Questõesde UFCG 2009 sobre História

1
1
1
Foram encontradas 23 questões
1a4d0303-e6
UFCG 2009 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

“Desde o seu nascimento, no final do século XIX, o cinema produziu incontáveis filmes que tomam o passado como inspiração para seus temas e roteiros. (...) Além disso, mesmo quando não encena o passado, o produto audiovisual de cinema ou de televisão sempre é um documento de sua época, veiculando valores, projetos, ideologias.”

(CAPELATO, Maria Helena e outros. (orgs.) História e cinema. Dimensões históricas do audiovisual. São Paulo: Alameda, 2007, p. 09.)

O cinema é uma das linguagens de aproximação com a produção histórica. Considerando essas relações, é INCORRETO afirmar que o(s) filme(s):

A
“Cidade de Deus” (Brasil, 2002) problematiza a memória de pessoas que foram violentadas politicamente durante o Estado Novo. A fala das vítimas da ditadura varguista funciona tanto como um registro do vivido quanto como uma denúncia de práticas políticas intoleráveis.
B
“V de Vingança” (EUA/Alemanha, 2006) discute a relação entre cultura midiática e cultura política, apresentando o ditador como manipulador da verdade através de uma imprensa controlada rigidamente.
C
“Central do Brasil” (Brasil, 1998) polariza as experiências do urbano e do rural, em que o Rio de Janeiro é identificado como um espaço de aprisionamento dos indivíduos, enquanto o Nordeste menos urbanizado é tematizado como um horizonte utópico de liberdade.
D
“Que Bom te Ver Viva” e “V de Vingança”, ainda que de formas diferentes, discutem o abandono ou experimentação da democracia, e apresenta a liberdade como um direito inalienável, e que, quando limitado, gera infelicidade e empobrecimento da vida social e individual.
E
“Central do Brasil” colocou a cultura escrita como espaço de sociabilidade, de saudade, de manipulação e de exclusão social, dando visibilidade aos diversos conflitos dos migrantes nos centros urbanos.
1a4493b6-e6
UFCG 2009 - História - História Geral, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

“A Europa renascida mediante os processos de consolidação da paz e de recuperação econômica após as devastações da Segunda Guerra Mundial se formou na lógica da neutralização de riscos e ameaças. Duas foram as principais linhas de definição da ação política prevalentes. Uma, a de compensar a ameaça da expansão, vinda do leste, do regime comunista. (...) a outra linha de atuação política concentra-se na criação de instrumentos políticos de preservação do espaço europeu ocidental do risco de um terceiro conflito de grandes proporções que acarretasse seja a destruição dos sobreviventes do conflito de 1939-1945 seja a expansão do regime soviético.”

(MARTINS, Estevão de Rezende. O alargamento da União Européia e a América Latina. In. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 47, n. 2, Brasília, dez. 2004.)

Sobre os eventos históricos após 1945, é INCORRETO afirmar que a Europa:

A
Procurou renascer “mediante os processos de consolidação da paz e de recuperação econômica” bem como desejou um certo silenciamento em relação ao seu passado mais recente, já que ele representava uma identidade que cumpria esquecer.
B
Alinhou-se com os EUA, criando instrumentos políticos, econômicos e institucionais de preservação do continente em relação ao risco de um terceiro conflito militar e frente à ameaça soviética.
C
Trouxe à cena, após 1989, a necessidade de ampliação e de aprofundamento dos vínculos entre os países europeus – o que fez aparecer uma série de novos problemas e de novas tensões.
D
Acumulou várias tensões após a criação da União Europeia, dentre as quais a emergência dos dilemas relacionados à presença de grupos étnicos oriundos de diversos países.
E
Gestou a União Europeia no início da segunda metade do século XX como uma experiência viável de legitimação tanto das regras da democracia liberal ocidental quanto da economia planificada.
1a36bad4-e6
UFCG 2009 - História - História Geral, Primeira Guerra Mundial

Analise a imagem e o texto abaixo:



“Não há como compreender o Breve Século XX sem ela. Ele foi marcado pela guerra. Viveu e pensou em termos de guerra mundial, mesmo quando os canhões se calavam e as bombas não explodiam. (...) ‘Paz’ significava ‘antes de 1914’: depois disso veio algo que não mais merecia esse nome. (...) Locais, regionais ou globais, as guerras do século XX iriam dar-se numa escala muito mais vasta do que qualquer coisa experimentada antes. (...) Em suma, 1914 inaugurou a era do massacre.”


(HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. O breve século XX. 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 30-32.)


A partir da leitura da imagem, do fragmento textual e dos seus conhecimentos sobre as guerras no século XX, é INCORRETO afirmar que:

A
A “‘Paz’ significava ‘antes de 1914’”. Depois disso, vieram a definição de fronteiras ideológicas entre os EUA e a URSS e o decrescente número de conflitos locais.
B
A profissionalização progressiva das forças armadas, nas primeiras décadas do século XX foi articulada com a organização de estruturas cada vez mais complexas de treinamento, suprimento e comunicações para as tropas.
C
“... as guerras do século XX iriam dar-se numa escala muito mais vasta do que qualquer coisa experimentada antes”, sendo a Primeira Guerra Mundial identificada pela grande destruição material da Europa e pelos milhões de mortos e de sobreviventes mutilados e traumatizados.
D
A imagem acima representa sentimentos dos sobreviventes dos conflitos bélicos do século XX, marcados pela fragilidade da racionalidade humana, pela dor, pela angústia, mas também pelo cuidado feminino e da crescente inserção do gênero feminino nesses conflitos.
E
“1914 inaugurou a era do massacre” e o aprofundamento das transformações produzidas pelos sujeitos nas guerras na contemporaneidade, consolidando o alargamento das fronteiras identitárias.
1a3c0b18-e6
UFCG 2009 - História - História Geral, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

“Era 1936. A Olimpíada. Os jogos de Hitler.

Jesse Owens acabara de completar o revezamento 4 X 100 e conquistou sua quarta medalha de ouro. A história de que ele era subumano, por ser negro, e da recusa de Hitler a lhe apertar a mão foi alardeada pelo mundo afora. Até os alemães mais racistas ficaram admirados com os esforços de Owens, e a notícia de sua proeza vazou pelas brechas”.


(ZUSAK, Markus. A menina que roubava livros. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2008, p. 41)


É correto afirmar que o fragmento textual acima, do escritor Marcus Zusak, representa:

A
Momentos que ocorreram durante a II Guerra Mundial, quando Hitler se recusou a entregar a medalha ao atleta Jesse Owens.
B
Reminiscências dos conflitos ocorridos durante a II Guerra Mundial, nos quais a intolerância étnico-religiosa era visível na Alemanha.
C
Intolerância e não-aceitação do negro na sociedade alemã na década de 1930, o que se articulava com as políticas de exclusão do não-ariano naquele contexto.
D
A admiração dos alemães pelos negros e “subumanos”, conforme ilustra a notícia da proeza de Owens nos jornais do país.
E
A história da inclusão dos afro-descendentes na sociedade ariana, sendo a Olimpíada de 1936 um espaço que celebrou tal feito
1a0e6242-e6
UFCG 2009 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

No mapa abaixo se encontram representados os seguimentos das fronteiras do território brasileiro originados durante os períodos colonial, imperial e na Primeira República.

Sobre a formação e o estabelecimento das fronteiras do território brasileiro representados no mapa é correto afirmar que:

A
No período colonial, a expansão portuguesa para além dos limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas foi acompanhada pelo estabelecimento das maiores extensões das fronteiras terrestres atuais do território brasileiro como os países vizinhos na América do Sul.
B
Tanto nos períodos colonial e imperial quanto na Primeira República, Portugal e, posteriormente, o Brasil independente valeram-se do princípio do uti possidetis para assegurar o domínio e o controle sobre os territórios conquistados e estabelecer os seus limites terrestres atuais.
C
O estabelecimento das fronteiras terrestres do Brasil atual aconteceu principalmente no período imperial e foi fruto de disputas e acordos no campo diplomático, portanto, sem que ocorresse nenhum conflito ou disputa armada por territórios com os países vizinhos.
D
As maiores extensões das fronteiras terrestres brasileiras atuais foram estabelecidas na Primeira República. Nesse período, a ação diplomática do Barão do Rio Branco solucionou disputas fronteiriças do Brasil com o Paraguai, o Chile e o Equador.
E
No período imperial, a ação diplomática brasileira resolveu, inteiramente a seu favor, questões de disputas territoriais e o estabelecimento das fronteiras terrestres com a Guiana Inglesa (Campos de Pirara), a França (Amapá), a Bolívia (Acre), a Argentina (região de Palmas) e a Colômbia (região da Cabeça do Cachorro).
a32ccbdc-e4
UFCG 2009 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

