Questõesde FGV 2014 sobre Português

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Foram encontradas 56 questões
13a2e51c-de
FGV 2014, FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação às conclusões apresentadas nessa matéria jornalística, é correto afirmar que seu título —“Engajamento agora é outro, revela pesquisa”—

Texto para a questão.


Engajamento agora é outro, revela pesquisa


Os jovens brasileiros desconfiam dos políticos e estão cada vez mais desencantados com os partidos. Isso não provoca, no entanto, o seu afastamento automático de atividades politicamente engajadas. Ligado a organizações que se caracterizam pelo uso de redes sociais e pela estrutura pouco hierarquizada, um número significativo de jovens está se mobilizando em torno de um amplo leque de questões políticas e sociais.

Temas que vão da mobilidade urbana à organização de grupos de hip hop e cineclubes na periferia das grandes cidades fazem parte do cotidiano desses moços e moças, de acordo com três grandes pesquisas realizadas recentemente sobre juventude no Brasil. Embora conduzidas por diferentes pesquisadores e com focos diversos, as três apontaram na mesma direção.

R. Arruda, www.estadao.com.br, 14/07/2013.

A
expressa uma crítica velada do redator em relação aos mais recentes interesses da juventude brasileira.
B
chama a atenção para o caráter desorganizado da participação política dos jovens brasileiros nos movimentos atuais.
C
sugere que, nas manifestações atuais, a preocupação social sobrepuja a preocupação política, ao contrário do que ocorria com as gerações passadas.
D
contém o pressuposto de que as manifestações do passado tinham características diferentes das que revelam as referidas pesquisas.
E
interpreta os dados dessas pesquisas de modo equivocado, pois a preocupação com a política não mudou.
2e082838-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Esse livro representa a fase intensa, mas breve, de uma esperança que nasceu sob a resistência do mundo livre à fúria nazifacista, mas que logo se retraiu com o advento da guerra fria.
As indicações presentes na afirmação acima permitem concluir que o livro nela mencionado é 

A
Macunaíma, de Mário de Andrade.
B
São Bernardo, de Graciliano Ramos.
C
A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade.
D
Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto.
E
A hora da estrela, de Clarice Lispector.
2e134287-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Coesão e coerência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as seguintes afirmações sobre o texto:

I A expressão “num passe” (verso 2) exprime noção de tempo.
II Segundo o poeta, “na hora formidável do almoço”, ocorrem os movimentos de fluxo e refluxo, expressos, respectivamente, por “esvaziam-se” e “se recuperam”.
III O último verso contém dois verbos no imperativo (“toma” e “extrai”), por meio dos quais o poeta se dirige ao leitor.

Está correto apenas o que se afirma em 

NOSSO TEMPO


(...)
                                 V
Escuta a hora formidável do almoço
na cidade. Os escritórios, num passe, esvaziam-se. 
As bocas sugam um rio de carne, legumes e tortas vitaminosas. 
Salta depressa do mar a bandeja de peixes argênteos! 
Os subterrâneos da fome choram caldo de sopa, 
olhos líquidos de cão através do vidro devoram teu osso. 
Come, braço mecânico, alimenta-te, mão de papel, é tempo de comida, 
mais tarde será o de amor. 
Lentamente os escritórios se recuperam, e os negócios, forma indecisa, evoluem. 


O esplêndido negócio insinua-se no tráfego. 
Multidões que o cruzam não veem. É sem cor e sem cheiro. 
Está dissimulado no bonde, por trás da brisa do sul, 
vem na areia, no telefone, na batalha de aviões, 
toma conta de tua alma e dela extrai uma porcentagem. 
(...) 

                                                 Carlos Drummond de Andrade, Poesia completa.

A
I.
B
II.
C
III.
D
I e II.
E
I e III.
2e0fd729-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A representação de um processo generalizado de alienação social só NÃO é realizada, no poema, pela figuração

NOSSO TEMPO


(...)
                                 V
Escuta a hora formidável do almoço
na cidade. Os escritórios, num passe, esvaziam-se. 
As bocas sugam um rio de carne, legumes e tortas vitaminosas. 
Salta depressa do mar a bandeja de peixes argênteos! 
Os subterrâneos da fome choram caldo de sopa, 
olhos líquidos de cão através do vidro devoram teu osso. 
Come, braço mecânico, alimenta-te, mão de papel, é tempo de comida, 
mais tarde será o de amor. 
Lentamente os escritórios se recuperam, e os negócios, forma indecisa, evoluem. 


O esplêndido negócio insinua-se no tráfego. 
Multidões que o cruzam não veem. É sem cor e sem cheiro. 
Está dissimulado no bonde, por trás da brisa do sul, 
vem na areia, no telefone, na batalha de aviões, 
toma conta de tua alma e dela extrai uma porcentagem. 
(...) 

                                                 Carlos Drummond de Andrade, Poesia completa.

A
da massificação da sociedade.
B
de ações automatizadas.
C
da coisificação do homem.
D
da inconsciência da realidade.
E
de práticas erótico-amorosas.
2e0b763b-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tanto esse trecho de Drummond quanto o romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, apresentam a figuração de coletivos humanos em ação. Embora em proporções diferentes, em ambas as obras esses coletivos são movidos sobretudo por forças de caráter

NOSSO TEMPO


(...)
                                 V
Escuta a hora formidável do almoço
na cidade. Os escritórios, num passe, esvaziam-se. 
As bocas sugam um rio de carne, legumes e tortas vitaminosas. 
Salta depressa do mar a bandeja de peixes argênteos! 
Os subterrâneos da fome choram caldo de sopa, 
olhos líquidos de cão através do vidro devoram teu osso. 
Come, braço mecânico, alimenta-te, mão de papel, é tempo de comida, 
mais tarde será o de amor. 
Lentamente os escritórios se recuperam, e os negócios, forma indecisa, evoluem. 


O esplêndido negócio insinua-se no tráfego. 
Multidões que o cruzam não veem. É sem cor e sem cheiro. 
Está dissimulado no bonde, por trás da brisa do sul, 
vem na areia, no telefone, na batalha de aviões, 
toma conta de tua alma e dela extrai uma porcentagem. 
(...) 

                                                 Carlos Drummond de Andrade, Poesia completa.

A
econômico e biológico.
B
ético e social.
C
aleatório e histórico.
D
filosófico e materialista.
E
doutrinário e espontâneo.
2e04f3fc-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Por perceber na mineralização (da personagem) um processo de reificação (coisificação) do ser, recusa-se expressamente a converter-se em mineral a personagem

    Depois de uma parte de concerto, que foi como descanso reparador, seguiu-se a oferta do busto. Teve a palavra o Professor Venâncio.
(...)
O orador acumulou paciente todos os epítetos de engrandecimento, desde o raro metal da sinceridade até o cobre dúctil, cantante das adulações. Fundiu a mistura numa fogueira de calorosas ênfases, e sobre a massa bateu como um ciclope, longamente, até acentuar a imagem monumental do diretor.
    Aristarco depois do primeiro receio esquecia-se na delícia de uma metamorfose. Venâncio era o seu escultor.
    A estátua não era mais uma aspiração: batiam-na ali. Ele sentia metalizar-se a carne à medida que o Venâncio falava. Compreendia inversamente o prazer de transmutação da matéria bruta que a alma artística penetra e anima: congelava-lhe os membros uma frialdade de ferro; à epiderme, nas mãos, na face, via, adivinhava reflexos desconhecidos de polimento. Consolidavam-se as dobras das roupas em modelagem resistente e fixa. Sentia-se estranhamente maciço por dentro, como se houvera bebido gesso. Parava-lhe o sangue nas artérias comprimidas. Perdia a sensação da roupa; empedernia-se, mineralizava-se todo. Não era um ser humano: era um corpo inorgânico, rochedo inerte, bloco metálico, escória de fundição, forma de bronze, vivendo a vida exterior das esculturas, sem consciência, sem individualidade, morto sobre a cadeira, oh, glória! Mas feito estátua.
    “Coroemo-lo!” bradou de súbito Venâncio.

                                               Raul Pompeia, O Ateneu
A
Leonardo (pai), de Memórias de um sargento de milícias.
B
João Romão, de O cortiço.
C
Rubião, de Quincas Borba.
D
Macunaíma, de Macunaíma.
E
Olímpico, de A hora da estrela.
2df6887c-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Considere os seguintes pares de palavras retirados do texto:

I     “metamorfose” – “transmutação”; 
II     “dúctil” – “inerte”;
III    “empedernia” – “mineralizava”.


Tendo em vista as relações de sentido estabelecidas no texto, é correto afirmar que pode ser lido como sinônimo apenas o par indicado em

    Depois de uma parte de concerto, que foi como descanso reparador, seguiu-se a oferta do busto. Teve a palavra o Professor Venâncio.
(...)
O orador acumulou paciente todos os epítetos de engrandecimento, desde o raro metal da sinceridade até o cobre dúctil, cantante das adulações. Fundiu a mistura numa fogueira de calorosas ênfases, e sobre a massa bateu como um ciclope, longamente, até acentuar a imagem monumental do diretor.
    Aristarco depois do primeiro receio esquecia-se na delícia de uma metamorfose. Venâncio era o seu escultor.
    A estátua não era mais uma aspiração: batiam-na ali. Ele sentia metalizar-se a carne à medida que o Venâncio falava. Compreendia inversamente o prazer de transmutação da matéria bruta que a alma artística penetra e anima: congelava-lhe os membros uma frialdade de ferro; à epiderme, nas mãos, na face, via, adivinhava reflexos desconhecidos de polimento. Consolidavam-se as dobras das roupas em modelagem resistente e fixa. Sentia-se estranhamente maciço por dentro, como se houvera bebido gesso. Parava-lhe o sangue nas artérias comprimidas. Perdia a sensação da roupa; empedernia-se, mineralizava-se todo. Não era um ser humano: era um corpo inorgânico, rochedo inerte, bloco metálico, escória de fundição, forma de bronze, vivendo a vida exterior das esculturas, sem consciência, sem individualidade, morto sobre a cadeira, oh, glória! Mas feito estátua.
    “Coroemo-lo!” bradou de súbito Venâncio.

                                               Raul Pompeia, O Ateneu
A
I.
B
II.
C
III.
D
I e II.
E
I e III.
2e011ce0-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No excerto, diz o narrador que Aristarco “mineralizava-se todo”, via-se mudado, de ser vivo, em elemento mineral. Processos de mineralização são também centrais na caracterização da principal personagem feminina do romance

    Depois de uma parte de concerto, que foi como descanso reparador, seguiu-se a oferta do busto. Teve a palavra o Professor Venâncio.
(...)
O orador acumulou paciente todos os epítetos de engrandecimento, desde o raro metal da sinceridade até o cobre dúctil, cantante das adulações. Fundiu a mistura numa fogueira de calorosas ênfases, e sobre a massa bateu como um ciclope, longamente, até acentuar a imagem monumental do diretor.
    Aristarco depois do primeiro receio esquecia-se na delícia de uma metamorfose. Venâncio era o seu escultor.
    A estátua não era mais uma aspiração: batiam-na ali. Ele sentia metalizar-se a carne à medida que o Venâncio falava. Compreendia inversamente o prazer de transmutação da matéria bruta que a alma artística penetra e anima: congelava-lhe os membros uma frialdade de ferro; à epiderme, nas mãos, na face, via, adivinhava reflexos desconhecidos de polimento. Consolidavam-se as dobras das roupas em modelagem resistente e fixa. Sentia-se estranhamente maciço por dentro, como se houvera bebido gesso. Parava-lhe o sangue nas artérias comprimidas. Perdia a sensação da roupa; empedernia-se, mineralizava-se todo. Não era um ser humano: era um corpo inorgânico, rochedo inerte, bloco metálico, escória de fundição, forma de bronze, vivendo a vida exterior das esculturas, sem consciência, sem individualidade, morto sobre a cadeira, oh, glória! Mas feito estátua.
    “Coroemo-lo!” bradou de súbito Venâncio.

