Questõesde UNIFESP sobre Morfologia - Pronomes

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Foram encontradas 11 questões
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UNIFESP 2015 - Português - Artigos, Advérbios, Preposições, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Em “Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto” (1º parágrafo), o termo em destaque constitui

Leia o excerto da crônica “Mineirinho” de Clarice Lispector (1925-1977), publicada na revista Senhor em 1962, para responder à questão.

    

   É, suponho que é em mim, como um dos representantes de nós, que devo procurar por que está doendo a morte de um facínora1. E por que é que mais me adianta contar os treze tiros que mataram Mineirinhodo que os seus crimes. Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto. Vi no seu rosto a pequena convulsão de um conflito, o mal-estar de não entender o que se sente, o de precisar trair sensações contraditórias por não saber como harmonizá-las. Fatos irredutíveis, mas revolta irredutível também, a violenta compaixão da revolta. Sentir-se dividido na própria perplexidade diante de não poder esquecer que Mineirinho era perigoso e já matara demais; e no entanto nós o queríamos vivo. A cozinheira se fechou um pouco, vendo-me talvez como a justiça que se vinga. Com alguma raiva de mim, que estava mexendo na sua alma, respondeu fria: “O que eu sinto não serve para se dizer. Quem não sabe que Mineirinho era criminoso? Mas tenho certeza de que ele se salvou e já entrou no céu”. Respondi-lhe que “mais do que muita gente que não matou”.

  Por quê? No entanto a primeira lei, a que protege corpo e vida insubstituíveis, é a de que não matarás. Ela é a minha maior garantia: assim não me matam, porque eu não quero morrer, e assim não me deixam matar, porque ter matado será a escuridão para mim.

   Esta é a lei. Mas há alguma coisa que, se me faz ouvir o primeiro e o segundo tiro com um alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, o quinto e o sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração batendo de horror, no nono e no décimo minha boca está trêmula, no décimo primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo segundo chamo meu irmão. O décimo terceiro tiro me assassina — porque eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro.

    Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, humilhada por precisar dela. Enquanto isso durmo e falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais. Para que minha casa funcione, exijo de mim como primeiro dever que eu seja sonsa, que eu não exerça a minha revolta e o meu amor, guardados. Se eu não for sonsa, minha casa estremece. Eu devo ter esquecido que embaixo da casa está o terreno, o chão onde nova casa poderia ser erguida. Enquanto isso dormimos e falsamente nos salvamos. Até que treze tiros nos acordam, e com horror digo tarde demais – vinte e oito anos depois que Mineirinho nasceu – que ao homem acuado, que a esse não nos matem. Porque sei que ele é o meu erro. E de uma vida inteira, por Deus, o que se salva às vezes é apenas o erro, e eu sei que não nos salvaremos enquanto nosso erro não nos for precioso. Meu erro é o meu espelho, onde vejo o que em silêncio eu fiz de um homem. Meu erro é o modo como vi a vida se abrir na sua carne e me espantei, e vi a matéria de vida, placenta e sangue, a lama viva. Em Mineirinho se rebentou o meu modo de viver.


(Clarice Lispector. Para não esquecer, 1999.)


1facínora: diz-se de ou indivíduo que executa um crime com crueldade ou perversidade acentuada.

2Mineirinho: apelido pelo qual era conhecido o criminoso carioca José Miranda Rosa. Acuado pela polícia, acabou crivado de balas e seu corpo foi encontrado à margem da Estrada Grajaú-Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

A
um pronome.
B
uma conjunção.
C
um advérbio.
D
um artigo.
E
uma preposição.
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UNIFESP 2014 - Português - Interpretação de Textos, Colocação Pronominal, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Analise a capa de um folder de uma campanha de trânsito.

Explicitando-se os complementos dos verbos em “Eu cuido, eu respeito.”, obtém-se, em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa:

A
Eu a cuido, eu respeito-lhe.
B
Eu cuido dela, eu lhe respeito.
C
Eu cuido dela, eu a respeito.
D
Eu lhe cuido e respeito.
E
Eu cuido e respeito-a.
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UNIFESP 2009 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Pronomes relativos, Regência, Problemas da língua culta, Crase, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Leia a tira.

Imagem 011.jpg

Os espaços da frase devem ser preenchidos, respectivamente, com

A
de que ... a ... Por que ... Porque
B
que ... a ... Porque ... Porque
C
de que ... a ... Por quê ... Por que
D
que ... à ... Por que ... Por quê
E
de que ... à ... Por quê ... Porque
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UNIFESP 2010 - Português - Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia - Pronomes

Leia o texto.

  Dimitria cursava a oitava série no colégio e desapareceu durante as férias de julho de 2008. Segundo a polícia, a garota avisou que iria viajar em companhia do caseiro, mas nunca mais foi vista. (...) De acordo com a polícia, [o caseiro] Silva disse que matou a menina porque era apaixonado
por ela, mas ela não o correspondia.
(Folha de S.Paulo, 16.08.2010.)

