Questõesde PUC - Campinas sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O aspecto reconhecido como exótico das nossas frutas tropicais levou a notações pitorescas, como estas:

(...) o sabor dos ananases é muito doce, e tão suave que nenhuma fruta de Espanha lhe chega na formosura, no sabor e no cheiro; porque uns cheiram a melão muito fino, outros a camoesas; mas no cheiro e no sabor não há quem se saiba afirmar em nada; porque ora sabe e cheira a uma coisa, ora a outra.

Tais notações são características 

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
das Cartas chilenas, em que Tomás Antônio Gonzaga satiriza um mandatário português.
B
da literatura de catequese, cultivada pelos padres José de Anchieta e Manuel da Nóbrega.
C
da literatura de informação, como a produzida por Gabriel Soares de Souza e Pero de Magalhães Gândavo.
D
da ficção indianista de José de Alencar, tal como ocorre nos romances Iracema e O Guarani.
E
dos romances regionalistas de 30, como Menino de engenho ou Fogo morto, de José Lins do Rego.
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Há textos literários designados como canções, tal como a “Canção do vento e da minha vida”, de Manuel Bandeira, da qual se transcreve a primeira estrofe:

O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de folhas.

Com base nesses versos, justifica-se a designação de canção porque

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
o tema desenvolvido está representado exclusivamente por elementos delicados da natureza.
B
os símbolos utilizados remetem imediatamente às sonoridades do cotidiano.
C
a linguagem explora bem marcada cadência rítmica e aliterações sistemáticas.
D
a disposicão gráfica dos versos lembra a espacialização das notas musicais em uma pauta.
E
os elementos imagéticos expressam com melancolia uma realidade frágil e efêmera.
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A referência às musas inspiradoras da Grécia faz lembrar que essas entidades míticas costumavam ser invocadas na ......, tal como se deu em ......, de ...... .

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima os seguintes elementos:

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
ficção romântica - Senhora     - José de Alencar. 
B
epopeia clássica - Os Lusíadas    - Luís de Camões.
C
oratória barroca - Sermões - Antonio Vieira.
D
prosa naturalista - O cortiço - Aluísio Azevedo.
E
lírica romântica - Lira dos Vinte Anos - Álvares de Azevedo.
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Depois da eclosão do modernismo de 1922, o crítico Gondin da Fonseca publicou no jornal Correio da Manhã um artigo em que se lia:

"Hoje não se rima. Um cabra vai pela rua, tropeça, por exemplo, numa casca de banana, papagueia a coisa umas quatro ou cinco vezes e pronto! Está feito um poema:

Eu tropecei agora numa casca de banana.
Numa casca de banana!
Numa casca de banana eu tropecei agora,
Caí para trás desamparadamente,
E rasguei os fundilhos das calças!
Numa casca de banana eu tropecei agora.
Numa casca de banana!
Eu tropecei agora numa casca de banana!"

Nesse artigo, o crítico manifestou sua

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
entusiástica adesão aos manifestos poéticos de Mário de Andrade e Oswald de Andrade.
B
repulsa aos velhos maneirismos da poesia parnasiana, em decadência na época.
C
convicção de que apenas o gênero épico é capaz de abrigar a mais alta poesia.
D
relutância em aceitar poemas marcados pela presença do prosaico e de versos livres.
E
tendência de valorizar a paródia literária como um gênero autenticamente poético.
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Na organização do texto, é feita referência

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
ao Novo Mundo (linhas 19 e 20) como comprovação de que o continente americano é grande consumidor de banana.
B
a Jules Verne (linha 23) como argumento em defesa da ideia de que era grande o desconhecimento acerca da banana.
C
à Filadélfia (linha 28) pela importância da cidade americana no cultivo da banana.
D
a Carmem Miranda (linha 34) para comprovar que artistas, de modo pouco ético, sempre se valeram do prestígio internacional da banana para adquirir notoriedade.
E
à Bananolândia (linha 37) para mostrar que, pelo mundo todo, o grande cultivo da banana acabou por determinar que o nome da cidade produtora se associasse ao nome da fruta.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Análise sintática, Uso das aspas, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerado o último parágrafo é correto afirmar:

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
A organização sintática da frase inicial põe em relevo as propriedades da banana.
B
Em indiscutivelmente, o prefixo tem valor equivalente ao que forma a palavra “ingerir”.
C
A forma verbal gostaria, por expressar situação hipotética, não pode ser entendida como expressão de uma verdade, caso em que equivaleria a “gosta”.
D
As aspas sinalizam que a expressão é criada pelo autor, constituindo um neologismo.
E
A palavra como expressa “intensidade”, do mesmo modo que se tem em “Como é agradável o clima daqui!”.
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No penúltimo parágrafo do texto, não está claramente manifesta, mas está implícita, a ideia de que

