Questõesde UECE sobre Figuras de Linguagem

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Foram encontradas 35 questões
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UECE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Assinale a opção em que NÃO há metáfora.

QUERIDO ÉRICO

Lygia Fagundes Telles


A
“Sentei-me diante da folha em branco” (linha 28).
B
“a veia estática de tinta vermelha” (linha 31).
C
“sangue do pensamento ainda não pensado” (linha 32).
D
“perplexidade que me faz crepúsculo” (linha 34).
1c344626-b9
UECE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Lygia emprega uma metáfora para expressar o seu descuido em não calcular as consequências de suas ações referentes às escolhas literárias. Essa metáfora é construída

QUERIDO ÉRICO

Lygia Fagundes Telles


A
pelo vocábulo francês “Gauche” (linha 12), desajeitado.
B
pelo adjetivo português “pedante” (linha 12).
C
pelo vocábulo português “cipós” (linha 8), nome dado às plantas sarmentosas.
D
pela expressão portuguesa “minha ficção” (linha 11).
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UECE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Atente ao que se diz sobre “O invisível andava pelas minhas mãos” (linha 87-88).

I. Há, no enunciado em destaque, um desvio no nível textual quando se atribui ao “invisível” a faculdade de andar.
II. Construiu-se em “O invisível andava pelas minhas mãos” uma metáfora de grande alcance sensorial.
III. Com o processo descrito anteriormente, ocorreu uma intensificação da sensação tátil. Mas, como é o “invisível” que se torna palpável, há uma ênfase na dificuldade de, no meio da escuridão, a personagem narradora visualizar Cris, apesar de ela sentir que ele deve estar por perto.

Está correto o que se diz em

Texto 

O conto que vem a seguir é classificado como fantástico. O conto fantástico se constitui de uma narrativa em que se chocam o plano do natural e o plano do sobrenatural (vocábulo que indica somente o que não é natural, não tem conotação religiosa). Nesse conflito, o âmbito do sobrenatural invade o âmbito do natural, geralmente desestruturando-o. O desfecho de uma narrativa fantástica não deve proporcionar, ao contrário do desfecho da narrativa de mistério, um esclarecimento, no texto, para o fato sobrenatural.

A LUA
Seja aquela uma noite solitária, e não digna de louvor.” (Jó, III, 7)

Murilo Rubião. Contos reunidos. p. 133-135.
A
I, II e III.
B
I e III somente.
C
I e II somente.
D
II e III somente.
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UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia com atenção o que se diz sobre o primeiro parágrafo do texto (linhas 1-21) e escreva (V) ou (F), conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmações.

( ) As duas primeiras linhas expressam uma opinião do narrador dita como se fosse uma verdade universal.
( ) O enunciado Quando a noite chega, desce o manto do mistério (linhas 5-6) traz uma metáfora de caráter sensorial – desce o manto –, que intensifica um elemento de caráter conceitual – mistério.
( ) A passagem que vai da linha 14 (a partir de era) à linha 18 (até baldios) é essencialmente descritiva, com predominância das sensações visuais.
( ) O último enunciado do parágrafo, da linha 19 (a partir de com) à linha 21, passa a idéia de que a boa vida é a vida natural.
( ) No parágrafo, tem-se um plano descritivo que se desenvolve, inicialmente, do geral para o particular – perspectiva do narrador; depois, do particular para o geral – perspectiva da personagem.

A sequência correta, de cima para baixo, é

TEXTO

CIDADE SEM LUZ 

(Olavo Drummond. O vendedor de estrelas. Contos.) 

A
V, F, F, V, F.
B
V, V, F, F, V.
C
F, F, V, V, F.
D
V, V, V, F, V.
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UECE 2013 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Advérbios, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o que se diz sobre a partícula “ali” — “Guihermino ali sentava às onze horas” (linha 85).


I. O advérbio “ali” (linha 85) tem dois possíveis antecedentes no parágrafo anterior.

II. Sendo “(n)a sua cadeira rotativa” (linha 79) o antecedente mais próximo de “ali”, o leitor poderá considerar essa expressão como o antecedente verdadeiro.