No texto, há um erro gramatical. O tipo de erro e a versão que o corrige estão, respectivamente, em

A
uso de conectivo – Silva disse no depoimento o qual matou a menina (...)
B
uso de pronome – (...) porque era apaixonado por ela, mas ela não correspondia.
C
uso de conectivo – (...) iria viajar em companhia do caseiro, porém nunca mais foi vista.
D
uso de adjetivo – (...) porque era obcecado por ela, mas ela não o correspondia.
E
uso de verbo – Dimitria frequentava a oitava série no colégio (...)
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UNIFESP 2005 - Português - Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Considere os trechos:

Observei-a.

Encontrei- a há pouco tempo.

— Agora que meus filhos estão criados...

No texto de Walcyr Carrasco, os pronomes em destaque referem- se, respectivamente,

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A
a uma senhora, a uma senhora cheia de vida, à mãe de um amigo.
B
à vestimenta de veludo, a uma senhora cheia de vida, ao narrador.
C
a uma senhora, à mãe de um amigo, à mãe de um amigo.
D
à vestimenta de veludo, à mãe de um amigo, ao narrador
E
a uma senhora, à mãe de um amigo, a uma senhora cheia de vida.
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UNIFESP 2005 - Português - Colocação Pronominal, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Se a personagem fosse enfática e dissesse: “... eu não reconheço o documento, eu não reconheço o documento...”, a oração repetida, de acordo com a norma padrão, assumiria a seguinte forma:

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A
eu não o reconheço.
B
eu não reconheço- lhe.
C
eu não reconheço ele.
D
eu não lhe reconheço.
E
eu não reconheço- lo.
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UNIFESP 2005 - Português - Interpretação de Textos, Pronome de tratamento, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

A expressão vide verso significa ver no verso. Se optasse pela forma verbal conjugada e mantivesse a forma de tratamento que dá ao doutor José Aparecido, o poeta escreveria

INSTRUÇÃO: Leia a letra da música de Adoniran Barbosa, para responder às questões

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A
Vê no verso meu endereço, aparece quando quiser.
B
Vejas no verso meu endereço, aparece quando quiser.
C
Vês no verso meu endereço, apareça quando quiser.
D
Vejai no verso meu endereço, aparecei quando quiser
E
Veja no verso meu endereço, apareça quando quiser.
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UNIFESP 2012 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais retos, Variação Linguística, Morfologia - Pronomes

Examine a tira.

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Bastante comum na fala coloquial, o modo de se empregar o pronome na fala da personagem – Maneiro encontrar tu! – também ocorre em:

A
Aquele livro era para nós uma joia, pois tinha sido de nosso avô e de nosso pai.
B
Era uma situação embaraçosa e para eu me livrar dela seria bastante difícil mesmo.
C
Todos tinham certeza de que ela ofereceria para mim o primeiro pedaço de bolo.
D
Quando o pessoal chegou na frente do prédio, viu ali ele com a namorada nova.
E
A todos volto a afirmar que entre mim e ti não existem mais rancores nem tristezas.
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UNIFESP 2012 - Português - Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa em que a eliminação do pronome em destaque implica, contextualmente, mudança do sujeito do verbo.

Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado
abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O
diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os
mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem
deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e
das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da
sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu;
estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina,
eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais
surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá
da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida
no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha
completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão
outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e
marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer
de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo
que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem
olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma
gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces
que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz,
lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige
mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados
na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é
essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra,
durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
        E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis
conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores,
recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e
escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra
em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.
        Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que
com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence
em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa
Moreninha, princesa daquela festa.
(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)

A
Ali vê-se um ataviado dandy [...].
B
[...] aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos [...].
C
O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo [...].
D
[...] mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente [...].
E
[...] daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala [...].
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UNIFESP 2007 - Português - Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Em

• Assim, pois, riu-se Sara consigo...

• ... que Deus lhe tinha falado.

a conjunção pois tem valor ........... e o pronome lhe refere-se ao termo ............

Os espaços devem ser preenchidos, respectivamente, com

INSTRUÇÃO: Considere trecho da Bíblia para responder às
questões de números 09 e 10.

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A
conclusivo e Abraão.
B
explicativo e Sara.
C
causal e Sara.
D
explicativo e Abraão.
E
condicional e Abraão.
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UNIFESP 2007 - Português - Morfologia - Pronomes

No texto, há muitas retomadas pronominais, basicamente expressas pelos pronomes ele e ela. Isso não gera ambigüidade principalmente porque

INSTRUÇÃO: As questões de números 04 a 08 baseiam-se no
texto de Moacyr Scliar.

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A
se alternam os pronomes com sinônimos.
B
as referências dos pronomes são muito restritas.
C
as formas verbais estão todas no mesmo tempo.
D
todos os pronomes poderiam ser omitidos.
E
as frases curtas limitam a interpretação.