Questõesde CÁSPER LÍBERO 2015 sobre Português

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Foram encontradas 19 questões
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CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No calor escaldante de um meio-dia de agosto, na ilha grega de Lesbos, Ziad Mouatash salta fora de um bote inflável superlotado e toca o solo da União Europeia pela primeira vez. O jovem de 22 anos, de Yarmouk – campo de refugiados palestino à beira de Damasco, sitiado e bombardeado desde 2012, abraça todos à sua volta, em êxtase por estar vivo. Embora tenha escapado dos horrores da massacrante guerra civil da Síria, Mouatash está apenas começando uma difícil jornada pela Europa.

Fonte: http://outraspalavras.net/destaques/vitimas-das-guerras-humanitarias/ Adaptado. Publicado em 04-09-2015. Acesso em 11-09-2015


A história de Ziad é representativa do atual movimento de refugiados que se dirigem à Europa. No gráfico a seguir, é possível observar estatísticas desse fluxo:



Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150904_graficos_imigracao_europa_rm. Publicado em 06-09-2015. Acesso em 11-09-2015


Considerando o contexto do excerto e do gráfico, é possível afirmar que:

A
o continente africano, tradicionalmente uma região de onde partem imigrantes, persiste, na atualidade, como foco principal do fluxo de refugiados em direção à União Europeia.
B
a proporção de refugiados sírios rumo à União Europeia justifica-se, acima de tudo, pelas condições climáticas da região, caracterizadas por calor intenso e desertos.
C
os refugiados sírios são maioria e imigram para a União Europeia com segurança, já que contam com o auxilio de nações como a Alemanha e Inglaterra e recebem visto humanitário.
D
a maioria dos refugiados que se dirigem à União Europeia são provenientes do histórico conflito entre Irã e Iraque e, há anos, existem políticas específicas de acolhimento dessas populações.
E
a Síria continua sendo a principal motivadora dessa onda de refugiados, mas a situação no Afeganistão, na Eritreia, assim como em Kosovo também levam pessoas a procurar asilo.
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CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Muito antes da internet e da publicidade direta ao consumidor, a medicina tentava tranquilizar as pessoas acerca de suas preocupações com a saúde. Hoje, vender sintomas para os sugestionáveis tem sido uma mina de ouro para as grandes transnacionais farmacêuticas, desde que começaram a fazer propaganda direta ao consumidor, no final dos anos de 1990. O marketing das grandes farmacêuticas sugere que você deveria ir correndo ao médico e se pendurar em “pílulas da felicidade”.

Fonte: ROSENBERG, Martha. Medo: matéria prima da indústria farmacêutica. http://outraspalavras.net/posts/medo-materiaprima-da-industria-farmaceutica/ Adaptado. Acesso em 11-09-2015



Fonte: http://www.cartoonmovement.com/cartoon?p=2 Acesso em 11-09-2015


A crítica contida no texto e na imagem sugere que

A
na atualidade, as pessoas possuem maior conhecimento a respeito de patologias e medicamentos, podendo prevenir-se.
B
a propaganda das industrias farmacêuticas tem função didática e de esclarecimento, o que tranquiliza o paciente.
C
a publicidade atual torna acessíveis aos pacientes os tratamentos e medicamentos modernos.
D
a indústria farmacêutica divulga doenças como forma de construir demanda de consumo de medicamentos e investe em publicidade.
E
o objetivo das indústrias farmacêuticas é alertar a respeito de doenças silenciosas podem acometer as pessoas.
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Assinale a opção que apresenta corretamente o sentido do nome do poema reproduzido abaixo, que integra Toda poesia, de Paulo Leminski:


hieróglifo


Todas as coisas estão aí
para nos iluminar.
Discípulo pronto,
o mestre aparece,
imediatamente,
sob a forma de bicho,
sob a sombra de hino,
sob o vulgo de gente
como num livro, devagar.

Mestre presente,
a gente costuma hesitar,
nem se sabe se o bicho sente
o que sente a gente
quando para de pensar.

A
Tudo o que é difícil de decifrar.
B
Palavra que guarda um segredo.
C
Guardião das coisas sagradas.
D
Estudo das diferentes religiões.
E
Ideograma figurativo da língua chinesa.
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Assinale a opção que apresenta corretamente a análise crítica de A cidade e as serras, de Eça de Queirós.

A
“Assim, a criação romanesca passaria a ser fruto da análise dos fatores sociais que determinam os comportamentos humanos; como qualquer fenômeno natural, esses comportamentos (especialmente os anômalos) poderiam ser definidos a priori, desde que se estudassem as circunstâncias externas que os produziam”. (Marise Hansen).
B
“Uma consequência notável para o miolo ideológico do romance é que a unidade, mascarada pela dispersão dos atos e das palavras, ultrapassa os indivíduos e acaba fixando-se em níveis impessoais: a sociedade e as forças do inconsciente”. (Alfredo Bosi).
C
“A burguesia é o objeto do ódio de Eça de Queirós; sobretudo aquela burguesia que usa as frases feitas e os trajes da Monarquia e da Igreja, do tradicionalismo, para cobrir as suas misérias permanentes”. (Otto Maria Carpeaux).
D
“Para o nosso intuito, porém, interessa principalmente o valor de sintoma do romance, isto é, o seu significado de integração na convenção bucólica e a busca de um sentido mais harmonioso na existência campestre”. (Antonio Candido).
E
“A narração raro ironiza este Petrônio de alta burguesia ‘regeneradora’, comparado a um ‘príncipe artista da Renascença’, a que vários homens servem de satélite e várias mulheres amam na juventude”. (A. J. Saraiva e Óscar Lopes).
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Sobre Toda poesia, de Paulo Leminski, é correto afirmar que:

A
o poeta está sempre à procura de motivos e de temas que façam do texto um testemunho crítico da realidade social, moral e política.
B
o poeta trabalha com uma série de técnicas modernas de comunicação, como a publicidade, o haikai, o aforismo, o slogan, a canção, o cartum e o poema-piada.
C
trata-se de uma poética da carência, movida pela mais vibrante e sofrida oralidade.
D
os versos livres estão a serviço das falas autobiográficas, veículos de expressão do desejo e da memória.
E
os poemas constituem objetos de linguagem integralmente aderentes à estrutura perceptiva da comunicação de massa.
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Assinale a opção que apresenta corretamente dois elementos presentes na narrativa de Capitães da areia, de Jorge Amado:

A
regionalismo e cientificismo.
B
ativismo político e impressionismo.
C
lirismo e crítica social.
D
intimismo e experimentação formal.
E
sensualismo e introspeção psicológica.
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Sobre Capitães da areia, de Jorge Amado, é correto afirmar que o romance:

A
mostra como a faixa litorânea do Nordeste, convertida em monopólio de classe, torna-se fator problemático do retardamento das relações de trabalho salariais e de prolongamento e sobrevivência de arcaísmos sociais e culturais.
B
extrai o máximo de sentido para colocar as relações capitalistas num plano de continuidade com a experiência histórica da escravidão negra no Brasil, montando um cenário para realizar o grande espetáculo dos desfavorecidos pelo capitalismo.
C
trata os personagens a partir de elementos mínimos que o uniformizam como “classe proletária”, incitando-os a um gesto de revolta para o qual são fundamentais a consciência política e a solidariedade do grupo.
D
expressa os anseios de sucessivas gerações de transformar o Brasil em outro país. Os personagens, jovens, imaginam que uma força nova de mudança e transformação nasce, gloriosa, das ruínas sociais do abandono da infância, a se materializar em uma palavra que eles não pronunciam em momento algum: comunismo.
E
toma os contrastes e desencontros sociais do país como referências para o propriamente dramático. Os dilemas existenciais e do intimismo, da tradição romântica, já não podem ser vistos nem compreendidos senão como aliados dos dilemas sociais.
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Sobre A cidade e as serras, de Eça de Queirós, é correto afirmar que o romance:

A
demonstra detalhadamente o processo que conduz à metamorfose moral do narrador, Zé Fernandes, que vai do ceticismo juvenil ao esnobismo vivido na maturidade.
B
revela uma multiplicação satírica não somente dos tipos e episódios da alta burguesia cosmopolita e das sucessivas ou cumulativas atividades sociais, como também do dandismo cultural de Jacinto ou do seu narrador, Zé Fernandes.
C
explora elementos ora cômicos, como as utopias agronômicas de Jacinto; ora dramáticos, como a melancólica arrumação das ilustres ossadas genealógicas do protagonista.
D
constitui uma espirituosa expressão da crença permanente de Jacinto no poder transformador da tecnologia, da ciência, da filosofia e da religião.
E
ridiculariza a obsessão de Jacinto e Zé Fernandes pelo consumo, pelos requintes gastronômicos, pelas bibliotecas monumentais e pelas causas ecológicas.
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Assinale a opção que apresenta corretamente o contexto biográfico e histórico em que se passa a narrativa da menina dos rouxinóis, em Viagens na minha terra, de Almeida Garrett:

A
o liberalismo triunfou em Portugal através de uma guerra civil que dividiu, no início da década de 1830, muitas famílias, inclusive a de Garrett.
B
o triunfo da contrarrevolução em 1841 lançou-o novamente na oposição; mas numa oposição moderada, não contra a restauração da Carta, e sim contra a ditadura de Costa Cabral.
C
em 1851 o movimento de Regeneração, resultante de uma coligação de setembristas e cartistas, traz novamente Garrett para a ribalta da vida pública.
D
Garrett é filho da burguesia que a colonização brasileira fizera prosperar nos séculos XVI, XVII e XVIII e que aderira às reformas pombalinas.
E
as invasões francesas em 1811 obrigaram a família de Garrett a retirar-se para suas terras na ilha Terceira.
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Sobre Viagens na minha terra, de Almeida Garrett, é correto afirmar que:

A
sob a intriga de um amor contrariado e infeliz, a obra revela um mundo de violência e arbitrariedade prepotente, que tanto apresenta traços dos últimos tempos da sociedade aristocrático-absolutista, como os da burguesia constitucional.
B
a valorização do pitoresco, da anedota vivida, do depoimento pessoal, da biografia e da autobiografia é uma marca do romance, que acompanha o desenvolvimento da observação científica, da taxinomia naturalista, do jornalismo, da dignificação da vida burguesa e da comunhão com as coisas naturais.
C
a polêmica em torno da reintrodução das ordens religiosas espelha-se em um dos episódios trágicos do romance. Nota-se o contraste entre a mentalidade da burguesia rural e a da burguesia citadina que inspira o episódio da crise de adaptação do jovem protagonista ao cabo de uma jornada de mula e de um processo exemplarmente focado em introspecção e extrospecção.
D
a fabulação oscila entre as impressões de viagem e as digressões de toda ordem. Pode reduzir-se à história sentimental de um rapaz que se apaixona de um modo sucessivo ou simultâneo, mas intenso, por várias mulheres, e se sente incapaz de estancar esse constante fluir do seu desejo, de fixar e estabilizar a sua personalidade efetiva.
E
a obra vive do estilo vivo e plástico do autor, do seu humor original, a pairar em algumas cenas e em constantes digressões. As personagens agem segundo uma psicologia elementar, os sentimentos são leves e superficiais, sem dar lugar a intensos conflitos; e o amor aparece sob a forma otimista de alegre preparação para o matrimônio.
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Assinale a opção que apresenta corretamente o elemento presente no seguinte trecho do conto Paulinho Perna Torta, de João Antônio:“A gente pensa que está subindo muito nos pontos de uma carreira, mas apenas está se chegando para mais perto do fim. E como percebo, de repente, quando estou sozinho!
(...) Tenho a impressão de que me preguei uma mentirada enorme nestes anos todos”.

