Questõessobre Classificação dos Gêneros Literários
Leia também este texto, para responder às questão.
Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu
ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se
fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor
animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi
depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os
adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua
vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)
Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à
maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.
Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002.
Ao narrar o jogo entre brasileiros e mexicanos "à maneira de Homero", o autor adota o estilo
Leia também este texto, para responder às questão.
Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.
Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002.
Ao narrar o jogo entre brasileiros e mexicanos "à maneira de Homero", o autor adota o estilo
satírico.
Considere as afirmativas a seguir sobre os gêneros literários e assinale a INCORRETA.
Francisco Pereira da Silva e José Expedito de
Carvalho Rêgo e H. Dobal são três autores piauienses
que escreveram obras literárias em vários gêneros.
Qual dos gêneros abaixo não está contemplado nas
obras desses autores?
Ricardo Reis é, assim, o heterônimo clássico, ou melhor,
neoclássico: sua visão da realidade deriva da Antiguidade
greco-latina. Seus modelos de vida e de poesia, buscou-os
na Grécia e em Roma.
(Massaud Moisés. “Introdução”. In: Fernando Pessoa.
O guardador de rebanhos e outros poemas, 1997.)
Levando-se em consideração esse comentário, pertencem a
Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa (1888-1935),
os versos:
Ricardo Reis é, assim, o heterônimo clássico, ou melhor, neoclássico: sua visão da realidade deriva da Antiguidade greco-latina. Seus modelos de vida e de poesia, buscou-os na Grécia e em Roma.
(Massaud Moisés. “Introdução”. In: Fernando Pessoa. O guardador de rebanhos e outros poemas, 1997.)
Levando-se em consideração esse comentário, pertencem a Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa (1888-1935), os versos:
Nada perdeu a poesia. E agora há a mais as máquinas
Com a sua poesia também, e todo o novo gênero de vida
Comercial, mundana, intelectual, sentimental,
Que a era das máquinas veio trazer para as almas.
Súbita mão de algum fantasma oculto
Entre as dobras da noite e do meu sono
Sacode-me e eu acordo, e no abandono
Da noite não enxergo gesto ou vulto.
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Cárcere das almas
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.
Os elementos formais e temáticos relacionados ao contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são
Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades,
Mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
CRUZ E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura / Fundação Banco do Brasil, 1993.
Os elementos formais e temáticos relacionados ao contexto cultural do Simbolismo encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são