O Império do Brasil representou um momento único na história brasileira. Sobre a dinâmica e a identidade política nesse contexto, é correto afirmar que:

I – as câmaras e os juizados municipais, durante o Primeiro Reinado e as Regências, defenderam os interesses centralizadores das elites do Rio de Janeiro, o que se articulava aos projetos do Estado Imperial.
II – o combate à autonomia municipal era recorrente, gerando conflitos em muitas circunstâncias (as revoltas regenciais, por exemplo), as quais a Monarquia reprimia duramente.
III – o voto era um direito de poucos, uma prática política relacionada ao sexo masculino, à idade e às condições financeiras.
IV – A escravidão tanto era parte constitutiva da cena política quanto uma indicação de seus limites, visto que, para mantêla, o Estado mobilizava grande esforço na legitimação pública de uma propriedade particular.

Estão corretas:

A
I, II e III.
B
II, III e IV.
C
I, II e IV.
D
I, III e IV.
E
III e IV.
a329ce13-e4
UFCG 2009 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Na construção do conhecimento que a Europa ilustrada tinha sobre o Brasil, privilegiava-se a observação direta. O saber produzido pelos “homens da ciência” contribuiu para que o território brasileiro no período colonial fosse mais divulgado pela elite europeia.


Coloque V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. Roteiros, diários de viagens, mapas e vistas de marinheiros, traficantes e corsários são documentos que:


( ) Tornaram o Brasil mais conhecido dos europeus, pois muitos marinheiros, traficantes e corsários percorreram o litoral brasileiro durante o século XVIII.

( ) Produziram identidades do Brasil, tornando mais conhecidas, na Europa, as práticas culturais e os produtos locais.

( ) Tornaram-se escrituras fundamentais para a representação do comportamento social dos habitantes da América Portuguesa.

( ) Glorificaram as façanhas individuais dos estrangeiros, principalmente dos comerciantes portugueses, russos e judeus.


A sequência correta é:

A
F V F V.
B
F F F V.
C
V F V F.
D
V V V F.
E
V V F F.
a32660bd-e4
UFCG 2009 - História - Medievalidade Europeia, História Geral, Renascimento Científico, Artístico e Cultural

Eixo temático: Além da fé, o pão: permanências, continuidades e o projeto de felicidade na Modernidade

“Os mitos dos soberanos da Idade Média e do Renascimento fundavam-se consideravelmente numa visão de mundo ou mentalidade tradicional. Se um soberano desta época era representado como (digamos) Hércules, isso era muito mais que uma metáfora para dizer que ele era forte, ou mesmo que resolveria os problemas de seu reino com a mesma facilidade com que Hércules realizara seus vários trabalhos”

(Peter Burke – A fabricação do Rei: a construção da Imagem pública de Luís XIV; RJ; Jorge Zahar Editor; 1994 – p.139).

Com base no fragmento textual acima é correto afirmar que, durante o Antigo Regime, os soberanos:

A
Eram instituídos, pensados e proclamados como um ser humano comum, com qualidades e defeitos próprios aos homens.
B
Não podiam ser contrariados em suas determinações sob pena de os agressores serem acusados do crime de lesamajestade.
C
Eram representados pela Igreja Católica como sujeitos indispensáveis à sociedade, dando-lhes uma proeminência muito grande sobre os assuntos eclesiásticos;
D
Eram considerados um “igual” por seus súditos, devendo tratá-los, portanto, com fraternidade e respeito.
E
Eram procurados constantemente pelos representantes do povo, pois estes tinham acesso ilimitado para expressar suas opiniões, mesmo que nem sempre fossem atendidos.
a3223efb-e4
UFCG 2009 - História - História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

Em uma sociedade basicamente iletrada que ainda perdurava entre os séculos XIII e XV na Europa, o papel dos teólogos da Reforma foi extremamente importante para o letramento das pessoas comuns e para o aumento das possibilidades de cidadania.

