Questõesde PUC - Campinas 2016 sobre Literatura

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Foram encontradas 19 questões
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PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo: Concretismo, Escolas Literárias

A geometria das formas, em princípio uma possibilidade das artes plásticas, não deixou de ter relevância na constituição de poemas brasileiros de vanguarda, que chegaram a incorporar efeitos gráficos, design industrial e manipulação do espaço físico da página. É o que se observa na arte de poetas como

Instrução: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.




A
Manuel Bandeira e Cecília Meireles.
B
Dante Milano e Olavo Bilac.
C
Lêdo Ivo e Augusto dos Anjos.
D
Oswald de Andrade e Alphonsus de Guimaraens.
E
Décio Pignatari e Augusto de Campos.
e82c29b6-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A linguagem e o universo de Guimarães Rosa na obra prima que é o romance Grande sertão: veredas estão em parte caracterizados no seguinte segmento do texto:

Instrução: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.




A
apanhando uma realidade moldada mais pela impressão da imaginação criativa do que pelas formas nítidas naturais.
B
o fascínio dos artistas [do estilo gótico] estava em criar efeitos de perspectiva e a ilusão de espaços que parecem reais.
C
as paisagens rurais e retratos de pessoas, sobretudo das diferentes aristocracias, apresentam-se num auge de realismo.
D
paisagens bucólicas e jardins harmoniosos desfilam ainda pelo desejo de realismo e fidedignidade na representação da natureza.
E
acentuará as cores dramáticas, convulsionadas, as formas quase irreconhecíveis de uma realidade fraturada.
e82179ce-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A regra de proporção é um princípio da pintura cujo equivalente, na literatura, estaria no cuidado do escritor em manter os aspectos naturais das pessoas e coisas que descreve com fidedignidade. Essa é uma das preocupações de um autor como 

Instrução: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.




A
José Lins do Rego, que se mantém atento aos detalhes das paisagens sulinas e das personagens dos imigrantes.
B
Clarice Lispector, em cuja prosa de feição épica e naturalista há passagens de grandioso realismo.
C
Graciliano Ramos, cuja linguagem retrata com economia e secura paisagens e personagens nordestinas.
D
José de Alencar, que empenha todo o seu realismo ao documentar os usos e costumes dos nativos.
E
Mário de Andrade, cujo intento modernista está em emprestar um colorido ingênuo a cenas bucólicas.
3a097fa9-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo: Concretismo, Escolas Literárias

São versos do poeta Ferreira Gullar, no poema “Cantada”:


Você é mais bonita que uma bola prateada

de papel de cigarro.

Você é mais bonita que uma poça d’água

límpida

num lugar escondido

            (...)

Olha,

você é tão bonita quanto o Rio de Janeiro

em maio

e quase tão bonita

quanto a Revolução Cubana


Atente para as seguintes afirmações sobre esses versos:


I. O esquema métrico e o rímico atestam que se trata de um poeta representativo da geração de 1945.

II. Há um efeito de humor, resultante da comparação entre contextos a princípio incomparáveis.

III. Depreende-se a posição política do autor diante da revolução ocorrida em Cuba.


Está correto o que se afirma em 

 Considere o texto abaixo.


    A década de 1960 também representou um período de grande renovação no âmbito da literatura latino-americana. Foram os chamados anos do boom, quando uma safra de escritores ganhou projeção internacional, especialmente em virtude de obras que exploram o gênero do realismo mágico (...) A Revolução Cubana, sobretudo em seus primeiros tempos, irradiou ideais e conquistou simpatias (...)


(PRADO, Maria Ligia e PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014, p. 192; 194) 

A
I, II e III.
B
I e II, apenas.
C
I e III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
II, apenas.
3a05c588-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Na literatura brasileira dos anos 60 avultam, na poesia, títulos em que poetas já reconhecidos ratificam a excelência de sua arte. Carlos Drummond de Andrade, tocado por certo sentimento de vanguarda, e João Cabral de Melo Neto, sistematizando sua pedagogia poética, publicaram, nesse período, respectivamente,

 Considere o texto abaixo.


    A década de 1960 também representou um período de grande renovação no âmbito da literatura latino-americana. Foram os chamados anos do boom, quando uma safra de escritores ganhou projeção internacional, especialmente em virtude de obras que exploram o gênero do realismo mágico (...) A Revolução Cubana, sobretudo em seus primeiros tempos, irradiou ideais e conquistou simpatias (...)


(PRADO, Maria Ligia e PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. São Paulo: Contexto, 2014, p. 192; 194) 

A
Alguma poesia e O engenheiro.
B
Itinerário de Pasárgada e Estrela da tarde.
C
Lição de coisas e A educação pela pedra.
D
Poema sujo e Viagem.
E
Libertinagem e Mar absoluto.
3a0209c2-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Os programas modernistas de Mário de Andrade buscam explicitar conceitos, técnicas e recursos da nova poética. Exemplo disso é o que está em

Considere o texto abaixo.


