Questõesde UEL sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
No segundo parágrafo do trecho transcrito, Sérgio apresenta-se como “empoeirado e sujo como de rolar sobre
os escarros”. A sujeira do protagonista é física, portanto, o adjetivo tem o sentido denotativo. Contudo, a
sensação de sujeira pode ser estendida a outras circunstâncias relacionadas ao trecho e ao romance.
Neste sentido, considere as afirmativas a seguir.
I. O reconhecimento de tratamento diferente aos dois alunos denota, no narrador-personagem, a percepção
de que a administração agiu de forma suja.
II. Os remorsos de Sérgio e as reprimendas de Aristarco, após o episódio com o diretor, levam o protagonista
a sentir-se sujo.
III. O sentimento de sujeira experimentado pelo protagonista está vinculado ao fato de imputar a culpa no
episódio ao colega Bento Alves.
IV. O desconforto do protagonista aproxima-se da sensação de sujeira após as relações homossexuais praticadas com os colegas e descritas com detalhes no romance.
Assinale a alternativa correta.
No segundo parágrafo do trecho transcrito, Sérgio apresenta-se como “empoeirado e sujo como de rolar sobre os escarros”. A sujeira do protagonista é física, portanto, o adjetivo tem o sentido denotativo. Contudo, a sensação de sujeira pode ser estendida a outras circunstâncias relacionadas ao trecho e ao romance.
Neste sentido, considere as afirmativas a seguir.
I. O reconhecimento de tratamento diferente aos dois alunos denota, no narrador-personagem, a percepção de que a administração agiu de forma suja.
II. Os remorsos de Sérgio e as reprimendas de Aristarco, após o episódio com o diretor, levam o protagonista a sentir-se sujo.
III. O sentimento de sujeira experimentado pelo protagonista está vinculado ao fato de imputar a culpa no episódio ao colega Bento Alves.
IV. O desconforto do protagonista aproxima-se da sensação de sujeira após as relações homossexuais praticadas com os colegas e descritas com detalhes no romance.
Assinale a alternativa correta.
Acerca das relações entre o romance e os estilos de época, considere as afirmativas a seguir.
I. O desmascaramento de Aristarco como um adulto que deixa de se guiar apenas pela retidão reflete o
vínculo do romance com o Realismo.
II. O destemor do protagonista diante de colegas que representam a perversidade e sua ausência de nobreza
perante autoridades aproximam o romance do Romantismo.
III. Os remorsos do protagonista e sua convicção no arrependimento, após o atrito com o diretor, mostram a
identificação do romance com o Naturalismo.
IV. A representação do ambiente escolar como local em que a justiça é superada por interesses financeiros
remete o romance à focalização de valores conforme certas práticas da ficção modernista.
Assinale a alternativa correta.
Acerca das relações entre o romance e os estilos de época, considere as afirmativas a seguir.
I. O desmascaramento de Aristarco como um adulto que deixa de se guiar apenas pela retidão reflete o vínculo do romance com o Realismo.
II. O destemor do protagonista diante de colegas que representam a perversidade e sua ausência de nobreza perante autoridades aproximam o romance do Romantismo.
III. Os remorsos do protagonista e sua convicção no arrependimento, após o atrito com o diretor, mostram a identificação do romance com o Naturalismo.
IV. A representação do ambiente escolar como local em que a justiça é superada por interesses financeiros remete o romance à focalização de valores conforme certas práticas da ficção modernista.
Assinale a alternativa correta.
Quanto às circunstâncias da briga entre o protagonista e Bento Alves, assinale a alternativa correta.
Acerca das personagens apresentadas no conto, considere as afirmativas a seguir.
I. O velho revela-se autoritário, desajeitado e falante, considerando suas atitudes ao longo do conto.
II. A mulher mostra-se inteligente, pacata e resignada diante dos acontecimentos que estão por vir.
III. A Morte é a personagem rancorosa, que aguarda o desfecho e o dia marcados para levar alguém.
IV. Os filhos do casal são indiferentes aos pais, o que dificulta a salvação da mulher ao final do conto.
Assinale a alternativa correta.
Acerca das personagens apresentadas no conto, considere as afirmativas a seguir.
I. O velho revela-se autoritário, desajeitado e falante, considerando suas atitudes ao longo do conto.
II. A mulher mostra-se inteligente, pacata e resignada diante dos acontecimentos que estão por vir.
III. A Morte é a personagem rancorosa, que aguarda o desfecho e o dia marcados para levar alguém.
IV. Os filhos do casal são indiferentes aos pais, o que dificulta a salvação da mulher ao final do conto.
Assinale a alternativa correta.
(Adaptado de: COUTO, Mia. A fogueira. In: Vozes anoitecidas. São Paulo, Companhia das Letras, 2013. p. 25).
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um fato confirmado pelo texto.
(Disponível em: <https://br.noticias.yahoo.com/cientistas-brasileiros-descobrem-maneira-de-deter-o-mal-de-alzheimer-185422617.html>
Sobre a linguagem utilizada no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. O termo “vazar” está em desacordo com a linguagem formal apresentada ao longo do conto.
II. O significado do termo “machamba” consta do glossário da edição brasileira, pois está vinculado à linguagem coloquial do português falado no Brasil.
III. O termo “gravatado” indica o vestuário do marido, sem que isso signifique formalidade na linguagem
empregada pelo narrador.
IV. A expressão “os todos” foi usada para enfatizar a presença, naquele momento, das pessoas que ela mais
amava.
Assinale a alternativa correta.
Sobre a linguagem utilizada no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. O termo “vazar” está em desacordo com a linguagem formal apresentada ao longo do conto.
II. O significado do termo “machamba” consta do glossário da edição brasileira, pois está vinculado à linguagem coloquial do português falado no Brasil.
III. O termo “gravatado” indica o vestuário do marido, sem que isso signifique formalidade na linguagem empregada pelo narrador.
IV. A expressão “os todos” foi usada para enfatizar a presença, naquele momento, das pessoas que ela mais amava.
Assinale a alternativa correta.
(Adaptado de: COUTO, Mia. A fogueira. In: Vozes anoitecidas. São Paulo, Companhia das Letras, 2013. p. 25).
No trecho, o final do conto é narrado, momento em que ocorre a morte de uma personagem. Considerando o
trecho e o conto, assinale a alternativa correta.
(Adaptado de: COUTO, Mia. A fogueira. In: Vozes anoitecidas. São Paulo, Companhia das Letras, 2013. p. 25).
Sobre o nome da pessoa escrito com letras de macarrão e o cartaz amarelo, presentes em “Sentimental”, e a
notícia e a doce música mecânica, citados em “Poema do jornal”, considere as afirmativas a seguir.
I. O nome da pessoa escrito com letras de macarrão e a doce música mecânica são demonstrações de que o
espírito romântico podou os excessos modernistas.
II. A doce música mecânica é uma imagem que alivia as tensões proporcionadas pelo cartaz amarelo, indicando que o trânsito entre sonho e realidade nos dois poemas é invertido.
III. O cartaz amarelo e a notícia são evidências que contêm o reconhecimento de que a vida moderna é pontuada pela urgência do mundo real.
IV. A notícia está em desacordo com a atmosfera de devaneio experimentada no ato de escrever o nome da
pessoa amada com letras de macarrão.
Assinale a alternativa correta.
Sobre o nome da pessoa escrito com letras de macarrão e o cartaz amarelo, presentes em “Sentimental”, e a notícia e a doce música mecânica, citados em “Poema do jornal”, considere as afirmativas a seguir.
I. O nome da pessoa escrito com letras de macarrão e a doce música mecânica são demonstrações de que o espírito romântico podou os excessos modernistas.
II. A doce música mecânica é uma imagem que alivia as tensões proporcionadas pelo cartaz amarelo, indicando que o trânsito entre sonho e realidade nos dois poemas é invertido.
III. O cartaz amarelo e a notícia são evidências que contêm o reconhecimento de que a vida moderna é pontuada pela urgência do mundo real.
IV. A notícia está em desacordo com a atmosfera de devaneio experimentada no ato de escrever o nome da pessoa amada com letras de macarrão.
Assinale a alternativa correta.
Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda à questão.
Sentimental
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
– Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar”.
Poema do jornal
O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensanguentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A polícia dissolve o meeting.
A pena escreve.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45).
Sobre os termos “já” e “nervosa”, presentes no segundo verso de “Poema do jornal”, considere as afirmativas
a seguir.
I. O termo “já” é ligeiramente antecipado, pois se refere à transformação em notícia, mas essa antecipação
garante maior ênfase à questão do tempo como marca expressiva do poema.
II. O termo “nervosa” contém, a princípio, um significado divergente do adjetivo “doce”, mas ambos os termos
são associados com a agitação e a aceleração do cotidiano moderno.
III. O termo “já” é empregado como contraponto ao termo “ainda”, utilizado no verso anterior, embora ambos
estejam subordinados ao fato citado no verso inicial.
IV. O termo “nervosa” indica que o repórter, assim como o poeta e como o sujeito lírico, exibe o desconforto
para administrar emoções no acompanhamento da vida moderna.
Sobre os termos “já” e “nervosa”, presentes no segundo verso de “Poema do jornal”, considere as afirmativas a seguir.
I. O termo “já” é ligeiramente antecipado, pois se refere à transformação em notícia, mas essa antecipação garante maior ênfase à questão do tempo como marca expressiva do poema.
II. O termo “nervosa” contém, a princípio, um significado divergente do adjetivo “doce”, mas ambos os termos são associados com a agitação e a aceleração do cotidiano moderno.
III. O termo “já” é empregado como contraponto ao termo “ainda”, utilizado no verso anterior, embora ambos estejam subordinados ao fato citado no verso inicial.
IV. O termo “nervosa” indica que o repórter, assim como o poeta e como o sujeito lírico, exibe o desconforto para administrar emoções no acompanhamento da vida moderna.
Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda à questão.
Sentimental
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
– Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar”.
Poema do jornal
O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensanguentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A polícia dissolve o meeting.
A pena escreve.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45).
Sobre o poema “Poesia”, assinale a alternativa correta.
Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda à questão.
Sentimental
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
– Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar”.
Poema do jornal
O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensanguentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A polícia dissolve o meeting.
A pena escreve.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45).
Quanto a “Sentimental”, assinale a alternativa correta.
Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda à questão.
Sentimental
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
– Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar”.
Poema do jornal
O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensanguentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A polícia dissolve o meeting.
A pena escreve.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45).
Sobre o sujeito lírico em cada um dos três poemas, considere as afirmativas a seguir.
I. O registro de alterações nos sentimentos dos sujeitos líricos é mais marcado no sujeito lírico de “Sentimental” do que no sujeito lírico de “Poesia”.
II. O apego à vida material é mais externado pelo sujeito lírico de “Sentimental” do que pelo sujeito lírico de
“Poesia”.
III. As inquietações do sujeito lírico de “Poesia” estão mais vinculadas ao caráter introspectivo, enquanto em
“Poema do jornal” sobressaem cenas cotidianas.
IV. A subjetividade no sujeito lírico de “Poema do jornal” é mais evidente do que aquela expressa no sujeito
lírico de “Sentimental”.
Assinale a alternativa correta
Sobre o sujeito lírico em cada um dos três poemas, considere as afirmativas a seguir.
I. O registro de alterações nos sentimentos dos sujeitos líricos é mais marcado no sujeito lírico de “Sentimental” do que no sujeito lírico de “Poesia”.
II. O apego à vida material é mais externado pelo sujeito lírico de “Sentimental” do que pelo sujeito lírico de “Poesia”.
III. As inquietações do sujeito lírico de “Poesia” estão mais vinculadas ao caráter introspectivo, enquanto em “Poema do jornal” sobressaem cenas cotidianas.
IV. A subjetividade no sujeito lírico de “Poema do jornal” é mais evidente do que aquela expressa no sujeito lírico de “Sentimental”.
Assinale a alternativa correta
Leia os poemas a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda à questão.
Sentimental
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
– Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
“Neste país é proibido sonhar”.
Poema do jornal
O fato ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
o transforma em notícia.
O marido está matando a mulher.
A mulher ensanguentada grita.
Ladrões arrombam o cofre.
A polícia dissolve o meeting.
A pena escreve.
Vem da sala de linotipos a doce música mecânica.
Poesia
Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 35; 41; 45).
Sobre a explicação para o recurso linguístico utilizado, considere as afirmativas a seguir.
I. A palavra “também”, no segundo parágrafo, denota exclusão e equivale a “apenas”.
II. A palavra “só”, no primeiro parágrafo, é um adjetivo que qualifica o substantivo que o antecede.
III. O termo “Dominados”, no primeiro parágrafo, indica noção temporal em relação ao restante do período.
IV. As duas ocorrências envolvendo a palavra “latim”, no primeiro parágrafo, apontam para uma mesma classe
de palavra, porém duas funções sintáticas diferentes.
Assinale a alternativa correta.
Sobre a explicação para o recurso linguístico utilizado, considere as afirmativas a seguir.
I. A palavra “também”, no segundo parágrafo, denota exclusão e equivale a “apenas”.
II. A palavra “só”, no primeiro parágrafo, é um adjetivo que qualifica o substantivo que o antecede.
III. O termo “Dominados”, no primeiro parágrafo, indica noção temporal em relação ao restante do período.
IV. As duas ocorrências envolvendo a palavra “latim”, no primeiro parágrafo, apontam para uma mesma classe de palavra, porém duas funções sintáticas diferentes.
Assinale a alternativa correta.
“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar. Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha, a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol.
Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Luana Vieira, da Olimpíada de Linguística. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, explica.
CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31.
Com base no trecho, assinale a alternativa correta sobre a comparação dos espaços.
Leia o trecho, a seguir, retirado do livro Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende, e responda à questão.
Saí, em busca de Cícero Araújo ou sei lá de quê, mas sem despir-me dessa nova Alice, arisca e áspera, que tinha brotado e se esgalhado nesses últimos meses e tratava de escamotear-se, perder-se num mundo sem porteira, fugir ao controle de quem quer que fosse. Tirei o interfone do gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de serviço, esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro saguão, de modo que eu pudesse sair de fininho, por trás dos pilotis, e escapar sem ser vista. Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem com o porteiro.
Ganhei a rua e saí a esmo, querendo dar o fora dali o mais depressa possível, como se alguém me vigiasse ou me perseguisse, mas saí andando decidida, como se soubesse perfeitamente aonde ia, pisando duro, como nunca tinha pisado em parte alguma da minha antiga terra, lá onde eu sempre soube ou achava que sabia que rumo tomar. Saí, sem perguntar nada ao guri da banca da esquina nem a ninguém, até que me visse a uma distância segura daquele endereço que me impingiram e onde eu me sentia espionada, sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os porteiros, com os vizinhos? Olhe só, Barbie, como eu chegava perigosamente perto da paranoia e ainda falo “deles” como se fossem meus inimigos, minha filha e meu genro
REZENDE, Maria Valéria. Quarenta dias. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 95-96.
Com base no trecho e no romance, assinale a alternativa correta sobre Cícero.
Leia o trecho, a seguir, retirado do livro Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende, e responda à questão.
Saí, em busca de Cícero Araújo ou sei lá de quê, mas sem despir-me dessa nova Alice, arisca e áspera, que tinha brotado e se esgalhado nesses últimos meses e tratava de escamotear-se, perder-se num mundo sem porteira, fugir ao controle de quem quer que fosse. Tirei o interfone do gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de serviço, esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro saguão, de modo que eu pudesse sair de fininho, por trás dos pilotis, e escapar sem ser vista. Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem com o porteiro.
Ganhei a rua e saí a esmo, querendo dar o fora dali o mais depressa possível, como se alguém me vigiasse ou me perseguisse, mas saí andando decidida, como se soubesse perfeitamente aonde ia, pisando duro, como nunca tinha pisado em parte alguma da minha antiga terra, lá onde eu sempre soube ou achava que sabia que rumo tomar. Saí, sem perguntar nada ao guri da banca da esquina nem a ninguém, até que me visse a uma distância segura daquele endereço que me impingiram e onde eu me sentia espionada, sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os porteiros, com os vizinhos? Olhe só, Barbie, como eu chegava perigosamente perto da paranoia e ainda falo “deles” como se fossem meus inimigos, minha filha e meu genro
REZENDE, Maria Valéria. Quarenta dias. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 95-96.
Com base no trecho e no romance, considere as afirmativas acerca da Barbie, mencionada na última frase do
trecho.
I. Barbie é uma espécie de “ouvinte” dos relatos e das confissões da narradora.
II. Barbie, imagem asséptica, serve de contraste com os difíceis percursos da narradora em Porto Alegre.
III. Barbie é o apelido criado pela narradora para Milena, sua diarista em Porto Alegre.
IV. Barbie, boneca posta pela filha de Alice sobre um móvel do apartamento, ouve confidências e desabafos
da protagonista.
Assinale a alternativa correta.
Com base no trecho e no romance, considere as afirmativas acerca da Barbie, mencionada na última frase do trecho.
I. Barbie é uma espécie de “ouvinte” dos relatos e das confissões da narradora.
II. Barbie, imagem asséptica, serve de contraste com os difíceis percursos da narradora em Porto Alegre.
III. Barbie é o apelido criado pela narradora para Milena, sua diarista em Porto Alegre.
IV. Barbie, boneca posta pela filha de Alice sobre um móvel do apartamento, ouve confidências e desabafos da protagonista.
Assinale a alternativa correta.
Leia o trecho, a seguir, retirado do livro Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende, e responda à questão.