A
O instinto de sobrevivência diante da miséria humana.
B
A apologia da malandragem.
C
A consciência da precariedade e da solidão.
D
A ilusão de que é possível governar o próprio destino.
E
O sentimento de ter sido abandonado pessoa amada.
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CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a opção que apresenta corretamente o trecho do conto Paulinho Perna Torta, de João Antônio, que apresenta a origem do apelido do protagonista:

A
dois milicos da Força Pública se abalaram da rua para o salão. Baixaram firmes, de supetão. Não querendo prosa fiada, iam largar porrada e prender. Raspei-me pelos fundos, me grudei a uma janela e balanguei o corpo, ganhando o telhado. Tornei à Boca do Arrudão, encabulado, murcho como um balão furado. (...) Pegara um rabo de foguete. A façanha voou e Láercio já era sabedor. Ria.
B
cada um tem a sua bola numerada e que não pode ser embocada. Cada um defende a sua e atira na do outro. Aquele se defende e atira na do outro. Assim, assim, vão os homens nas bolas. Forma-se a roda com cinco, seis, sete e até oito homens. O bolo. Cada homem tem uma bola que tem duas vidas. Se a bola cai o homem perde uma vida. Se perder as duas vidas poderá recomeçar com o dobro da casada. Mas ganha uma vida só... Fervia no Joana d’Arc o jogo triste da vida”.
C
quem me vê aqui montando guarda do lado de fora da casa, levando frio nas pernas e no lombo, curtindo madrugada com este quepe na cabeça, parrudo mas jeitoso, pode me julgar um pé-de-chinelo sem eira nem beira. Plantado como um dois de paus. Um porteirinho mixuruco e só.
D
outra coisa errada que em meu nome corre é que comecei na zona. Que zona, que nada. Zona foi vida boa. Foi depois de Laércio Arrudão me apadrinhar e me ensinar o riscado do balcão, pra cima e pra baixo, servindo cachaça, fazendo sanduíche e tapeação nos troços; (...) Mas antes dessa coisa de zona, me rebentei por aí.
E
fui e vim, rebolando. O gordo estatelado, os olhos me comendo. Na terceira ginga, o homem entrou na minha, avançou, tombou para a direita. Então, fintei o freguês pela esquerda e me voei de enfiada pelo portão de saída da Júlio Prestes. Dei no pé, dei, me arrancando ganhei os lados as Santa Ifigênia.
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CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a opção que apresenta corretamente a análise crítica de Papeis avulsos, de Machado de Assis.

A
“Na construção do enredo, o que se destaca mais não é propriamente a progressão narrativa, isto é, o desenvolvimento necessário da ação imitada. Mas, sim, o tema tratado como uma espécie de partes simultâneas, onde a ênfase se desloca do nexo dos elementos da ação, fraturada com as rupturas da casualidade para recair no arcabouço das imagens”. (Davi Arrigucci Jr.)
B
“No plano global, a malícia soberanamente versada do narrador está em desproporção com o mundo em fim de contas reduzido das personagens, que ficam parecendo títeres. (...) As diferentes dimensões das personagens nem sempre se integram, ocasionando alguma indecisão de contornos etc.” (Roberto Schwarz)
C
"O narrador conduz o leitor aos bastidores da ficção, levantando questões de método e escancarando os processos da escrita. Ao mesmo tempo que rompe com as convenções do ilusionismo ficcional, mostrando o que há por trás das linhas vistas, faz dessa quebra matéria para a construção de um novo tipo de pacto com nós, leitores”. (Hélio Guimarães).
D
“Foi nesse livro surpreendente que Machado descobriu, antes de Pirandello e de Proust, que o estatuto da personagem na ficção não depende, para sustentar-se, da sua fixidez psicológica, nem da sua conversão em tipo; e que o registro das sensações e dos estados de consciência mais díspares veicula de modo exemplar algo que está aquém da persona: o contínuo da psique humana” (Alfredo Bosi).
E
“Estas três linhas do pensamento e da prática machadianos – sua consciência de que podia ser um escritor brasileiro ao tratar de ‘assuntos remotos no tempo e no espaço’, sua rejeição do realismo doutrinário e a experimentação ficcional, que vai até a criação de enredos e situações conscientemente absurdas – fornecem-nos uma espécie de ‘negativo’ fotográfico do que será a obra” (John Gledson).
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CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre O espelho, que faz parte de Papéis avulsos, de Machado de Assis, é correto afirmar que o conto:

A
narra a história do aparecimento de uma consciência nacional, não só no contexto dos acontecimentos políticos, mas também no âmbito da história intelectual da nação.
B
dramatiza os dilemas e as mentiras do nacionalismo, mostrando como o elo do protagonista, um parasita que não trabalha, com a alma da nação está rodeado de dúvidas.
C
constitui uma alegoria política em torno dos modos de resolver ou não resolver o problema da distância entre o Poder e o Povo.
D
mostra como o papel social e os seus símbolos materiais valem tanto para o eu quanto a clássica teoria da unidade da alma.
E
questiona as fronteiras entre a normalidade e a loucura, resultando em uma crítica interna ao cientificismo do século XIX.
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CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Redação - Reescritura de texto

