Questõesde UNESP 2016 sobre História

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Foram encontradas 22 questões
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UNESP 2016 - História - História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

    O alvo dos ataques extremistas é o Iluminismo. E a melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais que seus valores estejam sendo atacados por elementos como os fundamentalistas americanos e o islamismo radical, isto é, pela religião organizada, o Iluminismo continua sendo a força intelectual e cultural dominante no Ocidente. O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo”. Estas palavras do historiador britânico Anthony Pagden chegam em um momento em que algumas forças insistem em dinamitar a herança do Século das Luzes. “O Iluminismo é um projeto importante e em incessante evolução. Proporciona uma imagem de um mundo capaz tanto de alcançar certo grau de universalidade quanto de libertar-se das restrições do tipo de normas morais oferecidas pelas comunidades religiosas e suas análogas ideologias laicas: o comunismo, o fascismo e, agora, inclusive, o comunitarismo”, afirma Pagden.
(Winston Manrique Sabogal. “‘O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo’”. www.unisinos.br. Adaptado.)
No texto, o Iluminismo é entendido como

A
um impulso intelectual propagador de ideologias políticas e religiosas contrárias à hegemonia do Ocidente.
B
um movimento filosófico e intelectual de valorização da razão, da liberdade e da autonomia, restrito ao século XVIII.
C
uma tendência de pensamento legitimadora do domínio colonialista e imperialista exercido pelas nações europeias.
D
um projeto intelectual eurocêntrico baseado em imagens de mundo dotadas de universalidade teológica.
E
uma experiência intelectual racional e emancipadora, de origem europeia, porém passível de universalização.
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UNESP 2016 - História - História do Brasil, República de 1954 a 1964

Observe o cartaz, relativo ao plebiscito realizado em janeiro de 1963.

cartaz alude à situação histórica brasileira marcada por

A
estabilidade política, crescimento da economia agroindustrial e baixas taxas de inflação.
B
renúncia presidencial, debates sobre sistema de governo e projetos de reforma social.
C
ascensão de governos conservadores, despolitização da sociedade e abolição de leis trabalhistas.
D
deposição do presidente da República, privatizações de empresas estatais e adoção do neoliberalismo.
E
autoritarismos governamentais, restrições à liberdade de expressão e cassações de mandatos de parlamentares.
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UNESP 2016 - História - História do Brasil, República de 1954 a 1964

Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro, apontados pelo texto, foram enfrentados no governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) com o Plano de Metas, cujo objetivo era promover a industrialização por meio

  A industrialização contemporânea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos não podiam ser feitos pelo setor privado, devido à escassez de capital que caracteriza as nações em desenvolvimento. Além disso, o crescimento econômico do Brasil, um recém-chegado ao processo de modernização, processou-se em condições socioeconômicas diferentes. Um efeito internacional de demonstração, na forma de imitação de padrões de vida, entre países ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das nações, resultou em pressões significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir a diferença entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Em vista das aspirações de melhores padrões de vida, o governo desempenhou um papel importante no crescimento econômico recente do Brasil.
(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil, 1981. Adaptado.)
A
da associação de esforços econômicos entre o Estado, o capital estrangeiro e as empresas nacionais.
B
da valorização da moeda nacional, da estatização de fábricas falidas e da contenção de salários.
C
da criação de indústrias têxteis estatais e do aumento de impostos sobre o grande capital nacional.
D
do emprego de empresas multinacionais submetidas à severa lei da remessa de lucros, juros e dividendos para o exterior.
E
do combate à seca no Nordeste e do aumento do salário mínimo, com controle da inflação.
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UNESP 2016 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

    Art. 3º O governo paraguaio se reconhece obrigado à celebração do Tratado da Tríplice Aliança de 1º de maio de 1865, entendendo-se estabelecido desde já que a navegação do Alto Paraná e do Rio Paraguai nas águas territoriais da república deste nome fica franqueada aos navios de guerra e mercantes das nações aliadas, livres de todo e qualquer ônus, e sem que se possa impedir ou estorvar-se de nenhum modo a liberdade dessa navegação comum.
(“Acordo Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e Uruguai com o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo Bonavides e Roberto Amaral (orgs.). Textos políticos da história do Brasil, 2002. Adaptado.)
O tratado de paz imposto pelos países vencedores da guerra contra o Paraguai deixa transparente um dos motivos da participação do Estado brasileiro no conflito:

A
o domínio de jazidas de ouro e prata descobertas nas províncias centrais.
B
o esforço em manter os acordos comerciais celebrados pelas metrópoles ibéricas.
C
a garantia de livre trânsito nas vias de acesso a províncias do interior do país.
D
o projeto governamental de proteger a nação com fronteiras naturais.
E
o monopólio governamental do transporte de mercadorias a longa distância.
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UNESP 2016 - História - História Geral, Construção do Estado Liberal: Independência das Treze Colônias (EUA)

A expansão territorial dos Estados Unidos, no século XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo governo central, da anexação de territórios mexicanos, da distribuição de pequenos lotes de terra para colonos pioneiros, da expansão das redes de estradas de ferro, assim como da anexação de terras indígenas. Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual

A
o direito pertence aos povos mais democráticos e laboriosos.
B
o mundo deve ser transformado para o engrandecimento da humanidade.
C
o povo americano deve garantir a sobrevivência econômica das sociedades pagãs.
D
as terras pertencem aos seus descobridores e primeiros ocupantes.
E
a nação deve conquistar o continente que a Providência lhe reservou.
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UNESP 2016 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, História da América Latina

  No movimento de Independência atuam duas tendências opostas: uma, de origem europeia, liberal e utópica, que concebe a América espanhola como um todo unitário, assembleia de nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a Metrópole somente para acelerar o processo de dispersão do Império.
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.)
O texto refere-se às concepções em disputa no processo de Independência da América Latina. Tendo em vista a situação política das nações latino-americanas no século XIX, é correto concluir que

A
os Estados independentes substituíram as rivalidades pela mútua cooperação.
B
os países libertos formaram regimes constitucionais estáveis.
C
as antigas metrópoles ibéricas continuavam governando os territórios americanos.
D
o conteúdo filosófico das independências sobrepôs-se aos interesses oligárquicos.
E
as classes dirigentes nativas foram herdeiras da antiga ordem colonial.
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UNESP 2016 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

  Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados, médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época, ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formação de grandes currais; a própria lavoura ganhava alento novo.
(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. História geral da civilização brasileira, vol 2, 1960. Adaptado.)
De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas Gerais no século XVIII

A
impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a independência colonial.
B
bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos instrumentos de mineração.
C
provocou um processo de urbanização e articulou a economia colonial em torno da mineração.
D
extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a população litorânea economicamente ativa.
E
restringiu a divisão da sociedade em senhores e escravos e limitou a diversidade cultural da colônia.
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UNESP 2016 - História - História Geral, Renascimento Científico, Artístico e Cultural


A pintura representa no martírio de Cristo os seguintes princípios culturais do Renascimento italiano:

A
a imitação das formas artísticas medievais e a ênfase na natureza espiritual de Cristo.
B
a preocupação intensa com a forma artística e a ausência de significado religioso do quadro.
C
a disposição da figura de Cristo em perspectiva geométrica e o conteúdo realista da composição.
D
a gama variada de cores luminosas e a concepção otimista de uma humanidade sem pecado.
E
a idealização do corpo do Salvador e a noção de uma divindade desvinculada dos dramas humanos.
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UNESP 2016 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

   A Igreja foi responsável direta por mais uma transformação, formidável e silenciosa, nos últimos séculos do Império: a vulgarização da cultura clássica. Essa façanha fundamental da Igreja nascente indica seu verdadeiro lugar e função na passagem para o Feudalismo. A condi- ção de existência da civilização da Antiguidade em meio aos séculos caóticos da Idade Média foi o caráter de resistência da Igreja. Ela foi a ponte entre duas épocas.
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 2016. Adaptado.)
O excerto permite afirmar corretamente que a Igreja cristã

A
tornou-se uma instituição do Império Romano e sobreviveu à sua derrocada quando da invasão dos bárbaros germânicos.
B
limitou suas atividades à esfera cultural e evitou participar das lutas políticas durante o Feudalismo.
C
manteve-se fiel aos ensinamentos bíblicos e proibiu representações de imagens religiosas na Idade Média.
D
reconheceu a importância da liberdade religiosa na Europa Ocidental e combateu a teocracia imperial.
E
combateu o universo religioso do Feudalismo e propagou, em meio aos povos sem escrita, o paganismo greco-romano.
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UNESP 2016 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

   Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os Gregos tinham uma profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela.
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.)
O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade:

A
a predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento das belas-artes.
B
a fragilidade militar de populações isoladas em pequenas unidades políticas.
C
a vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de governos tirânicos.
D
a existência de cidades-estados conjugada a padrões civilizatórios de unificação.
E
a igualdade social sustentada pela exploração econômica de colônias estrangeiras.
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UNESP 2016 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Esses cartazes, divulgados durante o regime militar brasileiro, buscavam

A
estimular o nacionalismo e o ufanismo, para ampliar o apoio político ao governo.
B
repudiar o passado nacional de subdesenvolvimento e incentivar o empreendedorismo dos jovens empresários.
C
contestar a oposição que, através da imprensa, afirmava que o país enfrentava uma crise financeira.
D
valorizar as conquistas obtidas no setor esportivo, apesar de o país atravessar período de alta inflacionária.
E
mostrar à população que o país se tornara a principal potência militar do planeta.
cea7bd3e-29
UNESP 2016 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral

Entre os eventos políticos e culturais que marcaram a década de 1960, podem-se citar:

A
a criação da Organização das Nações Unidas, a Revolução Húngara e o surgimento do rock.
B
a Primavera de Praga, a independência de Angola e Moçambique e o aparecimento da arte concreta.
C
o processo de implantação do socialismo em Cuba, a Guerra do Vietnã e o movimento hippie.
D
o julgamento de Nuremberg, a Guerra da Coreia e o surgimento do jazz e do blues.
E
a independência da Índia e do Paquistão, o surgimento do peronismo e a pop art.
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UNESP 2016 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A chamada crise do Encilhamento, no final do século XIX, foi provocada

A
pela moratória brasileira da dívida contraída junto a casas bancárias alemãs e italianas.
B
pela crise da Bolsa de Valores, que não resistiu ao surto especulativo do pós-Primeira Guerra Mundial.
C
pelo fim da política de proteção à produção e exportação de café, que enfrentava forte concorrência colombiana.
D
pela emissão descontrolada de papel-moeda, que provocou especulação financeira e alta inflacionária.
E
pelo encarecimento dos bens de primeira necessidade, que eram majoritariamente importados dos Estados Unidos.
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UNESP 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Os colonos que emigram, recebendo dinheiro adiantado, tornam-se, pois, desde o começo, uma simples propriedade de Vergueiro & Cia. E em virtude do espírito de ganância, para não dizer mais, que anima numerosos senhores de escravos, e também da ausência de direitos em que costumam viver esses colonos na província de São Paulo, só lhes resta conformarem-se com a ideia de que são tratados como simples mercadorias ou como escravos.

(Thomas Davatz. Memórias de um colono no Brasil (1850), 1941.)

