Questõesde UNESP sobre Escolas Literárias

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UNESP 2010 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

A cada canto um grande conselheiro,

Que nos quer governar cabana, e vinha,

Não sabem governar sua cozinha,

E podem governar o mundo inteiro.

(...)

Estupendas usuras nos mercados,

Todos, os que não furtam, muito pobres,

E eis aqui a Cidade da Bahia.


(Gregório de Matos. “Descreve o que era realmente naquelle tempo

a cidade da Bahia de mais enredada por menos confusa”,

in Obra poética (org. James Amado), 1990.)


O poema, escrito por Gregório de Matos no século XVII,

A
representa, de maneira satírica, os governantes e a desonestidade na Bahia colonial.
B
critica a colonização portuguesa e defende, de forma nativista, a independência brasileira.
C
tem inspiração neoclássica e denuncia os problemas de moradia na capital baiana.
D
revela a identidade brasileira, preocupação constante do modernismo literário.
E
valoriza os aspectos formais da construção poética parnasiana e aproveita para criticar o governo.
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UNESP 2010 - Literatura - Simbolismo, Escolas Literárias

O Simbolismo se caracterizou, entre outros aspectos, pela exploração dos sons da língua para estabelecer nos poemas uma musicalidade característica, por meio de diferentes processos de repetição de sons ao longo dos versos e em estrofes inteiras. Na primeira estrofe do soneto de Cruz e Sousa nota-se esse procedimento de repetição, especialmente no


I. primeiro verso.


II. segundo verso.


III. terceiro verso.


IV. quarto verso.

Instrução: A  questão  toma  por base o soneto Acrobata da dor, do poeta simbolista brasileiro Cruz e Sousa (1861-1898):


                                             Acrobata da Dor


                             Gargalha, ri, num riso de tormenta,

                             como um palhaço, que desengonçado,

                             nervoso, ri, num riso absurdo, inflado

                             de uma ironia e de uma dor violenta.


                             Da gargalhada atroz, sanguinolenta,

                             agita os guizos, e convulsionado

                             Salta, gavroche, salta clown, varado

                             pelo estertor dessa agonia lenta...


                             Pedem-te bis e um bis não se despreza!

                             Vamos! retesa os músculos, retesa,

                             nessas macabras piruetas d’aço...


                             E embora caias sobre o chão, fremente,

                             afogado em teu sangue estuoso e quente,

                             ri! Coração, tristíssimo palhaço.


                (João da Cruz e Sousa. Obra completa. Rio de Janeiro: Editora Aguilar, 1961.)

A
I e II.
B
I e III.
C
I e IV.
D
I, II e IV.
E
II, III e IV.