Questõesde UEG sobre Interpretação de Textos

1
1
1
Foram encontradas 197 questões
469c6773-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao tema de que trata o poema – o corpo –, a performance artística é configurada mediante um processo

Observe a performance artística e leia o poema a seguir para responder àsquestão.


SCHWARZKOGLER, Rudolf . Repost (s.d.). Disponível em: https://www.jornale.com.br/single-post/2017/10/19/Repost-RudolfSchwarzkogler-limites-do-corpo-ao-pulo-para-morte---Blog-Quimera.

Acesso em: 26 abr. 2019. 



Teu corpo claro e perfeito,

– Teu corpo de maravilha,

Quero possuí-lo no leito

Estreito da redondilha...


Teu corpo é tudo o que cheira...

Rosa... flor de laranjeira...


Teu corpo, branco e macio,

É como um véu de noivado...


Teu corpo é pomo doirado...

Rosal queimado do estio,

Desfalecido em perfume...


Teu corpo é a brasa do lume...


Teu corpo é chama e flameja

Como à tarde os horizontes...


Como nas fontes

A água clara que serpeja,

Quem em antigas se derrama...


Volúpia da água e da chama...


A todo o momento o vejo...

Teu corpo... a única ilha

No oceano do meu desejo...


Teu corpo é tudo o que brilha,

Teu corpo é tudo o que cheira...

Rosa, flor de laranjeira...


BANDEIRA, Manuel. Poemeto erótico. In: Manuel Bandeira: poesia completa e prosa. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,

1985. p.156.

A
onomatopeico
B
pleonástico
C
denotativo
D
hiperbólico
E
metonímico
469fa4ed-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tanto a performance quanto o poema apresentados

Observe a performance artística e leia o poema a seguir para responder àsquestão.


SCHWARZKOGLER, Rudolf . Repost (s.d.). Disponível em: https://www.jornale.com.br/single-post/2017/10/19/Repost-RudolfSchwarzkogler-limites-do-corpo-ao-pulo-para-morte---Blog-Quimera.

Acesso em: 26 abr. 2019. 



Teu corpo claro e perfeito,

– Teu corpo de maravilha,

Quero possuí-lo no leito

Estreito da redondilha...


Teu corpo é tudo o que cheira...

Rosa... flor de laranjeira...


Teu corpo, branco e macio,

É como um véu de noivado...


Teu corpo é pomo doirado...

Rosal queimado do estio,

Desfalecido em perfume...


Teu corpo é a brasa do lume...


Teu corpo é chama e flameja

Como à tarde os horizontes...


Como nas fontes

A água clara que serpeja,

Quem em antigas se derrama...


Volúpia da água e da chama...


A todo o momento o vejo...

Teu corpo... a única ilha

No oceano do meu desejo...


Teu corpo é tudo o que brilha,

Teu corpo é tudo o que cheira...

Rosa, flor de laranjeira...


BANDEIRA, Manuel. Poemeto erótico. In: Manuel Bandeira: poesia completa e prosa. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,

1985. p.156.

A
veiculam a ideia de que tudo na vida se pauta por um caráter de efemeridade.
B
tematizam aspectos concernentes a dilemas sociais e morais do indivíduo.
C
abordam questões atinentes ao plano metafísico da existência humana.
D
tratam o corpo como lócus de criatividade, experimentação e desejo.
E
reconfiguram a crença na vida do corpo e do espírito após a morte.
46919120-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Quanto à forma, o fragmento citado apresenta versos

Leia o poema a seguir para responder à questão.


A
irregulares e dodecassílabos
B
assimétricos e alexandrinos
C
regulares e decassílabos
D
polimétricos e eneassílabos
E
brancos e endecassílabos
46948057-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

Embora pertença ao gênero lírico, o excerto poético apresentado comporta características do gênero

Leia o poema a seguir para responder à questão.


A
dramático, tendo em vista que o eu-lírico lança mão de uma estrutura dialógica para construir uma interação com os leitores.
B
trágico, já que a personagem retratada realiza ações grandiosas e heroicas.
C
cômico, pois o eu-lírico lança mão de um humor sutil para sensibilizar os leitores.
D
narrativo, uma vez que o sujeito poético faz um relato de parte do que acontece em um acampamento militar durante a noite.
E
descritivo, porque se notam descrições das personagens e da paisagem que as circunda.
4698fa30-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A performance artística apresentada se constrói por meio de um trabalho estético com o corpo, denominado body art, ao passo que o poema exibe uma conotação

Observe a performance artística e leia o poema a seguir para responder àsquestão.


SCHWARZKOGLER, Rudolf . Repost (s.d.). Disponível em: https://www.jornale.com.br/single-post/2017/10/19/Repost-RudolfSchwarzkogler-limites-do-corpo-ao-pulo-para-morte---Blog-Quimera.

Acesso em: 26 abr. 2019. 



Teu corpo claro e perfeito,

– Teu corpo de maravilha,

Quero possuí-lo no leito

Estreito da redondilha...


Teu corpo é tudo o que cheira...

Rosa... flor de laranjeira...


Teu corpo, branco e macio,

É como um véu de noivado...


Teu corpo é pomo doirado...

Rosal queimado do estio,

Desfalecido em perfume...


Teu corpo é a brasa do lume...


Teu corpo é chama e flameja

Como à tarde os horizontes...


Como nas fontes

A água clara que serpeja,

Quem em antigas se derrama...


Volúpia da água e da chama...


A todo o momento o vejo...

Teu corpo... a única ilha

No oceano do meu desejo...


Teu corpo é tudo o que brilha,

Teu corpo é tudo o que cheira...

Rosa, flor de laranjeira...


BANDEIRA, Manuel. Poemeto erótico. In: Manuel Bandeira: poesia completa e prosa. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,

1985. p.156.

A
objetiva e lúbrica
B
carinhosa e erótica
C
pornográfica e metafísica
D
sacrílega e desrespeitosa
E
nostálgica e transcendental
468a2421-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Sintaxe, Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional..., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No trecho “E se, por sua natureza e frequência, esses estímulos parecem insuficientes para explicar todas as imagens oníricas, somos incentivados a buscar outras fontes de sonhos análogas a eles em seu funcionamento” (linhas 2-4), o autor estabelece uma

Leia o texto a seguir para responder à questão.


A
explicação, por meio da qual reitera uma possível insuficiência de sua teoria na explicação dos sonhos.
B
causa para o insucesso de sua pesquisa sobre os fenômenos oníricos, bem como para sua origem.
C
alternância entre processos de tese e antítese, caros ao processo de construção do conhecimento.
D
consequência, cujas implicações incidiriam sobre a continuidade ou não de seu trabalho analítico.
E
condição para se buscar explicações para as fontes dos sonhos e para seu funcionamento.
468e878c-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em termos de conteúdo, o excerto poético apresentado é configurado por uma referência a elementos

Leia o poema a seguir para responder à questão.


A
metapoéticos
B
nostálgicos
C
históricos
D
filosóficos
E
metafísicos
46803fa2-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, é ideia defendida por Freud:

Leia o texto a seguir para responder à questão.


A
As experiências do dia anterior em nada influenciam os sonhos, já que estes são fruto apenas da imaginação humana.
B
Os estímulos externos que influenciam o sonho durante sua ocorrência provam que a teoria do sonho como realização de desejo está equivocada.
C
Os sonhos independem de estímulo externo, são apenas manifestação de material psíquico da infância e de memórias inacessíveis durante a vigília.
D
O sonho, seja ele provocado por estímulos orgânicos ou psíquicos, é a realização de um desejo, que se expressa de vários modos durante o sono.
E
O sonho é a manifestação da libido, impedida de se manifestar de forma clara durante a vigília, seja por motivos de tabu social, seja por questões morais.
46861e86-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Sintaxe, Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas..., Redação - Reescritura de texto

Se o período “Apesar de haver objeções em contrário, é forçoso admitir que o papel desempenhado na causação dos sonhos pelas excitações sensoriais objetivas durante o sono permanece indiscutível.” (linhas 1-2), for transformado sintaticamente em uma construção adversativa, o resultado será o seguinte:

Leia o texto a seguir para responder à questão.


A
É forçoso admitir que o papel desempenhado na causação dos sonhos pelas excitações sensoriais objetivas durante o sono permanece indiscutível, mas há objeções em contrário.
B
É forçoso admitir que o papel desempenhado na causação dos sonhos pelas excitações sensoriais objetivas durante o sono permanece indiscutível, embora haja objeções em contrário.
C
Porquanto haja objeções em contrário, é forçoso admitir que o papel desempenhado na causação dos sonhos pelas excitações sensoriais objetivas durante o sono permanece indiscutível.
D
Para que haja objeções em contrário, é forçoso admitir que o papel desempenhado na causação dos sonhos pelas excitações sensoriais objetivas durante o sono permanece indiscutível.
E
Tendo em vista que há objeções em contrário, é forçoso admitir que o papel desempenhado na causação dos sonhos pelas excitações sensoriais objetivas durante o sono permanece indiscutível.
467c2ae9-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Freud, no texto apresentado, constrói sua argumentação de modo

Leia o texto a seguir para responder à questão.


A
lógico, tendo em vista que organiza suas ideias de modo silogístico, em que, colocadas adequadamente as premissas, segue-se necessariamente a conclusão.
B
dialogal, em que suas ideias são apresentadas como melhor solução para as questões desenvolvidas por ele a partir de determinadas perguntas retóricas.
C
científico, pois apresenta dados a respeito de um fenômeno humano e os analisa a partir de um método consolidado pela comunidade científica.
D
filosófico, no sentido em que cada conceito apresentando é explicado e analisado com base em sua origem epistemológica.
E
dogmático, a partir do qual suas teses são apresentadas de modo irrefutável e fechadas ao diálogo com o leitor.
46793cbb-c3
UEG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe os quadrinhos a seguir.


Disponível em: http://psicologia-e-familia.blogspot.com/2012/04/charges-tirinhas-e-cartoons.html. Acesso em: 31 out. 2019.

O sentido dos quadrinhos, e seu consequente efeito cômico, são obtidos a partir do uso

A
do tempo verbal do subjuntivo no primeiro quadrinho, o que confere um grau de incerteza à fala da personagem.
B
da expressão “como membro da família”, que para Garfield parece significar pessoa digna de muito respeito e carinho.
C
do verbo “pensei” no terceiro quadrinho, que sugere desatenção de Garfield em relação ao pedido feito no primeiro quadrinho.
D
de “Ok” no segundo quadrinho, pois no terceiro quadrinho a personagem demonstra ter dúvidas sobre o conteúdo da conversa.
E
de uma construção adversativa no terceiro quadrinho, que provoca uma reinterpretação do conteúdo verbal do primeiro quadrinho.
6a3ccee9-c4
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A leitura da pintura e do poema permite que se entreveja a importância da

Observe a imagem e leia o poema a seguir para responder à questão.


A
expectativa de pessoas e animais que anseiam pela construção de um mundo melhor.
B
solidariedade e da comunicação para a construção de vínculos e de novas realidades.
C
ênfase a sentidos que se estabelecem por meio do isolamento individual.
D
indiferença e da informação para constituir narrativas ficcionais de caráter social.
E
caracterização literal de figuras cujo retrato metaforiza o desencontro entre os seres.
6a3974c6-c4
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A leitura, tanto da imagem quanto do poema apresentados, metaforiza o caráter

Observe a imagem e leia o poema a seguir para responder à questão.


A
recorrente da existência humana.
B
efêmero das paixões humanas.
C
linear de tudo que compõe a vida.
D
duradouro das coisas e da vida.
E
moroso dos entusiasmos existenciais.
6a3f8f0c-c4
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O poema apresenta uma linguagem permeada de aliterações e assonâncias, o que lhe confere mais musicalidade, ao passo que a pintura apresenta traços de uma estética

Observe a imagem e leia o poema a seguir para responder à questão.


A
expressionista
B
impressionista
C
fauvista
D
dadaísta
E
cubista
6a36a167-c4
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

iA imagem possui elementos visuais que dialogam com o poema por apresentarem aspectos constitutivos com formato de 

Observe a imagem e leia o poema a seguir para responder à questão.


