Questõesde IF Sul - MG sobre Português

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IF Sul - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o autor, “Estrelas além do tempo” apresenta um “timing perfeito” porque:

Texto II


                               Estrelas além do tempo

                                                                                                    Alex Gonçalves


      Após todas as discussões sobre representatividade que permearam o último ano hollywoodiano, “Estrelas Além do Tempo” [2016] se apresenta para o público com um timing perfeito. Há tempos não nos víamos inseridos em um cenário no qual as ideologias reacionárias estão tão evidentes, assim como os protestos em busca pela igualdade. Portanto, nada melhor do que a ficção para nos relembrar de outros períodos também nefastos que não calaram a atuação de heróis anônimos.

      No caso de “Estrelas Além do Tempo”, temos uma história que enaltece três figuras reais da NASA até então mantidas anônimas. Tratam-se de Katherine G. Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), três mulheres negras essenciais para o sucesso da missão do astronauta John Glenn (Glen Powell) em alcançar a lua.

      Entretanto, estamos aqui nos não tão distantes anos 1960, em uma Virgínia segregada e com poucos afroamericanos exercendo profissões que exigem um perfil lógico. Por isso mesmo, as vidas de Katherine, Dorothy e Mary foram triplamente difíceis justamente pela raça e gênero a que pertencem.

      Sempre unidas antes e após o expediente de trabalho, essas mulheres enfrentam sozinhas em suas competências os preconceitos que impedem as suas evoluções. Solicitada pelo departamento comandado por Al Harrison (Kevin Costner) para fazer os cálculos que devem assegurar o sucesso da decolagem do foguete que lançará John Glenn às alturas, Katherine é diariamente hostilizada pelos colegas, todos homens e brancos. Já em seu setor, Dorothy tem todos os seus pedidos de promoção sabotados pelo intermédio de Vivian (Kirsten Dunst), enquanto Mary não consegue desempenhar a função de engenheira por ser impedida de ingressar em uma universidade.

      Mesmo com todas essas circunstâncias, elas não desistirão de provar as singularidades que possuem, visualizando os obstáculos não como limites, mas como incentivos para continuarem perseverando. Temos com isso aquele modelo de narrativa cinematográfica que encanta desde os tempos do tramp de Charlie Chaplin, no qual a vontade para ganhar um lugar ao sol é maior do que as adversidades.

      Diretor de “Um Santo Vizinho”, Theodore Melfi se apropria do texto de Allison Schroeder compreendendo muito bem as características desse cinema inspirado e inspirador, contornando com traços ficcionais uma história real para ser efetivo principalmente em seus gritos de protesto. É especialmente arrebatadora a explosão de Katherine ao finalmente externar a sua humilhação ao precisar se prestar a um trajeto de mais de um quilômetro para ir ao banheiro exclusivo para negros. Não ficam muito atrás o fervor de Dorothy e Mary em se provarem extremamente capazes de enfrentar novos desafios.

      Além do mais, Melfi conduz com uma fluidez invejável algo que, em teoria, não tem qualquer encanto. Mesmo o mais avesso aos raciocínios de exatas se verão imediatamente hipnotizados com números e fórmulas que se revelam não somente como uma ciência complexa, como também como instrumentos sociais que só engrenam quando os seus operadores se reconhecem como semelhantes.

                                                                                  Publicado em 09/02/2017.

Disponível em:<http://cineresenhas.com.br/2017/02/09/resenha-critica-estrelas-alem-do-tempo-2016/>. Acesso em: 30/03/2018.

A
aborda a importância do combate a posicionamentos antidemocráticos na sociedade americana nos anos sessenta do século XX.
B
retrata um período sombrio da história, localizado no passado, em que se percebia claramente o preconceito contra a população negra estadunidense.
C
evidencia o empenho de três mulheres negras a fim de ter suas competências profissionais reconhecidas, em um contexto exclusivamente masculino.
D
tira do anonimato da história americana três mulheres negras impedidas de exercer uma profissão num órgão governamental de prestígio, a NASA.
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IF Sul - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto


Em relação à tirinha acima, NÃO está correto o que se afirma em:

