Questõesde CESMAC 2015 sobre Português

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Foram encontradas 33 questões
19e619ee-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As histórias em quadrinhos constituem um gênero de texto que, como todos os outros, têm a sua função comunicativa. Analisando a historinha acima, podemos afirmar que:


1) há um propósito de fazer humor, que está contido no clímax do episódio, quando Mafalda descreve para a professora seu último infortúnio.

2) a sequência de episódios que antecedem o último problema funciona como um contexto prévio pelo qual se possa reconhecer o último como 'outro desastre'.

3) as expressões que indicam 'tempo' são, na historinha em análise, fundamentais para se estabelecer o fluxo dos episódios.

4) no diálogo, a aluna1 usa uma linguagem contundente, meio arrogante, até, que contraria as normas sociais adequadas a situações análogas.


Estão corretas:

TEXTO 2

A
1 e 4 apenas.
B
1, 2, 3 e 4.
C
1, 2 e 3 apenas
D
2 e 3 apenas
E
2, 3 e 4 apenas
19e2dbbc-d5
CESMAC 2015 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

O uso da norma culta costuma ser valorizada socialmente como algo distintivo e de prestígio. Identifique a alternativa em que a concordância está inteiramente de acordo com essa norma.

A
Houveram pesquisas que trouxeram muitas esperanças em relação à cura do câncer.
B
Convêm que os termos da medicina atual seja atualizado não promovendo, assim, controvérsias.
C
A pesquisa científica sobre algumas doenças mostraram que haviam, no passado, poucas chances de cura para o câncer.
D
Nenhuma das pesquisas revelaram motivos para desespero em relação ao contágio do ebola.
E
Qual das regiões brasileiras se encontra mais esperançosa de romper a barreira da dengue?
19de617e-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise o trecho seguinte: “É recomendável, portanto - a fim de que se possa falar e escrever, principalmente no exercício profissional, com clareza, precisão e efetividade - prestar cuidados para que termos científicos não sejam oficializados com formas ou sentidos inadequados”. Para entender bem esse trecho, é necessário que identifiquemos a que a expressão sublinhada se aplica. Ou seja, é recomendável: 

TEXTO 1


A
termos científicos...
B
falar e escrever...
C
prestar cuidados...
D
formas ou sentidos inadequados...
E
o exercício profissional...
19d64683-d5
CESMAC 2015 - Português - Regência, Sintaxe

Observe como se fez a regência verbal do seguinte trecho: “Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos sobre os quais não pesem questionamentos”. Assinale, em seguida, a alternativa em que esse componente da sintaxe está também corretamente formulado.

TEXTO 1


A
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos dos quais todos admitem.
B
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos dos quais ninguém se tenha referido.
C
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos aos quais ninguém tenha conhecido.
D
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos dos quais ninguém segue.
E
Pode ser opção mais vantajosa, mais efetiva, escolher usos aos quais ninguém tenha tido acesso.
19dae12f-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise a composição do seguinte trecho: “É recomendável, portanto - a fim de que se possa falar e escrever, principalmente no exercício profissional, com clareza, precisão e efetividade - prestar cuidados para que termos científicos não sejam oficializados com formas ou sentidos inadequados”. Nesse trecho, o segmento sublinhado:

TEXTO 1


A
traz um sentido contrário; logo, de oposição,
B
tem um valor semântico de conclusão: equivale a ‘portanto’.
C
leva a um significado de ‘contiguidade’, tanto que poderia ser iniciado pela expressão ‘afim de’.
D
expressa a ‘meta’ pela qual algo é recomendado.
E
está coordenado ao trecho anterior com um valor de causalidade.
19d1a5de-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

 Como ideia secundária, o Texto 1 admite que:


1) as línguas são flexíveis; mudam por razões históricas e culturais.

2) as metas da comunicação, dentro de uma situação específica, é se mostrar eficaz naquilo que se vai falar ou escrever.

3) vale ter cuidado para que a constância no uso de certos termos não comprometa o rigor da linguagem científica.

4) falta nas ciências médicas um "padrão-ouro", que lhe confira precisão e rigor, como acontece em outros domínios da atividade social.

5) a linguagem, apesar da sua generalidade de função, tem características próprias na dependência da cada contexto de uso.


Estão corretas:

TEXTO 1


A
1, 2, 3, 4 e 5.
B
1, 2, 3 e 5 apenas.
C
1, 2 e 3 apenas 
D
1, 2, 4 e 5, apenas
E
2, 3 e 4, apenas.
19c60d84-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O que o Texto 1 defende, em sua globalidade:

TEXTO 1


A
é o uso de uma linguagem gramaticalmente correta no exercício profissional da medicina.
B
é o rigor terminológico que deve ser adotado em toda atividade verbal, já que a imprecisão é incompatível com a comunicação.
C
tem a ver com a soberania da "lei do uso", pois as categorias gramaticais de uma língua são definidas pelos seus usos corretos.
D
é o caráter da linguagem como instrumento de comunicação, diante do que o falante é soberano.
E
concerne ao uso de uma terminologia exata e rigorosa por parte dos que atuam na área médica.
19c962bf-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No Texto 1, e considerando sua ideia central, é de inteira relevância o seguinte fragmento:

TEXTO 1


A
“nos concursos, mesmo os de livre docência, dever-se-ia fazer questão cerrada da uniformidade e do rigor terminológico”.
B
“Mesmo os termos mais chulos calham em situações emotivas extremas. Para exercício desta liberdade de linguagem, precisa-se conhecer o patrimônio do idioma”.
C
“se a precisão da linguagem é necessária a todos, ela é imprescindível aos pesquisadores e cientistas, já que a imprecisão é incompatível com a ciência”.
D
“Palavras homógrafas com significados diferentes devem ser evitadas na linguagem científica”.
E
“A idade de um erro não lhe confere exatidão, e teimar em usar termos impróprios não é sinal de independência e nacionalidade”.
19cd4d60-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerado o tema central do Texto 1, pode-se reconhecer como ‘palavras-chave’ as que constam na alternativa:

TEXTO 1


A
lei do uso; livre docência; orientadores médicos.
B
padrão gramatical; padrão-ouro; controvérsias.
C
linguagem científica; rigor terminológico; âmbito médico.
D
palavras homógrafas; necessidades culturais; comunicação.
E
significados diferentes; decisões gramaticais; questionamentos.
19b7cd59-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Desde o seu primeiro livro — Perto do coração selvagem — que Clarice Lispector (1926-1977) chamou a atenção da melhor crítica brasileira para os aspectos inovadores e de vanguarda da sua obra ficcional. Tendo vivido a sua infância no Recife, Clarice consagra algumas crônicas e contos a esse período da sua vida. No entanto, é com um romance publicado em 1977 — A Hora da Estrela — que ela coloca como o centro da estória não apenas uma personagem nordestina, mas também constrói uma das personagens mais marcantes da nossa literatura. Como se chama a personagem principal de A Hora da Estrela?

A
Macabeia.
B
Maria Moura.
C
Gabriela Cravo e Canela.
D
Capitu.
E
Sinhá Vitória.
19c17975-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise o seguinte trecho: “convém conhecer os termos que, embora muito frequentes na linguagem médica, ensejam controvérsias quanto a seu uso em um padrão formal, mesmo no âmbito médico”. Nesse trecho, pode-se reconhecer:

TEXTO 1


A
uma recomendação na qual vem intercalada uma concessão.
B
uma linguagem contundente, taxativa, sem ressalvas.
C
uma hipótese acerca dos termos mais frequentes no uso da linguagem médica.
D
uma advertência em relação à exploração de temas controversos.
E
uma ordem, pela qual se pretende regular os usos terminológicos do meio médico.
19bcd1ad-d5
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O escritor alagoano Ledo Ivo (1924-2012) foi múltiplo nas suas atividades intelectuais: jornalista, ensaísta, tradutor, poeta, contista e crítico literário. Mas é como poeta que o seu nome se consagra como um dos maiores da sua geração, que é, no caso, a mesma geração de João Cabral de Mello Neto, Paulo Mendes Campos, Mauro Mota, dentre outros poetas. Como ficou consagrada e conhecida a geração em que se inscreve Ledo Ivo? 

A
Geração de 45.
B
Geração do Regionalismo de 1926.
C
Geração do Modernismo de 1922.
D
Geração da Poesia Concreta.
E
Geração da Poesia Pau-Brasil.
031cf1bf-de
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A compreensão do Texto 2 exige que:

TEXTO 2

A
o encaremos como um texto em que predomina a função informativa.
B
mobilizemos nosso conhecimento sociocultural para entender, por exemplo, o sentido dos elementos não verbais.
C
dada a sua ampla circulação, esteja escrito de acordo com a ortografia oficial da língua.
D
o sujeito dos verbos estejam todos expressos na superfície do texto.
E
esteja claro o objeto direto dos verbos caso se trate de verbos transitivos diretos.
0314dd85-de
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Ainda em consideração ao sentido de algumas palavras do Texto 1, assinale a alternativa em que o sentido de palavras ou expressões grifadas está indicado corretamente.