                                               Raul Pompeia, O Ateneu
A
Senhora, de José de Alencar.  
B
Quincas Borba, de Machado de Assis.
C
O cortiço, de Aluísio Azevedo.
D
Macunaíma, de Mário de Andrade.
E
São Bernardo, de Graciliano Ramos.
2dfdacd4-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tendo em vista que a cena aqui reproduzida representa o ápice da solenidade bienal de distribuição dos prêmios aos colegiais, confirma-se o paradoxo de que o colégio Ateneu tem como objetivo primordial

    Depois de uma parte de concerto, que foi como descanso reparador, seguiu-se a oferta do busto. Teve a palavra o Professor Venâncio.
(...)
O orador acumulou paciente todos os epítetos de engrandecimento, desde o raro metal da sinceridade até o cobre dúctil, cantante das adulações. Fundiu a mistura numa fogueira de calorosas ênfases, e sobre a massa bateu como um ciclope, longamente, até acentuar a imagem monumental do diretor.
    Aristarco depois do primeiro receio esquecia-se na delícia de uma metamorfose. Venâncio era o seu escultor.
    A estátua não era mais uma aspiração: batiam-na ali. Ele sentia metalizar-se a carne à medida que o Venâncio falava. Compreendia inversamente o prazer de transmutação da matéria bruta que a alma artística penetra e anima: congelava-lhe os membros uma frialdade de ferro; à epiderme, nas mãos, na face, via, adivinhava reflexos desconhecidos de polimento. Consolidavam-se as dobras das roupas em modelagem resistente e fixa. Sentia-se estranhamente maciço por dentro, como se houvera bebido gesso. Parava-lhe o sangue nas artérias comprimidas. Perdia a sensação da roupa; empedernia-se, mineralizava-se todo. Não era um ser humano: era um corpo inorgânico, rochedo inerte, bloco metálico, escória de fundição, forma de bronze, vivendo a vida exterior das esculturas, sem consciência, sem individualidade, morto sobre a cadeira, oh, glória! Mas feito estátua.
    “Coroemo-lo!” bradou de súbito Venâncio.

                                               Raul Pompeia, O Ateneu
A
o desenvolvimento físico do estudante, não o intelectual.
B
a realização do pedagogo, não a do estudante.
C
o fortalecimento do caráter do educando, não sua maior flexibilidade moral.
D
o incremento da filosofia, não o da técnica.
E
a metalurgia, não a pedagogia.
2dfa0c2c-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerada no contexto de O Ateneu, a cena em que Aristarco se vê, simbolicamente, convertido em estátua de metal representa o resultado ou a consumação das motivações principais da personagem, a saber, a

    Depois de uma parte de concerto, que foi como descanso reparador, seguiu-se a oferta do busto. Teve a palavra o Professor Venâncio.
(...)
O orador acumulou paciente todos os epítetos de engrandecimento, desde o raro metal da sinceridade até o cobre dúctil, cantante das adulações. Fundiu a mistura numa fogueira de calorosas ênfases, e sobre a massa bateu como um ciclope, longamente, até acentuar a imagem monumental do diretor.
    Aristarco depois do primeiro receio esquecia-se na delícia de uma metamorfose. Venâncio era o seu escultor.
    A estátua não era mais uma aspiração: batiam-na ali. Ele sentia metalizar-se a carne à medida que o Venâncio falava. Compreendia inversamente o prazer de transmutação da matéria bruta que a alma artística penetra e anima: congelava-lhe os membros uma frialdade de ferro; à epiderme, nas mãos, na face, via, adivinhava reflexos desconhecidos de polimento. Consolidavam-se as dobras das roupas em modelagem resistente e fixa. Sentia-se estranhamente maciço por dentro, como se houvera bebido gesso. Parava-lhe o sangue nas artérias comprimidas. Perdia a sensação da roupa; empedernia-se, mineralizava-se todo. Não era um ser humano: era um corpo inorgânico, rochedo inerte, bloco metálico, escória de fundição, forma de bronze, vivendo a vida exterior das esculturas, sem consciência, sem individualidade, morto sobre a cadeira, oh, glória! Mas feito estátua.
    “Coroemo-lo!” bradou de súbito Venâncio.

