Questõesde IF Sul Rio-Grandense sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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IF Sul Rio-Grandense 2017, IF Sul Rio-Grandense 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O autor se mostra espantado

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo





A
ao perceber que não havia motivo de surpresa, afinal muitos iorubá vieram para o Brasil como escravos, provavelmente trazendo o ritmo africano na cultura, que ao longo de séculos foi assimilada por aqui.
B
ao se dar conta de que o povo iorubá ficou vagando 300 anos pela África, perdendo sua identidade.
C
por ter tido a experiência rara de ver uma banda com aproximadamente 15 pessoas apresentar no Egito um ritmo cubano.
D
ao saber que no período da escravidão muitos africanos comercializavam como mercadoria seus próprios conterrâneos.
E
pois no século IX os africanos já conheciam um ritmo (o samba de roda) que só ficou consagrado no Brasil a partir de 1.500, depois de Cabral aportar na Bahia.
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IF Sul Rio-Grandense 2017, IF Sul Rio-Grandense 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a única alternativa correta, conforme o texto.

A
Humildade não é o mesmo que se portar com inferioridade. Uma pessoa humilde sabe quais aspectos de sua conduta estão adequados e em quais precisa melhorar.
B
É preciso, para ser humilde, reconhecerse inferior aos demais. Todo e qualquer reconhecimento das qualidades de alguém deve vir de outros, em forma de elogio.
C
Humildade é uma característica de pessoas com poucos recursos econômicos, que, exatamente por isso, são chamados humildes.
D
O excesso de humildade pode prejudicar, a ponto de causar irritação em outras pessoas, especialmente aquelas que não são humildes.
E
A pessoa humilde despreza elogios, não tem orgulho e se considera sempre a menos importante numa relação. Em situação alguma expõe sua realidade (econômica, intelectual etc.), especialmente se for mais favorecida que a de outro, pois isso seria prepotência ou arrogância.
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IF Sul Rio-Grandense 2017, IF Sul Rio-Grandense 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que contém a afirmação correta com relação ao sentido do texto.

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.



SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 14-15. 
A
A diversidade cultural, marca do território brasileiro, ofusca eventuais resquícios da escravidão e é um desafio a ser superado pelo Brasil.
B
Todos os brasileiros, em maior ou menor grau, praticam atos ilícitos e mostram-se coniventes com atos discriminatórios.
C
No Brasil, a violência, assim como a desigualdade social, não estão intimamente relacionadas à escravidão.
D
A mestiçagem pode ser considerada como um empecilho para a consolidação de uma identidade nacional.
E
No Brasil, o fato de alguém ser rico já é prova de isenção e de uma cidadania acima de qualquer suspeita, conforme denota o provérbio “quem rouba pouco é ladrão e quem rouba muito é barão”.
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IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Os pronomes “àquela” (l. 02), “ela” (l. 03) e “eles” (l. 03) estão resgatando quais palavras anteriormente citadas, na ordem em que aparecem no texto?

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.



URBIM, Carlos (coord.). Rio Grande do Sul: um século de história. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999.
A
lado – geração – intelectuais
B
Primeira Guerra – França – gaúchos
C
geração – França – gaúchos
D
geração – segunda pátria – gaúchos
E
dúvida – geração – intelectuais
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IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta.

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.



URBIM, Carlos (coord.). Rio Grande do Sul: um século de história. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999.
A
O fato de a França ser a segunda pátria para os intelectuais gaúchos está mais relacionado à rejeição aos alemães do que à identificação com os franceses.
B
Não havia nenhuma preocupação dos gaúchos em relação a qualquer capital europeia quando a Primeira Guerra foi decretada, exceto Paris.
C
A Alemanha, de fato, foi a responsável por todos os massacres ocorridos na Primeira Guerra.
D
Os gaúchos sempre tiveram a França como sua segunda pátria, mesmo que a imigração tenha vindo de forma mais intensa da Alemanha.
E
Para os intelectuais gaúchos em 1914, Paris representava o centro de difusão das ideias. Se Paris fosse tomada, tudo ficaria sem sentido.
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IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta.

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.



BOTELHO, José Francisco. A odisseia da filosofia: uma breve história do pensamento ocidental. São Paulo: Abril, 2015
A
A concepção cristã que se tem de Deus atualmente provém da filosofia grega, especialmente de Aristóteles, que, em sua Metafísica, criou um ser triunfante, cuja personalidade é austera, impessoal e assombrosa.
B
Somente no início da era cristã (entre 1 e 3 d.C.) é que os filósofos gregos (os maiores pensadores daquela época) perceberam que já existia desde sempre um único Deus, impessoal, assombroso e austero.
C
O autor deixa transparecer em seu texto que Deus (hotheos) é uma “criação” dos gregos. Pode-se intuir que o propósito era garantir a organização da sociedade, afinal as criaturas tementes à divindade tendem a ser pacíficas e ordeiras.
D
Conforme o texto, se os gregos não tivessem concebido a ideia de um Deus único (monoteísmo), até hoje teríamos, como na antiguidade mitológica, uma divindade para cada fenômeno natural.
E
Para o autor, Velho Testamento era um lugar onde o Deus cristão se manifestava, geralmente entre as chamas de arbustos e afins, de forma enigmática, embora direta.
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IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmações abaixo.

I - As ocasiões descritas no restaurante Gero e em Madri são alvo de estranhamento por parte do autor.