Sobre as conquistas intelectuais advindas com a Reforma é INCORRETO afirmar que:

A
A Reforma nasceu no próprio seio da Igreja e procurou dar visibilidade ao conjunto de valores que preconizavam o retorno às origens do cristianismo.
B
Os clérigos reformistas renovaram a abordagem da teologia pastoral a fim de responder às angústias dos crentes, elaborando obras curtas sobre a moral e a prática da fé.
C
As traduções da Bíblia (como a de Gutenberg, 1456) difundiram-se na Europa, permitindo aos leigos acesso mais fácil às escrituras.
D
A nova relação mais direta, mas íntima entre os fiéis e Deus, intermediada pelos textos sagrados, incomodava a Igreja, porque diminuía fortemente a autoridade do Papa e do clero e quebrava a ordem social do mundo medieval.
E
As traduções mais livres da Bíblia permitiram a liberalidade dos costumes, fazendo com que alguns protestantes não seguissem mais os valores morais pregados pelo Cristianismo.
a31decb8-e4
UFCG 2009 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Eixo temático: os significados atribuídos à felicidade no medievo: poder, tensão e promessas cristãs


“Desde a época romântica, continuada pela literatura e pelo cinema fantásticos até a história em quadrinhos contemporânea, os fantasmas fazem parte do cenário obrigatório da Idade Média tal como gostamos de imaginá-la. Uma Idade Média de castelos mal-assombrados, de dragões, de fantasmas ou mesmo de vampiros. Nem tudo é falso nessa imagem não obstante fácil demais: em uma cultura eminentemente religiosa (no sentido em que cada um admitia a existência e o poder de seres sobrenaturais, geralmente invisíveis, mas muito próximos) e familiar à morte e aos mortos, a ‘crença nos fantasmas’ era admitida por todos.”


(SCHMITT, Jean-Claude. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 16.)


Sobre as atribuições dos vivos em relação aos mortos na Europa Medieval, é correto afirmar que:


I) A força da mística cristã conseguiu apagar as marcas de tradições pagãs greco-romanas e “bárbaras” referentes a modos singulares de culto aos mortos, apaziguando a crença nos castelos mal-assombrados e nos vampiros.

II) A crença no mundo sobrenatural era experimentada pelos medievais, favorecendo o crescimento de relatos sobre fantasmas que, após o ano 1000, passaram a ser difundidos pelo clero católico, interessado em preservar a memória dos mortos.

III) A lembrança acerca dos mortos era uma forma de administrar a dor da perda, na medida em que aplacava as consciências e reforçava a separação entre o mundo dos vivos e o dos mortos.

IV) A criação do purgatório pela Igreja Católica, no século XII, implicou no enfraquecimento das práticas de culto aos mortos, o que só seria retomado a partir das Reformas religiosas.


Estão corretas:

A
II e III.
B
II, III e IV.
C
III e IV.
D
I e II.
E
I, II e IV.
a3199bcf-e4
UFCG 2009 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Eixo temático: As leituras do saber histórico sobre as relações de poder na formação do Mundo Antigo



Durante a Roma Imperial, os cidadãos que moravam na cidade de Roma viviam em condições urbano-sanitárias bastante precárias. Todavia, morar na cidade era um dos primeiros requisitos para demonstrar a sua civitas (sua condição de cidadão). Era o primeiro passo para ser considerado cidadão ou encontrar uma forma de adquirir a tão sonhada liberdade.


Sobre a vida cotidiana durante o período imperial romano é INCORRETO afirmar que:

A
Os banhos públicos não eram uma prática de higiene, mas um prazer recusado pelos cristãos que só se banhavam uma ou duas vezes por mês.
B
Os romanos são, de alguma forma, clientes uns dos outros e têm como obrigação saudar os seus patrões todos os dias pela manhã, conferindo-lhe honorabilidade, que para o romano é um símbolo de riqueza e poder.
C
O serviço de abastecimento de água em Roma surgiu no século 11 a.C, acompanhado por uma vasta rede de esgotos que despejava água servida no rio Tibre, servindo indistintamente tanto a ricos quanto a pobres.
D
A “cena” (ceia), principal refeição do dia, era feita a partir das 21 horas, quando os cidadãos ricos se recolhiam às suas residências, acompanhados de escravos que, carregando tochas, iluminavam as perigosas ruas romanas.
E
A habitação era uma realidade para o romano médio. Não há sem-tetos e todos aqueles que não possuiam uma casa podem se instalar num albergue público, financiado pelo Estado romano.
a3152725-e4
UFCG 2009 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

“Ao escrever a sua História, Heródoto de Halicarnasso teve em mira evitar que os vestígios das ações praticadas pelos homens se apagassem com o tempo e que as grandes e maravilhosas explorações dos Gregos, assim como as dos bárbaros, permanecessem ignoradas; desejava ainda, sobretudo, expor os motivos que os levaram a fazer guerra uns aos outros.”