                                               Raul Pompeia, O Ateneu
A
autoglorificação e a vocação científica.
B
inveja e o sonho de invulnerabilidade.
C
vaidade e a sede de lucro.
D
luxúria e o desejo de santificação.
E
gula e a ganância.
2df261ff-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Adjetivos, Uso dos dois-pontos, Pontuação, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Depreende-se da leitura do texto que

A exaltação do indivíduo como representante dos mais elevados valores humanos que esta sociedade produziu, combinada ao achatamento subjetivo sofrido pelos sujeitos sob os apelos monolíticos da sociedade de consumo, produz este estranho fenômeno em que as pessoas, despojadas ou empobrecidas em sua subjetividade, dedicam-se a cultuar a imagem de outras, destacadas pelos meios de comunicação como representantes de dimensões de humanidade que o homem comum já não reconhece em si mesmo. Consome-se a imagem espetacularizada de atores, cantores, esportistas e alguns (raros) políticos, em busca do que se perdeu exatamente como efeito da espetacularização da imagem: a dimensão, humana e singular, do que pode vir a ser uma pessoa, a partir do singelo ponto de vista de sua história de vida.

                Eugênio Bucci e Maria R. Kehl, Videologias: ensaios sobre televisão. São Paulo: Boitempo, 2004.
A
o uso de parênteses no trecho “alguns (raros) políticos” introduz uma pausa no texto, sem, contudo, atribuir ao adjetivo um sentido especial.
B
o adjetivo “empobrecidas” contém um julgamento mais neutro do que o termo “despojadas”.
C
os dois-pontos no final do texto introduzem uma explicação que se refere ao trecho “do que se perdeu”.
D
a “espetacularização da imagem” se opõe aos “apelos monolíticos da sociedade de consumo”.
E
o “singelo ponto de vista da história de vida de uma pessoa” também é um efeito da espetacularização do indivíduo.
2dedacb6-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerados no contexto em que ocorrem, os trechos “exaltação do indivíduo” e “achatamento subjetivo sofrido pelos sujeitos” estabelecem, entre si, relação de

A exaltação do indivíduo como representante dos mais elevados valores humanos que esta sociedade produziu, combinada ao achatamento subjetivo sofrido pelos sujeitos sob os apelos monolíticos da sociedade de consumo, produz este estranho fenômeno em que as pessoas, despojadas ou empobrecidas em sua subjetividade, dedicam-se a cultuar a imagem de outras, destacadas pelos meios de comunicação como representantes de dimensões de humanidade que o homem comum já não reconhece em si mesmo. Consome-se a imagem espetacularizada de atores, cantores, esportistas e alguns (raros) políticos, em busca do que se perdeu exatamente como efeito da espetacularização da imagem: a dimensão, humana e singular, do que pode vir a ser uma pessoa, a partir do singelo ponto de vista de sua história de vida.

                Eugênio Bucci e Maria R. Kehl, Videologias: ensaios sobre televisão. São Paulo: Boitempo, 2004.
A
aparente contradição.
B
redundância.
C
causa e consequência.
D
todo e parte, respectivamente.
E
oposição, do tipo positivo e negativo, respectivamente.
2de92c7e-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Para caracterizar as aspas indesejadas, o autor se vale de imagens depreciativas, as quais constituem exemplos de

Sem aspas na língua


    De início, o que me incomodava era o peso desproporcional que as aspas dão à palavra. Se escrevo mouse pad, por exemplo, suscito em seu pensamento apenas o quadradinho discreto que vive ao lado do teclado, objeto não mais notável na economia do cotidiano do que as dobradiças da janela ou o porta-escova de dentes. Já "mouse pad" parece grafado em neon, brilha diante de seus olhos como o luminoso de uma lanchonete americana. Desequilibra.
    Tá legal, eu aceito o argumento: não se pode exigir do leitor que saiba outra língua além do português. Se encasqueto em ornar meu texto com "dramblys" ou "haveloos" - termos em lituano e holandês para elefante e mulambento, respectivamente -, as aspas surgem para acalmar quem me lê, como se dissessem: "Queridão, os termos discriminados são coisa doutras terras e doutra gente, nada que você devesse conhecer".
    Pois é essa discriminação o que, agora sei, mais me incomoda. Vejo por trás das aspas uma pontinha de xenofobia, como se para circular entre nós a palavra estrangeira precisasse andar com o passaporte aberto, mostrando o carimbo na entrada e na saída.
    Ora, por quê? Será que "blackberries" rolando livremente por nossa terra poderiam frutificar e, como ervas daninhas, roubar os nutrientes da graviola, da mangaba e do cajá? "Samplers", sem as barrinhas duplas de proteção, acabariam poluindo o português com "beats" exógenos, condenando-o a uma versão "remix"? Caso recebêssemos "blowjobs" sem o supracitado preservativo gráfico, doenças venéreas se espalhariam por nosso exposto vernáculo?
    Bobagem, pessoal. Livremos as nossas frases desses arames farpados, desses cacos de vidro. A língua é viva: quanto mais línguas tocar, mais sabores irá provar e experiências poderá acumular.