    TEXTO 1


Português, a língua mais difícil do mundo? 

Conta outra! . Alguns mitos resistentes rondam como mosquitos chatos a língua portuguesa falada no Brasil. Diante deles, argumentações fundadas em fatos e um mínimo de racionalidade são tão inúteis quanto tapas desferidos às cegas no escuro do quarto em pernilongos zumbidores. Os tapas acertam o vazio, os zumbidos continuam lá.

A lenda de que se fala no estado do Maranhão o português mais “correto” do Brasil é uma dessas balelas aceitas por aí como verdades reveladas – e nem os tristíssimos índices educacionais maranhenses podem fazer nada contra isso. Tapas no vazio.

Outra bobagem de grande prestígio é aquela que sustenta ser o português “a língua mais difícil do mundo”. Baseada, talvez, na dor de cabeça real que acomete estrangeiros confrontados com a arquitetura barroca de nossos verbos, a afirmação é categórica o bastante para dispensar a necessidade de uma prova.

O sujeito erra o gênero da palavra alface e pronto, lá vem a desculpa universal: “Ah, também, como é difícil a porcaria dessa língua! Ah, se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses!” Não, claro que isso não quer dizer que o queixoso saiba falar holandês. É justamente na imensa parcela monoglota da população que a crença na dificuldade insuperável da língua portuguesa encontra solo mais fértil.

Não é uma conclusão a que se chegue depois de estudar judiciosamente latim, alemão, húngaro, russo e japonês. Ninguém precisa ter encarado um idioma em que se use declinação – vespeiro do qual a gramática portuguesa nos poupou – para sair deplorando em altos brados o desafio invencível da crase. Não há dúvida de que o mito das agruras superlativas do português diz muito sobre a falência educacional brasileira, cupim que rói as fundações de qualquer projeto de desenvolvimento social que vá além da promoção de um maior acesso da população a shopping centers.

Temo, porém, que suas raízes sejam mais profundas. Percebe-se aí uma mistura tóxica de autocomplacência, autodepreciação, ufanismo, fuga da realidade e desculpa esfarrapada que pode ser ainda mais difícil de derrotar do que nosso vicejante semianalfabetismo.

http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/portugues-a-lingua-mais-dificil-do-mundo-conta-outra/ 
A
“parcela monoglota da população”: parcela analfabeta da população.
B
autodepreciação: prática de se analisar a si mesmo.
C
agruras superlativas do português”: dificuldades descomunais, excessivas do português.
D
“estudar judiciosamente latim”: aplicar-se intensamente ao estudo do latim.
E
mistura tóxica de autocomplacência, autodepreciação, ufanismo: uma mistura complexa e intrincada.
0319598b-de
CESMAC 2015 - Português - Regência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Considerando as normas do português contemporâneo, quanto à concordância e a regência verbal, a alternativa que se conforma à norma-padrão é:

A
Não há dúvida de que o mito das agruras português, de que o autor se refere, dizem muito sobre a falência educacional brasileira.
B
A lenda que houveram regiões em que se fala mais corretamente o português ainda não foram rejeitadas.
C
Qual dos estrangeiros que se confrontaram com a arquitetura barroca de nossos verbos não se sentiram desanimados?
D
Argumentos à favor que a língua portuguesa é difícil foi apresentados em comentários de vários jornais.
E
Nenhum dos linguistas e gramáticos sustenta que a língua – à qual nos referimos – apresenta dificuldades incontornáveis.
030dbf14-de
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe o seguinte trecho: “Não há dúvida de que o mito das agruras superlativas do português diz muito sobre a falência educacional brasileira, cupim que rói as fundações de qualquer projeto de desenvolvimento social que vá além da promoção de um maior acesso da população a shopping centers”. Nesse trecho, o foco da observação principal cai sobre:

    TEXTO 1


Português, a língua mais difícil do mundo? 

Conta outra! . Alguns mitos resistentes rondam como mosquitos chatos a língua portuguesa falada no Brasil. Diante deles, argumentações fundadas em fatos e um mínimo de racionalidade são tão inúteis quanto tapas desferidos às cegas no escuro do quarto em pernilongos zumbidores. Os tapas acertam o vazio, os zumbidos continuam lá.

