Questõesde UNICENTRO sobre Análise sintática

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Foram encontradas 21 questões
2cc2ea53-06
UNICENTRO 2015 - Português - Análise sintática, Sintaxe

No período “100 anos lutando para que ninguém mude nem uma vírgula da sua informação”, a segunda oração se relaciona com a primeira para indicar

Leia o texto a seguir e responda à questão.

A
causa.
B
condição.
C
consequência.
D
finalidade.
E
proporcionalidade.
2ccf06c0-06
UNICENTRO 2015 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Análise sintática, Sintaxe, Termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto

Acerca dos recursos linguísticos presentes na crônica, assinale a alternativa correta.

Leia a crônica a seguir e responda à questão.

Receita para mal de amor

Minha querida amiga:
Sim, é para você mesma que estou escrevendo – você que aquela noite disse que estava com vontade de me pedir conselhos, mas tinha vergonha e achava que não valia a pena, e acabou me formulando uma pergunta ingênua:
– Como é que a gente faz para esquecer uma pessoa?
E logo depois me pediu que não pensasse nisso e esquecesse a pergunta, dizendo que achava que tinha bebido um ou dois uísques a mais...
Sei como você está sofrendo, e prefiro lhe responder assim pelas páginas de uma revista – fazendo de conta que me dirijo a um destinatário suposto.
Destinatário, destinatária... Bonita palavra: não devia querer dizer apenas aquele ou aquela a quem se destina uma carta, devia querer dizer também a pessoa que é dona do destino da gente. Joana é minha destinatária. Meu destino está em suas mãos; a ela se destinam meus pensamentos, minhas lembranças, o que sinto e o que sou: todo este complexo mais ou menos melancólico e todavia tão veemente de coisas que eu nasci e me tornei.
Se me derem para encher uma fórmula impressa ou uma ficha de hotel eu poderei escrever assim:
Procedência – São Paulo; Destino – Joana. Pois é somente para ela que eu marcho. No táxi, no bonde, no avião, na rua, não interessa a direção em que me movo, meu destino é Joana. Que importa saber que jamais chegarei ao meu destino?
Isso eu gostaria de lhe dizer, minha amiga, com a autoridade triste do mais vivido e mais sofrido: amar é um ato de paciência e de humildade; é uma longa devoção. Você me responderá que não é nada disso; que você já chegou ao seu destinatário e foi devolvida como se fosse uma carta com o endereço errado.
Que teve alguns dias, algumas horas de felicidade, e por isso agora sofre de maneira insuportável. Então lhe aconselho a comprar um canivete bem amolado e afinar dezoito pedacinhos de pau até ficarem bem pontudos, bem lisos, perfeitamente torneados – e depois deixá-los a um canto. Apanhar uma folha de papel tamanho ofício e enchê-la com o nome de seu amado, escrevendo uma letra bem bonita, de preferência com tinta azul. Em seguida faça com essa folha um aviãozinho, e o jogue pela janela.
Observe o voo e a aterrissagem. Depois desça, vá lá fora, apanhe o avião de papel, desdobre a folha novamente (pode passá-la a ferro, para o serviço ficar mais perfeito e não haver mais nenhum indício da construção aeronáutica) e volte a dobrá-la, desta vez ao meio. Dobre outras vezes, até obter o menor retângulo possível. Então, com o canivete, vá cortando as partes dobradas até transformar toda a folha em minúsculos papeizinhos, tão pequenos que o nome de seu amado não deve caber inteiro em nenhum deles. Aí, apanhe todos aqueles pauzinhos que tinha deixado a um canto e, com os pedacinhos de papel, faça uma fogueira com o máximo cuidado até que restem somente cinzas. A seguir poderá repetir a operação...
– Adianta alguma coisa?
Por favor, querida amiga, não me faça esta pergunta. Nada adianta coisa alguma, a não ser o tempo; e fazer fogueirinhas é um meio tão bom quanto qualquer outro de passar o tempo.