                            Antônio Prata, Folha de S. Paulo, 22/05/2013. Adaptado

A
personificação.
B
eufemismo.
C
comparação.
D
metáfora.
E
sinestesia.
2de45f92-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nos trechos abaixo, o autor dirige-se ao leitor. Desses trechos, o único que pressupõe a opinião do leitor é:

Sem aspas na língua


    De início, o que me incomodava era o peso desproporcional que as aspas dão à palavra. Se escrevo mouse pad, por exemplo, suscito em seu pensamento apenas o quadradinho discreto que vive ao lado do teclado, objeto não mais notável na economia do cotidiano do que as dobradiças da janela ou o porta-escova de dentes. Já "mouse pad" parece grafado em neon, brilha diante de seus olhos como o luminoso de uma lanchonete americana. Desequilibra.
    Tá legal, eu aceito o argumento: não se pode exigir do leitor que saiba outra língua além do português. Se encasqueto em ornar meu texto com "dramblys" ou "haveloos" - termos em lituano e holandês para elefante e mulambento, respectivamente -, as aspas surgem para acalmar quem me lê, como se dissessem: "Queridão, os termos discriminados são coisa doutras terras e doutra gente, nada que você devesse conhecer".
    Pois é essa discriminação o que, agora sei, mais me incomoda. Vejo por trás das aspas uma pontinha de xenofobia, como se para circular entre nós a palavra estrangeira precisasse andar com o passaporte aberto, mostrando o carimbo na entrada e na saída.
    Ora, por quê? Será que "blackberries" rolando livremente por nossa terra poderiam frutificar e, como ervas daninhas, roubar os nutrientes da graviola, da mangaba e do cajá? "Samplers", sem as barrinhas duplas de proteção, acabariam poluindo o português com "beats" exógenos, condenando-o a uma versão "remix"? Caso recebêssemos "blowjobs" sem o supracitado preservativo gráfico, doenças venéreas se espalhariam por nosso exposto vernáculo?
    Bobagem, pessoal. Livremos as nossas frases desses arames farpados, desses cacos de vidro. A língua é viva: quanto mais línguas tocar, mais sabores irá provar e experiências poderá acumular.


                            Antônio Prata, Folha de S. Paulo, 22/05/2013. Adaptado

A
“suscito em seu pensamento”.
B
“Tá legal, eu aceito o argumento”.
C
“nada que você devesse conhecer”.
D
“Ora, por quê?”.
E
Bobagem, pessoal”.
2de0708d-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Das características abaixo atribuídas às aspas, a única que NÃO expressa a opinião do autor é:

Sem aspas na língua


    De início, o que me incomodava era o peso desproporcional que as aspas dão à palavra. Se escrevo mouse pad, por exemplo, suscito em seu pensamento apenas o quadradinho discreto que vive ao lado do teclado, objeto não mais notável na economia do cotidiano do que as dobradiças da janela ou o porta-escova de dentes. Já "mouse pad" parece grafado em neon, brilha diante de seus olhos como o luminoso de uma lanchonete americana. Desequilibra.
    Tá legal, eu aceito o argumento: não se pode exigir do leitor que saiba outra língua além do português. Se encasqueto em ornar meu texto com "dramblys" ou "haveloos" - termos em lituano e holandês para elefante e mulambento, respectivamente -, as aspas surgem para acalmar quem me lê, como se dissessem: "Queridão, os termos discriminados são coisa doutras terras e doutra gente, nada que você devesse conhecer".
    Pois é essa discriminação o que, agora sei, mais me incomoda. Vejo por trás das aspas uma pontinha de xenofobia, como se para circular entre nós a palavra estrangeira precisasse andar com o passaporte aberto, mostrando o carimbo na entrada e na saída.
    Ora, por quê? Será que "blackberries" rolando livremente por nossa terra poderiam frutificar e, como ervas daninhas, roubar os nutrientes da graviola, da mangaba e do cajá? "Samplers", sem as barrinhas duplas de proteção, acabariam poluindo o português com "beats" exógenos, condenando-o a uma versão "remix"? Caso recebêssemos "blowjobs" sem o supracitado preservativo gráfico, doenças venéreas se espalhariam por nosso exposto vernáculo?
    Bobagem, pessoal. Livremos as nossas frases desses arames farpados, desses cacos de vidro. A língua é viva: quanto mais línguas tocar, mais sabores irá provar e experiências poderá acumular.