O texto aponta problemas enfrentados por imigrantes europeus que vieram ao Brasil para

A
trabalhar nas primeiras fábricas, implantadas na região Sudeste do país, para reduzir a dependência brasileira de manufaturados ingleses.
B
substituir a mão de obra escrava nas lavouras de café e cana-de-açúcar, após a decretação do fim da escravidão pela lei Áurea.
C
trabalhar no sistema de parceria, estando submetidos ao poder político e econômico de fazendeiros habituados à exploração da mão de obra escrava.
D
substituir a mão de obra indígena na agricultura e na pecuária, pois os nativos eram refratários aos trabalhos que exigiam sua sedentarização.
E
trabalhar no sistema de colonato, durante o período da grande imigração, e se estabeleceram nas fazendas de café do Vale do Paraíba e litoral do Rio de Janeiro.
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UNESP 2016 - História - História Geral, Revoluções Liberais na Europa : Ondas de 1820, 1830 e 1848

A condição essencial da existência e da supremacia da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos dos particulares, a formação e o crescimento do capital; a condição de existência do capital é o trabalho assalariado. [...] O desenvolvimento da grande indústria socava o terreno em que a burguesia assentou o seu regime de produção e de apropriação dos produtos. A burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis.

(Karl Marx e Friedrich Engels. “Manifesto Comunista”. Obras escolhidas, vol. 1, s/d.)

Entre as características do pensamento marxista, é correto citar

A
o temor perante a ascensão da burguesia e o apoio à internacionalização do modelo soviético.
B
o princípio de que a história é movida pela luta de classes e a defesa da revolução proletária.
C
a caracterização da sociedade capitalista como jurídica e socialmente igualitária.
D
o reconhecimento da importância do trabalho da burguesia na construção de uma ordem socialmente justa.
E
a celebração do triunfo da revolução proletária europeia e o desconsolo perante o avanço imperialista.
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UNESP 2016 - História - Construção do Estado Liberal: Independência das colônias latino-americanas, História Geral

      Todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para assegurar esses direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam seus justos poderes do consentimento dos governados. Sempre que uma forma de governo se dispõe a destruir essas finalidades, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la, e instituir um novo governo, assentando seu fundamento sobre tais princípios e organizando seus poderes de tal forma que a ele pareça ter maior probabilidade de alcançar-lhe a segurança e a felicidade.

(Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776). In: Harold Syrett (org.). Documentos históricos dos Estados Unidos, 1988.)

O documento expõe o vínculo da luta pela independência das treze colônias com os princípios

A
liberais, que defendem a necessidade de impor regras rígidas de protecionismo fiscal.
B
mercantilistas, que determinam os interesses de expansão do comércio externo.
C
iluministas, que enfatizam os direitos de cidadania e de rebelião contra governos tirânicos.
D
luteranos, que obrigam as mulheres e os homens a lutar pela própria salvação.
E
católicos, que justificam a ação humana apenas em função da vontade e do direito divinos.
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UNESP 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

O conceito de “guerra justa” foi empregado, durante a colonização portuguesa do Brasil, para

Leia o texto para responder à questão.

      Prova da barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa”.

      Nesse contexto, um dos autores renascentistas que escreveram sobre o Brasil, o calvinista francês Jean de Léry, morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da década de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia de São Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religião na França, compara a violência dos tupinambás com a dos católicos franceses que naquele dia fatídico trucidaram e, em alguns casos, devoraram seus compatriotas protestantes:

      “E o que vimos na França (durante o São Bartolomeu)? Sou francês e pesa-me dizê-lo. O fígado e o coração e outras partes do corpo de alguns indivíduos não foram comidos por furiosos assassinos de que se horrorizam os infernos? Não é preciso ir à América, nem mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão monstruosas”.

                 (Luís Felipe Alencastro. “Canibalismo deu pretexto para escravizar”.

                                                          Folha de S.Paulo, 12.10.1991. Adaptado.)