A
A expressão “ama as cores da seleção” tanto indica o patriotismo quanto ressalta a valorização da moda pela mulher.
B
O uso do termo “esperneia” enfatiza o aspecto emotivo das reações femininas em detrimento ao uso da razão.
C
As ações “descabelar” e “suar” aproximam a mulher do universo masculino do futebol.
D
A expressão “que torce” reforça a delimitação do universo feminino às atividades domésticas.
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IF Sul - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A ilustração abaixo faz parte do projeto “Coisa de Mulher”. Segundo Raquel Vitorelo, artista que criou o projeto em 2015, a proposta “consiste na criação de ilustrações que buscam resgatar e homenagear mulheres históricas, mostrando que ‘coisa de mulher’ é muito mais do que somos levados a acreditar, trazendo assim evidência de que a história é construída por mulheres de todos os tipos, em todas as áreas do conhecimento, do esporte e das artes”


                 


Considerando as possíveis relações entre a campanha “Coisa de Mulher” e o texto I, avalie as afirmações abaixo.


I- A ilustração, ao utilizar como slogan a expressão “coisa de mulher”, opõe-se à noção de gênero apresentada no texto I, pois reafirma que existem papéis exclusivamente femininos.

II- Assim como no texto I, a referência a Simone de Beauvoir na ilustração problematiza a noção naturalizada acerca do que é ser mulher, mostrando que essa é uma construção histórica e social.

III- A campanha “Coisa de mulher” estabelece uma relação de confronto com o mito da Mulher, trazendo, por meio de suas ilustrações, a “existência múltipla das mulheres” em oposição ao “Eterno Feminino único e cristalizado”.


Julga-se como correto o que se apresenta em: 

A
Todas.
B
Apenas I.
C
I e II.
D
II e III.
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IF Sul - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Coesão e coerência, Morfologia

Considerando a leitura integral do texto I, assinale a alternativa correta:


A
Em “[...] somos orientadas e orientados pelos valores hegemônicos de cada tempo e lugar, sejam para reiterar esses valores ou para enfrentá-los” [linhas 23 e 24], o pronome “los” retoma a expressão “valores hegemônicos”.
B
No trecho “A mesma qualidade que sustenta nossas percepções vulgares sobre o comportamento masculino”, a palavra “qualidade” refere-se ao termo “ciências” [linhas 05 e 06].
C
O trecho “mas com um elemento em comum” [linhas 11 e 12], introduz uma semelhança existente entre o filme "Estrelas além do tempo" e a matéria publicada no jornal “El País”.
D
Em “De forma que esses enunciados, de verdade, legitimaram posições de senso comum [...]” [linhas 32 e 33], a expressão “de verdade” poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, pelo advérbio “possivelmente”.
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IF Sul - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Entretanto, estamos aqui nos não tão distantes anos 1960, em uma Virgínia segregada e com poucos afro-americanos exercendo profissões que exigem um perfil lógico. Por isso mesmo, as vidas de Katherine, Dorothy e Mary foram triplamente difíceis justamente pela raça e gênero a que pertencem.”


No trecho acima, os termos grifados indicam relações semânticas de:

Texto II


                               Estrelas além do tempo

                                                                                                    Alex Gonçalves


      Após todas as discussões sobre representatividade que permearam o último ano hollywoodiano, “Estrelas Além do Tempo” [2016] se apresenta para o público com um timing perfeito. Há tempos não nos víamos inseridos em um cenário no qual as ideologias reacionárias estão tão evidentes, assim como os protestos em busca pela igualdade. Portanto, nada melhor do que a ficção para nos relembrar de outros períodos também nefastos que não calaram a atuação de heróis anônimos.

      No caso de “Estrelas Além do Tempo”, temos uma história que enaltece três figuras reais da NASA até então mantidas anônimas. Tratam-se de Katherine G. Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), três mulheres negras essenciais para o sucesso da missão do astronauta John Glenn (Glen Powell) em alcançar a lua.

      Entretanto, estamos aqui nos não tão distantes anos 1960, em uma Virgínia segregada e com poucos afroamericanos exercendo profissões que exigem um perfil lógico. Por isso mesmo, as vidas de Katherine, Dorothy e Mary foram triplamente difíceis justamente pela raça e gênero a que pertencem.

      Sempre unidas antes e após o expediente de trabalho, essas mulheres enfrentam sozinhas em suas competências os preconceitos que impedem as suas evoluções. Solicitada pelo departamento comandado por Al Harrison (Kevin Costner) para fazer os cálculos que devem assegurar o sucesso da decolagem do foguete que lançará John Glenn às alturas, Katherine é diariamente hostilizada pelos colegas, todos homens e brancos. Já em seu setor, Dorothy tem todos os seus pedidos de promoção sabotados pelo intermédio de Vivian (Kirsten Dunst), enquanto Mary não consegue desempenhar a função de engenheira por ser impedida de ingressar em uma universidade.

      Mesmo com todas essas circunstâncias, elas não desistirão de provar as singularidades que possuem, visualizando os obstáculos não como limites, mas como incentivos para continuarem perseverando. Temos com isso aquele modelo de narrativa cinematográfica que encanta desde os tempos do tramp de Charlie Chaplin, no qual a vontade para ganhar um lugar ao sol é maior do que as adversidades.

      Diretor de “Um Santo Vizinho”, Theodore Melfi se apropria do texto de Allison Schroeder compreendendo muito bem as características desse cinema inspirado e inspirador, contornando com traços ficcionais uma história real para ser efetivo principalmente em seus gritos de protesto. É especialmente arrebatadora a explosão de Katherine ao finalmente externar a sua humilhação ao precisar se prestar a um trajeto de mais de um quilômetro para ir ao banheiro exclusivo para negros. Não ficam muito atrás o fervor de Dorothy e Mary em se provarem extremamente capazes de enfrentar novos desafios.

      Além do mais, Melfi conduz com uma fluidez invejável algo que, em teoria, não tem qualquer encanto. Mesmo o mais avesso aos raciocínios de exatas se verão imediatamente hipnotizados com números e fórmulas que se revelam não somente como uma ciência complexa, como também como instrumentos sociais que só engrenam quando os seus operadores se reconhecem como semelhantes.

                                                                                  Publicado em 09/02/2017.

Disponível em:<http://cineresenhas.com.br/2017/02/09/resenha-critica-estrelas-alem-do-tempo-2016/>. Acesso em: 30/03/2018.

A
oposição e adição.
B
causa e consequência.
C
adição e causa.
D
oposição e consequência.
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IF Sul - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale o trecho retirado do texto I que melhor justifica o título “O gênero da ciência ou sobre silêncios e temores em torno de uma epistemologia feminista”:


A
Nada mais representativo do mundo das ciências. O mundo que tem a razão como seu alicerce. A mesma qualidade que sustenta nossas percepções vulgares sobre o comportamento masculino. Homem => razão => civilização => branquitude => ciência => verdade.
B
Pensar em gênero por esse prisma é ampliar para além do corpo, da anatomia e do biológico, as experiências femininas e masculinas, percebendo que construímos nosso gênero de forma relacional, ou seja, nas relações sociais, as quais abarcam as instituições pedagogizantes (família, escola, igrejas) [...].
C
Uma das maneiras de se fazer esses enfrentamentos passa, justamente, pela forma de se construir conhecimento, quer dizer, propor outras maneiras de se pensar o mundo, as relações humanas e, assim, de fazer ciência. Esse lugar assegurado de produção de verdades passa a ser contestado pelos discursos feministas.
D
Os homens criam os mitos da cultura ocidental e, entre estes, está o mito da Mulher, acompanhada também pela mitologia comum das “figuras masculinas convencionais”.
b1043a6e-ce
IF Sul - MG 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A partir da leitura do texto I, conclui-se que:


A
a busca de explicações no campo da natureza demonstra como a noção de gênero tornou-se ultrapassada.
B
os estudos feministas, ao propor a noção de gênero, questionam as verdades construídas e impostas historicamente pela ciência.
C
a situação vivida pelas mulheres durante a Guerra Fria difere-se daquela vivenciada pelas mulheres no século XXI.
D
a ciência deve reafirmar a oposição existente entre homens e mulheres, uma vez que apenas essas categorias podem ser confirmadas biologicamente.