Questõesde PUC - Campinas sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O que nesse trecho se afirma pode ser adequadamente ilustrado com esta passagem de Oswald de Andrade:

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
Todo e qualquer sentimento, toda e qualquer verdade, toda e qualquer intenção não consegue se tornar beleza, se não se transformar nesse sentimento técnico que lhes dá a forma.
B
Nesta fase se desenvolve um gênero em que sempre tivemos bons escritores, desde os folhetinistas do tempo do Império: a crônica, livre e ocasional, aderente aos fatos
C
Quando abandonaremos a parte inútil e decorativa do nosso ser? Quando nos aproximaremos com fervor da nossa essência, partindo nosso pobre pão com o Hóspede que está no céu?
D
Para esta ilha não se levará bíblia nem se carregarão discos. Algum amigo que saiba contar histórias está naturalmente convidado. Bem como alguma amiga de voz doce ou quente.
E
Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império. Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons sentimentos portugueses.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O trecho acima releva uma singular reação do narrador machadiano, diante da escravidão: a ênfase na

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Nas poucas vezes em que o narrador de Machado de Assis abordou diretamente o tema da escravidão, foi contundente e incisivo, a seu modo. Em vez de acusar os horrores da condição e dos castigos que se impunham ao escravo, preferia tratá-los com irônica candura, como se fossem trivialidades aceitáveis. Colocava no mesmo pé a razão de fuga do escravo e a de quem tinha como ofício capturá-lo sob recompensa, isto é, movido por uma necessidade, razão não menos nobre... Na estratégia machadiana, apresentar como natural a brutalidade humana é um modo eficaz de acentuar a barbárie e provocar a indignação do leitor.
(Celso de Oliveira, de um estudo inédito) 
A
tese abolicionista.
B
indignação política.
C
naturalização da violência.
D
valorização da irracionalidade.
E
defesa da justiça social.
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Deve-se depreender da leitura desse trecho que o narrador machadiano

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Nas poucas vezes em que o narrador de Machado de Assis abordou diretamente o tema da escravidão, foi contundente e incisivo, a seu modo. Em vez de acusar os horrores da condição e dos castigos que se impunham ao escravo, preferia tratá-los com irônica candura, como se fossem trivialidades aceitáveis. Colocava no mesmo pé a razão de fuga do escravo e a de quem tinha como ofício capturá-lo sob recompensa, isto é, movido por uma necessidade, razão não menos nobre... Na estratégia machadiana, apresentar como natural a brutalidade humana é um modo eficaz de acentuar a barbárie e provocar a indignação do leitor.
(Celso de Oliveira, de um estudo inédito) 
A
afirma o sentido exclusivo e rigoroso do que entende como um ato de nobreza.
B
mostra-se compreensivo com as razões pelas quais se assume um ofício pouco dignificante.
C
abomina as ações que implicam violência desnecessária contra o escravo.
D
relata com repulsa a forma pela qual os escravos fugidos eram recapturados.
E
considera que a ordem social pode ser comprometida pela desordem jurídica.
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Assinale a afirmação que explica a intensificação, no século XVII, da atividade de captura a que o texto de Celso de Oliveira faz referência.

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Nas poucas vezes em que o narrador de Machado de Assis abordou diretamente o tema da escravidão, foi contundente e incisivo, a seu modo. Em vez de acusar os horrores da condição e dos castigos que se impunham ao escravo, preferia tratá-los com irônica candura, como se fossem trivialidades aceitáveis. Colocava no mesmo pé a razão de fuga do escravo e a de quem tinha como ofício capturá-lo sob recompensa, isto é, movido por uma necessidade, razão não menos nobre... Na estratégia machadiana, apresentar como natural a brutalidade humana é um modo eficaz de acentuar a barbárie e provocar a indignação do leitor.
(Celso de Oliveira, de um estudo inédito) 
A
Exercida exclusivamente pelo espírito de aventura, os colonos paulistas, vinculados à elite proprietária vicentina, organizaram expedições para atacar as missões jesuíticas e fornecer mão de obra escrava à região açucareira.
B
Muito valorizado, em razão de capturar escravos negros e índios fugidos, o trabalho dos paulistas tinha principalmente o objetivo de servir para intimidar escravos, desestimular as novas fugas e a formação de núcleos de quilombos.
C
A pressão metropolitana sobre o comércio ilegal de escravos indígenas contribuiu para que os colonos paulistas se aventurassem na procura e caça de escravos e para a expansão e conquista do território para além da linha das Tordesilhas.
D
Profundos conhecedores dos sertões e habilitados na luta contra o gentio, muitos paulistas passaram a ser contratados pelas autoridades e senhores de fazendas para combater os índios resistentes aos brancos e os negros dos quilombos.
E
O estabelecimento de aldeamentos indígenas em áreas territoriais de interesse metropolitano incentivou os proprietários de terra a contratar muitos paulistas para capturar negros e nativos para o trabalho escravo nas lavouras de cana.
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O texto de Celso de Oliveira pode remeter a uma das fases da história do movimento das bandeiras. Sobre esse movimento, é correto afirmar que os bandeirantes ao ultrapassarem constantemente a linha de Tordesilhas provocaram conflitos entre espanhóis e portugueses, como o de 1680 na região

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Nas poucas vezes em que o narrador de Machado de Assis abordou diretamente o tema da escravidão, foi contundente e incisivo, a seu modo. Em vez de acusar os horrores da condição e dos castigos que se impunham ao escravo, preferia tratá-los com irônica candura, como se fossem trivialidades aceitáveis. Colocava no mesmo pé a razão de fuga do escravo e a de quem tinha como ofício capturá-lo sob recompensa, isto é, movido por uma necessidade, razão não menos nobre... Na estratégia machadiana, apresentar como natural a brutalidade humana é um modo eficaz de acentuar a barbárie e provocar a indignação do leitor.
(Celso de Oliveira, de um estudo inédito) 
A
do Acre, quando aos espanhóis pretendendo conquistar áreas anteriormente pertencentes aos portugueses, promoveram a revolta dos brasileiros e um confronto fronteiriço.
B
da Colônia do Sacramento, quando os espanhóis procuraram expandir seus domínios nas terras onde viviam os índios Guaranis, contrariando o previsto no Tratado de Madri.
C
de Sete Povos das Missões, quando os portugueses obrigaram os indígenas da região a se transferirem para as terras dominadas pelos espanhóis, no atual Rio Grande do Sul.
D
do Rio Oiapoque, quando os portugueses penetraram em terras espanholas e provocaram uma guerra pela definição da fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.
E
do Prata, quando procurando ampliar os seus domínios, os portugueses fundaram a cidade de Nova Colônia do Santíssimo Sacramento, no atual Uruguai.
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O significado original da antropofagia para as sociedades indígenas no Brasil pode ser relacionado

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
à ideia de sacrifício humano presente, com idêntico sentido, nas culturas Inca e Asteca, por meio do qual o sangue humano deveria ser derramado para apaziguar a fúria dos deuses e evitar tragédias coletivas.
B
ao sincretismo religioso proveniente do contato intenso com o catolicismo do colonizador português, que gradativamente transformou essa prática na repartição simbólica da carne e do sangue de Cristo.
C
ao ritual que sucedia o aprisionamento de um guerreiro inimigo, a quem, por suas qualidades, era concedida a honra de servir de alimento aos vencedores, que assim incorporariam sua bravura e seus melhores atributos.
D
ao rito de passagem a que eram submetidos os jovens guerreiros após sua primeira batalha bem sucedida: estes deveriam celebrar sua bravura aprisionando inimigos e oferecendo, à tribo, um banquete cerimonial.
E
à prática do canibalismo, revestida de significado mítico e disseminada em momentos de penúria, quando as tribos indígenas organizavam rituais coletivos para satisfazer suas necessidades e dissipar sortilégios.
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No final da década de 20 os modernistas sofreram o impacto da quebra da bolsa de valores de Nova York. Esse acontecimento resultou, para o Brasil,