(HERÓDOTO, História. 484 a.C.-425 a.C.)

O fragmento textual acima sugere pensar as práticas dos historiadores. Em relação à prática do historiador na atualidade, é INCORRETO afirmar que:

A
O problema de pesquisa para o historiador é uma investigação sobre as experiências humanas, contribuindo para “evitar que os vestígios das ações praticadas” desapareçam no tempo.
B
As fontes para o historiador são selecionadas a partir do problema de pesquisa e trabalhadas de acordo com os procedimentos metodológicos julgados adequados.
C
A organização das fontes, desde a sua seleção até o seu tratamento, é uma prática construída a partir do diálogo com a(s) teoria(s) da história.
D
Na atualidade, busca-se enfaticamente a objetividade, afastando a subjetividade do historiador da prática historiográfica.
E
Ao longo do século XX, com a intensificação das trocas intelectuais entre brasileiros e estrangeiros, a historiografia brasileira se sintonizou com os debates mais importantes do seu campo.
a310920f-e4
UFCG 2009 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Eixo Temático: As representações do saber histórico: significados sobre as experiências humanas


Leia e analise os textos abaixo:


O mundo em que vivemos é o resultado de processos que se desenvolveram no passado, testemunhados pelas marcas produzidas pelos agentes naturais e humanos e pelas interações que deram dinâmica aos processos: objetos, edifícios, imagens, escritos, sítios, estruturas, paisagens, tradições, sons. Essas marcas estão e se distribuem nos territórios e revelam a sua estratificação e as suas transformações.


(Adaptado de: MATTOZZI, Ivo. Currículo de História e educação para o patrimônio. Educ. Rev., Belo Horizonte, n. 47, jun. 2008.)



Em relação ao patrimônio histórico material e imaterial, na sua relação com práticas de cidadania, é INCORRETO afirmar que:

A
Os sujeitos se organizam em relação a territórios, que são marcados tanto pelos eventos naturais quanto pelas ações humanas.
B
As marcas do território, conforme indicam as figuras acima, possibilitam relatos acerca da experiência passada dos sujeitos, o que se faz a partir dos interesses, das necessidades e da curiosidade do presente.
C
O passado se atualiza tanto a partir das culturas material e imaterial quanto pelas significações produzidas pelo presente.
D
O estudo do passado, feito através de variadas fontes (objetos, edifícios, imagens, escritos, feiras, paisagens, tradições e sons) permite discutir as diferenças e as semelhanças das experiências históricas, problematizando a pluralidade dos sujeitos.
E
O direito à memória, à história e ao passado não é reconhecido pela historiografia como direitos humanos, impossibilitando os sujeitos e grupos sociais de construírem suas relações com as experiências anteriores ao presente.
8b33488f-c2
UFCG 2009 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Desde a época romântica, continuada pela literatura e pelo cinema fantásticos até a história em quadrinhos contemporânea, os fantasmas fazem parte do cenário obrigatório da Idade Média tal como gostamos de imaginá-la. Uma Idade Média de castelos mal-assombrados, de dragões, de fantasmas ou mesmo de vampiros. Nem tudo é falso nessa imagem não obstante fácil demais: em uma cultura eminentemente religiosa (no sentido em que cada um admitia a existência e o poder de seres sobrenaturais, geralmente invisíveis, mas muito próximos) e familiar à morte e aos mortos, a ‘crença nos fantasmas’ era admitida por todos.”

Sobre as atribuições dos vivos em relação aos mortos na Europa Medieval, é correto afirmar que:

I) A força da mística cristã conseguiu apagar as marcas de tradições pagãs greco-romanas e “bárbaras” referentes a modos singulares de culto aos mortos, apaziguando a crença nos castelos mal-assombrados e nos vampiros.

II) A crença no mundo sobrenatural era experimentada pelos medievais, favorecendo o crescimento de relatos sobre fantasmas que, após o ano 1000, passaram a ser difundidos pelo clero católico, interessado em preservar a memória dos mortos.

