Questõesde UNESP 2010 sobre História

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Foram encontradas 24 questões
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UNESP 2010 - História - História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

Este considerável aumento de produção que, devido à divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes: primeiro, ao aumento da destreza de cada trabalhador; segundo, à economia de tempo, que antes era perdido ao passar de uma operação para outra; terceiro, à invenção de um grande número de máquinas que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável para o realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos.


(Adam Smith. Investigação sobre a Natureza e as Causas da

Riqueza das Nações (1776), in Adam Smith/Ricardo.

Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.)


O texto, publicado originalmente em 1776, destaca três características da organização do trabalho no contexto da Revolução Industrial:

A
a introdução de máquinas, a valorização do artesanato e o aparecimento da figura do patrão.
B
o aumento da mercado consumidor, a liberdade no emprego do tempo e a diminuição na exigência de mão de obra.
C
a escassez de mão de obra qualificada, o esforço de importação e a disciplinarização do trabalhador.
D
o controle rigoroso de qualidade, a introdução do relógio de ponto e a melhoria do sistema de distribuição de mercadorias.
E
a especialização do trabalhador, o parcelamento de tarefas e a maquinização da produção.
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UNESP 2010 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

[Na Idade Média], chamava-se ‘lepra’ a muitas doenças. Toda erupção pustulenta, a escarlatina, por exemplo, qualquer afec- ção cutânea passava por lepra. Ora, havia, com relação à lepra, um terror sagrado: os homens daquele tempo estavam persuadidos de que no corpo reflete-se a podridão da alma. O leproso era, só por sua aparência corporal, um pecador. Desagradara a Deus e seu pecado purgava através dos poros.


(Georges Duby. Ano 1000 Ano 2000. Na pista de nossos medos.

São Paulo: Unesp, 1998.)


O texto mostra a associação entre doença e religião na Idade Média. Isso ocorre porque os homens do período

A
abandonaram o conhecimento científico, acumulado na Antiguidade, sobre saúde e doença; daí a época medieval ser apropriadamente chamada de “era das trevas”.
B
recusavam-se a admitir que as condições de higiene então existentes fossem inadequadas e preferiam criar explicações astrológicas para os males que os afligiam.
C
estigmatizavam os portadores de doenças e os isolavam, ao contrário do que ocorre hoje, quando todos os doentes são aceitos no convívio social e recebem tratamento adequado.
D
eram marcados pelo imaginário cristão, que apresentava o mundo como um espaço de conflito ininterrupto entre forças divinas e forças demoníacas.
E
rejeitavam a medicina, pois a associavam a práticas mágicas e a curandeirismo, preferindo recorrer a exorcistas a aceitar os tratamentos prescritos nos hospitais.
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UNESP 2010 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Com a ruralização, a tendência à autossuficiência de cada latifúndio e as crescentes dificuldades nas comunicações, os representantes do poder imperial foram perdendo capacidade de ação sobre vastos territórios. Mais do que isso, os próprios latifundiários foram ganhando atribuições anteriormente da alçada do Estado.


(Hilário Franco Jr. O feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 1986. Adaptado.)


A característica do feudalismo mencionada no fragmento é

A
o desaparecimento do poder militar, provocado pelas invasões bárbaras.
B
a fragmentação do poder político central.
C
o aumento da influência política e financeira da Igreja Católica.
D
a constituição das relações de escravidão.
E
o estabelecimento de laços de servidão e vassalagem.
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UNESP 2010 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

A Ilíada, de Homero, data do século VIII a.C. e narra o último ano da Guerra de Troia, que teria oposto gregos e troianos alguns séculos antes. Não se sabe, no entanto, se esta guerra de fato ocorreu ou mesmo se Homero existiu. Diante disso, o procedimento usual dos estudiosos tem sido:

A
desconsiderar os relatos atribuídos a Homero, pois não temos certeza de sua procedência, nem se eles nos contam a verdade sobre o passado grego.
B
identificar na obra, apesar das dúvidas, características da sociedade grega antiga, como a valorização das guerras e a crença na interferência dos deuses na vida dos homens.
C
desconfiar de Homero, pois ele era grego e assumiu a defesa de seu povo, abrindo mão da completa neutralidade que todo relato histórico deve ter.
D
acreditar que a Guerra de Troia realmente aconteceu, pois Homero não poderia ter imaginado tantos detalhes e personagens tão complexos como os que aparecem no poema.
E
descartar o uso da obra como fonte histórica, pois, mesmo que a guerra tenha ocorrido, a Ilíada é um relato literário e não foi escrita com rigor e precisão científica.