A
quadriláteros
B
retângulos
C
losangos
D
círculos
E
linhas
6a330d30-c4
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No enunciado “É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas”, a parte “afinal descoberta pelas massas” estabelece o seguinte pressuposto:

Leia o texto a seguir para responder à questão.

O mundo como pode ser: uma outra globalização

    Podemos pensar na construção de um outro mundo a partir de uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o grande capital se apoia para construir uma globalização perversa. Mas essas mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros fundamentos sociais e políticos. Parece que as condições históricas do fim do século XX apontavam para esta última possibilidade. Tais novas condições tanto se dão no plano empírico quanto no plano teórico.
    Considerando o que atualmente se verifica no plano empírico, podemos, em primeiro lugar, reconhecer um certo número de fatos novos indicativos da emergência de uma nova história. O primeiro desses fenômenos é a enorme mistura de povos, raças, culturas, gostos, em todos os continentes. A isso se acrescente, graças ao progresso da informação, a “mistura” de filosofia, em detrimento do racionalismo europeu. Um outro dado de nossa era, indicativo da possibilidade de mudanças, é a produção de uma população aglomerada em áreas cada vez menores, o que permite um ainda maior dinamismo àquela mistura entre pessoas e filosofias. As massas, de que falava Ortega y Gasset na primeira metade do século (A rebelião das massas, 1937), ganham uma nova qualidade em virtude de sua aglomeração exponencial e de sua diversificação. Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente muito mais significativa que a própria biodiversidade. Junte-se a esses fatos a emergência de uma cultura popular que se serve dos meios técnicos antes exclusivos da cultura de massas, permitindo-lhe exercer sobre esta última uma verdadeira revanche ou vingança.
     É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual.
    No plano teórico, o que verificamos é a possiblidade de produção de um novo discurso, de uma nova metanarrativa, um grande relato. Esse novo discurso ganha relevância pelo fato de que, pela primeira vez na história do homem, se pode constatar a existência de uma universalidade empírica. A universalidade deixa de ser apenas uma elaboração abstrata na mente dos filósofos para resultar da experiência ordinária de cada pessoa. De tal modo, em mundo datado como o nosso, a explicação do acontecer pode ser feita a partir de categorias de uma história concreta. É isso, também, que permite conhecer as possiblidade existentes e escrever uma nova história.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. 13. ed. São Paulo: Record, 2006. p. 20-21. (Adaptado).
A
a escassez é um discurso baseado em teorias.
B
as massas descobriram a existência da escassez
C
a escassez já existia antes de as massas a descobrirem.
D
as massas eram proibidas de conhecer o discurso da escassez.
E
o discurso da escassez existe desde o começo da globalização.
6a291128-c4
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O processo argumentativo do texto é construído a partir do seguinte procedimento:

Leia o texto a seguir para responder à questão.

O mundo como pode ser: uma outra globalização

    Podemos pensar na construção de um outro mundo a partir de uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o grande capital se apoia para construir uma globalização perversa. Mas essas mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros fundamentos sociais e políticos. Parece que as condições históricas do fim do século XX apontavam para esta última possibilidade. Tais novas condições tanto se dão no plano empírico quanto no plano teórico.
    Considerando o que atualmente se verifica no plano empírico, podemos, em primeiro lugar, reconhecer um certo número de fatos novos indicativos da emergência de uma nova história. O primeiro desses fenômenos é a enorme mistura de povos, raças, culturas, gostos, em todos os continentes. A isso se acrescente, graças ao progresso da informação, a “mistura” de filosofia, em detrimento do racionalismo europeu. Um outro dado de nossa era, indicativo da possibilidade de mudanças, é a produção de uma população aglomerada em áreas cada vez menores, o que permite um ainda maior dinamismo àquela mistura entre pessoas e filosofias. As massas, de que falava Ortega y Gasset na primeira metade do século (A rebelião das massas, 1937), ganham uma nova qualidade em virtude de sua aglomeração exponencial e de sua diversificação. Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente muito mais significativa que a própria biodiversidade. Junte-se a esses fatos a emergência de uma cultura popular que se serve dos meios técnicos antes exclusivos da cultura de massas, permitindo-lhe exercer sobre esta última uma verdadeira revanche ou vingança.
     É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual.
    No plano teórico, o que verificamos é a possiblidade de produção de um novo discurso, de uma nova metanarrativa, um grande relato. Esse novo discurso ganha relevância pelo fato de que, pela primeira vez na história do homem, se pode constatar a existência de uma universalidade empírica. A universalidade deixa de ser apenas uma elaboração abstrata na mente dos filósofos para resultar da experiência ordinária de cada pessoa. De tal modo, em mundo datado como o nosso, a explicação do acontecer pode ser feita a partir de categorias de uma história concreta. É isso, também, que permite conhecer as possiblidade existentes e escrever uma nova história.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. 13. ed. São Paulo: Record, 2006. p. 20-21. (Adaptado).
A
são expostas, de forma detalhada, duas consequências econômicas de um determinado modelo de organização de produção.
B
relata-se o conjunto de ações desenvolvidas por uma instituição pública como fundamento e justificativa de um projeto de lei.
C
elabora-se um quadro comparativo, no qual se apresentam a aproximação e os contrastes de dois tipos de pesquisa social.
D
faz-se a explanação dos dados de um relatório técnico-científico de uma pesquisa desenvolvida por dois cientistas sociais.
E
são apresentadas, de forma paralela, duas dimensões teórico-conceituais como argumentos em defesa de uma tese.
6a2bdb63-c4
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere o seguinte recorte: “As massas, de que falava Ortega y Gasset na primeira metade do século (A rebelião das massas, 1937), ganham uma nova qualidade em virtude de sua aglomeração exponencial e de sua diversificação”.

O discurso do outro é apresentado nesse trecho por meio de uma

Leia o texto a seguir para responder à questão.

O mundo como pode ser: uma outra globalização

    Podemos pensar na construção de um outro mundo a partir de uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o grande capital se apoia para construir uma globalização perversa. Mas essas mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros fundamentos sociais e políticos. Parece que as condições históricas do fim do século XX apontavam para esta última possibilidade. Tais novas condições tanto se dão no plano empírico quanto no plano teórico.
    Considerando o que atualmente se verifica no plano empírico, podemos, em primeiro lugar, reconhecer um certo número de fatos novos indicativos da emergência de uma nova história. O primeiro desses fenômenos é a enorme mistura de povos, raças, culturas, gostos, em todos os continentes. A isso se acrescente, graças ao progresso da informação, a “mistura” de filosofia, em detrimento do racionalismo europeu. Um outro dado de nossa era, indicativo da possibilidade de mudanças, é a produção de uma população aglomerada em áreas cada vez menores, o que permite um ainda maior dinamismo àquela mistura entre pessoas e filosofias. As massas, de que falava Ortega y Gasset na primeira metade do século (A rebelião das massas, 1937), ganham uma nova qualidade em virtude de sua aglomeração exponencial e de sua diversificação. Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente muito mais significativa que a própria biodiversidade. Junte-se a esses fatos a emergência de uma cultura popular que se serve dos meios técnicos antes exclusivos da cultura de massas, permitindo-lhe exercer sobre esta última uma verdadeira revanche ou vingança.
     É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual.
    No plano teórico, o que verificamos é a possiblidade de produção de um novo discurso, de uma nova metanarrativa, um grande relato. Esse novo discurso ganha relevância pelo fato de que, pela primeira vez na história do homem, se pode constatar a existência de uma universalidade empírica. A universalidade deixa de ser apenas uma elaboração abstrata na mente dos filósofos para resultar da experiência ordinária de cada pessoa. De tal modo, em mundo datado como o nosso, a explicação do acontecer pode ser feita a partir de categorias de uma história concreta. É isso, também, que permite conhecer as possiblidade existentes e escrever uma nova história.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. 13. ed. São Paulo: Record, 2006. p. 20-21. (Adaptado).
A
representação
B
implicação
C
paródia
D
alusão
E
cópia
6a25e84c-c4
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O segundo parágrafo é construído a partir da enumeração de uma série de fatos sociais que, segundo o autor, indicam possibilidade de emergência de uma nova história. Esses fatos são:

Leia o texto a seguir para responder à questão.

