A “pastora” que “faz guerra”, ou seja, que causa o
tormento emocional ao eu lírico, representa o ideal de
mulher na estética árcade. Trata-se de uma mulher
individualizada, emocionalmente forte, independente
e autossuficiente em suas atitudes. Nos poemas do
autor, é comum a aproximação entre a pastora e as
“guerreiras amazonas”, mulheres que, segundo as
lendas, povoavam as matas brasileiras. A recuperação
de figuras lendárias colabora para a exaltação do
passado nacional, o que promove a consolidação de
uma literatura tematicamente brasileira, intenção da
estética árcade.
A “pastora” que “faz guerra”, ou seja, que causa o
tormento emocional ao eu lírico, representa o ideal de
mulher na estética árcade. Trata-se de uma mulher
individualizada, emocionalmente forte, independente
e autossuficiente em suas atitudes. Nos poemas do
autor, é comum a aproximação entre a pastora e as
“guerreiras amazonas”, mulheres que, segundo as
lendas, povoavam as matas brasileiras. A recuperação
de figuras lendárias colabora para a exaltação do
passado nacional, o que promove a consolidação de
uma literatura tematicamente brasileira, intenção da
estética árcade.
Leia o poema e assinale o que for correto.
Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:
Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.
Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:
Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
Pastores, que levais ao monte o gado,
Vede lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda terra,
Basta ver-se o meu rosto magoado:
Eu ando (vós me vedes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.
Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:
Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)
C
Certo
E
Errado