III) A lembrança acerca dos mortos era uma forma de administrar a dor da perda, na medida em que aplacava as consciências e reforçava a separação entre o mundo dos vivos e o dos mortos.

IV) A criação do purgatório pela Igreja Católica, no século XII, implicou no enfraquecimento das práticas de culto aos mortos, o que só seria retomado a partir das Reformas religiosas.

Estão corretas:

A
II e III.
B
II, III e IV.
C
III e IV
D
I e II.
E
I, II e IV.
92c37f0d-c2
UFCG 2009 - História - História Geral

Texto I

Tendo chegado a esta capital um oficial de engenho”, que deveria “levantar e apresentar um plano pelo qual se possa esta câmara dirigir na edificação e reedificação de edifícios nesta cidade, tendo em vistas os existentes, devendo fincar- se postes que assinalem não só o comprimento, e largura das ruas, e praças, como também os palmos que devem ter as casas e becos, e isto com a brevidade que for possível”.

Texto II

“[...].Não é favorável o estado de saúde pública da capital, tendo-se desenvolvido ultimamente algumas febres palustras de caráter benigno. Se houvesse asseo e limpeza das ruas e das praças públicas, se algumas destas não servissem de depósito de lixo, se finalmente fossem observados por parte da população os mais rudimentares preceitos de higyene, outras seriam suas condições sanitárias.[...]”

Sobre a Cidade da Parahyba no século XIX, podemos afirmar que os textos acima representam:

I – a incorporação lenta dos elementos da Modernidade, do higienismo e do conjunto de ideias que marcam este período da história.

II – a explícita preocupação com o ordenamento e com a estética urbana, traduzida na inquietação manifesta pelos governantes e transformada em leis, decretos e códigos de postura.

III - alguns planos fundamentais para que a capital da Província apresente um bom estado de higiene e saúde pública.

IV - os preceitos do saber médico e do pensamento higienista do século XIX, que exigiam a adoção e o cumprimento de normas rígidas de higiene pública.

V – a falta de políticas públicas para o asseio urbano, deixando a população da capital à mercê de doenças, como as febres palustres.

Estão corretas:

A
III, IV e V.
B
II, III e V.
C
I, II, III e IV.
D
I, II, III e V.
E
I, II e IV.
917bbc8f-c2
UFCG 2009 - História - História do Brasil

A pátria é uma enorme e excellente garoupa: os ministros de estado, a quem ella está confiada, e que sabem tudo muito, dividem toda a nação em um grupo, sequito e multidão: o grupo é formado por elles mesmos e por seus compadres, e se chama, -nós-, o séqüito um pouco mais numeroso se compõe dos seus afilhados, e se chama –vós-, e a multidão, que comprehende uma cousa chamada opposição, é o resto do povo e se denomina -elles -: ora agora aqui vai a teoria do EU: os ministros repartem a garoupa em algumas postas grandes, e em muitas mais pequenas, e dizem eloqüentemente: as postas grandes são para nós, as mais pequenas são para vós e finalmente jogam no meio da rua as espinhas que são para elles

Tomando a literatura de Joaquim Manoel de Macedo como um documento representativo das relações entre os letrados românticos e a invenção histórica da nacionalidade brasileira, é correto afirmar que:

I – “Nós”, “vós” e “elles”, conforme interpreta Macedo, é uma construção identitária representativa da nação brasileira no século XIX.

II – A pátria é representada por Macedo como uma iguaria repartida para vários grupos sociais, como os Ministros de Estado (nós) e o povo (vós).

III – A literatura de Macedo fazia um exercício de educação, ainda que informal, da sociedade e dos súditos do Império.

IV - A cultura política brasileira é destacada por Macedo através da solidariedade dos políticos e do triunfo dos competentes, conforme expressa o texto “as postas grandes são para nós, as mais pequenas são para vós”.

Estão corretas:

A
I, II e III.
B
I, III e IV.
C
II, III e IV.
D
I e II.
E
III e IV.
90378534-c2
UFCG 2009 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

O Império do Brasil representou um momento único na história brasileira. Sobre a dinâmica e a identidade política nesse contexto, é correto afirmar que:

I – as câmaras e os juizados municipais, durante o Primeiro Reinado e as Regências, defenderam os interesses centralizadores das elites do Rio de Janeiro, o que se articulava aos projetos do Estado Imperial.

