao comparar os seres humanos com filmes, o autor estabelece uma crítica.

No contexto, essa crítica pode ser sintetizada pelo seguinte termo:


A
insubordinação das hierarquias
B
coisificação das pessoas
C
arrogância desmedida
D
intolerância moral
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UERJ 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O homem cinematográfico resolveu a suprema insanidade: encher o tempo, atopetar o tempo, abarrotar o tempo, paralisar o tempo para chegar antes dele. (l. 22-23)

De acordo com a leitura global do texto, o autor caracteriza a tentativa de controlar o tempo como “suprema insanidade”, porque se trata de uma tarefa que não está ao alcance do homem.

O trecho que melhor expõe a insanidade dessa tentativa é:


A
homens mediam os dias com todo o cuidado da atenção. (l. 4)
B
Inventavam-se relógios de todos os moldes e formas. (l. 10-11)
C
O homem de agora é como a multidão: ativo e imediato. (l. 20)
D
sua, labuta, desespera com os olhos fitos nesse hipotético poste (l. 26-27)
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UERJ 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

essa estranha pressa de acabar se ostenta como a marca do século. (l. 5)

O trecho acima contém o eixo temático da crônica escrita por João do Rio em 1909.

Na construção da opinião presente nesse trecho, é possível identificar um procedimento de:


A
negação
B
dedução
C
gradação
D
generalização
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UERJ 2015 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere o último parágrafo do texto para responder a questão.

Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate. (l. 22)


Todo argumento pode se tornar um sofisma: um raciocínio errado ou inadequado que nos leva a conclusões falsas ou improcedentes. O último parágrafo do texto é um exemplo de sofisma, considerando que, da constatação de que todo abacate é verde, não se pode deduzir que só os abacates têm cor verde.

Esse é o tipo de sofisma que adota o seguinte procedimento:

TERRORISMO LÓGICO  

Antonio Prata
Adaptado de
Folha de São Paulo, 11/01/2015.  

A
enumeração incorreta
B
generalização indevida
C
representação imprecisa
D
exemplificação inconsistente
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Considere o último parágrafo do texto para responder à questão.


Todo abacate é verde. O Incrível Hulk é verde. O Incrível Hulk é um abacate. (l. 22) 

Este parágrafo indica como o leitor deve ler todos os anteriores.
Segundo essa indicação, os argumentos apresentados pelo cronista devem ser compreendidos como

TERRORISMO LÓGICO  

Antonio Prata
Adaptado de
Folha de São Paulo, 11/01/2015.  

A
críticas irônicas
B
exercícios formais
C
raciocínios aceitáveis
D
recriações linguísticas
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No segundo parágrafo, o emprego de certa estrutura encaminha a reflexão do leitor para os disfarces que a linguagem permite.
Essa estrutura é caracterizada principalmente por:

A ARTE DE ENGANAR  


Frei Betto
Adaptado de
O Dia, 21/03/2015.  
A
modalização
B
pressuposição
C
exemplificação
D
particularização