O mundo como pode ser: uma outra globalização

    Podemos pensar na construção de um outro mundo a partir de uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o grande capital se apoia para construir uma globalização perversa. Mas essas mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros fundamentos sociais e políticos. Parece que as condições históricas do fim do século XX apontavam para esta última possibilidade. Tais novas condições tanto se dão no plano empírico quanto no plano teórico.
    Considerando o que atualmente se verifica no plano empírico, podemos, em primeiro lugar, reconhecer um certo número de fatos novos indicativos da emergência de uma nova história. O primeiro desses fenômenos é a enorme mistura de povos, raças, culturas, gostos, em todos os continentes. A isso se acrescente, graças ao progresso da informação, a “mistura” de filosofia, em detrimento do racionalismo europeu. Um outro dado de nossa era, indicativo da possibilidade de mudanças, é a produção de uma população aglomerada em áreas cada vez menores, o que permite um ainda maior dinamismo àquela mistura entre pessoas e filosofias. As massas, de que falava Ortega y Gasset na primeira metade do século (A rebelião das massas, 1937), ganham uma nova qualidade em virtude de sua aglomeração exponencial e de sua diversificação. Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente muito mais significativa que a própria biodiversidade. Junte-se a esses fatos a emergência de uma cultura popular que se serve dos meios técnicos antes exclusivos da cultura de massas, permitindo-lhe exercer sobre esta última uma verdadeira revanche ou vingança.
     É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual.
    No plano teórico, o que verificamos é a possiblidade de produção de um novo discurso, de uma nova metanarrativa, um grande relato. Esse novo discurso ganha relevância pelo fato de que, pela primeira vez na história do homem, se pode constatar a existência de uma universalidade empírica. A universalidade deixa de ser apenas uma elaboração abstrata na mente dos filósofos para resultar da experiência ordinária de cada pessoa. De tal modo, em mundo datado como o nosso, a explicação do acontecer pode ser feita a partir de categorias de uma história concreta. É isso, também, que permite conhecer as possiblidade existentes e escrever uma nova história.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. 13. ed. São Paulo: Record, 2006. p. 20-21. (Adaptado).
A
racionalismo filosófico; globalização socioeconômica; popularização da tecnologia; recrudescimento das políticas e práticas nacionalistas e xenófobas.
B
precarização da vida urbana como consequência da alta demografia; retração e baixa qualidade dos serviços públicos essenciais; miscigenação étnica.
C
aumento dos fluxos migratórios; diversificação de teorias filosóficas na educação básica; empobrecimento contínuo das periferias urbanas; cultura do consumo.
D
hibridismo étnico-cultural; mescla filosófica; concentração e diversificação demográfica em pequenos espaços urbanos; apropriação das tecnologias por parte da cultura popular
E
convergência das mídias; expansão do uso das redes sociais na vida cotidiana; segregação dos espaços urbanos por meio da expansão dos condomínios; elitismo político.
9c737f55-c5
UEG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto a seguir.


A base de toda teoria médica medieval sobre paixões ou acidentes da alma encontra-se na autoridade das obras de Cláudio Galeno (130 – 200?), médico que viveu e escreveu sua extensa obra no II século, na Roma Imperial [...]. Essa teoria médica defendia a relação estreita entre corpo e alma. Assim, as paixões da alma ou ainda os acidentes (outra expressão encontrada em obras médicas) eram considerados movimentos psicossomáticos efetivos relacionados diretamente ao corpo e indiretamente à alma.

SANTOS, D. O. A. dos. Paixões da alma, melancolia e medicina (século XIII – XV). In: MACEDO, J. R. A Idade Média no Brasil. Porto Alegre: Vidráguas, 2011. p. 108 - 109.


De acordo com a medicina medieval, o órgão central dessa relação entre corpo e alma era o

A
apêndice, que poderia ser extraído para aliviar as dores da alma.
B
coração, responsável pela dinâmica emotiva via circulação sanguínea.
C
pulmão, onde estava guardado o sopro divino avivador da alma.
D
cérebro, onde se armazena o conhecimento e se pratica a fé.
E
fígado, que se regenera e produz diferentes humores.