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Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
a história da América Central é marcada por ditaduras militares.
B
o bolchevismo não havia ainda chegado ao continente americano quando os jornalistas das revistas e jornais citados foram à Guatemala.
C
os Estados Unidos não tinham nenhuma expectativa quanto à Guatemala, por isso jamais participaram de ações que repercutissem nesse país.
D
durante a Guerra Fria eram submetidos a tratamento VIP unicamente os donos de grandes empresas de comunicação.
E
os jornalistas citados viajaram com todas as despesas pagas por terceiros.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Travessão, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Só as espécies variam: ao todo, 35; algumas exclusivas de determinadas regiões; todas pertencentes a um gênero de vegetal (herbáceo rizomatoso, de folhas basais imbricadas e inflorescências terminais), cujo nome científico, Musa, nada tem a ver com as deusas inspiradoras da Grécia.

Considerado o trecho acima, em seu contexto, é correto afirmar:

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
o emprego dos parênteses é obrigatório, pois, se em seu lugar fossem usados travessões, por exemplo, o efeito não seria equivalente.
B
cujo nome científico e “cujo o nome científico” são estruturas que respeitam, ambas, o padrão culto escrito.
C
em ao todo, 35, está subentendida uma forma verbal que, se for do verbo “existir”, tomará corretamente a forma “existe”.
D
a expressão nada tem a ver com é equivalente à forma "não tem relação alguma com”.
E
Musa exerce a função sintática de vocativo.
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No texto,

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

A
ressalta-se a superioridade nutricional da banana, principalmente em relação a outros alimentos bastante cultivados, como o arroz, o trigo e o milho.
B
atribui-se a grande difusão da banana como alimento, em todo o mundo, à facilidade da pronúncia da palavra que dá nome à fruta.
C
detalham-se todos os atributos da banana, entre eles o seu design, este considerado fator que torna seu consumo insuperável, se comparado a outras frutas tropicais.
D
salientam-se, paralelamente às vantagens da banana como produto agrícola, em escala mundial, os perigos potenciais desse alimento para a saúde.
E
associam-se informações sobre a banana advindas de distintos campos de conhecimento, e que a relacionam a diversos aspectos da cultura, inclusive o político.
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Considere a foto e o poema de Vinícius de Moraes.


O poema e a situação da trabalhadora retratada na foto permitem afirmar que, apesar dos numerosos avanços conquistados pela humanidade e das grandes lutas travadas ao longo da história, o Brasil não conseguiu resolver dois problemas básicos que afligem o homem do campo: a

Para responder à questão, considere o excerto abaixo.


Senhor Grileiro de Terra,

É chegada a vossa vez,

A voz que ouvis e que berra

É a voz do camponês

Clamando do seu calvário

Contra a vossa mesquinhez.

O café vos deu o ouro,

Com que encheis vosso tesouro,

A cana vos deu a prata

Que reluz em vosso armário,

O cacau vos deu o cobre

Que atirais no chão do pobre,

O algodão vos deu o chumbo

Com que matais o operário:

É chegada a vossa vez,

Senhor latifundiário!


(Vinícius de Moraes. Poemas esparsos. S. Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 58) 

A
inexistência de tecnologia moderna das ferramentas e a falta de capacitação da população para o trabalho nas plantações.
B
falta de terras improdutivas para assentamento de famílias camponesas e a inexistência de produção de subsistência.
C
propriedade da terra e as condições de vida e de trabalho da população que ainda sobrevive no meio rural brasileiro.
D
formação de núcleos agrícolas de cultivo coletivo e a forte oposição à reforma agrária dos movimentos de sem terras.
E
inadequação dos meios de produção para o cultivo e o reduzido conhecimento de técnicas agrícolas da população rural.
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O texto faz referência às contribuições de linha experimental e renovadora que dão o “timbre” aos anos 60 e 70. Mais recentemente, no campo da cultura, muitos especialistas têm ponderado sobre os efeitos da globalização, fenômeno bastante discutido desde os anos 1980. Considere as proposições a seguir, acerca desses efeitos.

I. A globalização vem possibilitando a ampliação da circulação de ideias, tendências e expressões artísticas num contexto de transformação do mundo em “aldeia global”, possibilitando a pluralização dos centros de influência.
II. Uma consequência comprovada desse fenômeno foi o fortalecimento das manifestações genuinamente populares e nacionais, como resistência à cultura de massa e ao acirramento do imperialismo cultural acentuado pela globalização.
III. Há crescente melhoria da qualidade de vida nos países pobres, em virtude da universalização do acesso aos meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos e à implantação da rede mundial de computadores − a internet −, que vem tornando os cidadãos menos aculturados e as sociedades economicamente menos desiguais.

Está correto o que se afirma em

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     O decênio de 1960 foi primeiro turbulento e depois terrível. (...) Na fase inicial, período Goulart, houve um aumento de interesse pela cultura popular e um grande esforço para exprimir as aspirações e reivindicações do povo − no teatro, no cinema, na poesia, na educação. (...) Mas o timbre dos anos 60 e sobretudo 70 na literatura foram as contribuições de linha experimental e renovadora, refletindo de maneira crispada, na técnica e na concepção da narrativa, esses anos de vanguarda estética e amargura política.
(Antonio Candido. A educação pela noite e outros ensaios. S. Paulo: Ática, 1987. p. 208-209) 
A
I, somente.
B
II, somente.
C
II e III, somente.
D
I e II, somente.
E
I, II e III.
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O verso É chegada a vossa vez, repetido no excerto acima, expressa a expectativa que tem o poeta de que  

Para responder à questão, considere o excerto abaixo.


Senhor Grileiro de Terra,

É chegada a vossa vez,

A voz que ouvis e que berra

É a voz do camponês

Clamando do seu calvário

Contra a vossa mesquinhez.

O café vos deu o ouro,

Com que encheis vosso tesouro,

A cana vos deu a prata

Que reluz em vosso armário,

O cacau vos deu o cobre

Que atirais no chão do pobre,

O algodão vos deu o chumbo

Com que matais o operário:

É chegada a vossa vez,

Senhor latifundiário!


(Vinícius de Moraes. Poemas esparsos. S. Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 58) 

A
proprietários de terra acabem respondendo pela injustiça social e econômica que promoveram.
B
latifundiários e camponeses deixem de lado as desavenças e se irmanem na causa comum.
C
latifundiários e grileiros acabem, enfim, por chegar a um acordo justo para ambos.
D
grileiros e camponeses, unidos, promovam justa vingança contra os poderosos latifundiários.
E
trabalhadores e proprietários de terra recebam o que lhes cabe no momento do juízo final.
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As expressões vanguarda estética e amargura política, pelo modo como se relacionam no contexto desse fragmento, indicam que o crítico julga importante

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     O decênio de 1960 foi primeiro turbulento e depois terrível. (...) Na fase inicial, período Goulart, houve um aumento de interesse pela cultura popular e um grande esforço para exprimir as aspirações e reivindicações do povo − no teatro, no cinema, na poesia, na educação. (...) Mas o timbre dos anos 60 e sobretudo 70 na literatura foram as contribuições de linha experimental e renovadora, refletindo de maneira crispada, na técnica e na concepção da narrativa, esses anos de vanguarda estética e amargura política.
(Antonio Candido. A educação pela noite e outros ensaios. S. Paulo: Ática, 1987. p. 208-209) 
A
definir bem as características das várias escolas literárias.
B
considerar o objeto estético na sua relação com a história social.
C
opor a integridade da arte às indefinições da sociedade.
D
estabelecer uma relação de causa e efeito entre política e arte.
E
reconhecer que a vanguarda estética e a política andam juntas.
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As referências a bagaceira e senhor de engenho indicam tratar-se de um romance em que  

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    − É o que lhe digo, seu Laurentino. Você mora na vila. Soube valorizar o seu ofício. A minha desgraça foi esta história de bagaceira. É verdade que senhor de engenho nunca me botou canga. Vivo nesta casa como se fosse dono. Ninguém dá valor a oficial de beira de estrada. Se estivesse em Itabaiana, estava rico. Não é lastimar, não. Ninguém manda no mestre José Amaro. Aqui moro para mais de trinta anos.

(José Lins do Rego. Fogo morto. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956. p. 32) 

A
a vida cultural e os temas folclóricos ocupam o primeiro plano das ações narradas.
B
se assinala o contraste entre o processo industrial urbano e o atraso rural.
C
é tomado como tema o rápido desenvolvimento de parte do norte brasileiro.
D
jagunços e cangaceiros provocam a decadência econômica de uma parte do nordeste.
E
um ciclo econômico se mostra indissoluvelmente ligado à vida dos habitantes da região.
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Nesse trecho, o personagem Mestre Amaro, um dos protagonistas de Fogo morto, revela-se para o leitor como um

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    − É o que lhe digo, seu Laurentino. Você mora na vila. Soube valorizar o seu ofício. A minha desgraça foi esta história de bagaceira. É verdade que senhor de engenho nunca me botou canga. Vivo nesta casa como se fosse dono. Ninguém dá valor a oficial de beira de estrada. Se estivesse em Itabaiana, estava rico. Não é lastimar, não. Ninguém manda no mestre José Amaro. Aqui moro para mais de trinta anos.

(José Lins do Rego. Fogo morto. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956. p. 32) 

A
agregado da casa grande, íntimo do velho patriarca e saudoso do seu tempo de professor.
B
profissional ao mesmo tempo livre e dependente do grande proprietário.
C
pobre mestre de ofício, desempregado e deslocado na periferia da cidade.
D
pequeno proprietário de terras, ameaçado pela usina que tomará conta das plantações de cana.
E
vaqueiro de ofício, ora submetido a penosas jornadas de trabalho na roça.
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Nesses versos, o poeta

Para responder à questão, considere o poema abaixo.


Espanha da liberdade,

Não a Espanha da opressão.

Espanha republicana:

A Espanha de Franco, não.

(...)

Espanha da livre crença,

Jamais a da Inquisição.

(...)

Espanha que se batia

Contra o corso Napoleão!

(Manuel Bandeira. 50 poemas escolhidos pelo autor. S. Paulo: Cosac Naify, 2006. p. 60)

A
apura o caráter lírico de sua poesia, numa confidência pessoal.
B
vale-se da memória remota para fugir das vicissitudes do presente.
C
usa recursos da vanguarda modernista para valorizar sua época.
D
apura as características da linguagem épica, essencial em sua poesia.
E
usa a linguagem poética ao manifestar posicionamento ideológico.
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Considerando-se os aspectos técnicos empregados nesse fragmento de poema, vê-se que o poeta recorreu a

Para responder à questão, considere o poema abaixo.


Espanha da liberdade,

Não a Espanha da opressão.

Espanha republicana:

A Espanha de Franco, não.

(...)

Espanha da livre crença,

Jamais a da Inquisição.

(...)

Espanha que se batia

Contra o corso Napoleão!

(Manuel Bandeira. 50 poemas escolhidos pelo autor. S. Paulo: Cosac Naify, 2006. p. 60)

A
versos brancos, para acentuar a espontaneidade da fala.
B
decassílabos, para imprimir à linguagem um tom heroico.
C
redondilhas maiores, para acentuar o ritmar de seu protesto.
D
versos livres, para acentuar o caráter libertário da mensagem.
E
rimas preciosas, para valorizar a acusação em que se empenha.
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Um dos recursos utilizados pelos poetas concretos Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari se faz presente no poema de José Paulo Paes,

Para responder à questão, considere o poema abaixo.


Vila Rica, Vila Rica,

Cofre de muita riqueza:

Ouro de lei no cascalho,

Diamantes à flor do chão.

Num golpe só de bateia,

Nosso bem ou perdição.


(...)


Vila Rica, Vila Rica,

Forja de muito covarde:

Só o corpo mutilado

De um bravo e simples alferes

Te salva e te justifica

Vila Rica vil e rica.


(José Paulo Paes, Poesia completa. S. Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 91-92) 

A
na figura literária Cofre de muita riqueza.
B
na sintaxe de Num golpe só de bateia / Nosso bem ou perdição.
C
na apóstrofe Vila Rica, Vila Rica.
D
na antítese de Nosso bem ou perdição.
E
no jogo verbal Vila rica vil e rica.
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Esses versos de José Paulo Paes ressoam, pelo tema e por certas semelhanças estilísticas,

Para responder à questão, considere o poema abaixo.


Vila Rica, Vila Rica,

Cofre de muita riqueza:

Ouro de lei no cascalho,

Diamantes à flor do chão.

Num golpe só de bateia,

Nosso bem ou perdição.


(...)


Vila Rica, Vila Rica,

Forja de muito covarde:

Só o corpo mutilado

De um bravo e simples alferes

Te salva e te justifica

Vila Rica vil e rica.


(José Paulo Paes, Poesia completa. S. Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 91-92) 

A
o poema Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles.
B
os sonetos neoclássicos do inconfidente Cláudio Manuel da Costa.
C
as crônicas Confissões de Minas, de Carlos Drummond de Andrade.
D
as passagens épicas de Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.
E
as Cartas Chilenas, do inconfidente Tomás Antônio Gonzaga.
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Atente para este pequeno poema do livro Pau Brasil, de Oswald de Andrade.


Escapulário

No Pão de Açúcar

De Cada Dia

Dai-nos Senhor

A Poesia

De Cada Dia


Nesses versos, 

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
mesclam-se o estilo alto da linguagem religiosa e o efeito de uma notação bem-humorada.
B
processa-se uma paródia do nacionalismo típico dos primeiros românticos.
C
a conversão religiosa é tratada com simplicidade poética e verdade de sentimento.
D
mostra-se que a realização da poesia lírica está na capacidade da mais alta transcendência.
E
faz-se piada da fracassada intenção modernista de associar poesia e experiência religiosa.