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
no gradual aumento das exportações de café para países europeus, uma vez que os Estados Unidos mergulharam numa profunda crise econômica, da qual se recuperariam somente após a II Guerra Mundial.
B
na elaboração de um projeto político de substituição de importações, influenciado pelo keynesianismo, política que apregoava o Estado do Bem-Estar Social.
C
na adoção de política semelhante ao New Deal, que implicou garantias de subsídio estatal aos cafeicultores, evitando a falência massiva e a crise generalizada. 
D
no aumento do número de imigrantes estrangeiros, à medida em que a crise ganhava proporções internacionais, obrigando os trabalhadores empobrecidos a buscarem empregos em países menos afetados.
E
na bancarrota dos latifundiários que dependiam dos empréstimos norte-americanos para manter suas exportações, e que passaram a culpar o Estado e a aderir fervorosamente aos valores liberais.
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A devoração ritual dos valores europeus se estendia a determinados cânones artísticos europeus herdados do Renascimento. Nesse período da história europeia (séculos XV e XVI), houve

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
a reinterpretação dos valores vigentes na cultura grecolatina, bem como a valorização de um certo ideal de beleza e de razão, numa perspectiva humanista.
B
a retomada da tradição naturalista e da concepção de que o homem, como criação divina, estava integrado perfeitamente ao Cosmos, sendo dever dos artistas retratar essa harmonia mística.
C
a celebração coletiva do hedonismo, numa busca incessante pelo sublime mediante a crença na utopia da realização plena: afetiva, material e religiosa.
D
o questionamento das interpretações dogmáticas baseadas no antropocentrismo uma vez que, desde a Idade Média, se afirmava que o Sol não era o centro do universo.
E
a reprodução, em larga escala e de forma monumental, do conjunto de obras do Classicismo, com o objetivo de provar que a técnica era mais importante que o talento ou a perfeição.
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Nesse trecho, o historiador da literatura deixa ver que

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

    O padre Antonio Vieira, ao contrário de um Gregório de Matos saudoso do “Antigo Estado”, sabia que a máquina mercante da colonização viera para ficar, irreversível, inexorável. E que, sendo inútil lamentar a sua intrusão nos portos da Colônia, importava dominá-la imitando seus mecanismos e criando, na esfera do poder monárquico luso, uma estrutura similar que pudesse vencê-la na concorrência entre os impérios. Esse projeto o situa no centro nervoso da política colonial. Enquanto conselheiro de D. João IV, inspira ao rei a fundação de uma Companhia das Índias Ocidentais assentada principalmente em capitais judaicos.
(Alfredo Bosi, Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 120) 
A
a poesia barroca é um gênero literário mais eficaz na denúncia política do que os sermões de um padre da Ilustração.
B
homens de letras não deixam de repercutir, em suas obras ou ações, valores de algum posicionamento político.
C
o estilo barroco foi determinante para que poetas ou sermonistas manifestassem repulsa ao processo colonial.
D
as preocupações políticas prejudicam o valor literário tanto dos poetas como dos prosadores.
E
as relações comerciais entre a colônia e a coroa foram decisivas para a fixação do estilo barroco entre nós.
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A fundação da Companhia a que o texto faz referência ocorreu