A lenda de que se fala no estado do Maranhão o português mais “correto” do Brasil é uma dessas balelas aceitas por aí como verdades reveladas – e nem os tristíssimos índices educacionais maranhenses podem fazer nada contra isso. Tapas no vazio.

Outra bobagem de grande prestígio é aquela que sustenta ser o português “a língua mais difícil do mundo”. Baseada, talvez, na dor de cabeça real que acomete estrangeiros confrontados com a arquitetura barroca de nossos verbos, a afirmação é categórica o bastante para dispensar a necessidade de uma prova.

O sujeito erra o gênero da palavra alface e pronto, lá vem a desculpa universal: “Ah, também, como é difícil a porcaria dessa língua! Ah, se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses!” Não, claro que isso não quer dizer que o queixoso saiba falar holandês. É justamente na imensa parcela monoglota da população que a crença na dificuldade insuperável da língua portuguesa encontra solo mais fértil.

Não é uma conclusão a que se chegue depois de estudar judiciosamente latim, alemão, húngaro, russo e japonês. Ninguém precisa ter encarado um idioma em que se use declinação – vespeiro do qual a gramática portuguesa nos poupou – para sair deplorando em altos brados o desafio invencível da crase. Não há dúvida de que o mito das agruras superlativas do português diz muito sobre a falência educacional brasileira, cupim que rói as fundações de qualquer projeto de desenvolvimento social que vá além da promoção de um maior acesso da população a shopping centers.

Temo, porém, que suas raízes sejam mais profundas. Percebe-se aí uma mistura tóxica de autocomplacência, autodepreciação, ufanismo, fuga da realidade e desculpa esfarrapada que pode ser ainda mais difícil de derrotar do que nosso vicejante semianalfabetismo.

http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/portugues-a-lingua-mais-dificil-do-mundo-conta-outra/ 
A
as excentricidades do português que, entre outros, se fixa em noções dos superlativos.
B
o acesso da população a uma maior e mais eficiente promoção social e econômica.
C
o colapso por que tem passado o projeto educacional brasileiro.
D
a carência que sofre o desenvolvimento social.
E
a luta sócio-educacional que deve favorecer o acesso de toda a população aos bens de consumo.
03114d92-de
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Uma análise do vocabulário em uso no Texto 1 revela que foi frequente o recurso a analogias e comparações, como em: a “falência educacional brasileira” é como um “cupim que rói”; “o “semianalfabetismo” brasileiro é como uma planta “vicejante”; medidas improdutivas são como “tapas no vazio”; “autocomplacência, autodepreciação, ufanismo” é uma “mistura tóxica”; um “idioma que usa declinações” é um “vespeiro”. Na verdade, o recurso a essas analogias:

1) torna as ideias mais próximas das realidades concretas e, assim, mais facilmente perceptíveis.
2) aproxima o texto dos padrões próprios da oralidade menos formal.
3) deixa o texto mais interativo, mais interessante e mais capaz de provocar a adesão do leitor.
4) fere as especificidades de um comentário jornalístico, pois remete para a informalidade.
5) é estranho, pois as metáforas devem se restringir à poesia e a outras produções literárias.

Estão corretas:

    TEXTO 1


Português, a língua mais difícil do mundo? 

Conta outra! . Alguns mitos resistentes rondam como mosquitos chatos a língua portuguesa falada no Brasil. Diante deles, argumentações fundadas em fatos e um mínimo de racionalidade são tão inúteis quanto tapas desferidos às cegas no escuro do quarto em pernilongos zumbidores. Os tapas acertam o vazio, os zumbidos continuam lá.

A lenda de que se fala no estado do Maranhão o português mais “correto” do Brasil é uma dessas balelas aceitas por aí como verdades reveladas – e nem os tristíssimos índices educacionais maranhenses podem fazer nada contra isso. Tapas no vazio.

Outra bobagem de grande prestígio é aquela que sustenta ser o português “a língua mais difícil do mundo”. Baseada, talvez, na dor de cabeça real que acomete estrangeiros confrontados com a arquitetura barroca de nossos verbos, a afirmação é categórica o bastante para dispensar a necessidade de uma prova.

O sujeito erra o gênero da palavra alface e pronto, lá vem a desculpa universal: “Ah, também, como é difícil a porcaria dessa língua! Ah, se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses!” Não, claro que isso não quer dizer que o queixoso saiba falar holandês. É justamente na imensa parcela monoglota da população que a crença na dificuldade insuperável da língua portuguesa encontra solo mais fértil.