(BRAGA, R. A Traição das Elegantes. Rio de Janeiro: Record, 1982. p.17.)
A
Em “você que aquela noite disse que estava com vontade de me pedir conselhos, mas tinha vergonha”, a oração sublinhada tem valor de adição.
B
Em “aquela a quem se destina uma carta”, “uma carta” exerce a função de objeto direto de “destinar”.
C
Em “Joana é minha destinatária”, o trecho sublinhado é predicativo do sujeito.
D
Em “Se me derem para encher uma fórmula impressa ou uma ficha de hotel eu poderei escrever assim: Procedência – São Paulo; Destino – Joana”, há um período composto por coordenação.
E
Em “faça uma fogueira com o máximo cuidado até que restem somente cinzas”, os termos sublinhados foram usados no sentido conotativo.
d7e363c0-ff
UNICENTRO 2018 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa em que a relação interoracional é a mesma, sintática e semanticamente, que a da sentença: “Por ser algo necessário à sobrevivência, o consumo sempre existiu”(l. 9).


A
“grande parte da sociedade encontra satisfação e prazer nessa prática capitalista, que têm deixado resultados preocupantes” (l. 2-3).
B
“quando esse consumo não é feito de forma sustentável, ocasiona também riscos para o meio ambiente. (l. 11-13).
C
“A população mundial vem crescendo a cada ano, e isso gera o aumento do consumo” (l. 22-23).
D
“Esse aspecto é outro grande problema, uma vez que todos os dias são gerados toneladas de resíduos em todo o país” (l. 31-34).
e64a561e-01
UNICENTRO 2018 - Português - Análise sintática, Sintaxe

As relações que se estabelecem, sintaticamente, entre “Quando um rio corta” e “corta-se de vez o discurso-rio de água” é a mesma estabelecida em

A
“O curso de um rio (...) chega raramente” e “a se reatar de vez” (v. 13-14).
B
porque cortou-se a sintaxe desse rio” e “o fio de água por que ele se escorria.” (v. 11-12).
C
"Em situação de poço” e “a água equivale a uma palavra em situação dicionária”. (v. 5-6).
D
“um rio precisa de muita água” e “para refazer o fio antigo que o fez.” (v. 15-16).
70d3fd16-ff
UNICENTRO 2019 - Português - Análise sintática, Sintaxe

"Os bons líderes, geralmente, são os que sabem rodear-se de profissionais competentes, que promovem a motivação e o treinamento da equipe." (l. 7-10)

A oração em negrito no trecho acima está corretamente classificada em

A
Oração principal.
B
Oração subordinativa substantiva subjetiva.
C
Oração subordinativa substantiva objetiva direta.
D
Oração subordinativa adjetiva restritiva.
70d03081-ff
UNICENTRO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A alternativa em que o par de palavras ou expressões transcritas não apresenta valor circunstancial

A
“de seu dono” (l. 2) e “de profissionais competentes ” (l. 8-9).
B
“Já” (l. 4) e “no país” (l. 4).
C
“para permanecer” (l. 5) e “geralmente” (l. 8)
D
“com esse dom” (l. 12-13) e “com bastante treinamento” (l. 14-15).
c520512f-ff
UNICENTRO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes possessivos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Em relação ao texto, é correto afirmar:


A
As orações “se toda a história do universo pudesse ser comprimida em um único ano” (l. 3-4) e “Se a terra fosse do tamanho de uma bola de futebol” (l. 29-30) exprimem concessão.
B
A ideia de tempo mínimo expressa em “apenas sete minutos.” (l. 5-6) aparece embutida na palavra “agora” (l. 13).
C
O pronome “seus” (l. 18) retoma a expressão “redutos selvagens” (l. 15).
D
O termo “espessura do fio de uma lâmina de barbear.” (l. 30-31) se contrapõe a “estrutura delicada” (l. 32).
E
A palavra “mensagem” (l. 50) faz referência a “conta” (l. 49).
c51629c5-ff
UNICENTRO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Pronomes possessivos, Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Sobre os recursos sintático-semânticos presentes no texto, a única afirmativa sem suporte gramatical é a que diz respeito à alternativa

