Questõesde UFPR sobre Coesão e coerência

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a035e116-67
UFPR 2021 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna na linha 3 do texto. 

O texto a seguir é referência para a questão.

Do que tanto ri esse tal de Scorsese?

Sergio Del Molino




A
Consequentemente.
B
Portanto.
C
Logo.
D
Por outro lado.
E
Nesse sentido.
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UFPR 2019 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Sintaxe

Com base no texto de Eco, é correto afirmar:

       Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar - e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.

[...]

         É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel - sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.



(Umberto Eco - Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)

A
A oração “foi publicado em alguns jornais” (1a linha) trata-se de uma oração sem sujeito.
B
A expressão “lectio magistralis" (2a linha) está destacada em itálico em virtude de seu emprego conotativo.
C
A expressão “no curso de” (2a linha) pode ser substituída pela preposição “durante”, mantendo paralelismo semântico
D
O advérbio “viralmente” (penúltima linha) é uma figura de linguagem empregada para estabelecer um paradoxo.
E
A oração “É falso” (2a linha) deveria apresentar concordância nominal de gênero com o termo antecedente “história dos imbecis”.
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Agora, considere os seguintes períodos:


1. O caçador, depois de visar ao lobo na floresta, parou para revidar ao chamado dos companheiros de caça.

2. Depois de precisar os detalhes do contrato, o vendedor pediu aos interessados que aguardassem, pois teria de atender o chamado do escritório.

3. Para revidar as investidas dos clientes, o gerente adiou o início da liquidação e procedeu a investigação do percentual de aumento de preços praticado pela loja, o que permitiu que os funcionários desfrutassem de algumas horas extras de descanso.

4. Os representantes do povo demoram a atender a demandas dos cidadãos, mas sabem desfrutar as benesses do poder.


Assumindo que as explicações sobre os verbos disponibilizadas acima constituem a única possibilidade de uso segundo a norma culta da língua portuguesa, que períodos estariam adequados a essa norma?

Leia como o dicionário Aurélio explica o significado e o uso dos seguintes verbos.


Atender. V. t. i. 1. Dar, prestar atenção: Não atendeu à observação que lhe fizeram. 2. Tomar em consideração; levar em conta; ter em vista; considerar: Não atende a súplicas. 3. Atentar, observar, notar: Atendia, de longe, aos acontecimentos. T. d. 4. Acolher, receber com atenção ou cortesia: Sempre atende aqueles que o procuram. Dar ou prestar atenção a. Tomar em consideração; considerar: Atende antes de tudo as suas conveniências.

Desfrutar. V. t. d. 1. V. usufruir (2): Agora desfruta benefícios prestados; 2. Deliciar-se com; apreciar: Sádico, desfrutou as cenas brutais do filme. 3. Viver à custa de. 4. Zombar de; troçar, chacotear. T. i. 5. Fruir (3): Desfruta de bom conceito no meio científico.

Precisar. V. t. d. 1. Indicar com exatidão; particularizar, distinguir, especializar: Não sabe precisar a época de sua viagem. 2. Ter precisão ou necessidade de; necessitar: (...) precisa espairecer. 3. Citar ou mencionar especialmente: a testemunha precisou o criminoso. T. i. 4. Ter necessidade; carecer, necessitar: Precisa de dinheiro. Int. 5. Ser pobre, necessitado.Trabalha porque precisa.

Proceder. V. t. i. 1. Ter origem; originar-se, derivar(-se): O amor não procede do hábito. (...) 2. Provir por geração; descender: Segundo o cristianismo, todos os homens são irmãos porque procedem de Adão e Eva. 3. Instaurar processo: O governo procederá contra os agiotas. 4. Levar a efeito; executar, realizar: As juntas apuradoras procederam à contagem dos votos. (...)

Revidar. V. t. d. 1. Responder ou compensar (uma ofensa física ou moral) com outra maior: O rapaz revidou os socos do agressor. 2. Responder, replicar, contestando: O deputado revidou o discurso que o incriminava. T. d. e i. e Int. 3. Vingar uma ofensa com outra maior: Revidou a alusão pérfida com as mais violentas injúrias.

Visar. V. t. d. 1. Dirigir a vista fixamente para; mirar: visar um alvo. 2. Apontar arma de fogo contra: Visou o ladrão, imobilizando-o. 3. Pôr o sinal de visto em: visar um cheque. 4. Ter por fim ou objetivo; ter em vista: Ao escrever esta novela, visava um fim moral. T. i. 4. Ter por fim ou objetivo; ter em vista: Estas medidas visavam ao bem público

A
Somente o período 3.
B
Somente os períodos 2 e 4.
C
Somente os períodos 1 e 3.
D
Somente os períodos 1 e 4.
E
Somente os períodos 2, 3 e 4.
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Que alternativa reescreve a sentença “Encontrar tais monstros era fundamental, com a tradição rezando que sua presença augurava riquezas”, mantendo as principais relações de sentido?

(SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje, julho 2011, p. 83.)  

A
Encontrar os monstros era sinal de mal agouro, ou seja, significava não encontrar riquezas.
B
Era imprescindível encontrar os monstros e, se rezassem em sua presença, poderiam encontrar riquezas.
C
Era importante encontrar os monstros, para os quais tradicionalmente se rezava para atrair riquezas.
D
Era lendário o fato de que monstros rezavam para atrair riquezas e encontrá-los era essencial.
E
Era importante encontrar os monstros que, pela tradição, constituíam indícios de riqueza.
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Assinale a alternativa que NÃO relaciona de forma adequada a expressão grifada com a informação que essa expressão retoma.

(SOUZA, Laura de Mello. Colombo, a América e o Conhecimento. Ciência Hoje, julho 2011, p. 83.)  

A
“até então” (linha 3) = ano de 1492.
B
sua sabedoria” (linhas 16-17) = de Colombo.
C
tais seres” (linha 11) = monstros.
D
lhe ia pela cabeça” (linha 11) = Cristóvão Colombo.
E
os conhecer” (linha 21) = seres da costa brasílica.
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UFPR 2018 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Considere as seguintes afirmativas sobre os termos em negrito e sublinhados no texto:


1. Na 3ª linha do segundo parágrafo, “a” refere-se a “fera”.

2. Na 3ª linha do terceiro parágrafo, “cuja” refere-se a “Wislawa Szymborska”.

3. Na 4ª linha do terceiro parágrafo, “seus” refere-se a “Andersen”.

4. Na 7ª linha do quarto parágrafo, “las” refere-se a “crianças”.


Assinale a alternativa correta.

      O texto a seguir é referência para as questões 41 a 45.



A
Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
B
Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
E
As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
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UFPR 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Assinale a alternativa em que o ‘se’ apresenta a mesma função que a do termo sublinhado na sequência “Por isso, esforçavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia [...]”.

      A crise final da escravidão, no Brasil, deu lugar ao aparecimento de um modelo novo de resistência, a que podemos chamar quilombo abolicionista. No modelo tradicional de resistência à escravidão, o quilombo-rompimento, a tendência dominante era a política do esconderijo e do segredo de guerra. Por isso, esforçavam-se os quilombolas exatamente para proteger seu dia a dia, sua organização interna e suas lideranças de todo tipo de inimigo, curioso ou forasteiro, inclusive, depois, os historiadores.

      Já no modelo novo de resistência, o quilombo abolicionista, as lideranças são muito bem conhecidas, cidadãos prestantes, com documentação civil em dia e, principalmente, muito bem articulados politicamente. Não mais os grandes guerreiros do modelo anterior, mas um tipo novo de liderança, uma espécie de instância de intermediação entre a comunidade de fugitivos e a sociedade envolvente. Sabemos hoje que a existência de um quilombo inteiramente isolado foi coisa rara. Mas, no caso dos quilombos abolicionistas, os contatos com a sociedade são tantos e tão essenciais que o quilombo encontra-se já internalizado, parte do jogo político da sociedade mais ampla.

(Quilombo abolicionista – cap. 1; p. 11. SILVA, Eduardo: As Camélias do Leblon e a abolição da escravatura: uma investigação de história cultural. SP: Cia das Letras, 2003.)

A
Cada um dos debatedores questionava se seria possível chegar a um acordo entre as partes.
B
O desembargador Coelho Bastos quis pôr fim à cantoria abolicionista que se fazia na Gávea.
C
Abolicionistas e escravos entreolharam-se aturdidos com a situação apresentada
D
Agindo de forma violenta, coercitiva e autoritária, os escravocratas prejudicavam-se ainda mais.
E
Os negros não tinham direito a queixar-se à polícia, por castigo de senhor branco.
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UFPR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

- Na 3ª linha do terceiro parágrafo, “Isso” se refere:

A épica narrativa de nosso caminho até aqui
Quando viajamos para o exterior, muitas vezes passamos pela experiência de aprender mais sobre o nosso país. Ao nos depararmos com uma realidade diferente daquela em que estamos imersos cotidianamente, o estranhamento serve de alerta: deve haver uma razão, um motivo, para que as coisas funcionem em cada lugar de um jeito. Presentes diferentes só podem resultar de passados diferentes. Essa constatação pode ser um poderoso impulso para conhecer melhor a nossa história.
Algo assim vem ocorrendo no campo de estudos sobre o Sistema Solar. O florescimento da busca de planetas extrassolares – aqueles que orbitam em torno de outras estrelas – equivaleu a dar uma espiadinha no país vizinho, para ver como vivem “seus habitantes”. Os resultados são surpreendentes. Em certos sistemas, os planetas estão tão perto de suas estrelas que completam uma órbita em poucos dias. Muitos são gigantes feitos de gás, e alguns chegam a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete vezes o raio de Júpiter, o grandalhão do nosso sistema. Já os nossos planetas rochosos, classe em que se enquadram Terra, Mercúrio, Vênus e Marte, parecem ser mais bem raros do que imaginávamos a princípio.
A constatação de que somos quase um ponto fora da curva (pelo menos no que tange ao nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários) provocou os astrônomos a formular novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua atual configuração. Isso implica responder perguntas tais como quando se formaram os planetas gasosos, por que estão nas órbitas em que estão hoje, de que forma os planetas rochosos surgiram etc.
Nosso artigo de capa traz algumas das respostas que foram formuladas nos últimos 15 a 20 anos. Embora não sejam consensuais, teorias como o Grand Tack, o Grande Ataque e o Modelo de Nice têm desfrutado de grande prestígio na comunidade astronômica e oferecem uma fascinante narrativa da cadeia de eventos que pode ter permitido o surgimento da Terra e, em última instância, da vida por aqui. [...]
(Paulo Nogueira, editorial de Scientific American – Brasil – n o 168, junho 2016.)
A
ao florescimento da busca de planetas extrassolares.
B
a gigantes feitos de gás, alguns chegando a possuir mais de seis vezes a massa e quase sete vezes o raio de Júpiter.
C
à formulação de novas teorias para explicar como o Sistema Solar adquiriu sua configuração atual.
D
à constatação de que somos quase um ponto fora da curva.
E
ao nosso atual estágio de conhecimento de sistemas planetários.
beaca675-b3
UFPR 2015 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

“A fórmula que a evolução encontrou para equacionar esse e outros dilemas foi embalar regras de conduta em instintos, emoções e sentimentos que provocam ações que funcionam em mais instâncias do que não funcionam". A que dilema a expressão “esse" se refere?

O texto a seguir é referência para a questão.

Vontade de punir

   Deu no Datafolha que 87% dos brasileiros querem baixar a maioridade penal. Maiorias assim robustas, que já são raras em questões sociais, ficam ainda mais intrigantes quando se considera que, entre especialistas, o assunto é controverso. Como explicar o fenômeno?

   Estamos aqui diante de um dos mais fascinantes aspectos da natureza. Se você pretende produzir seres sociais, precisa encontrar um modo de fazer com que eles colaborem uns com os outros e, ao mesmo tempo, se protejam dos indivíduos dispostos a explorá-los. A fórmula que a evolução encontrou para equacionar esse e outros dilemas foi embalar regras de conduta em instintos, emoções e sentimentos que provocam ações que funcionam em mais instâncias do que não funcionam.

   Assim, para evitar a superexploração pelos semelhantes, desenvolvemos verdadeiro horror àquilo que percebemos como injustiças. Na prática, isso se traduz no impulso que temos de punir quem tenta levar vantagem indevida. Quando não podemos castigá-los diretamente, torcemos para que levem a pior, o que, além de garantir o sucesso de filmes de Hollywood, torna a justiça retributiva algo popular em nossa espécie.

   Isso, porém, é só parte do problema. Uma sociedade pautada apenas pelo ideal de justiça soçobraria. Se cada mínima ofensa exigisse imediata reparação e todos tivessem de ser tratados de forma rigorosamente idêntica, a vida comunitária seria impossível. A natureza resolve isso com sentimentos como amor e favoritismo, que permitem, entre outras coisas, que mães prefiram seus próprios filhos aos de desconhecidos.

   Nas sociedades primitivas, bandos de 200 pessoas onde todos tinham algum grau de parentesco, o sistema funcionava razoavelmente bem. Os ímpetos da justiça retributiva eram modulados pela empatia familiar. Agora que vivemos em grupos de milhões sem vínculos pessoais, a vontade de punir impera inconteste.

SCHWARTSMAN, Hélio. Folhaonline, em 24 jun. 2015.
A
Explicar a divergência entre a opinião dos especialistas e a da sociedade em geral.
B
Criar regras para conter a violência, mesmo que, em geral, não funcionem.
C
Elaborar regras de conduta que minimizem instintos e emoções.
D
Explicar o fenômeno de a grande maioria da população ser favorável à punição de menores.
E
Fazer com que as pessoas sejam boas e, ao mesmo tempo, saibam se defender.