Assinale a opção correta, caso o verbo em negrito seja mudado para “tivéssemos” em: “Se tivermos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estão localizadas em litorais, pode-se imaginar que efeito isso terá num tempo não tão longo”:

Meio ambiente: ações tardias e termômetros em alta
Reinaldo Canto


Não será por falta de declarações, compromissos e reconhecimentos que o processo de enfrentamento das mudanças climáticas não irá alcançar bons resultados durante a realização da COP 21 (Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas) em dezembro próximo, em Paris. Mas o que são bons resultados? Basicamente eles se referem a compromissos e não necessariamente a alterações no clima realmente perceptíveis.
Os mais otimistas poderão dizer que as últimas notícias vindas de grandes emissores como Estados Unidos, China e Brasil; de importantes resoluções adotadas em encontros internacionais como a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável e até mesmo por declarações de influentes religiosos como o Papa Francisco e lideranças muçulmanas sobre a importância de se cuidar do planeta, parecem mesmo representar um avanço importante no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
Já os mais pessimistas ou, melhor dizendo, os mais realistas, aplaudem esses posicionamentos, mas, além de considerá-los ainda tímidos diante dos desafios, também perguntam sem obter respostas: o que está sendo proposto será mesmo suficiente? E, o que ainda é mais angustiante pensar: ainda dará tempo de reverter todo esse processo?
Foram boas e alvissareiras as notícias anunciadas durante a Cúpula do Clima realizada no final de setembro em Nova York e que serviu de palco para diversos países apresentarem seus compromissos nacionais a serem ratificados durante a Conferência Climática de Paris (a COP 21). Grandes empresas também buscaram se destacar e se uniram aos líderes mundiais para selar compromissos de descarbonização de suas atividades e investimentos em energias limpas.
A presidenta Dilma Rousseff também apresentou em Nova York o nosso INDC, sigla em inglês para o compromisso nacional determinado. A meta brasileira é diminuir 37% das emissões até 2025, chegando a 43% de redução em 2030. O incremento no uso de energias limpas, o reflorestamento de 12 milhões de hectares e o fim do desmatamento ilegal até 2030 estão entre as propostas para o alcance das metas estabelecidas pelo governo brasileiro.
Mesmo considerando positiva e apoiando em parte o anúncio oficial do país, organizações e movimentos da sociedade civil se pronunciaram quanto à falta de detalhamento e ousadia do Brasil. Fizeram coro com diferentes abordagens, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura; o coletivo Engajamundo e o Observatório do Clima, entre outros.
Unânime mesmo foi a reprovação da meta de conter definitivamente o desmatamento apenas em 2030. A secretária executiva do Diálogo Florestal, integrante da Coalizão Brasil, Miriam Prochnow, afirmou que “a Coalizão entende que temos a obrigação, inclusive constitucional, de atacar isso imediatamente, com mais força".
Na mesma linha, “declarar que o Brasil vai ‘buscar’ políticas para eliminar o desmatamento ilegal é ridículo. O que o governo está dizendo com isso é que aceita conviver com o crime por sabe-se lá quanto tempo. Isso é uma ofensa ao bom-senso e ao que o Brasil já mostrou que pode fazer no controle do desmatamento”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. “É preciso lembrar que todos os outros países tropicais já se comprometeram a zerar o desmatamento em 2030”, acrescentou.
Debates, metas e mesmo críticas à parte, a verdade é que a temperatura continua a subir. Em seu último relatório, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), alertou que a temperatura do planeta subirá quase 5 graus Celsius até 2100. Já relatório divulgado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, em inglês) constatou que o mês de julho deste ano foi o mais quente já registrado no mundo. O mês registrou temperatura média de 16,61°C nas superfícies dos continentes e dos oceanos, 0,81°C a mais do que a média de temperatura do século XX. O ano passado já havia sido apontado como o ano mais quente da história moderna. Além disso, os 10 anos mais quentes registrados, com exceção de 1998, ocorreram a partir de 2000.
Uma das consequências desse aumento constante na temperatura está nos mares e oceanos. Recentemente a NASA, órgão aeronáutico e espacial norte-americano, divulgou um estudo com imagens de satélite que revela um aumento de 8 centímetros no nível dos oceanos de 1992 para cá, sendo que em alguns lugares do planeta chegou mesmo a 22 centímetros. Derretimentos de geleiras e expansão da água do mar estão entre as principais razões, efeitos, portanto, do aquecimento global.
Só na Groenlândia, por exemplo, a perda de gelo anual está em 303 bilhões de toneladas e na Antártida são em média 118 bilhões de toneladas que todos os anos têm contribuído para elevar o nível dos nossos mares. Se tivermos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estão localizadas em litorais, pode-se imaginar que efeito isso terá num tempo não tão longo.
Entre a constatação do aquecimento planetário e as ações anunciadas para reverter esse processo, o que nos cabe como sociedade é cobrar mais e mais efetividade e urgência. Descarbonizar a economia global, recuperar a cobertura florestal e mudar radicalmente nossa maneira de consumo e descarte não são mais possibilidades ou alternativas, mas necessidades básicas e urgentes para a própria sobrevivência da espécie humana. Vamos, portanto, radicalizar.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/acoes-tardias-termometros-em-alta-e-o-combate-as-mudancas-climaticas-2413.html

A
se tivéssemos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estão localizadas em litorais, pode-se imaginar que efeito isso terá num tempo não tão longo.
B
se tivéssemos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estivessem localizadas em litorais, poderíamos imaginar que efeito isso tem num tempo não tão longo.
C
se tivéssemos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estão localizadas em litorais, poderíamos ter imaginado que efeito isso teve num tempo não tão longo.
D
se tivéssemos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estariam localizadas em litorais, poderíamos imaginar que efeito isso terá num tempo não tão longo.
E
se tivéssemos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estão localizadas em litorais, poderíamos imaginar que efeito isso teria num tempo não tão longo.
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CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Assinale a opção que apresenta corretamente o significado da palavra “alvissareiras” em “Foram boas e alvissareiras as notícias anunciadas durante a Cúpula do Clima realizada no final de setembro em Nova York...”