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

    O padre Antonio Vieira, ao contrário de um Gregório de Matos saudoso do “Antigo Estado”, sabia que a máquina mercante da colonização viera para ficar, irreversível, inexorável. E que, sendo inútil lamentar a sua intrusão nos portos da Colônia, importava dominá-la imitando seus mecanismos e criando, na esfera do poder monárquico luso, uma estrutura similar que pudesse vencê-la na concorrência entre os impérios. Esse projeto o situa no centro nervoso da política colonial. Enquanto conselheiro de D. João IV, inspira ao rei a fundação de uma Companhia das Índias Ocidentais assentada principalmente em capitais judaicos.
(Alfredo Bosi, Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 120) 
A
simultaneamente à criação da Companhia de Comércio das Índias Orientais que havia sido fundada pelos holandeses e vinha se expandindo consideravelmente, ameaçando o Império português.
B
como resultado dos acordos econômicos firmados entre Portugal e Espanha, no contexto da União Ibérica, e com o objetivo de estender o monopólio ibérico à Índia e ao Oriente Médio.
C
por iniciativa da Igreja Católica, cujo objetivo era atrair os judeus para que se convertessem ao cristianismo e aplicassem seu capital no projeto colonizador português, num momento de crise deste império.
D
nos moldes da companhia holandesa voltada à América e outras regiões do Atlântico, composta por acionistas que investiam em incursões militares a fim de garantir o comércio com aquela região e obter altas margens de lucro.
E
após a derrota e a expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro, dentre os quais os judeus eram maioria, como forma de apropriação do capital desses invasores em benefício do Império formado por Espanha e Portugal.
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A consolidação do poder monárquico luso a que o texto faz referência deve ser compreendida historicamente no contexto da formação dos Estados Nacionais na Europa, durante a época moderna. Dentre as ideias que embasaram esse processo, no caso português, pode-se citar: 

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

    O padre Antonio Vieira, ao contrário de um Gregório de Matos saudoso do “Antigo Estado”, sabia que a máquina mercante da colonização viera para ficar, irreversível, inexorável. E que, sendo inútil lamentar a sua intrusão nos portos da Colônia, importava dominá-la imitando seus mecanismos e criando, na esfera do poder monárquico luso, uma estrutura similar que pudesse vencê-la na concorrência entre os impérios. Esse projeto o situa no centro nervoso da política colonial. Enquanto conselheiro de D. João IV, inspira ao rei a fundação de uma Companhia das Índias Ocidentais assentada principalmente em capitais judaicos.
(Alfredo Bosi, Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 120) 
A
o fortalecimento do poder da Igreja Católica diante da concepção do direito divino do monarca, o nacionalismo e a adoção de medidas liberais para desenvolver e expandir a economia nacional.
B
a elaboração de leis nacionais sintetizadas numa Carta Magna, a afirmação da soberania por meio de guerras de expansão, e a aliança entre clero, monarquia e nobreza para conter os interesses e a atuação da burguesia.
C
o despotismo esclarecido, a concepção de que o Estado deveria ser empreendedor e alimentado pela arrecadação de impostos, a formação de um exército forte e autônomo e o rompimento com os valores feudais.
D
a organização do governo em três poderes (executivo, legislativo e judiciário), a afirmação da nacionalidade em oposição à cultura estrangeira e a defesa da liberdade individual e do “estado de natureza”.
E
a defesa da monarquia absolutista, o projeto de integração nacional através da unidade territorial, linguística e monetária, e o incentivo estatal ao desenvolvimento mercantilista.
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Depreende-se desse fragmento crítico que a poesia de Gregório de Matos, ao contrário

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

    O padre Antonio Vieira, ao contrário de um Gregório de Matos saudoso do “Antigo Estado”, sabia que a máquina mercante da colonização viera para ficar, irreversível, inexorável. E que, sendo inútil lamentar a sua intrusão nos portos da Colônia, importava dominá-la imitando seus mecanismos e criando, na esfera do poder monárquico luso, uma estrutura similar que pudesse vencê-la na concorrência entre os impérios. Esse projeto o situa no centro nervoso da política colonial. Enquanto conselheiro de D. João IV, inspira ao rei a fundação de uma Companhia das Índias Ocidentais assentada principalmente em capitais judaicos.
(Alfredo Bosi, Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 120) 
A
do que ocorre com Antonio Vieira, mostra a nostalgia de antigas situações do processo colonial.
B
do que ocorria na oratória do padre sermonista, não se preocupava com o que havia de mecânico no estilo barroco.
C
dos sermões de Antonio Vieira, expressava o desejo do poeta de ver extinto o processo colonial.
D
dos sermões do missionário barroco, empenha-se mais na crítica da política colonial do que na missão catequética.
E
do que ocorre com Antonio Vieira, procura divulgar o ideário colonial imposto pelo governo de D. João IV.
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A ausência de relativismo religioso marca a chamada Guerra Justa, empreendida no período colonial. Sobre a Guerra Justa, é correto afirmar que esta foi

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


     Creio que a posição de José de Alencar, quanto ao processo de colonização, é clara. No último capítulo de Iracema, quando Poti se converte, o narrador se regozija: “Germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem; e o bronze sagrado ressoou nos vales onde rugia o maracá”. A frase diz tudo: não há relativismo religioso em Alencar: Tupã é o deus falso; o deus dos cristãos é o deus verdadeiro. E a civilização cristã é, já pelo fato de ser cristã, superior.