A
As formas verbais “tem assistido” (l. 1) e “está atingindo” (l. 3) indicam, respectivamente, que o fato se repete, estando muito próximo do presente, e uma ação contínua.
B
O articulador “pelo” (l. 4) introduz uma expressão com uma função sintática, já a introduzida por “pela” (l. 27) exerce outra.
C
Os pronomes “seu” (l. 16) e “seu” (l. 21) indicam posse de diferentes sujeitos nos contextos em que se inserem.
D
Os vocábulos “bem” (l. 25) e “bem” (l. 35), tal como se apresentam, pertencem à mesma classe de palavras.
E
As expressões “de produção” (l. 27) e “de trabalho” (l. 28) possuem valores diferentes: o primeiro é passivo, e o segundo, restritivo.
c506500e-ff
UNICENTRO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Substantivos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula

Quanto aos recursos da língua usados no texto, Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.


( ) A forma verbal “acredita” (l. 1) está no singular, concordando com “maioria” (l. 1), mas poderia ter aparecido no plural, concordando com “pessoas” (l. 1).

( ) A vírgula que isola o termo “Atualmente” (l. 7) foi usada pela mesma razão da que está destacando a expressão “Numa região rica em recursos hídricos” (l. 29).

( ) A oração “que, pelo menos, 90% da energia elétrica consumida em suas cidades venha de fontes limpas, como as hidrelétricas.” (l. 30-32) tem valor adjetivo.

( ) A forma verbal “Há” (l. 34), se substituída por sua correspondente do verbo existir, preservando-se a correspondência modo-temporal, não sofre nenhuma alteração.

( ) Os adjetivos “poluente” (l. 42) e “cara” (l. 42), se deslocados para antes do substantivo que qualificam, não alteram o sentido do contexto em que estão inseridos.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a


A
V F V F V
B
F V F V F
C
V V F F V
D
F F V V F
E
V V V V V
c50eb3d3-ff
UNICENTRO 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Regência, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Análise sintática, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O termo transcrito está corretamente explicado na alternativa

A
“se invertem” (v. 2) é uma forma verbal que se apresenta na mesma voz que “se planta” (v. 6).
B
“calor” (v. 3) é o agente da ação expressa por “faz” (v. 3).
C
“que” (v. 6) é, do ponto de vista morfossintático, diferente de “que” (v. 7).
D
“nua” (v. 14) conota destruição do mesmo modo que “chora” (v. 18 ) conota pesar.
E
“deixar” (v. 22) apresenta-se com regência diferente daquela em que está usado o verbo “perpetuar” (v. 23).
211124de-00
UNICENTRO 2017 - Português - Análise sintática, Sintaxe

No trecho: “Os programas realizados nos últimos anos permitiram avanços significativos, contudo a situação global ainda é alarmante: 1 em cada 9 pessoas é subnutrida”. Estabelece a relação de sentido entre as orações de

Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável. O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da agenda 2030 da Organização das Nações Unidas traz um grande desafio aos países.
Os programas realizados nos últimos anos permitiram avanços significativos, contudo a situação global ainda é alarmante: 1 em cada 9 pessoas é subnutrida.
Especialistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas preveem que as variações nos próximos anos impactarão a agricultura e a produção de alimentos em todo o mundo, agravando substancialmente o problema. Com uma perspectiva tão complexa e restrita, como garantir a sobrevivência das futuras gerações?
A chamada agropecuária tradicional tem dado passos importantes para se adaptar a essa nova realidade, mas não há dúvida de que a escolha pela produção agroecológica de alimentos pode trazer a resposta mais adequada a esse cenário.
A agroecologia integra conhecimentos científicos e saberes tradicionais na construção de sistemas agrícolas de baixo impacto ambiental e alta capacidade de resiliência.
Essa abordagem propõe uma dinâmica de produção de acordo com as características dos ecossistemas, com o uso e a conservação dos recursos naturais. As estratégias de cultivo são fundamentadas a partir do equilíbrio dos componentes do solo, com a recuperação da fertilidade e sem a necessidade de agrotóxicos.
É importante destacar que a produção agroecológica não se restringe à área rural e também influencia hábitos na cidade. A crescente demanda por uma vida saudável nos centros urbanos estimula, por exemplo, a criação de hortas comunitárias com produção de verduras e hortaliças sem uso de agrotóxicos.
No Brasil, as grandes proporções territoriais e a diversidade de biomas tornam-se uma oportunidade e um desafio para a implantação de políticas orientadas à produção agroecológica. Existem no país diversas redes que aderiram a práticas sustentáveis e integradas na produção e comercialização de alimentos.
Para o fortalecimento e ampliação dessas redes, a sociedade civil organizada requisitou a elaboração de um programa que aumentasse a escala de produção e a oferta de alimentos saudáveis. Em 2013, atendendo a esse desejo, foi criado o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).
Também nesse sentido, surgiu o Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Ecoforte), com o qual se buscou integrar o investimento social privado às políticas públicas com foco territorial, associando ações de pesquisa, extensão, produção, comercialização, consumo e certificação orgânica.
Ações articuladas da sociedade civil, somadas ao incentivo de políticas públicas por meio de programas e linhas de crédito, fortalecem às organizações agroecológicas, geram renda no campo e nas cidades, promovem segurança alimentar e hídrica e dinamizam os territórios.
Contribuem, também, para que um número maior de agricultores familiares, assentados da reforma agrária, extrativistas e suas organizações se interessem por conhecer e participar desse ciclo virtuoso de desenvolvimento sustentável, proporcionando uma alimentação mais saudável aos brasileiros e ao mundo. 

Folha de São Paulo, ASCLEPIUS RAMATIZ é presidente da Fundação Banco do Brasil. Graduado em direito, possui
MBA em negócios internacionais, 12 set. 2017, com adaptações).
A
Adição
B
Explicação
C
Contraste
D
Consecutividade
91110a24-ff
UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Em relação à análise dos elementos linguísticos que estruturam o texto IV, é correto afirmar:

TEXTO III.

    “— és filho de uma pisadela e de um beliscão; mereces que um pontapé te acabe a casta. [...] O menino suportou tudo com coragem de mártir, apenas abriu ligeiramente a boca quando foi levantado pelas orelhas: mal caiu, ergueu-se, embarafustou pela porta fora, e em três pulos estava dentro da loja do padrinho, e atracando-se-lhe às pernas.” 
ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um Sargento de Milícias.
Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros. 
Acesso em: 22 set. 2016.


TEXTO IV.

     Algum tempo hesitei se deveria abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; [...] Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas
Disponível em:< http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros>.
Acesso em 22 set. 2016
A
A partícula “se” (l. 1-2), em suas duas ocorrências, exerce função de pronome reflexivo, já que se trata em narrar a própria história.
B
A colocação da palavra “defunto”, em diferente posição, uma antes e outra depois da palavra “autor”, é um recurso linguístico sem diferentes conotações.
C
Em “Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo”, as vírgulas aí aplicadas obedecem à mesma regra de pontuação.
D
Em “Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo”, o termo “a”, nas duas ocorrências, exerce diferentes funções morfossintáticas.
11bb95c2-fd
UNICENTRO 2017 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto

Assinale a única alternativa incorreta em relação à frase: “A menina deu muito amor aos pais durante a vida toda”.

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Apresenta sujeito simples.
B
“Muito amor” funciona como objeto direto do verbo dar.
C
“Aos pais” funciona como objeto direto preposicionado do verbo dar.
D
O verbo é transitivo direto.
E
Durante a vida toda funciona como adjunto adverbial.
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UNICENTRO 2017 - Português - Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Análise sintática, Sintaxe, Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional..., Orações subordinadas substantivas: Subjetivas, Objetivas diretas, Objetivas indiretas...

Assinale a alternativa que estiver em desacordo com as relações morfossintáticas presentes neste fragmento: “Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…”

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Os termos “Diante dessa realidade” exercem a função sintática de adjunto adverbial de tempo.
B
Temos um período composto, em que “acreditar na ideia” funciona como uma oração subordinada substantiva subjetiva.
C
Neste mesmo período, os termos “de que uma pessoa, (...), mais velha fica”, completam o termo “ideia”, constituindo, por isso, uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
D
Este período apresenta pelo menos uma oração subordinava adverbial proporcional.
E
Em: “... para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…”, temos uma oração subordinada adverbial final.
04af1e94-fd
UNICENTRO 2016 - Português - Ortografia, Regência, Análise sintática, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Crase, Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paraxítonas, Oxítonas e Hiatos, Sintaxe, Morfologia

No que diz respeito aos recursos linguísticos presentes no texto, está correto o que se afirma em
I. O termo preposicionado “da natureza” (l. 3) exerce a mesma função sintática que “de comunicação” (l. 7), ambos tendo valor passivo, pois completam o sentido de um nome.
II. O vocábulo “países” (l. 6) é acentuado, porque o -i- do hiato não aparece antecedido de ditongo, forma sílaba sozinho, e não vem seguido de -nh, enquanto a acentuação do ditongo aberto -oi- de “heróis” (l. 6) e de “mói” (l. 18) deve-se, respectivamente, ao fato de se tratar de palavra oxítona e de um monossílabo tônico.
III. A presença do sinal de crase em “à magnificação” (l. 8) revela a fusão de duas vogais idênticas, embora pertencentes a classes gramaticais diferentes, sendo uma decorrente de regência verbal, e outra determinante de um nome feminino.
IV. Os verbos em negrito no fragmento “superar ou controlar a violência” (l. 14-15) classificam-se como transitivos, fazem parte da mesma conjugação e compõem orações subjetivas que se alternam entre si.
V. As palavras “desigualdades” (l. 41) e “injustiças” (l. 41) são derivadas pelo mesmo processo, não obstante os prefixos que as formam expressarem diferentes ideias.

A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

BOFF, Leonardo. Cultura da paz. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2016. Adaptado.

A
 I e II.
B
II e V.
C
I, III e V.
D
 II, III e IV.
E
III, IV e V.
048cd3f3-fd
UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Advérbios, Análise sintática, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com relação aos aspectos coesivos presentes no texto e seus efeitos de sentido, está correto o que se afirma em
I. O advérbio “especialmente” (l. 4) destaca o uso do trabalho escravo africano em relação ao indígena. II. O conector “que” (l. 11) dá progressão temática ao texto restringindo a ideia expressa por “a urbanização acelerada” (l. 11).
III. A expressão “Em contrapartida” (l. 18) introduz uma concessão relacionada com o informe que será apresentado a seguir.
IV. O vocábulo “mais” (l. 28) modifica “diversos” (l. 28), intensificando-lhe o sentido, em um contexto opinativo sobre o incremento de ações por parte dos variados âmbitos sociais com o objetivo de debelar a violência.
V. O conectivo “mas também” (l. 29-30) acrescenta outras medidas indispensáveis ao combate da tirania que ganha cada vez mais espaço no Brasil

A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

CAMARGO, Orson. A violência no Brasil, outro olhar. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016. Adaptado.