Meio ambiente: ações tardias e termômetros em alta
Reinaldo Canto


Não será por falta de declarações, compromissos e reconhecimentos que o processo de enfrentamento das mudanças climáticas não irá alcançar bons resultados durante a realização da COP 21 (Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas) em dezembro próximo, em Paris. Mas o que são bons resultados? Basicamente eles se referem a compromissos e não necessariamente a alterações no clima realmente perceptíveis.
Os mais otimistas poderão dizer que as últimas notícias vindas de grandes emissores como Estados Unidos, China e Brasil; de importantes resoluções adotadas em encontros internacionais como a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável e até mesmo por declarações de influentes religiosos como o Papa Francisco e lideranças muçulmanas sobre a importância de se cuidar do planeta, parecem mesmo representar um avanço importante no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
Já os mais pessimistas ou, melhor dizendo, os mais realistas, aplaudem esses posicionamentos, mas, além de considerá-los ainda tímidos diante dos desafios, também perguntam sem obter respostas: o que está sendo proposto será mesmo suficiente? E, o que ainda é mais angustiante pensar: ainda dará tempo de reverter todo esse processo?
Foram boas e alvissareiras as notícias anunciadas durante a Cúpula do Clima realizada no final de setembro em Nova York e que serviu de palco para diversos países apresentarem seus compromissos nacionais a serem ratificados durante a Conferência Climática de Paris (a COP 21). Grandes empresas também buscaram se destacar e se uniram aos líderes mundiais para selar compromissos de descarbonização de suas atividades e investimentos em energias limpas.
A presidenta Dilma Rousseff também apresentou em Nova York o nosso INDC, sigla em inglês para o compromisso nacional determinado. A meta brasileira é diminuir 37% das emissões até 2025, chegando a 43% de redução em 2030. O incremento no uso de energias limpas, o reflorestamento de 12 milhões de hectares e o fim do desmatamento ilegal até 2030 estão entre as propostas para o alcance das metas estabelecidas pelo governo brasileiro.
Mesmo considerando positiva e apoiando em parte o anúncio oficial do país, organizações e movimentos da sociedade civil se pronunciaram quanto à falta de detalhamento e ousadia do Brasil. Fizeram coro com diferentes abordagens, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura; o coletivo Engajamundo e o Observatório do Clima, entre outros.
Unânime mesmo foi a reprovação da meta de conter definitivamente o desmatamento apenas em 2030. A secretária executiva do Diálogo Florestal, integrante da Coalizão Brasil, Miriam Prochnow, afirmou que “a Coalizão entende que temos a obrigação, inclusive constitucional, de atacar isso imediatamente, com mais força".
Na mesma linha, “declarar que o Brasil vai ‘buscar’ políticas para eliminar o desmatamento ilegal é ridículo. O que o governo está dizendo com isso é que aceita conviver com o crime por sabe-se lá quanto tempo. Isso é uma ofensa ao bom-senso e ao que o Brasil já mostrou que pode fazer no controle do desmatamento”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. “É preciso lembrar que todos os outros países tropicais já se comprometeram a zerar o desmatamento em 2030”, acrescentou.
Debates, metas e mesmo críticas à parte, a verdade é que a temperatura continua a subir. Em seu último relatório, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), alertou que a temperatura do planeta subirá quase 5 graus Celsius até 2100. Já relatório divulgado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, em inglês) constatou que o mês de julho deste ano foi o mais quente já registrado no mundo. O mês registrou temperatura média de 16,61°C nas superfícies dos continentes e dos oceanos, 0,81°C a mais do que a média de temperatura do século XX. O ano passado já havia sido apontado como o ano mais quente da história moderna. Além disso, os 10 anos mais quentes registrados, com exceção de 1998, ocorreram a partir de 2000.
Uma das consequências desse aumento constante na temperatura está nos mares e oceanos. Recentemente a NASA, órgão aeronáutico e espacial norte-americano, divulgou um estudo com imagens de satélite que revela um aumento de 8 centímetros no nível dos oceanos de 1992 para cá, sendo que em alguns lugares do planeta chegou mesmo a 22 centímetros. Derretimentos de geleiras e expansão da água do mar estão entre as principais razões, efeitos, portanto, do aquecimento global.
Só na Groenlândia, por exemplo, a perda de gelo anual está em 303 bilhões de toneladas e na Antártida são em média 118 bilhões de toneladas que todos os anos têm contribuído para elevar o nível dos nossos mares. Se tivermos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estão localizadas em litorais, pode-se imaginar que efeito isso terá num tempo não tão longo.
Entre a constatação do aquecimento planetário e as ações anunciadas para reverter esse processo, o que nos cabe como sociedade é cobrar mais e mais efetividade e urgência. Descarbonizar a economia global, recuperar a cobertura florestal e mudar radicalmente nossa maneira de consumo e descarte não são mais possibilidades ou alternativas, mas necessidades básicas e urgentes para a própria sobrevivência da espécie humana. Vamos, portanto, radicalizar.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/acoes-tardias-termometros-em-alta-e-o-combate-as-mudancas-climaticas-2413.html