    Se a Grande Guerra representa ruptura na história das relações culturais entre a Europa e a América Latina, bem mais do que rompê-las brutalmente ela as reconfigura e leva a afirmações identitárias complexas (...). As referências europeias subsistem (...) mas são agora apenas parte de um todo identitário que bebe em fontes variadas para definir os caracteres da nacionalidade. Deste ponto de vista, a metáfora proposta por Oswald de Andrade em seu Manifesto antropofágico, de 1928, é a mais eficaz (...). “Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.”


(COMPAGNON, Olivier. O adeus à Europa. A América Latina e a Grande Guerra (Argentina e Brasil, 1914-1939). Trad. Carlos Nougué. Rio de Janeiro: Rocco, 2014, p. 303-304) 

A
Cobra Norato.
B
A escrava que não é Isaura.
C
Pau Brasil.
D
Martim Cererê.
E
A frauta de Pã.
39e76b50-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Escolas Literárias

Integrando o que se pode considerar uma revolta sem método, como manifestação satírica de uma crítica ao estatuto colonia

Considere o texto abaixo.


    Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.


(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)

A
o poema Vila Rica, de Claúdio Manuel da Costa, é também um dos primeiros passos na direção do Abolicionismo.
B

os versos das Cartas Chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga, destacaram-se em nosso século de Ilustração.

C
os Sermões, de Antônio Vieira, devem ser considerados o primeiro testemunho do nosso nativismo.
D
o prefácio “Lede”, de Gonçalves de Magalhães, alinha-se entre os documentos fundadores do nosso Arcadismo.
E
o poema O Uraguai, de Basílio da Gama, expressa a consolidação entre nós do nacionalismo romântico.
39e3bf08-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

A frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, se chegou a dar o tom a uma poesia melancólica e intimista dos primeiros momentos do Romantismo, foi afastada pelo esforço empenhado em novas lutas libertárias dos nossos últimos românticos. É o que sugere uma comparação estabelecida entre obras, respectivamente, dos poetas

Considere o texto abaixo.


    Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.


(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)

A
Álvares de Azevedo e Castro Alves.
B
Bernardo Guimarães e Cruz e Souza.
C
Casimiro de Abreu e Raul Pompeia.
D
Álvares de Azevedo e Olavo Bilac.
E
Casimiro de Abreu e Raul Bopp.
39d8f01d-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Em mais de um momento, no livro A rosa do povo, o poeta Carlos Drummond de Andrade mostrou um aflito interesse no desenrolar das tragédias da Segunda Guerra. É o que se pode comprovar com estes versos:

Considere o texto abaixo.


     Deve ter sido importante para Drummond o poema do escritor chileno Pablo Neruda, lido na cidade do México em 1942 e logo depois afixado em cartazes nas ruas da cidade: “Canto a Stalingrado”. O poema de Neruda não fala de vitória, e sim de resistência, além de clamar de modo indignado pela abertura da Segunda Frente que viria aliviar a União Soviética da pressão nazista. Já na “Carta a Stalingrado”, de Drummond, o núcleo propriamente do poema se espraia tanto para o lado épico, que relaciona a vitória de Stalingrado aos destinos da humanidade, como para o lado lírico, em que a batalha é vista a partir das suas ressonâncias no “eu”.


(MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. São Paulo: Editora 34, 2016, p. 128)

A

Onde foi Troia,

onde foi Helena,

onde a erva cresce,

onde te despi

B

Este verso, apenas um arabesco

em torno do elemento essencial − inatingível.

C

Passo nos escritórios. Nos espelhos,

nas mãos que apertam, nos olhos míopes, nas bocas

que sorriem ou simplesmente falam eu desfilo.

D

As lições da infância

desaprendidas na idade madura.

Já não quero palavras

nem delas careço.

E

Meus olhos são pequenos para ver

toda essa força aguda e martelante

a rebentar do chão e das vidraças (...)

39d55eba-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Atente para as seguintes afirmações:


I. Diferentemente do entusiasmado poema de Pablo Neruda dedicado a Stalingrado, o de Drummond exprime com menor vigor o esforço ingente dos russos ao defenderem a cidade dos ataques nazistas.

II. O poema de Drummond “Carta a Stalingrado” pode ser visto, do ponto de vista do gênero, como uma combinação da vocação lírica do poeta com uma visada enérgica de um momento crucial da Segunda Guerra.

III. O poema “Canto a Stalingrado”, de Pablo Neruda, não deixava de expressar uma preocupação estratégica no momento em que os nazistas assediavam a cidade soviética.


Em relação ao texto, está correto o que se afirma em 

Considere o texto abaixo.


     Deve ter sido importante para Drummond o poema do escritor chileno Pablo Neruda, lido na cidade do México em 1942 e logo depois afixado em cartazes nas ruas da cidade: “Canto a Stalingrado”. O poema de Neruda não fala de vitória, e sim de resistência, além de clamar de modo indignado pela abertura da Segunda Frente que viria aliviar a União Soviética da pressão nazista. Já na “Carta a Stalingrado”, de Drummond, o núcleo propriamente do poema se espraia tanto para o lado épico, que relaciona a vitória de Stalingrado aos destinos da humanidade, como para o lado lírico, em que a batalha é vista a partir das suas ressonâncias no “eu”.


(MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. São Paulo: Editora 34, 2016, p. 128)

A
I, II e III.
B
I e II, apenas.
C
II e III, apenas.
D
I e III, apenas.
E
III, apenas.
39c76266-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Pelo que se pode deduzir do texto, sobretudo quando se considera o exemplo das Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, na literatura de testemunho

Considere o texto abaixo.


     As Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, são um paradigma do que se pode chamar literatura de testemunho: nem pura ficção, nem pura historiografia. O fundo histórico é o da ditadura Vargas, mas o testemunho vive e elabora-se numa zona de fronteira: ao percorrer essas memórias somos levados tanto a reconstituir a fisionomia e os gestos de alguns companheiros de prisão de Graciliano, entre os quais líderes comunistas, como a contemplar a metamorfose dessa matéria objetiva em uma prosa una e única − a palavra do narrador.


(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 222.) 

A
a imaginação ficcional conduz a narrativa, alterando todos os dados da realidade vivida.
B
o desejo de fidedignidade realista compromete a criação estilística do autor.
C
a ficção e a história acabam por se neutralizar, enfraquecendo o gênero discursivo.
D
os recursos da narrativa de ficção servem à expressão de experiências vividas pelo autor.
E
a função do distanciado narrador é fazer o real parecer ficcional e vice-versa.
39c47a96-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A poesia de Oswald de Andrade, voltada para a apresentação e consolidação de novas formas literárias, não é nem cubista, nem expressionista, nem futurista: é mais exato considerá-la como uma

Considere o texto abaixo.


    De um modo geral, todos esses movimentos da vanguarda europeia de fins do século XIX e início do século XX estavam sob o signo da desorganização do universo artístico de sua época. A diferença é que uns, como o futurismo e o dadaísmo, queriam a destruição do passado e a negação total dos valores estéticos presentes; e outros, como o expressionismo e o cubismo, viam na destruição a possibilidade de construção de uma nova ordem superior. No fundo eram, portanto, tendências também organizadoras de uma nova estrutura política e social.


(TELES, Gilberto Mendonça, Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes, 1972, p. 10)  

A
tentativa de recuperação do que havia de mais ousado na estética parnasiana, sobretudo no que dizia respeito às leis de versificação.
B
manifestação de uma lírica saudosista, disposta a recuperar poeticamente a vida dos povos primitivos marcada pela espontaneidade.
C
retomada dos indianistas românticos, com vistas à interpretação de documentos que atestassem os valores da cultura indígena.
D
plataforma de revolucionários procedimentos estéticos, com vistas a inserir as letras brasileiras no contexto de um universalismo sem pátria.
E
tomada de posição primitivista, à busca de uma linguagem simuladamente ingênua e de uma revisão crítica e irônica da história do Brasil.
39c122e6-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Vanguardas Europeias, Modernismo, Escolas Literárias

Os primeiros escritos com espírito de renovação produzidos por Mário de Andrade acabaram por lhe render uma qualificação inexata: a de ser um

Considere o texto abaixo.


    De um modo geral, todos esses movimentos da vanguarda europeia de fins do século XIX e início do século XX estavam sob o signo da desorganização do universo artístico de sua época. A diferença é que uns, como o futurismo e o dadaísmo, queriam a destruição do passado e a negação total dos valores estéticos presentes; e outros, como o expressionismo e o cubismo, viam na destruição a possibilidade de construção de uma nova ordem superior. No fundo eram, portanto, tendências também organizadoras de uma nova estrutura política e social.


(TELES, Gilberto Mendonça, Vanguarda europeia e modernismo brasileiro. Rio de Janeiro: Vozes, 1972, p. 10)  

A
pintor expressionista.
B
pintor impressionista.
C
poeta futurista.
D
poeta cubista.
E
poeta simbolista.
39a8a987-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

A evidência do culto da nacionalidade de que fala o texto pode ser comprovada no projeto de um copioso autor romântico, investido de seu papel de escritor brasileiro. Nesse projeto,

Considere o texto abaixo.


     Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o romance, para o teatro e para a poesia da época.


(Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208)

A
José de Alencar busca alcançar épocas, espaços e culturas distintas da nossa história.
B
Machado de Assis abraça vários gêneros literários comprometidos com os vários regionalismos.
C
Aluísio Azevedo dedica-se a estudar a fundo o que entendia por psicologia do caráter nacional.
D
Manuel Antônio de Almeida estimulou, em suas crônicas, a propagação de revoltas libertárias.
E
Bernardo Guimarães investiu, em seus versos, contra o despotismo dos mandatários portugueses.
399c361f-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A valorização da mestiçagem, como uma das marcas características da nossa formação cultural, é indicada por Euclides da Cunha numa formulação famosa, em que comparecem estas expressões:

Considere o texto abaixo.  

   Euclides fora um dos que deram à nossa história um “estilo”: uma forma de pensar e sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa “tendência” à fusão, nossa aptidão para a “domesticação da natureza” e para a religiosidade. A figura do sertanejo como “forte de espírito” por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa.

(GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195) 
A
O sertanejo é antes de tudo um forte / Hércules-Quasímodo.
B
Miguilim e Dito / nascidos ali no Mutum
C
Fabiano e Sinha Vitória / matutavam junto ao fogo
D
Riobaldo é Tatarana / agora chefe de jagunços
E
Macunaíma era herói da nossa gente / ai que preguiça!
3998c564-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O seguinte trecho crítico alude à obra prima de Euclides da Cunha:

Considere o texto abaixo.  

   Euclides fora um dos que deram à nossa história um “estilo”: uma forma de pensar e sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa “tendência” à fusão, nossa aptidão para a “domesticação da natureza” e para a religiosidade. A figura do sertanejo como “forte de espírito” por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa.

(GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195) 
A
A vasta erudição histórica costuma desviar o leitor do plano central desse grande romance intimista.
B
A descrição minuciosa da terra, do homem e da luta situa essa obra literária no nível da cultura científica e histórica.
C
Não se poderia imaginar que um testemunho sobre a vida nos internatos resultasse num romance épico.
D
Tomando como modelo a queda da Bastilha, esse romance repercutiu entre nós a destruição de uma etnia.
E
Por vezes, o exibicionismo da oratória faz desse discurso histórico uma peça algo enigmática.
398da849-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Um dos estilos de época marcantes do século XIX é aquele pelo qual se manifesta a convicção de que todos os atos humanos são determinados pela ação direta tanto do meio social quanto por injunções biológicas. Tal determinismo está presente, como característica fundamental,

Considere o texto abaixo. 

    Os homens reunidos em sociedade (relevem-me este tom meio pedante) estão virtual e tacitamente obrigados a obedecer às leis formuladas por eles mesmos para a conveniência comum. Há, porém, leis que eles não impuseram, que acharam feitas, que precederam as sociedades, e que se hão de cumprir não por uma determinação de jurisprudência humana, mas por uma necessidade divina e eterna. Entre essas, e antes de todas, figura a da luta pela vida (...)

(ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 432) 
A
no romance O cortiço, de Aluísio Azevedo.
B
nos contos de Várias histórias, de Machado de Assis.
C
nas narrativas de Noite na taverna, de Álvares de Azevedo.
D
nos poemas de Primeiros cantos, de Gonçalves Dias.
E
no indianismo de O Guarani, de José de Alencar.
227e2ddb-30
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo: Concretismo, Escolas Literárias

A geometria das formas, em princípio uma possibilidade das artes plásticas, não deixou de ter relevância na constituição de poemas brasileiros de vanguarda, que chegaram a incorporar efeitos gráficos, design industrial e manipulação do espaço físico da página. É o que se observa na arte de poetas como

A
Manuel Bandeira e Cecília Meireles.
B
Dante Milano e Olavo Bilac.
C
Lêdo Ivo e Augusto dos Anjos.
D
Oswald de Andrade e Alphonsus de Guimaraens.
E
Décio Pignatari e Augusto de Campos.
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PUC - Campinas 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A regra de proporção é um princípio da pintura cujo equivalente, na literatura, estaria no cuidado do escritor em manter os aspectos naturais das pessoas e coisas que descreve com fidedignidade. Essa é uma das preocupações de um autor como

A
José Lins do Rego, que se mantém atento aos detalhes das paisagens sulinas e das personagens dos imigrantes.
B
Clarice Lispector, em cuja prosa de feição épica e naturalista há passagens de grandioso realismo.
C
Graciliano Ramos, cuja linguagem retrata com economia e secura paisagens e personagens nordestinas.
D
José de Alencar, que empenha todo o seu realismo ao documentar os usos e costumes dos nativos.
E
Mário de Andrade, cujo intento modernista está em emprestar um colorido ingênuo a cenas bucólicas.