A
I e II.
B
II e III.
C
I, IV e V.
D
II, III e IV.
E
III, IV e V.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Artigos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Pronomes possessivos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia, Morfologia - Pronomes

A análise linguística dos elementos verbais que compõem a mensagem está correta em
I. A partícula “o”, nos dois casos, é o masculino de “a”, em “a força”, já que se trata de artigos.
II. O termo preposicionado “de saber” modifica “dom”, na função de adjunto adnominal. III. O elemento coesivo “que”, nas três ocorrências, pertence à mesma classe de palavras.
IV. A oração reduzida “por acreditar” expressa a ideia de causa, podendo ser desdobrada.
V. Os pronomes “sua”, “seu”, “suas” e “sua” possuem o mesmo referente.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a



ALVES, Luis. O verdadeiro otimista. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016.
A
I e II.
B
II e III.
C
III e IV.
D
I, III e V.
E
II, IV e V
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia

Sobre o termo destacado no trecho “mas simplesmente por acreditar”, a única afirmativa incorreta é a que se faz na alternativa



ALVES, Luis. O verdadeiro otimista. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016.
A
Expressa a ideia de exclusão.
B
Possui o mesmo valor morfológico de “não”.
C
É um modificador de “acreditar”, que exprime modo.
D
Pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por meramente.
E
Indica impossibilidade de deslocamento para depois do verbo.
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UNICENTRO 2018 - Português - Interpretação de Textos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Análise sintática, Coesão e coerência, Uso das aspas, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando os recursos linguísticos que atuam na construção dos sentidos do poema, avalie as seguintes afirmativas:

I. A recorrência das estruturas sintáticas funciona como um elemento de coesão textual e não interfere na formação do ritmo do poema.
II. O vocativo senhores é dirigido aos leitores e, ironicamente, aos poetas que produzem poemas que não fedem e não cheiram.
III. A frase “não fede nem cheira” está empregada em sentido conotativo e expressa uma ideia de indiferença.
IV. As aspas em “Não há vagas” são empregadas porque se trata de uma gíria utilizada no âmbito do mercado de trabalho.

É correto apenas o que se afirma em

Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
 Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de ago. 2018.
A
II e III
B
I e III
C
I e IV
D
II, III e IV
E
I, II e III
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UNICENTRO 2018 - Português - Morfologia - Verbos, Classificação dos verbos (Regulares, Irregulares, Defectivos, Abundantes, Unipessoais, Pronominais), Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Análise sintática, Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Considerando os verbos que foram empregados no texto e as relações sintáticas que estabelecem, analise as afirmativas abaixo.

I. A expressão verbal se acorda está empregada na forma pronominal, portanto o pronome se é classificado como objeto indireto.
II. A oração “Foi venerada em todos os tempos” foi formada com a voz passiva do verbo venerar e seu sujeito paciente é retomado da oração anterior.
III. O verbo trazer que aparece no primeiro parágrafo é um verbo irregular e está empregado no tempo presente do modo subjuntivo.
IV. Os verbos ambicionar e trabalhar que foram usados no segundo parágrafo, no tempo presente do modo indicativo, se empregados no pretérito mais que perfeito do mesmo modo verbal, apresentariam as seguintes formas: ambicionara e trabalhara.
V. A forma verbal se aproxima é pronominal, o se é um pronome oblíquo reflexivo e exerce a função sintática de objeto direto reflexivo.

É correto apenas o que se afirma na alternativa

Texto para a questão 

A Velhice 
    A velhice é uma idade sagrada. Foi venerada em todos os tempos. Na antiguidade teve obséquios e cultos oficiais. Pode apreciar-se o grau de cada civilização histórica pelo respeito e pelo carinho dispensados a estes seres de energia quebrada e de esperanças desfeitas, que trazem nos olhos tristes o reflexo, cada vez maior, da morte pavorosa que se aproxima.
    A velhice é a quadra sem prazer de toda a vida humana. A infância sabe só que vive, e ri; a mocidade tem o sonho que a embala e canta; a vida adulta conta com o futuro, ambiciona e trabalha; a velhice é um sonambulismo trêmulo e quase sempre atormentado, de que só se acorda na agonia extrema... para morrer.

OSTA, Antonio Cândido. A Velhice.Disponível em http://rascunhorasgado.blogspot.com/2015/10/a-velhice.html. Acesso em 10 de ago. 2018.
A
I, II, III
B
II, III, IV
C
II, IV, V
D
I, II, V
E
I, IV, V