II – o combate à autonomia municipal era recorrente, gerando conflitos em muitas circunstâncias (as revoltas regenciais, por exemplo), as quais a Monarquia reprimia duramente.

III – o voto era um direito de poucos, uma prática política relacionada ao sexo masculino, à idade e às condições financeiras.

IV – A escravidão tanto era parte constitutiva da cena política quanto uma indicação de seus limites, visto que, para mantê- la, o Estado mobilizava grande esforço na legitimação pública de uma propriedade particular.

Estão corretas:

A
I, II e III.
B
II, III e IV.
C
I, II e IV.
D
I, III e IV.
E
III e IV.
8ef75393-c2
UFCG 2009 - História - História do Brasil

Na construção do conhecimento que a Europa ilustrada tinha sobre o Brasil, privilegiava-se a observação direta. O saber produzido pelos “homens da ciência” contribuiu para que o território brasileiro no período colonial fosse mais divulgado pela elite europeia.

Coloque V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas.

Roteiros, diários de viagens, mapas e vistas de marinheiros, traficantes e corsários são documentos que:

( ) Tornaram o Brasil mais conhecido dos europeus, pois muitos marinheiros, traficantes e corsários percorreram o litoral brasileiro durante o século XVIII.

( ) Produziram identidades do Brasil, tornando mais conhecidas, na Europa, as práticas culturais e os produtos locais.

( ) Tornaram-se escrituras fundamentais para a representação do comportamento social dos habitantes da América Portuguesa.

( ) Glorificaram as façanhas individuais dos estrangeiros, principalmente dos comerciantes portugueses, russos e judeus.

A sequência correta é:

A
F V F V.
B
F F F V.
C
V F V F.
D
V V V F.
E
V V F F.
8db24e0a-c2
UFCG 2009 - História - Medievalidade Europeia, História Geral, Renascimento Científico, Artístico e Cultural

Os mitos dos soberanos da Idade Média e do Renascimento fundavam-se consideravelmente numa visão de mundo ou mentalidade tradicional. Se um soberano desta época era representado como (digamos) Hércules, isso era muito mais que uma metáfora para dizer que ele era forte, ou mesmo que resolveria os problemas de seu reino com a mesma facilidade com que Hércules realizara seus vários trabalhos”

Com base no fragmento textual acima é correto afirmar que, durante o Antigo Regime, os soberanos:

A
Eram instituídos, pensados e proclamados como um ser humano comum, com qualidades e defeitos próprios aos homens.
B
Não podiam ser contrariados em suas determinações sob pena de os agressores serem acusados do crime de lesa- majestade.
C
Eram representados pela Igreja Católica como sujeitos indispensáveis à sociedade, dando-lhes uma proeminência muito grande sobre os assuntos eclesiásticos;
D
Eram considerados um “igual” por seus súditos, devendo tratá-los, portanto, com fraternidade e respeito.
E
Eram procurados constantemente pelos representantes do povo, pois estes tinham acesso ilimitado para expressar suas opiniões, mesmo que nem sempre fossem atendidos.
8c705072-c2
UFCG 2009 - História - História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

Em uma sociedade basicamente iletrada que ainda perdurava entre os séculos XIII e XV na Europa, o papel dos teólogos da Reforma foi extremamente importante para o letramento das pessoas comuns e para o aumento das possibilidades de cidadania.

Sobre as conquistas intelectuais advindas com a Reforma é INCORRETO afirmar que:

A
A Reforma nasceu no próprio seio da Igreja e procurou dar visibilidade ao conjunto de valores que preconizavam o retorno às origens do cristianismo.
B
Os clérigos reformistas renovaram a abordagem da teologia pastoral a fim de responder às angústias dos crentes, elaborando obras curtas sobre a moral e a prática da fé.
C
As traduções da Bíblia (como a de Gutenberg, 1456) difundiram-se na Europa, permitindo aos leigos acesso mais fácil às escrituras.
D
A nova relação mais direta, mas íntima entre os fiéis e Deus, intermediada pelos textos sagrados, incomodava a Igreja, porque diminuía fortemente a autoridade do Papa e do clero e quebrava a ordem social do mundo medieval.
E
As traduções mais livres da Bíblia permitiram a liberalidade dos costumes, fazendo com que alguns protestantes não seguissem mais os valores morais pregados pelo Cristianismo.