Não é uma conclusão a que se chegue depois de estudar judiciosamente latim, alemão, húngaro, russo e japonês. Ninguém precisa ter encarado um idioma em que se use declinação – vespeiro do qual a gramática portuguesa nos poupou – para sair deplorando em altos brados o desafio invencível da crase. Não há dúvida de que o mito das agruras superlativas do português diz muito sobre a falência educacional brasileira, cupim que rói as fundações de qualquer projeto de desenvolvimento social que vá além da promoção de um maior acesso da população a shopping centers.

Temo, porém, que suas raízes sejam mais profundas. Percebe-se aí uma mistura tóxica de autocomplacência, autodepreciação, ufanismo, fuga da realidade e desculpa esfarrapada que pode ser ainda mais difícil de derrotar do que nosso vicejante semianalfabetismo.

http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/portugues-a-lingua-mais-dificil-do-mundo-conta-outra/ 
A
1, 2, 3 apenas
B
1 e 2 apenas.
C
1, 3 e 4 apenas
D
3, 4 e 5 apenas.
E
1, 2, 3, 4 e 5.
030609f4-de
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Texto 1, em suas ideias centrais, pretende argumentar a favor:

    TEXTO 1


Português, a língua mais difícil do mundo? 

Conta outra! . Alguns mitos resistentes rondam como mosquitos chatos a língua portuguesa falada no Brasil. Diante deles, argumentações fundadas em fatos e um mínimo de racionalidade são tão inúteis quanto tapas desferidos às cegas no escuro do quarto em pernilongos zumbidores. Os tapas acertam o vazio, os zumbidos continuam lá.

A lenda de que se fala no estado do Maranhão o português mais “correto” do Brasil é uma dessas balelas aceitas por aí como verdades reveladas – e nem os tristíssimos índices educacionais maranhenses podem fazer nada contra isso. Tapas no vazio.

Outra bobagem de grande prestígio é aquela que sustenta ser o português “a língua mais difícil do mundo”. Baseada, talvez, na dor de cabeça real que acomete estrangeiros confrontados com a arquitetura barroca de nossos verbos, a afirmação é categórica o bastante para dispensar a necessidade de uma prova.

O sujeito erra o gênero da palavra alface e pronto, lá vem a desculpa universal: “Ah, também, como é difícil a porcaria dessa língua! Ah, se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses!” Não, claro que isso não quer dizer que o queixoso saiba falar holandês. É justamente na imensa parcela monoglota da população que a crença na dificuldade insuperável da língua portuguesa encontra solo mais fértil.

Não é uma conclusão a que se chegue depois de estudar judiciosamente latim, alemão, húngaro, russo e japonês. Ninguém precisa ter encarado um idioma em que se use declinação – vespeiro do qual a gramática portuguesa nos poupou – para sair deplorando em altos brados o desafio invencível da crase. Não há dúvida de que o mito das agruras superlativas do português diz muito sobre a falência educacional brasileira, cupim que rói as fundações de qualquer projeto de desenvolvimento social que vá além da promoção de um maior acesso da população a shopping centers.

Temo, porém, que suas raízes sejam mais profundas. Percebe-se aí uma mistura tóxica de autocomplacência, autodepreciação, ufanismo, fuga da realidade e desculpa esfarrapada que pode ser ainda mais difícil de derrotar do que nosso vicejante semianalfabetismo.

http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/portugues-a-lingua-mais-dificil-do-mundo-conta-outra/ 
A
de que se reconheça a indigência de nossos programas de ensino que não conseguem superar os imensos enigmas do português.
B
da extrema necessidade de se minorar as grandes dificuldades que marcam o português em detrimento de outras línguas bem mais fáceis.
C
da concepção de que existem regiões em que se fala muito bem o português, embora esse ponto de vista esteja calcado em percepções simplistas.
D
da relevância social e política de se romper com a visão mítica e equivocada de que a língua portuguesa é uma língua extremamente difícil.
E
da conveniência de se estudar línguas estrangeiras até mesmo como meio de romper as dificuldades que a língua portuguesa apresenta.
030a2751-de
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na verdade, o autor do Texto 1:

    TEXTO 1


Português, a língua mais difícil do mundo? 

Conta outra! . Alguns mitos resistentes rondam como mosquitos chatos a língua portuguesa falada no Brasil. Diante deles, argumentações fundadas em fatos e um mínimo de racionalidade são tão inúteis quanto tapas desferidos às cegas no escuro do quarto em pernilongos zumbidores. Os tapas acertam o vazio, os zumbidos continuam lá.

A lenda de que se fala no estado do Maranhão o português mais “correto” do Brasil é uma dessas balelas aceitas por aí como verdades reveladas – e nem os tristíssimos índices educacionais maranhenses podem fazer nada contra isso. Tapas no vazio.

Outra bobagem de grande prestígio é aquela que sustenta ser o português “a língua mais difícil do mundo”. Baseada, talvez, na dor de cabeça real que acomete estrangeiros confrontados com a arquitetura barroca de nossos verbos, a afirmação é categórica o bastante para dispensar a necessidade de uma prova.

O sujeito erra o gênero da palavra alface e pronto, lá vem a desculpa universal: “Ah, também, como é difícil a porcaria dessa língua! Ah, se tivéssemos sido colonizados pelos holandeses!” Não, claro que isso não quer dizer que o queixoso saiba falar holandês. É justamente na imensa parcela monoglota da população que a crença na dificuldade insuperável da língua portuguesa encontra solo mais fértil.

Não é uma conclusão a que se chegue depois de estudar judiciosamente latim, alemão, húngaro, russo e japonês. Ninguém precisa ter encarado um idioma em que se use declinação – vespeiro do qual a gramática portuguesa nos poupou – para sair deplorando em altos brados o desafio invencível da crase. Não há dúvida de que o mito das agruras superlativas do português diz muito sobre a falência educacional brasileira, cupim que rói as fundações de qualquer projeto de desenvolvimento social que vá além da promoção de um maior acesso da população a shopping centers.

Temo, porém, que suas raízes sejam mais profundas. Percebe-se aí uma mistura tóxica de autocomplacência, autodepreciação, ufanismo, fuga da realidade e desculpa esfarrapada que pode ser ainda mais difícil de derrotar do que nosso vicejante semianalfabetismo.

http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/portugues-a-lingua-mais-dificil-do-mundo-conta-outra/ 
A
ressalta as excentricidades do português, por exemplo: “a arquitetura barroca de nossos verbos”
B
reafirma que a língua portuguesa apresenta muitas dificuldades: basta lembrar “o desafio invencível da crase”.
C
presume que estudar português é mais difícil que estudar línguas como latim, alemão, húngaro, russo e japonês.
D
afirma que depreciação implicada nos mitos que rondam o português seja a causa do ainda vigente analfabetismo.
E
recusa o mito de que existem línguas, como o português, com maior parcela de dificuldade que outras.
a6308588-d4
CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As palavras de Drummond expostas acima:

1) confirmam o entendimento de que a literatura constitui uma criação artística, mágica e atemporal.
2) atribuem uma certa magia à amizade, cuja compreensão e cujos poderes prescindem de qualquer explicação.
3) enaltecem a interação que a arte literária, pelo seu encantamento, provoca entre as pessoas, superando as barreiras do tempo e da distância.
4) constituem uma espécie de lamento em relação à dificuldade para expressar, com simplicidade, certos sentimentos.


Estão corretas:

TEXTO 5 

O que há de mais importante na literatura, sabe? É a aproximação, a comunhão que ela estabelece entre seres humanos, mesmo a distância, mesmo entre mortos e vivos. O tempo não conta para isso. Somos contemporâneos de Shakespeare e de Virgílio. Somos amigos pessoais deles. (...) O maior prêmio de Estocolmo ou dos Estados Unidos não vale o telegrama de amor que alguém desconhecido, e que não conheceremos nunca, nos manda lá do Pará porque leu uma coisa nossa e ficou comovido e rendido. O telegrama não é para nós, é para a nossa vaidade. É uma voz do coração e do espírito, solta no ar, que nos atinge e repercute em nós. Dito assim, fica meio grandiloquente, mas não sei dizer melhor, você entenderá. Quem já sentiu isso compreende sem explicação. Funciona. É. E constitui uma das grandes alegrias da vida. Palavra, música, arte de todas as formas: essas coisas têm sua magia. Ai de quem não a sente. 

(Carlos Drummond de Andrade. Tempo, vida, poesia. Rio de Janeiro: Record, 1986, p. 58-59).
A
1 e 3 apenas
B
2 e 4 apenas
C
1 e 4 apenas
D
3 e 4 apenas
E
1, 2, 3 e 4