
A obra Paisagem italiana (1805), do pintor alemão Jakob
Philipp Hackert (1737-1807), remete, sobretudo, ao ideário do

A obra Prisão de Tiradentes (datada de 1914), do pintor brasileiro Antônio Parreiras (1860-1937), remete a evento histórico
relacionado ao seguinte movimento literário brasileiro:
Tal movimento distingue-se pela atenuação do sentimentalismo e da melancolia, a ausência quase completa de interesse político no contexto da obra (embora não na conduta) e (como os modelos franceses) pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico. O mito da pureza da língua, do casticismo vernacular abonado pela autoridade dos autores clássicos, empolgou toda essa fase da cultura brasileira e foi um critério de excelência. É possível mesmo perguntar se a visão luxuosa dos autores desse movimento não representava para as classes dominantes uma espécie de correlativo da prosperidade material e, para o comum dos leitores, uma miragem compensadora que dava conforto.
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)
O texto refere-se ao movimento denominado
Tal movimento não era apenas um movimento europeu
de caráter universal, conquistando uma nação após outra
e criando uma linguagem literária universal que, em última
análise, era tão inteligível na Rússia e na Polônia quanto na
Inglaterra e na França; ele também provou ser uma daquelas
correntes que, como o Classicismo da Renascença, subsistiu
como fator duradouro no desenvolvimento da arte. Na verdade, não existe produto da arte moderna, nenhum impulso emocional, nenhuma impressão ou estado de espírito do
homem moderno, que não deva sua sutileza e variedade à
sensibilidade que se desenvolveu a partir desse movimento.
Toda exuberância, anarquia e violência da arte moderna, seu
lirismo balbuciante, seu exibicionismo irrestrito e profuso, derivaram dele. E essa atitude subjetiva e egocêntrica tornou-se
de tal modo natural para nós, tão absolutamente inevitável,
que nos parece impossível reproduzir sequer uma sequência abstrata de pensamento sem fazer referência aos nossos
sentimentos.
(Arnold Hauser. História social da arte e da literatura, 1995. Adaptado.)
O texto refere-se ao movimento denominado
Esse movimento descobriu algo que ainda não havia sido conhecido ou enfatizado antes: a “poesia pura”, a poesia que surge do espírito irracional, não conceitual da linguagem, oposto a toda interpretação lógica. Assim, a poesia nada mais é do que a expressão daquelas relações e correspondências, que a linguagem, abandonada a si mesma, cria entre o concreto e o abstrato, o material e o ideal, e entre as diferentes esferas dos sentidos.
Sendo a vida misteriosa e inexplicável, como pensavam os adeptos desse movimento, era natural que fosse representada de maneira imprecisa, vaga, nebulosa, ilógica e ininteligível.
(Afrânio Coutinho. Introdução à literatura no Brasil, 1976. Adaptado.)
O comentário do crítico Afrânio Coutinho refere-se ao movimento literário denominado
Os autores deste movimento pregavam a simplicidade, quer nos temas de suas composições, quer como sistema de vida: aplaudindo os que, na Antiguidade e na Renascença, fugiam ao burburinho citadino para se isolar nas vilas, pregavam a “áurea mediocridade”, a dourada mediania existencial, transcorrida sem sobressaltos, sem paixões ou desejos. Regressar à Natureza, fundir-se nela, contemplar-lhe a quietude permanente, buscar as verdades que lhe são imanentes – em suma, perseguir a naturalidade como filosofia de vida.
(Massaud Moisés. Dicionário de termos literários, 2004. Adaptado.)
O comentário do crítico Massaud Moisés refere-se ao seguinte movimento literário: