Questõesde UERJ sobre República Oligárquica - 1889 a 1930

1
1
1
Foram encontradas 15 questões
c9ed0fdb-ba
UERJ 2011 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Observe a foto do grupo de Lampião e Maria Bonita e o mapa que destaca a área do Nordeste brasileiro onde o cangaço se disseminou nas décadas de 1920 e 1930.


O cangaço representou uma manifestação popular favorecida, basicamente, pela seguinte característica da conjuntura social e política da época:

A
cidadania restringida pelo voto censitário
B
analfabetismo predominante nas áreas rurais
C
criminalidade oriunda das taxas de desemprego
D
hierarquização derivada da concentração fundiária
9d50165e-ba
UERJ 2012 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Cheio de apreensões e receios despontou o dia de ontem, 14 de novembro de 1904. Muito cedo tiveram início os tumultos e depredações. Foi grande o tiroteio que se travou. Estavam formadas em toda a rua do Regente, estreita e cheia de casas velhas, grandes e fortes barricadas feitas de montões de pedras, sacos de areia, bondes virados, postes e pedaços de madeira arrancados às casas e às obras da avenida Passos.


Jornal do Comércio, 15/11/1904


O progresso envaidecera a cidade vestida de novo, principalmente inundada de claridade, com jornais nervosos que a convenciam de ser a mais bela do mundo. Era a transição da cidade doente para a maravilhosa.


PEDRO CALMON (historiador / 1902-1985)


Os textos referem-se aos efeitos da gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906), momento em que a cidade do Rio de Janeiro passou por uma de suas mais importantes reformas urbanas. Uma intervenção de destaque foi a abertura da avenida Central, hoje avenida Rio Branco, provocando não só elogios, como também conflitos sociais.

A principal motivação para esses conflitos esteve relacionada à:

A
restrição ao comércio popular
B
devastação de áreas florestais
C
demolição de moradias coletivas
D
elevação das tarifas de transporte
9d2cfc27-ba
UERJ 2012 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Veja você, meu amigo, te resta apenas um meio para não ser explorado, nem oprimido: demonstrar coragem. Se os trabalhadores que são tão numerosos se opuserem com todas as suas forças aos patrões e a quaisquer formas de governo, estaremos bem próximos dos homens verdadeiramente livres.


Fala da peça Uma comédia social, representada por operários de São Paulo nos anos de 1910.

Adaptado de Nosso Século (1910-1930). São Paulo: Abril Cultural, 1981.


Durante a Primeira República (1889-1930), em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, o movimento operário tornou-se um dos principais críticos às exclusões da sociedade brasileira. Considerando as propostas defendidas na fala citada do personagem, uma das ideologias que se fez presente no movimento operário brasileiro, naquele momento, foi:

A
socialismo
B
anarquismo
C
liberalismo
D
cooperativismo
4ae2ee17-ba
UERJ 2014 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

No livro Os sertões, Euclides da Cunha aborda o episódio da Guerra de Canudos (1896-1897), organizando seu texto em três partes: a terra, o homem, a luta.

A letra do samba, inspirada nessa obra, apresenta uma imagem do sertão nordestino vinculada ao seguinte aspecto:

A
mandonismo local
B
miscigenação racial
C
continuísmo político
D
determinismo ambiental
ed708393-b9
UERJ 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Conferência Sinistra
Charge da Revista Tagarela, publicada em agosto de 1904, em que três doenças – febre amarela, peste bubônica e varíola – realizam conferência na cidade do Rio de Janeiro. 

A capital da República não pode continuar a ser apontada como sede de vida difícil, quando tem fartos elementos para constituir o mais notável centro de atração de braços, de atividade e de capitais nesta parte do mundo.
RODRIGUES ALVES, presidente da República, 1902-1906.


Adaptado de FIDÉLIS, C.; FALLEIROS, I. (Org.). Na corda bamba de sombrinha: a saúde no fio da história.
Rio de Janeiro: Fiocruz/COC; Fiocruz/EPSJV, 2010.

No início do século XX, enquanto a charge ironizava um dos graves problemas que afetava a população da cidade do Rio de Janeiro, o pronunciamento do então presidente Rodrigues Alves enfatizava a preocupação com o que poderia comprometer o desenvolvimento da capital da República.
Naquele contexto, uma ação governamental para promover tal desenvolvimento e um resultado obtido, foram, respectivamente: 

A
reforma urbana – qualificação da mão de obra
B
combate à insalubridade – incremento da imigração
C
ampliação da rede hospitalar – controle da natalidade
D
expansão do saneamento básico – erradicação da pobreza
d65c8638-bb
UERJ 2018 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil


No início da noite de 26 de janeiro de 1893, por ordem do prefeito do Distrito Federal, Cândido Barata Ribeiro, a polícia ocupou o mais célebre dos cortiços cariocas, conhecido como Cabeça de Porco, no centro da cidade. A estalagem, conjunto de casinhas onde viviam de 400 a 2000 pessoas, foi em seguida desocupada, sem que se desse aos moradores o tempo necessário para recolherem suas coisas. Em poucas horas, foi demolida. Não tardou para que a expressão “cabeça de porco” se impusesse como sinônimo de cortiço.