Saí, em busca de Cícero Araújo ou sei lá de quê, mas sem despir-me dessa nova Alice, arisca e áspera, que tinha brotado e se esgalhado nesses últimos meses e tratava de escamotear-se, perder-se num mundo sem porteira, fugir ao controle de quem quer que fosse. Tirei o interfone do gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de serviço, esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro saguão, de modo que eu pudesse sair de fininho, por trás dos pilotis, e escapar sem ser vista. Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem com o porteiro.
Ganhei a rua e saí a esmo, querendo dar o fora dali o mais depressa possível, como se alguém me vigiasse ou me perseguisse, mas saí andando decidida, como se soubesse perfeitamente aonde ia, pisando duro, como nunca tinha pisado em parte alguma da minha antiga terra, lá onde eu sempre soube ou achava que sabia que rumo tomar. Saí, sem perguntar nada ao guri da banca da esquina nem a ninguém, até que me visse a uma distância segura daquele endereço que me impingiram e onde eu me sentia espionada, sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os porteiros, com os vizinhos? Olhe só, Barbie, como eu chegava perigosamente perto da paranoia e ainda falo “deles” como se fossem meus inimigos, minha filha e meu genro
REZENDE, Maria Valéria. Quarenta dias. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 95-96.
Com base no trecho e no romance, considere as afirmativas a seguir acerca da narradora.
I. No trecho “... esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro
saguão...”, apesar de a narradora estar em primeira pessoa, assim como no restante do romance, ela é
também onisciente no contato com diversas personagens.
II. A narradora alterna passagens que contêm o relato das próprias ações, como em “Tirei o interfone do
gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de
serviço...”, com trechos que são suposições dos atos de personagens.
III. Há momentos no trecho dedicados à expressão de sentimentos provocados pelas próprias ações da narradora-protagonista, como em: “Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem
com o porteiro.”
IV. O trecho apresenta passagens em que a narradora-protagonista faz conjecturas sobre conspirações armadas por outras personagens, como em: “... sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os
porteiros, com os vizinhos?”
Assinale a alternativa correta.
Com base no trecho e no romance, considere as afirmativas a seguir acerca da narradora.
I. No trecho “... esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro saguão...”, apesar de a narradora estar em primeira pessoa, assim como no restante do romance, ela é também onisciente no contato com diversas personagens.
II. A narradora alterna passagens que contêm o relato das próprias ações, como em “Tirei o interfone do gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de serviço...”, com trechos que são suposições dos atos de personagens.
III. Há momentos no trecho dedicados à expressão de sentimentos provocados pelas próprias ações da narradora-protagonista, como em: “Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem com o porteiro.”
IV. O trecho apresenta passagens em que a narradora-protagonista faz conjecturas sobre conspirações armadas por outras personagens, como em: “... sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os porteiros, com os vizinhos?”
Assinale a alternativa correta.
Leia o trecho, a seguir, retirado do livro Quarenta dias, de Maria Valéria Rezende, e responda à questão.
Saí, em busca de Cícero Araújo ou sei lá de quê, mas sem despir-me dessa nova Alice, arisca e áspera, que tinha brotado e se esgalhado nesses últimos meses e tratava de escamotear-se, perder-se num mundo sem porteira, fugir ao controle de quem quer que fosse. Tirei o interfone do gancho e o deixei balançando, pendurado no fio, bati a porta da cozinha e desci correndo pela escada de serviço, esperando que o porteiro se enfiasse na guarita pra responder ao interfone de frente pro saguão, de modo que eu pudesse sair de fininho, por trás dos pilotis, e escapar sem ser vista. Não me importava nada o que haveria de acontecer com o interfone nem com o porteiro.
Ganhei a rua e saí a esmo, querendo dar o fora dali o mais depressa possível, como se alguém me vigiasse ou me perseguisse, mas saí andando decidida, como se soubesse perfeitamente aonde ia, pisando duro, como nunca tinha pisado em parte alguma da minha antiga terra, lá onde eu sempre soube ou achava que sabia que rumo tomar. Saí, sem perguntar nada ao guri da banca da esquina nem a ninguém, até que me visse a uma distância segura daquele endereço que me impingiram e onde eu me sentia espionada, sabe-se lá que raio de combinação eles tinham com os porteiros, com os vizinhos? Olhe só, Barbie, como eu chegava perigosamente perto da paranoia e ainda falo “deles” como se fossem meus inimigos, minha filha e meu genro
REZENDE, Maria Valéria. Quarenta dias. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 95-96.