II - O autor manifesta sua indiferença em relação a situações que vivencia e/ou presencia em virtude do uso excessivo e por vezes descabido do WhatsApp.

III - Para o autor, a tecnologia mostra-se essencialmente prejudicial às relações humanas.


Quais estão corretas?

INSTRUÇÃO: Responda à questão com base no texto abaixo. 


CARRASCO, Walcyr. In: Revista Época, 25 ago. 2015. (adaptado)

A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas III.
D
Apenas I e III.
E
I, II e III.
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IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o texto, são feitas as seguintes afirmações:

I. Tolerar aquele que é diferente significa aquiescer a sua existência.

II. Não há tolerância em relação à existência autônoma do que é diferente dos padrões sociais.

III. Tolerar não basta; é preciso admitir a existência do outro como membro da comunidade política.

IV. Não existe consonância entre o argumento liberal sobre a tolerância e o sentido recorrente nos discursos da política.

Está (ão) correta (s) apenas a (s) afirmativa (s) 

                                  Contra a mera “tolerância” das diferenças 

                                                                                                             Renan Quintanilha 

      “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

       “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

     “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

    Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegemônica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

     Tolerar não deve ser celebrado e buscado nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

     Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

    Marcuse1 identificava dois tipos de tolerância: a passiva e a ativa. No primeiro caso, a tolerância é vista como uma resignação e uma omissão diante de uma sociedade marcadamente injusta em suas diversas dimensões. Por sua vez, no segundo caso, ele trata da tolerância enquanto uma disposição efetiva de construção de uma sociedade igualitária. Não é este, no entanto, o discurso mais recorrente da tolerância em nossos tempos.

    Assim, quando alguém te disser que é preciso “tolerar” a liberdade das mulheres, os direitos das pessoas LGBT, a busca por melhores condições de vida das pessoas pobres, as reivindicações por igualdade material das pessoas negras, dentre outros segmentos vulneráveis, simplesmente não problematize esse discurso.

   Admitir a existência do outro não significa aceitá-lo em sua particularidade como integrante da comunidade política. É preciso valorizar os laços mais profundos de reciprocidade e respeito pelas diferenças, o que só o reconhecimento, estágio superior da tolerância, pode ajudar a promover, como ensinou Axel Honneth2 .

     Diversidade é um valor em si mesmo e não depende da concordância dos que ocupam posições de privilégios. Direitos e liberdades não se “toleram”. Devem ser respeitados e promovidos, por serem conquistas jurídicas e políticas antecedidas de muitas lutas.

     O que não se pode tolerar é o discurso aparentemente “benevolente” e “generoso” – mas na verdade bem perverso – da “tolerância das diferenças”. Ninguém precisa da licença de ninguém pra existir.

Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/> Acesso em: 03mai 2016.

1 Marcuse: filósofo e sociólogo alemão, naturalizado norte-americano.
2 Axel Honneth: filósofo e sociólogo alemão.

A
I, II e III.
B
I, III e IV.
C
II.
D
IV
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IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Após a leitura do texto, depreende-se do título Contra a mera “tolerância” das diferenças, depreende-se que o autor considera o termo “tolerância”

Leia o texto, para responder à questão.

Contra a mera “tolerância” das diferenças

Renan Quintanilha

    “É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.

    “Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.

    “Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.

    Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegemônica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.

    Tolerar não deve ser celebrado e buscado nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.

    Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.

    Marcuse1 identificava dois tipos de tolerância: a passiva e a ativa. No primeiro caso, a tolerância é vista como uma resignação e uma omissão diante de uma sociedade marcadamente injusta em suas diversas dimensões. Por sua vez, no segundo caso, ele trata da tolerância enquanto uma disposição efetiva de construção de uma sociedade igualitária. Não é este, no entanto, o discurso mais recorrente da tolerância em nossos tempos.

    Assim, quando alguém te disser que é preciso “tolerar” a liberdade das mulheres, os direitos das pessoas LGBT, a busca por melhores condições de vida das pessoas pobres, as reivindicações por igualdade material das pessoas negras, dentre outros segmentos vulneráveis, simplesmente não problematize esse discurso.

    Admitir a existência do outro não significa aceitá-lo em sua particularidade como integrante da comunidade política. É preciso valorizar os laços mais profundos de reciprocidade e respeito pelas diferenças, o que só o reconhecimento, estágio superior da tolerância, pode ajudar a promover, como ensinou Axel Honneth2

    Diversidade é um valor em si mesmo e não depende da concordância dos que ocupam posições de privilégios. Direitos e liberdades não se “toleram”. Devem ser respeitados e promovidos, por serem conquistas jurídicas e políticas antecedidas de muitas lutas.

    O que não se pode tolerar é o discurso aparentemente “benevolente” e “generoso” – mas na verdade bem perverso – da “tolerância das diferenças”. Ninguém precisa da licença de ninguém pra existir.

Disponível em:<http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/>  Acesso em: 03 mai 2016. 

1 Marcuse: filósofo e sociólogo alemão, naturalizado norte-americano.

2 Axel Honneth: filósofo e sociólogo alemão.
A
muito brando para abordar a questão do preconceito.
B
muito simples para tratar de um assunto tão complexo.
C
inadequado, por entender que este reforça a questão das diferenças.
D
inconveniente, por entender que este contradiz o preconceito pelas diferenças.