                            Antônio Prata, Folha de S. Paulo, 22/05/2013. Adaptado

A
têm efeito discriminativo.
B
têm um quê de xenofobia.
C
são necessárias, em alguns casos.
D
chamam a atenção do leitor desnecessariamente.
E
expõem o vernáculo a ataques exógenos.
2ddbeb1f-d8
FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O título do texto resulta de um trocadilho com a frase feita de origem popular “não ter papas na língua”. Comparados título e frase feita, pode-se afirmar:

Sem aspas na língua


    De início, o que me incomodava era o peso desproporcional que as aspas dão à palavra. Se escrevo mouse pad, por exemplo, suscito em seu pensamento apenas o quadradinho discreto que vive ao lado do teclado, objeto não mais notável na economia do cotidiano do que as dobradiças da janela ou o porta-escova de dentes. Já "mouse pad" parece grafado em neon, brilha diante de seus olhos como o luminoso de uma lanchonete americana. Desequilibra.
    Tá legal, eu aceito o argumento: não se pode exigir do leitor que saiba outra língua além do português. Se encasqueto em ornar meu texto com "dramblys" ou "haveloos" - termos em lituano e holandês para elefante e mulambento, respectivamente -, as aspas surgem para acalmar quem me lê, como se dissessem: "Queridão, os termos discriminados são coisa doutras terras e doutra gente, nada que você devesse conhecer".
    Pois é essa discriminação o que, agora sei, mais me incomoda. Vejo por trás das aspas uma pontinha de xenofobia, como se para circular entre nós a palavra estrangeira precisasse andar com o passaporte aberto, mostrando o carimbo na entrada e na saída.
    Ora, por quê? Será que "blackberries" rolando livremente por nossa terra poderiam frutificar e, como ervas daninhas, roubar os nutrientes da graviola, da mangaba e do cajá? "Samplers", sem as barrinhas duplas de proteção, acabariam poluindo o português com "beats" exógenos, condenando-o a uma versão "remix"? Caso recebêssemos "blowjobs" sem o supracitado preservativo gráfico, doenças venéreas se espalhariam por nosso exposto vernáculo?
    Bobagem, pessoal. Livremos as nossas frases desses arames farpados, desses cacos de vidro. A língua é viva: quanto mais línguas tocar, mais sabores irá provar e experiências poderá acumular.


                            Antônio Prata, Folha de S. Paulo, 22/05/2013. Adaptado

A
O primeiro deve ser entendido em sentido conotativo; a segunda, em sentido denotativo.
B
Ambos têm caráter metalinguístico e se referem à liberdade de expressão.
C
O título traduz revolta e a frase feita, submissão.
D
Tanto o título quanto a frase feita sugerem que escrever é mais complicado do que falar.
E
Ambos poderiam ser acompanhados pelo comentário metalinguístico “literalmente falando”.
5b7ff8bb-3c
FGV 2014 - Português - Ortografia, Grafia e Emprego de Iniciais Maiúsculas

Considerando-se a grafia e a acentuação das palavras, assinale a alternativa na qual o enunciado, extraído e adaptado do editorial Trânsito parado (Folha de S.Paulo, 21.08.2014), está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.