III. Nada obsta a que o antecedente de “ali” seja ”(a)a repartição” (linha 75), o que resultará em uma construção metonímica.


Está correto o que se diz em

TEXTO II


O texto II desta prova foi extraído do segundo capítulo da novela A indesejada aposentadoria, do escritor maranhense Josué Montello (*1917 — 2006). Contemporâneo dos escritores que fizeram o romance de 30, Montello enveredou por outro caminho: explorou a narrativa urbana. Escreveu uma das obras-primas da literatura brasileira: Os tambores de São Luís (1975). A novela A indesejada aposentadoria, de 1972, conta a história de Guihermino Pereira, um funcionário público, já nas vésperas de se aposentar. 


Josué Montello. A indesejada aposentadoria.
Capítulo II, p. 11-14. Texto adaptado. 

A
I e II apenas.
B
I, II e III.
C
I e III apenas.
D
II e III apenas.
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UECE 2013 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o enunciado seguinte e atente ao que é dito sobre ele: “Tinha terminado de cumprir sua pena na cadeia pública e andava assim de léu em léu, sem teto e sem destino, como um resto de naufrágio açoitado pelo mar” (linhas 13-16).


I. As expressões “andava assim de léu em léu”, “sem teto e sem destino” e “como um resto de naufrágio açoitado pelo mar” são de certa forma redundantes, mas formam uma gradação cujo clímax dá ênfase ao estado em que se encontra Lessa.

II. Há, no enunciado, uma metáfora que aproxima a velha Lessa dos destroços de um naufrágio.

III. A comparação do enunciado reúne em si as duas expressões anteriores e enfatiza a situação de abandono e a falta de perspectiva em que vive a velha Lessa.


Está correto o que se diz somente em

Texto 1

O texto 1 desta prova é da autoria do intelectual cearense Gustavo Barroso, que nasceu em Fortaleza, no ano de 1888 e morreu no Rio de Janeiro, em 1959. Professor, jornalista, ensaísta, romancista, foi membro da Academia Brasileira de Letras. A obra À margem da história do Ceará, em dois volumes, foi seu último trabalho. É uma reunião de setenta e seis artigos e crônicas que falam exclusivamente sobre a história do Ceará entre 1608 e 1959. O texto transcrito abaixo foi extraído do segundo volume e, como vocês poderão ver, é um artigo sobre a obra do também cearense Manuel de Oliveira Paiva, Dona Guidinha do Poço. Servindo-se de uma pesquisa feita pelo historiador Ismael Pordeus, Gustavo Barroso fala do romance de Oliveira Paiva, mais especificamente, das relações entre essa obra literária e a verdade histórica que ela transfigura. 


Gustavo Barroso. À margem da história do Ceará. v. 2, 3 ed. p. 347-350. Texto adaptado.

A
I e III.
B
I e II.
C
II e III.
D
III.
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UECE 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Analisando o verso do poema “forneces braços para o senhor burguês” (linha 69), a figura de linguagem que aí se destaca é


A

catacrese, uma vez que, como não há um termo específico para o poeta expressar, de forma adequada, a ideia de “fornecer filhos”, ele se utiliza da expressão “fornecer braços”, lógica semelhante ao que se costuma usar em termos como “braços da cadeira”.