(Paulo Franchetti, “Apresentação” a Iracema, de José de Alencar. S.Paulo: Ateliê Editorial, 2006. p. 82) 

A
defendida pelo frei Bartolomeu de las Casas, que apregoava que os índios possuíam o direito legítimo de reagirem aos colonizadores, diante dos massacres, aprisionamentos, saques e violações, que justificavam, assim, uma “guerra justa” contra a opressão dos brancos.
B
baseada na filosofia de São Tomás de Aquino, o tomismo, que defendia que os fins justificavam os meios, sendo justa uma ação violenta coletiva, da parte dos índios ou dos conquistadores, cujo objetivo fosse nobre.
C
proposta pelo espanhol Sepúlveda, que alegava o direito dos conquistadores a guerrear contra os indígenas, uma vez que estes eram bárbaros e que a conquista e a evangelização representariam benfeitorias, civilizariam esses povos.
D
disseminada pelo padre José de Anchieta após ter sido prisioneiro de índios belicosos que reagiram negativamente à evangelização: a guerra, segundo ele, seria justa nessas situações em que os aborígenes estivessem atrapalhando a colonização.
E
combatida pelos frades franciscanos desde a Idade Média, quando essa ideia ganhou força por meio das cruzadas, sendo posteriomente transplantada para a América, onde serviu de justificativa para a escravização dos índios e o combate aos judeus.
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Na passagem citada Germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem; e o bronze sagrado ressoou nos vales onde rugia o maracá,

I. deve-se entender que há uma correspondência entre palavra do Deus e bronze sagrado, ambas as expressões referindo-se à propagação da fé cristã.
II. os verbos ressoar e rugir estão empregados de modo a sublinhar a distinção entre a religião cristã e as crenças indígenas.
III. expressa-se, em linguagem figurada, a reação do colonizador diante das aspirações dos colonos nacionalistas.


Está correto o que se afirma em

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


     Creio que a posição de José de Alencar, quanto ao processo de colonização, é clara. No último capítulo de Iracema, quando Poti se converte, o narrador se regozija: “Germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem; e o bronze sagrado ressoou nos vales onde rugia o maracá”. A frase diz tudo: não há relativismo religioso em Alencar: Tupã é o deus falso; o deus dos cristãos é o deus verdadeiro. E a civilização cristã é, já pelo fato de ser cristã, superior.

(Paulo Franchetti, “Apresentação” a Iracema, de José de Alencar. S.Paulo: Ateliê Editorial, 2006. p. 82) 

A
I, II e III.
B
I e II, somente.
C
II e III, somente.
D
I e III, somente.
E
II, somente.
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No texto, o crítico faz ver que o indianismo de José de Alencar

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


     Creio que a posição de José de Alencar, quanto ao processo de colonização, é clara. No último capítulo de Iracema, quando Poti se converte, o narrador se regozija: “Germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem; e o bronze sagrado ressoou nos vales onde rugia o maracá”. A frase diz tudo: não há relativismo religioso em Alencar: Tupã é o deus falso; o deus dos cristãos é o deus verdadeiro. E a civilização cristã é, já pelo fato de ser cristã, superior.