A
O descompasso entre o aumento da frota de veiculos e o desenvolvimento da estrutura básica de transporte urbano tem provocado constante detereoração das condições de mobilidade no Brasil.
B
Por mais que as condições para a circulação de automóveis e motocicletas possam ser melhoradas, é impossível que obras viarias acompanhem o ritmo de aquisição de novos meios individuais e assegurem fluidês ao trânsito.
C
Iria contra o bom senso direcionar o gasto publico para uma estratégia que se revela fadada ao fracasso. Sabe- se ser necessário, antes de tudo, aumentar a oferta e a eficiência do transporte coletivo, sem excessão a nenhum modal.
D
É imperiozo indusir a troca dos deslocamentos feitos em meios individuais pelos coletivos. Não é mudança trivial, como as pessoas veem na capital paulista, onde a situa- ção, faz tempo, chegou a ponto crítico.
E
São Paulo, há anos, adotou o rodízio, e novas limitações, como a redução do espaço para carros em prol de faixas ou corredores exclusivos de ônibus, geram irritação. Mais ainda quando os resultados imediatos são parciais.
5b796c27-3c
FGV 2014 - Português - Artigos, Preposições, Crase, Morfologia

Capitão Vitorino apareceu na casa do mestre José Amaro para falar-lhe do ataque ____cidade do Pilar. Disse ao compadre que D. Inês ficou cara ____ cara com Quinca Napoleão, que queria saquear-lhe o cofre, mas ela não deu a chave _____  ele. O homem era uma ameaça _____ população.

As lacunas do trecho devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:

    Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

A
à ... a ... a ... à
B
a ... à ... a ... à
C
à ... à ... a ... a
D
a ... à ... a ... a
E
à ... à ... à ... à
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FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre

A passagem do quarto parágrafo – Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. – é caracterizada por discurso

    Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

A
direto, por meio do qual o narrador expressa a indignação do Capitão Vitorino e do Mestre José Amaro ao ataque à cidade do Pilar.
B
indireto, por meio do qual a personagem Quinca Napoleão explica ao Capitão Vitorino o medo que reinou em Pilar durante o ataque.
C
direto, por meio do qual a personagem Mestre Amaro manifesta sua indignação diante dos fatos que lhe são narrados.
D
direto, no qual se insere trecho de discurso indireto em que Capitão Vitorino relata a seu interlocutor o que ouviu de outrem.
E
indireto, que prepara a introdução do direto, para esclarecer que nem Capitão Vitorino nem José Medeiros presenciaram os fatos em Pilar.
5b743485-3c
FGV 2014 - Português - Funções morfossintáticas da palavra COMO, Regência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional...

Sem que haja alteração de sentido do texto, assinale a alternativa correta quanto à regência verbal.

    Pela tarde apareceu o Capitão Vitorino. Vinha numa burra velha, de chapéu de palha muito alvo, com a fita verde- amarela na lapela do paletó. O mestre José Amaro estava sentado na tenda, sem trabalhar. E quando viu o compadre alegrou-se. Agora as visitas de Vitorino faziam-lhe bem. Desde aquele dia em que vira o compadre sair com a filha para o Recife, fazendo tudo com tão boa vontade, que Vitorino não lhe era mais o homem infeliz, o pobre bobo, o sem-vergonha, o vagabundo que tanto lhe desagradava. Vitorino apeou-se para falar do ataque ao Pilar. Não era amigo de Quinca Napoleão, achava que aquele bicho vivia de roubar o povo, mas não aprovava o que o capitão fizera com a D. Inês.

– Meu compadre, uma mulher como a D. Inês é para ser respeitada.

– E o capitão desrespeitou a velha, compadre?

– Eu não estava lá. Mas me disseram que botou o rifle em cima dela, para fazer medo, para ver se D. Inês lhe dava a chave do cofre. Ela não deu. José Medeiros, que é homem, borrou-se todo quando lhe entrou um cangaceiro no estabelecimento. Me disseram que o safado chorava como bezerro desmamado. Este cachorro anda agora com o fogo da força da polícia fazendo o diabo com o povo.

(José Lins do Rego, Fogo Morto)

A
Quando o Capitão Vitorino chegou na sua casa, Mestre José Amaro foi cumprimentar-lhe.
B
Mestre José Amaro lembrou-se que tinha desfeito a imagem de Vitorino como um bobo.
C
A forma solícita como Vitorino tratou a filha vinha de encontro à imagem dele como pobre bobo.
D
Vitorino não se simpatizava de Quinca Napoleão e lhe desaprovava o que fizera a D. Inês.
E
Vitorino não era amigo de Quinca Napoleão, pensava de que ele vivia de roubar o povo.