A
Portadoras de notícias auspiciosas.
B
Que podem ser incontestáveis.
C
Esclarecedoras.
D
Causadoras de maravilhas.
E
Prudentes.
8c7c1d41-ef
CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto, a atitude mundial para com as mudanças climáticas, por ora, está no nível:

Meio ambiente: ações tardias e termômetros em alta
Reinaldo Canto


Não será por falta de declarações, compromissos e reconhecimentos que o processo de enfrentamento das mudanças climáticas não irá alcançar bons resultados durante a realização da COP 21 (Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas) em dezembro próximo, em Paris. Mas o que são bons resultados? Basicamente eles se referem a compromissos e não necessariamente a alterações no clima realmente perceptíveis.
Os mais otimistas poderão dizer que as últimas notícias vindas de grandes emissores como Estados Unidos, China e Brasil; de importantes resoluções adotadas em encontros internacionais como a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável e até mesmo por declarações de influentes religiosos como o Papa Francisco e lideranças muçulmanas sobre a importância de se cuidar do planeta, parecem mesmo representar um avanço importante no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
Já os mais pessimistas ou, melhor dizendo, os mais realistas, aplaudem esses posicionamentos, mas, além de considerá-los ainda tímidos diante dos desafios, também perguntam sem obter respostas: o que está sendo proposto será mesmo suficiente? E, o que ainda é mais angustiante pensar: ainda dará tempo de reverter todo esse processo?
Foram boas e alvissareiras as notícias anunciadas durante a Cúpula do Clima realizada no final de setembro em Nova York e que serviu de palco para diversos países apresentarem seus compromissos nacionais a serem ratificados durante a Conferência Climática de Paris (a COP 21). Grandes empresas também buscaram se destacar e se uniram aos líderes mundiais para selar compromissos de descarbonização de suas atividades e investimentos em energias limpas.
A presidenta Dilma Rousseff também apresentou em Nova York o nosso INDC, sigla em inglês para o compromisso nacional determinado. A meta brasileira é diminuir 37% das emissões até 2025, chegando a 43% de redução em 2030. O incremento no uso de energias limpas, o reflorestamento de 12 milhões de hectares e o fim do desmatamento ilegal até 2030 estão entre as propostas para o alcance das metas estabelecidas pelo governo brasileiro.
Mesmo considerando positiva e apoiando em parte o anúncio oficial do país, organizações e movimentos da sociedade civil se pronunciaram quanto à falta de detalhamento e ousadia do Brasil. Fizeram coro com diferentes abordagens, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura; o coletivo Engajamundo e o Observatório do Clima, entre outros.
Unânime mesmo foi a reprovação da meta de conter definitivamente o desmatamento apenas em 2030. A secretária executiva do Diálogo Florestal, integrante da Coalizão Brasil, Miriam Prochnow, afirmou que “a Coalizão entende que temos a obrigação, inclusive constitucional, de atacar isso imediatamente, com mais força".
Na mesma linha, “declarar que o Brasil vai ‘buscar’ políticas para eliminar o desmatamento ilegal é ridículo. O que o governo está dizendo com isso é que aceita conviver com o crime por sabe-se lá quanto tempo. Isso é uma ofensa ao bom-senso e ao que o Brasil já mostrou que pode fazer no controle do desmatamento”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. “É preciso lembrar que todos os outros países tropicais já se comprometeram a zerar o desmatamento em 2030”, acrescentou.
Debates, metas e mesmo críticas à parte, a verdade é que a temperatura continua a subir. Em seu último relatório, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), alertou que a temperatura do planeta subirá quase 5 graus Celsius até 2100. Já relatório divulgado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, em inglês) constatou que o mês de julho deste ano foi o mais quente já registrado no mundo. O mês registrou temperatura média de 16,61°C nas superfícies dos continentes e dos oceanos, 0,81°C a mais do que a média de temperatura do século XX. O ano passado já havia sido apontado como o ano mais quente da história moderna. Além disso, os 10 anos mais quentes registrados, com exceção de 1998, ocorreram a partir de 2000.
Uma das consequências desse aumento constante na temperatura está nos mares e oceanos. Recentemente a NASA, órgão aeronáutico e espacial norte-americano, divulgou um estudo com imagens de satélite que revela um aumento de 8 centímetros no nível dos oceanos de 1992 para cá, sendo que em alguns lugares do planeta chegou mesmo a 22 centímetros. Derretimentos de geleiras e expansão da água do mar estão entre as principais razões, efeitos, portanto, do aquecimento global.
Só na Groenlândia, por exemplo, a perda de gelo anual está em 303 bilhões de toneladas e na Antártida são em média 118 bilhões de toneladas que todos os anos têm contribuído para elevar o nível dos nossos mares. Se tivermos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estão localizadas em litorais, pode-se imaginar que efeito isso terá num tempo não tão longo.
Entre a constatação do aquecimento planetário e as ações anunciadas para reverter esse processo, o que nos cabe como sociedade é cobrar mais e mais efetividade e urgência. Descarbonizar a economia global, recuperar a cobertura florestal e mudar radicalmente nossa maneira de consumo e descarte não são mais possibilidades ou alternativas, mas necessidades básicas e urgentes para a própria sobrevivência da espécie humana. Vamos, portanto, radicalizar.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/acoes-tardias-termometros-em-alta-e-o-combate-as-mudancas-climaticas-2413.html

A
da adoção de políticas efetivas.
B
da declaração de compromissos.
C
da assinatura de compromissos virtuais de descarbonização.
D
do exame de resoluções a longo prazo.
E
do investimento concreto em energias limpas.
8c831299-ef
CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a opção que apresenta corretamente, um subtítulo para o texto.