B
metonímia, tendo em vista que o termo “braços” mantém com o termo “filhos” uma relação de contiguidade da parte pelo todo para o poeta destacar que o que mulher proletária fabrica é só uma parte do seu rebento, os “braços”, utilizados para proveito da atividade capitalista, e não “filhos”, na sua completude como seres humanos, para estabelecer com estes uma relação afetiva.
C
hipérbole, já que o verso quer enfatizar a ideia de exagero de alguém fornecer inúmeros braços para o trabalho da indústria mercantil.
D
prosopopeia, pois o poeta está personificando a máquina como se fosse uma mulher produtora de filhos.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O conteúdo denotativo de uma palavra corresponde ao seu sentido usual, isto é, próprio, não figurado, não metafórico. Nessa perspectiva, o sentido dessa palavra é o mesmo para todos os membros de uma mesma comunidade linguística. “Uma palavra assim empregada é entendida independentemente de interpretações individuais, interpretações de natureza afetiva ou emocional. Se, no entanto, a significação de uma palavra não é a mesma para certa comunidade linguística; se a palavra não sugere ou evoca por associação outras ideias de ordem abstrata, de natureza afetiva ou emocional, então se diz que seu valor, i. e., seu sentido, é conotativo ou afetivo”.

(Othon Moacyr Garcia)


Leia com atenção os seguintes excertos:


1. “E lá ia ela remedando um pássaro que se dispõe a voar” (linhas 28-29);

2. “Luciana recusava as princesas e as estrelas. Seu Adão coçaria o pixaim, encolheria os ombros. Levá-la-ia para a gaiola. Mamãe recebê-la-ia zangadíssima” (linhas 133-136).


Compare as duas expressões destacadas nos excertos acima, e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.


( ) Os dois enunciados constituem metáforas.

( ) O verbo remedar, da maneira como foi empregado no texto, equivale à partícula comparativa como.

( ) Deve-se considerar os dois enunciados como duas imagens independentes que fecham o sentido do conto.

( ) O primeiro enunciado, “E lá ia ela remedando um pássaro que se dispõe a voar” fala do desejo de liberdade que caracterizava Luciana.

( ) O segundo enunciado, “Levá-la-ia para a gaiola”, fecha a imagem iniciada pelo primeiro, exprimindo a recusa da satisfação desse desejo.

( ) O texto, como um único signo, isto é, um todo formado por significante (aspecto material e significado (representação mental) fecha-se com a legitimação da sujeição e com a não deslegitimação da liberdade.


Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:


A
F, V, F, V, V, F.
B
V, F, F, F, V, V.
C
V, V, V, F, F, V.
D
F, F, V, V, F, F.
db4a1716-cb
UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

A figura de linguagem denominada hipálage é um recurso linguístico pelo qual uma palavra que deveria qualificar determinado termo passa a qualificar outro. Considerando as duas ocorrências de hipálage nas seguintes passagens do texto: “A fala ranzinza feria-lhe os ouvidos. Dedos finos e nervosos agarravam-na” (linhas 113-114), assinale a afirmação FALSA.


A
O primeiro exemplo “A fala ranzinza (de tio Severino) feria-lhe os ouvidos”, no que concerne ao significado, ranzinza (pessoa mal-humorada, irritadiça, implicante) se relaciona com tio Severino; do ponto de vista sintático, no entanto, ranzinza relaciona-se com “fala”.
B
Desse jogo com as palavras decorre a impressão de que a ranzinzice de tio Severino se intensifica, tornando pior a relação da menina com ele; no segundo exemplo, “Dedos finos e nervosos agarravam-na”, há um paralelismo semântico entre “(dedos) finos e nervosos”.
C
Resulta da relação entre “dedos” e “nervosos”, uma intensificação do nervosismo do velho, que acaba até em uma agressão física – “agarravam-na”.
D
Associa-se à segunda hipálage uma metonímia – o emprego da parte (dedos) pelo todo (pessoa); com essa conjunção de elementos estilísticos, parece ao leitor que o nervosismo de tio Severino chega a um grau muito alto.
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UECE 2011 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Adjetivos, Morfologia

Considere as seguintes expressões do texto e o que se diz sobre elas:

1. Aquela velha carta de A B C dava arrepios (linha 1).

2. máximas sisudas (linha 6)

3. odioso folheto (linha 40)

4. letras miúdas e safadas (linhas 62-63)

I. Todas as expressões foram desviadas de seu sentido primeiro, por isso não devem ser lidas só referencialmente.

II. Na expressão de número 4, há uma quebra de expectativa quando se coordena safadas a miúdas, adjetivos que pertencem a diferentes campos semânticos.

III. Na expressão 2, o adjetivo sisudas empresta ao substantivo máximas um atributo humano, o que constitui uma figura de linguagem chamada prosopopeia.

Está correto o que se diz em

https://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/images/provas/27337/revi..png

A
I e II somente.
B
II e III somente.
C
I, II e III.
D
I e III somente.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Como figura de linguagem, a anáfora é caracterizada pela repetição de uma ou mais palavras no início de versos, orações ou períodos. Na crônica, a autora recorre à anáfora, nos três primeiros parágrafos do texto, pela repetição da conjunção “quando”, com o objetivo de


A
ampliar a expressividade do conteúdo da mensagem, enfatizando o sentido do termo repetido consecutivamente.
B
empregar a anáfora como um recurso estilístico indispensável a qualquer texto de cunho literário.
C
respeitar as características da crônica, já que a anáfora é um recurso linguístico próprio deste tipo de gênero textual.
D
fazer referência a uma informação previamente mencionada.
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UECE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

A utilização de figuras de linguagem ocorre, de maneira muito particular, na escrita literária. Sobre o uso desse recurso no poema de Manoel de Barros, identifica-se


A
a metáfora no verso “Mas eu preciso ser Outros” (linhas 126-127) relativa à analogia que se faz entre o poeta ser ele mesmo e ser outro.
B
o oximoro em “A maior riqueza do homem é sua incompletude” (linhas 110-112), pela contradição de sentidos presente no enunciado.
C
a hipérbole no trecho “Palavras que me aceitam como sou — eu não aceito” (linhas 115-117), em razão de aí haver o desejo do enunciador em engrandecer a verdade dos fatos.
D
a prosopopeia no enunciado “Eu penso renovar o homem usando borboletas” (linhas 128-130), em que há uma atribuição da função humana a um ser não humano
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UECE 2015 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Tipologia Textual

Sobre o excerto “A Suíça, de fato, é um país de contos de fada onde tudo funciona, onde todos são belos, onde a vida parece uma pintura, um rótulo de chocolate. Mas falta uma ebulição que a salve do marasmo” (linhas 22-26), é INCORRETO fazer a seguinte afirmação:

                                     Texto 1

                            Pessoas habitadas 


MEDEIROS, Martha. In: Org. e Int. SANTOS, Joaquim Ferreira dos. As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Objetiva, 324-325.

A
ao longo do trecho, desenvolve-se uma descrição da Suíça incompatível com as noções do senso comum sobre esse país.
B
a avaliação inicial – “A Suíça, de fato, é um país de contos de fada” – é feita em forma de metáfora.
C
a avaliação, aparentemente positiva, torna-se negativa na perspectiva da crônica.
D
todas as informações subsequentes a “A Suíça, de fato, é um país de contos de fada” cumprem o papel argumentativo de reforçar a ideia de perfeição.
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UECE 2011 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

O verso já a minha vontade de alegria (texto 2, linha 45) constitui um anacoluto. Sobre esse fenômeno linguístico são feitas as seguintes afirmações:

I. É um termo que, isolado na frase, não tem função sintática.

II. Põe em evidência a ideia transmitida.

III. É um recurso da linguagem oral, aproveitado pela linguagem literária.

Está correto o que se afirma em


A
I e II, apenas.
B
I, II e III.
C
II e III, apenas.
D
III, apenas.
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UECE 2010 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

O Texto 1 é um metapoema, isto é, um poema que questiona o próprio fazer poético. Nele predomina, portanto, a função metalinguística. Marque a única opção em que o verso (ou os versos) NÃO apresenta(m) por si só(s) marcas da metalinguagem.

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A
continuar fazendo (sem o saber)
fora de esquema meu poema
inesperado
(linhas 3 a 6)
B
e que eu possa
cada vez mais desaprender
de pensar o pensado
(linhas 7 a 9)
C
Que a sorte me livre do mercado (linha 1)
D
reinventar o certo pelo errado (linha 11)