A
justificar a captura, o aprisionamento e a escravização de indígenas.
B
justificar a instalação de missões jesuíticas em áreas de colonização francesa.
C
impedir a prisão e o exílio de lideranças e comunidades nativas hostis à colonização.
D
impedir o acesso de protestantes e judeus às áreas de produção de açúcar.
E
impedir que os nativos fossem utilizados como mão de obra na lavoura.
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UNESP 2016 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

A partir do texto e de seus conhecimentos, é correto afirmar que

Leia o texto para responder à questão.

      Prova da barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa”.

      Nesse contexto, um dos autores renascentistas que escreveram sobre o Brasil, o calvinista francês Jean de Léry, morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da década de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia de São Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religião na França, compara a violência dos tupinambás com a dos católicos franceses que naquele dia fatídico trucidaram e, em alguns casos, devoraram seus compatriotas protestantes:

      “E o que vimos na França (durante o São Bartolomeu)? Sou francês e pesa-me dizê-lo. O fígado e o coração e outras partes do corpo de alguns indivíduos não foram comidos por furiosos assassinos de que se horrorizam os infernos? Não é preciso ir à América, nem mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão monstruosas”.

                 (Luís Felipe Alencastro. “Canibalismo deu pretexto para escravizar”.

                                                          Folha de S.Paulo, 12.10.1991. Adaptado.)

A
as experiências de canibalismo relatadas tinham significados opostos, pois representavam, entre os tupinambás, a rejeição ao catolicismo e, entre os franceses, a adesão à Igreja de Roma.
B
o calvinista francês acusava os colonizadores portugueses de aceitar o canibalismo dos tupinambás, pois a prática fazia parte da tradição religiosa católica.
C
o calvinista francês defendia a tolerância ao canibalismo, pois o considerava uma forma adequada de derrotar e submeter os inimigos religiosos.
D
as experiências de canibalismo relatadas tinham origem diversa, pois representavam, entre os tupinambás, um ritual religioso e, no caso dos franceses, vingança.
E
as experiências de canibalismo relatadas mostram que a antropofagia era prática religiosa comum na América e na Europa e, em virtude disso, os colonizadores erravam ao condenar os tupinambás.
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UNESP 2016 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Entre os motivos do pioneirismo português nas navegações oceânicas dos séculos XV e XVI, podem-se citar

A
a influência árabe na Península Ibérica e a parceria com os comerciantes genoveses e venezianos.
B
a centralização monárquica e o desenvolvimento de conhecimentos cartográficos e astronômicos.
C
a superação do mito do abismo do mar e o apoio financeiro e tecnológico britânico.
D
o avanço das ideias iluministas e a defesa do livre-comércio entre as nações.
E
o fim do interesse europeu pelas especiarias e a busca de formas de conservação dos alimentos.
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UNESP 2016 - História - História Geral

Os mosteiros eram em primeiro lugar casas, cada uma abrigando sua “família”, e as mais perfeitas, com efeito, as mais bem ordenadas: de um lado, desde o século IX, os mais abundantes recursos convergiam para a instituição monástica, levando-a aos postos avançados do progresso cultural; do outro, tudo ali se encontrava organizado em função de um projeto de perfeição, nítido, bem estabelecido, rigorosamente medido.

(Georges Duby. “A vida privada nas casas aristocráticas da França feudal”. História da vida privada, vol. 2, 1992. Adaptado.)

A caracterização do mosteiro medieval como uma “casa”, um “posto avançado do progresso cultural” e um “projeto de perfeição” pode ser explicada pela disposição monástica de

A
valorizar a vida privada, participar ativamente da vida política e combater o mal.
B
recuperar a experiência histórica e pessoal do Salvador durante sua estada no mundo dos vivos.
C
recolher-se a uma comunidade fechada para orar, estudar e combater a desordem do mundo.
D
identificar-se com as condições de privação por que passavam as famílias pobres, celebrar a tradição escolástica e agir de forma ética.
E
reconhecer a humanidade como solidária e unida num esforço de salvação da alma dos fiéis e dos infiéis.