(Paulo Franchetti, “Apresentação” a Iracema, de José de Alencar. S.Paulo: Ateliê Editorial, 2006. p. 82) 

A
é de tal modo idealizado que chega a fazer frente às culturas mais sofisticadas do ocidente.
B
padece de alguma falsidade, quando simula equiparar os valores pagãos à moralidade cristã.
C
contempla as especificidades de diferentes culturas, analisando-as com isenção e objetividade.
D
não admite qualquer traço de submissão dos dogmas cristãos às crenças praticadas pelos silvícolas.
E
dá voz ao lamento de um escritor que vê como injusta a supremacia da fé do colonizador sobre a do colonizado.
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Atente para as seguintes passagens ficcionais:

I. Mas, dois guerreiros, como é, como iam poder se gostar, mesmo em singela conversação por detrás de tantos brios e armas? Mais em antes se matar, em luta, um o outro. E tudo impossível.
II. Quando o Dia de Finados chegou, Bibiana foi pela manhã ao cemitério com os dois filhos. Estava toda de preto e agora, passado o desespero dos primeiros tempos, sentia uma grande tranquilidade.
III. As palavras saíam-lhe da boca, sem que as sentisse, e pareciam independentes de sua vontade, tão desatinada agora com o choque sofrido, ao compreender estar morta a Sinhazinha-pequena, pelo silêncio caído sobre a fazenda.

Identifica-se como exemplo da linguagem típica de Guimarães Rosa o que está em

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A mentalidade sertaneja, de que há alguns traços que resistem ao tempo, foi captada magnificamente por Guimarães Rosa. (...) Se há, na expressão dessa mentalidade, tantos aspectos medievais − alguns no sentido da sacralidade ou da honra, outros simplesmente da ordem feudal −, há um aspecto que desmente o esquema: os jagunços não estão sujeitos à servidão, ao trabalho servil da terra. São livres para trilhar as veredas.


(Fernando Correia Dias, “Aspectos sociológicos de Grande sertão: veredas”, in: Guimarães Rosa − Coleção Fortuna Crítica. Sel. de Eduardo de Faria Coutinho. Rio de janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983. p. 406) 
A
I, II e III.
B
I e II, somente.
C
I e III, somente.
D
II e III, somente.
E
I, somente.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O termo jagunço, ainda muito presente na cultura popular nordestina, era recorrente no vocabulário dos chamados cangaceiros. Sobre o fenômeno do Cangaço, é correto afirmar que

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A mentalidade sertaneja, de que há alguns traços que resistem ao tempo, foi captada magnificamente por Guimarães Rosa. (...) Se há, na expressão dessa mentalidade, tantos aspectos medievais − alguns no sentido da sacralidade ou da honra, outros simplesmente da ordem feudal −, há um aspecto que desmente o esquema: os jagunços não estão sujeitos à servidão, ao trabalho servil da terra. São livres para trilhar as veredas.


(Fernando Correia Dias, “Aspectos sociológicos de Grande sertão: veredas”, in: Guimarães Rosa − Coleção Fortuna Crítica. Sel. de Eduardo de Faria Coutinho. Rio de janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983. p. 406) 
A
se originou dos problemas sociais e das questões fundiárias do Nordeste brasileiro, perdurando de meados do século XIX ao início do século XX, sempre marcado por ações violentas nas quais os cangaceiros roubavam dos ricos para ofertar aos pobres.
B
se caracterizou fundamentalmente pela atuação de grupos armados que assaltavam fazendas, promoviam saques e sequestros, seguindo a conveniência de uma política de alianças e negociações com os grandes “coronéis”, que não raramente, contratavam os serviços dos cangaceiros.
C
foi um movimento social, marcado pela liderança carismática e messiânica de líderes como Lampião, Corisco, Conselheiro e Maria Bonita, que combatiam o poder abusivo dos “coronéis” e tinham como objetivo libertar os sertanejos de sua condição de semiescravos.
D
pode ser comparado ao atual narcotráfico, tão presente nos morros cariocas, uma vez que substituía o Estado, assumindo o papel dos administradores e garantia à população nordestina qualidade mínima de vida, em termos de alimentação, segurança e educação.
E
foi uma manifestação de banditismo social, uma vez que os cangaceiros agiam de forma desgovernada, não possuíam nenhuma regra de conduta e enriqueceram às custas do apoio popular, que garantiu sua proteção e longevidade, no Nordeste, apesar da incessante perseguição policial sofrida.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O modo pelo qual a mentalidade sertaneja (...) foi captada magnificamente por Guimarães Rosa consistiu, em síntese, na seguinte operação:

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A mentalidade sertaneja, de que há alguns traços que resistem ao tempo, foi captada magnificamente por Guimarães Rosa. (...) Se há, na expressão dessa mentalidade, tantos aspectos medievais − alguns no sentido da sacralidade ou da honra, outros simplesmente da ordem feudal −, há um aspecto que desmente o esquema: os jagunços não estão sujeitos à servidão, ao trabalho servil da terra. São livres para trilhar as veredas.