Adaptado de projetomemoria.art.br.


A ordem de desocupação e demolição do famoso cortiço em 1893, ironizada em capa de revista da época, representou mudanças na ação do então prefeito com relação aos problemas sociais da cidade do Rio de Janeiro.


Um desses problemas sociais e o objetivo dessa demolição estão indicados, respectivamente, em:

A
déficit escolar – planificação da expansão urbana
B
fluxo migratório – integração de novos logradouros
C
criminalidade elevada – reordenação da ação repressora
D
crescimento demográfico – erradicação de habitações populares
31217190-6a
UERJ 2017, UERJ 2017 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Reconstrução Democrática: Governos Lula e Dilma – (PT no poder)

           MISÉRIA. MOVIMENTO GREVISTA ASSUME CADA VEZ MAIORES PROPORÇÕES.

Apresenta-se com aspecto cada vez mais alarmante o movimento que começou no Cotonifício Crespi e se propagou a outras fábricas em número avultado. Não há como negar a justiça do movimento grevista. São suas causas inegáveis: salários baixos e vida caríssima. Com elas coincide a época de ouro da indústria, que trabalha como nunca e tem lucros como jamais. Censuram-se as violências dos grevistas. Entretanto, no fundo, não se encontraria uma justificação para essa atitude? Pais de família que vivem sendo explorados pelos patrões, que veem os industriais fazendo-se milionários à custa de seu suor e de sua miséria. Esses pais não podem ter a calma precisa para reclamar dentro de uma lei que não os protege, antes permite que o seu sangue seja sugado por vampiros insaciáveis.

                                                                                                                        O Combate, 12/07/1917.

                                                                                                                Adaptado de memoria.bn.br.


                                          De greve em greve

Ao longo da história republicana, vários movimentos sociais preferiram interpretação própria da modernização, como expansão de direitos. E agiram para converter ideia em fato. São Paulo viu isso em 1917, quando assistiu a sua primeira greve geral. A cidade parou. Aderiram categorias em cascata, demandantes de melhoras salariais e de condições de trabalho. Manifestantes daquele tempo se parecem mais com os de hoje do que se possa imaginar. A resposta das autoridades de então também segue a moda. Em 1917, um jovem sapateiro espanhol foi baleado no estômago. Em 2017, um estudante teve a cabeça golpeada com um cassetete. O enterro do sapateiro virou a maior manifestação de protesto que os paulistanos tinham visto até então. Já na greve geral de abril de 2017, 35 milhões de pessoas pararam, segundo os sindicatos.

                                                                                                                                         Angela Alonso

                                                                                      Adaptado de Folha de São Paulo, 07/05/2017


As matérias jornalísticas referem-se a movimentos grevistas ocorridos no Brasil nos anos de 1917 e 2017, apresentando contextos diretamente associados aos conflitos entre capital e trabalho em área urbana.

Tendo como base essas matérias, as principais semelhanças entre os dois contextos mencionados se relacionam aos seguintes fatores:

A
precarização salarial e ampliação da regulação estatal
B
aumento do desemprego e revisão de leis trabalhistas
C
repressão policial e relevância das reivindicações populares
D
ilegalidade da ação sindical e desqualificação da mão de obra
057ca950-60
UERJ 2011, UERJ 2011, UERJ 2011 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Veja você, meu amigo, te resta apenas um meio para não ser explorado, nem oprimido: demonstrar coragem. Se os trabalhadores que são tão numerosos se opuserem com todas as suas forças aos patrões e a quaisquer formas de governo, estaremos bem próximos dos homens verdadeiramente livres.

Fala da peça Uma comédia social, representada por operários de São Paulo nos anos de 1910.

Adaptado de Nosso Século (1910-1930). São Paulo: Abril Cultural, 1981.

Durante a Primeira República (1889-1930), em cidades como o Rio de Janeiro e São Paulo, o movimento operário tornou-se um dos principais críticos às exclusões da sociedade brasileira.

Considerando as propostas defendidas na fala citada do personagem, uma das ideologias que se fez presente no movimento operário brasileiro, naquele momento, foi:

A
socialismo
B
anarquismo
C
liberalismo
D
cooperativismo
7bf842c6-5f
UERJ 2011 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O cangaço representou uma manifestação popular favorecida, basicamente, pela seguinte característica da conjuntura social e política da época:

Observe a foto do grupo de Lampião e Maria Bonita e o mapa que destaca a área do Nordeste brasileiro onde o cangaço se disseminou nas décadas de 1920 e 1930.

 



A
cidadania restringida pelo voto censitário
B
analfabetismo predominante nas áreas rurais
C
criminalidade oriunda das taxas de desemprego
D
hierarquização derivada da concentração fundiária
32232c57-60
UERJ 2010 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil


A Guerra de Canudos, de 1896 a 1897, foi um dos principais conflitos que marcaram o início do período republicano no Brasil. Os prisioneiros retratados na foto são sobreviventes dessa guerra, sertanejos vítimas de exclusão social e política.
Os fatores responsáveis por essa exclusão, naquele contexto, foram:

A
êxodo rural – voto de cabresto
B
desemprego – reação monarquista
C
crise agrícola – sincretismo religioso
D
concentração fundiária – coronelismo
bdc43fc3-31
UERJ 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

As estátuas desses personagens indicam, respectivamente, o enaltecimento das seguintes ideias:

  

Os monumentos históricos promovem o destaque de acontecimentos, personagens, feitos e valores a serem reverenciados por uma sociedade. Exemplos desses monumentos são as estátuas de João Cândido, líder da Revolta da Chibata no início do século XX, e do Barão de Mauá, empresário e empreendedor no século XIX.

A
revisão das hierarquias militares – progresso financeiro
B
defesa dos direitos trabalhistas – dinamização comercial
C
redimensionamento do preconceito racial – integração nacional
D
diversidade das contribuições étnicas – modernização econômica
194ad03b-98
UERJ 2015, UERJ 2015, UERJ 2015 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

       

O cartão-postal é o melhor veículo de propaganda e reclame de que podem dispor os homens, as empresas, a indústria, o comércio e as nações.
Olavo Bilac - A cartophilia, 15/06/1904.

A frase de Olavo Bilac assinala a ampliação da produção de cartões-postais no início do século XX, que animou colecionadores e o trabalho de editores, fotógrafos e gravuristas.

As imagens dos cartões do Rio de Janeiro, capital brasileira naquele momento, associaram-se à propaganda das ações governamentais indicadas em: 


A
modernização e progresso material de espaços públicos
B
planejamento e racionalização do crescimento urbano
C
valorização e preservação dos monumentos arquitetônicos
D
remodelamento e expansão das vias de transportes coletivos
d0b9d7bf-94
UERJ 2013, UERJ 2013, UERJ 2013 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Policarpo Quaresma, cidadão brasileiro, certo de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil; certo também de que, por esse fato, o falar e o escrever, em geral, se veem na humilhante contingência de sofrer continuamente censuras ásperas dos proprietários da língua; usando do direito que lhe confere a Constituição, vem pedir que o Congresso Nacional decrete o tupi-guarani como língua oficial e nacional do povo brasileiro. Senhores Congressistas, o tupi-guarani, língua aglutinante, é a única capaz de traduzir as nossas belezas, de pôr-nos em relação com a nossa natureza e adaptar-se perfeitamente aos nossos órgãos vocais e cerebrais, por ser criação de povos que aqui viveram e ainda vivem.

                                       Lima Barreto Adaptado de Triste fim de Policarpo Quaresma (1915).

                                                                                            Rio de Janeiro: MEDIAfashion, 2008.

A história narrada em Triste fim de Policarpo Quaresma se passa no momento de implantação do regime republicano no Brasil. Seu personagem principal, o Major Quaresma, defende alguns projetos de reforma, um deles relatado no trecho citado.

A justificativa do personagem para a adoção do tupi-guarani como língua oficial brasileira baseia-se na associação entre nacionalidade e a ideia de:


A
valorização da cultura local
B
defesa da diversidade racial
C
preservação da identidade territorial
D
independência da população autóctone
d098fec2-94
UERJ 2013 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

                                   

                          “A redenção de Cam" (1895), de Modesto Brocos y Gomes 

                                                                                                                          itaucultural.org.br

No I Congresso Mundial das Raças, ocorrido em Londres em 1911, o médico João Baptista de Lacerda ilustrou suas reflexões sobre a sociedade brasileira analisando a tela “A redenção de Cam", que retrata três gerações de uma família.

Essa pintura foi utilizada na época para indicar a seguinte tendência demográfica no Brasil:


A
controle de natalidade
B
branqueamento da população
C
equilíbrio entre faixas etárias
D
segregação dos grupos étnicos