Meio ambiente: ações tardias e termômetros em alta
Reinaldo Canto


Não será por falta de declarações, compromissos e reconhecimentos que o processo de enfrentamento das mudanças climáticas não irá alcançar bons resultados durante a realização da COP 21 (Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas) em dezembro próximo, em Paris. Mas o que são bons resultados? Basicamente eles se referem a compromissos e não necessariamente a alterações no clima realmente perceptíveis.
Os mais otimistas poderão dizer que as últimas notícias vindas de grandes emissores como Estados Unidos, China e Brasil; de importantes resoluções adotadas em encontros internacionais como a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável e até mesmo por declarações de influentes religiosos como o Papa Francisco e lideranças muçulmanas sobre a importância de se cuidar do planeta, parecem mesmo representar um avanço importante no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
Já os mais pessimistas ou, melhor dizendo, os mais realistas, aplaudem esses posicionamentos, mas, além de considerá-los ainda tímidos diante dos desafios, também perguntam sem obter respostas: o que está sendo proposto será mesmo suficiente? E, o que ainda é mais angustiante pensar: ainda dará tempo de reverter todo esse processo?
Foram boas e alvissareiras as notícias anunciadas durante a Cúpula do Clima realizada no final de setembro em Nova York e que serviu de palco para diversos países apresentarem seus compromissos nacionais a serem ratificados durante a Conferência Climática de Paris (a COP 21). Grandes empresas também buscaram se destacar e se uniram aos líderes mundiais para selar compromissos de descarbonização de suas atividades e investimentos em energias limpas.
A presidenta Dilma Rousseff também apresentou em Nova York o nosso INDC, sigla em inglês para o compromisso nacional determinado. A meta brasileira é diminuir 37% das emissões até 2025, chegando a 43% de redução em 2030. O incremento no uso de energias limpas, o reflorestamento de 12 milhões de hectares e o fim do desmatamento ilegal até 2030 estão entre as propostas para o alcance das metas estabelecidas pelo governo brasileiro.
Mesmo considerando positiva e apoiando em parte o anúncio oficial do país, organizações e movimentos da sociedade civil se pronunciaram quanto à falta de detalhamento e ousadia do Brasil. Fizeram coro com diferentes abordagens, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura; o coletivo Engajamundo e o Observatório do Clima, entre outros.
Unânime mesmo foi a reprovação da meta de conter definitivamente o desmatamento apenas em 2030. A secretária executiva do Diálogo Florestal, integrante da Coalizão Brasil, Miriam Prochnow, afirmou que “a Coalizão entende que temos a obrigação, inclusive constitucional, de atacar isso imediatamente, com mais força".
Na mesma linha, “declarar que o Brasil vai ‘buscar’ políticas para eliminar o desmatamento ilegal é ridículo. O que o governo está dizendo com isso é que aceita conviver com o crime por sabe-se lá quanto tempo. Isso é uma ofensa ao bom-senso e ao que o Brasil já mostrou que pode fazer no controle do desmatamento”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. “É preciso lembrar que todos os outros países tropicais já se comprometeram a zerar o desmatamento em 2030”, acrescentou.
Debates, metas e mesmo críticas à parte, a verdade é que a temperatura continua a subir. Em seu último relatório, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), alertou que a temperatura do planeta subirá quase 5 graus Celsius até 2100. Já relatório divulgado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, em inglês) constatou que o mês de julho deste ano foi o mais quente já registrado no mundo. O mês registrou temperatura média de 16,61°C nas superfícies dos continentes e dos oceanos, 0,81°C a mais do que a média de temperatura do século XX. O ano passado já havia sido apontado como o ano mais quente da história moderna. Além disso, os 10 anos mais quentes registrados, com exceção de 1998, ocorreram a partir de 2000.
Uma das consequências desse aumento constante na temperatura está nos mares e oceanos. Recentemente a NASA, órgão aeronáutico e espacial norte-americano, divulgou um estudo com imagens de satélite que revela um aumento de 8 centímetros no nível dos oceanos de 1992 para cá, sendo que em alguns lugares do planeta chegou mesmo a 22 centímetros. Derretimentos de geleiras e expansão da água do mar estão entre as principais razões, efeitos, portanto, do aquecimento global.
Só na Groenlândia, por exemplo, a perda de gelo anual está em 303 bilhões de toneladas e na Antártida são em média 118 bilhões de toneladas que todos os anos têm contribuído para elevar o nível dos nossos mares. Se tivermos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estão localizadas em litorais, pode-se imaginar que efeito isso terá num tempo não tão longo.
Entre a constatação do aquecimento planetário e as ações anunciadas para reverter esse processo, o que nos cabe como sociedade é cobrar mais e mais efetividade e urgência. Descarbonizar a economia global, recuperar a cobertura florestal e mudar radicalmente nossa maneira de consumo e descarte não são mais possibilidades ou alternativas, mas necessidades básicas e urgentes para a própria sobrevivência da espécie humana. Vamos, portanto, radicalizar.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/acoes-tardias-termometros-em-alta-e-o-combate-as-mudancas-climaticas-2413.html

A
Cúpula do Clima apresenta proposta de “descarbonização” do planeta. E o Brasil com isso?
B
Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas projeta mundo sustentável em quinze anos.
C
Como o Brasil vai implantar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável?
D
Dez respostas para entender as metas para o clima mundial.
E
É inadiável a busca de alternativas que interrompam a fragilização e o aquecimento do planeta.
8c71941e-ef
CÁSPER LÍBERO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Pode-se afirmar que o autor, diante das condições do meio ambiente, sugere:

Meio ambiente: ações tardias e termômetros em alta
Reinaldo Canto


Não será por falta de declarações, compromissos e reconhecimentos que o processo de enfrentamento das mudanças climáticas não irá alcançar bons resultados durante a realização da COP 21 (Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas) em dezembro próximo, em Paris. Mas o que são bons resultados? Basicamente eles se referem a compromissos e não necessariamente a alterações no clima realmente perceptíveis.
Os mais otimistas poderão dizer que as últimas notícias vindas de grandes emissores como Estados Unidos, China e Brasil; de importantes resoluções adotadas em encontros internacionais como a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável e até mesmo por declarações de influentes religiosos como o Papa Francisco e lideranças muçulmanas sobre a importância de se cuidar do planeta, parecem mesmo representar um avanço importante no combate ao aquecimento global e às mudanças climáticas.
Já os mais pessimistas ou, melhor dizendo, os mais realistas, aplaudem esses posicionamentos, mas, além de considerá-los ainda tímidos diante dos desafios, também perguntam sem obter respostas: o que está sendo proposto será mesmo suficiente? E, o que ainda é mais angustiante pensar: ainda dará tempo de reverter todo esse processo?
Foram boas e alvissareiras as notícias anunciadas durante a Cúpula do Clima realizada no final de setembro em Nova York e que serviu de palco para diversos países apresentarem seus compromissos nacionais a serem ratificados durante a Conferência Climática de Paris (a COP 21). Grandes empresas também buscaram se destacar e se uniram aos líderes mundiais para selar compromissos de descarbonização de suas atividades e investimentos em energias limpas.
A presidenta Dilma Rousseff também apresentou em Nova York o nosso INDC, sigla em inglês para o compromisso nacional determinado. A meta brasileira é diminuir 37% das emissões até 2025, chegando a 43% de redução em 2030. O incremento no uso de energias limpas, o reflorestamento de 12 milhões de hectares e o fim do desmatamento ilegal até 2030 estão entre as propostas para o alcance das metas estabelecidas pelo governo brasileiro.
Mesmo considerando positiva e apoiando em parte o anúncio oficial do país, organizações e movimentos da sociedade civil se pronunciaram quanto à falta de detalhamento e ousadia do Brasil. Fizeram coro com diferentes abordagens, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura; o coletivo Engajamundo e o Observatório do Clima, entre outros.
Unânime mesmo foi a reprovação da meta de conter definitivamente o desmatamento apenas em 2030. A secretária executiva do Diálogo Florestal, integrante da Coalizão Brasil, Miriam Prochnow, afirmou que “a Coalizão entende que temos a obrigação, inclusive constitucional, de atacar isso imediatamente, com mais força".
Na mesma linha, “declarar que o Brasil vai ‘buscar’ políticas para eliminar o desmatamento ilegal é ridículo. O que o governo está dizendo com isso é que aceita conviver com o crime por sabe-se lá quanto tempo. Isso é uma ofensa ao bom-senso e ao que o Brasil já mostrou que pode fazer no controle do desmatamento”, disse Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima. “É preciso lembrar que todos os outros países tropicais já se comprometeram a zerar o desmatamento em 2030”, acrescentou.
Debates, metas e mesmo críticas à parte, a verdade é que a temperatura continua a subir. Em seu último relatório, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), alertou que a temperatura do planeta subirá quase 5 graus Celsius até 2100. Já relatório divulgado pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, em inglês) constatou que o mês de julho deste ano foi o mais quente já registrado no mundo. O mês registrou temperatura média de 16,61°C nas superfícies dos continentes e dos oceanos, 0,81°C a mais do que a média de temperatura do século XX. O ano passado já havia sido apontado como o ano mais quente da história moderna. Além disso, os 10 anos mais quentes registrados, com exceção de 1998, ocorreram a partir de 2000.
Uma das consequências desse aumento constante na temperatura está nos mares e oceanos. Recentemente a NASA, órgão aeronáutico e espacial norte-americano, divulgou um estudo com imagens de satélite que revela um aumento de 8 centímetros no nível dos oceanos de 1992 para cá, sendo que em alguns lugares do planeta chegou mesmo a 22 centímetros. Derretimentos de geleiras e expansão da água do mar estão entre as principais razões, efeitos, portanto, do aquecimento global.
Só na Groenlândia, por exemplo, a perda de gelo anual está em 303 bilhões de toneladas e na Antártida são em média 118 bilhões de toneladas que todos os anos têm contribuído para elevar o nível dos nossos mares. Se tivermos em mente que muitas das maiores e mais habitadas cidades do mundo estão localizadas em litorais, pode-se imaginar que efeito isso terá num tempo não tão longo.
Entre a constatação do aquecimento planetário e as ações anunciadas para reverter esse processo, o que nos cabe como sociedade é cobrar mais e mais efetividade e urgência. Descarbonizar a economia global, recuperar a cobertura florestal e mudar radicalmente nossa maneira de consumo e descarte não são mais possibilidades ou alternativas, mas necessidades básicas e urgentes para a própria sobrevivência da espécie humana. Vamos, portanto, radicalizar.
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sustentabilidade/acoes-tardias-termometros-em-alta-e-o-combate-as-mudancas-climaticas-2413.html

A
o protagonismo do Brasil no combate à redução da temperatura global.
B
a necessidade da adoção de medidas urgentes para evitar o aquecimento global e o consequente declínio da qualidade de vida no planeta.
C
a adoção de políticas comuns para tratar das consequências da emissão descontrolada de carbono em todo o mundo.
D
as consequências a médio prazo da exploração predatória por parte do homem dos recursos naturais dos países desenvolvidos.
E
a importância da realização de eventos de conscientização para mudar o declínio ecológico da Terra.