(Fernando Correia Dias, “Aspectos sociológicos de Grande sertão: veredas”, in: Guimarães Rosa − Coleção Fortuna Crítica. Sel. de Eduardo de Faria Coutinho. Rio de janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983. p. 406) 
A
fidelidade extrema e documental às falas que pesquisou nos mais remotos povoados mineiros.
B
inventário dos costumes sertanejos, traduzidos na prosa experimental dos modernistas de 22.
C
absorção dos valores e falares regionais, integrados num discurso ficcional de alta inventidade.
D
descrição dos seres e paisagens dos sertões, com o fito de resgatar uma cultura em processo de extinção.
E
narrações imaginosas, de cunho fantástico, baseadas em material folclórico colhido no sertão mineiro.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto faz referência à servidão, forma de exploração do trabalho marcante na sociedade feudal. É correto afirmar que os servos, na Idade Média

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    A mentalidade sertaneja, de que há alguns traços que resistem ao tempo, foi captada magnificamente por Guimarães Rosa. (...) Se há, na expressão dessa mentalidade, tantos aspectos medievais − alguns no sentido da sacralidade ou da honra, outros simplesmente da ordem feudal −, há um aspecto que desmente o esquema: os jagunços não estão sujeitos à servidão, ao trabalho servil da terra. São livres para trilhar as veredas.


(Fernando Correia Dias, “Aspectos sociológicos de Grande sertão: veredas”, in: Guimarães Rosa − Coleção Fortuna Crítica. Sel. de Eduardo de Faria Coutinho. Rio de janeiro: Civilização Brasileira/INL, 1983. p. 406) 
A
tinham reduzida mobilidade social, podendo ascender socialmente à medida que conseguissem adquirir pequenos lotes e se convertessem em vilões.
B
eram “emprestados” pelos senhores feudais para defender as terras da Igreja, durante conflitos militares, adquirindo o direito de serem sagrados cavaleiros, em situação de vitória.
C
trabalhavam em propriedades alheias e arcavam com excessivos tributos, como o census, o dízimo e a taxa para assegurar o bem de “mão-morta”.
D
eram vinculados à terra, e caso o domínio senhorial ao qual pertencessem mudasse de senhor, passavam a dever obrigações ao novo.
E
podiam se converter em suseranos mediante carreira clerical ou se fossem agraciados com uma herança ou doação, ainda que sem direito a usufruir de títulos de nobreza.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No fragmento acima,

Para responder à questão, considere o texto abaixo. Constitui o início do conto “AA”, de Rubem Fonseca.


A
tem-se um narrador com total visão dos fatos, como se nota na passagem em que cita o que as personagens estavam pensando sobre ele quando prometeram cumprir suas ordens à risca: não havia melhor patrão do que eu em todo o Pantanal.
B
a organização do primeiro parágrafo − em que, aglutinadamente, se narram fatos, se explicita intenção, se levanta hipótese, se autorizam atitudes, se fazem advertências e ameaça − sugere a preocupação de seu Guilherme com a vinda da doutora.
C
tem-se acesso à fala de muitas personagens, mas unicamente por meio do discurso indireto, que está exemplificado em Acho que não, ela deve gostar mais de cavalo do que de tatu.
D
compõem campo lexical estritamente relativo a atividades rurais as seguintes palavras e expressões: capataz, animais, fazenda, peões, abrisse o bico, estava ferrado.
E
a caracterização da doutora no primeiro parágrafo justifica plenamente a resposta dada a Zé do Carmo na última frase.