Questõesde UNICAMP sobre Período Colonial: produção de riqueza e escravismo
“Parece-me que nós não aprendemos com a nossa própria
história, pois somos capazes de repetir, como cacoete, as
alianças espúrias entre escravos e a casa-grande. As
pessoas da senzala demoram a aprender a lição: sempre
que há um pequeno espaço de liberdade, se esquecem do
quanto foram aviltadas, do quanto foram violentadas, e
voltam a estabelecer essa espécie de conluio com os
interesses da oligarquia, do latifúndio, das velhas
hierarquias coloniais que sempre marcaram nossa
realidade como um fator de discriminação, segregação e
exclusão.”
(Adaptado de Ailton Krenak, Compartilhar a Memória em: Camila Loureiro Dias e Artionka
Capiberibe (orgs.), Os Índios na Constituição. Cotia: Ateliê, 2019, p. 17-33.)
“Eu sou Álvaro Tukano, nasci numa aldeia no alto do Rio
Negro, em 1953. Naquela época não tinha esse negócio de
se organizar os povos indígenas, porque os índios já
estavam organizados ao seu modo, mas de uma maneira
errada eles ajudaram a difundir a economia e o avanço do
Estado brasileiro.”
(Adaptado de Álvaro Tukano em Kaká Werá (org.), Álvaro Tukano, Coleção Tembetá. Rio de
Janeiro: Azougue, 2017, p. 13.)
Os dois textos
“Parece-me que nós não aprendemos com a nossa própria história, pois somos capazes de repetir, como cacoete, as alianças espúrias entre escravos e a casa-grande. As pessoas da senzala demoram a aprender a lição: sempre que há um pequeno espaço de liberdade, se esquecem do quanto foram aviltadas, do quanto foram violentadas, e voltam a estabelecer essa espécie de conluio com os interesses da oligarquia, do latifúndio, das velhas hierarquias coloniais que sempre marcaram nossa realidade como um fator de discriminação, segregação e exclusão.”
(Adaptado de Ailton Krenak, Compartilhar a Memória em: Camila Loureiro Dias e Artionka Capiberibe (orgs.), Os Índios na Constituição. Cotia: Ateliê, 2019, p. 17-33.)
“Eu sou Álvaro Tukano, nasci numa aldeia no alto do Rio Negro, em 1953. Naquela época não tinha esse negócio de se organizar os povos indígenas, porque os índios já estavam organizados ao seu modo, mas de uma maneira errada eles ajudaram a difundir a economia e o avanço do Estado brasileiro.”
(Adaptado de Álvaro Tukano em Kaká Werá (org.), Álvaro Tukano, Coleção Tembetá. Rio de Janeiro: Azougue, 2017, p. 13.)
Os dois textos
Tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava e a
largueza com que se pagava tudo o que lá ia, logo se
fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a
mandar às Minas Gerais o melhor que chega nos navios do
Reino e de outras partes. De todas as partes do Brasil, se
começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não
somente grande, mas excessivo. Daqui se seguiu,
mandarem-se às Minas Gerais as boiadas de Paranaguá, e
às do rio das Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e
tudo o mais que os moradores imaginaram poderia
apetecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e
industriais, adventícias e próprias.
(Adaptado de André Antonil, Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte:
Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.)
Sobre os efeitos da descoberta das grandes jazidas de
metais e pedras preciosas no interior da América
portuguesa na formação histórica do centro-sul do Brasil, é
correto afirmar que:
Tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, logo se fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a mandar às Minas Gerais o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes. De todas as partes do Brasil, se começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não somente grande, mas excessivo. Daqui se seguiu, mandarem-se às Minas Gerais as boiadas de Paranaguá, e às do rio das Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e tudo o mais que os moradores imaginaram poderia apetecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e industriais, adventícias e próprias.
(Adaptado de André Antonil, Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.)
Sobre os efeitos da descoberta das grandes jazidas de metais e pedras preciosas no interior da América portuguesa na formação histórica do centro-sul do Brasil, é correto afirmar que:
Entre os séculos XVII e XVIII, o nheengatu se tornou a
língua de comunicação interétnica falada por diversos
povos da Amazônia. Em 1722, a Coroa exortou os
carmelitas e os franciscanos a capacitarem seus
missionários a falarem esta língua geral amazônica tão
fluentemente como os jesuítas, já que em 1689 havia
determinado seu ensino aos filhos de colonos.
(Adaptado de José Bessa Freire, Da “fala boa” ao português na Amazônia
brasileira. Ameríndia, Paris, n. 8, 1983, p.25.)
Com base na passagem acima, assinale a alternativa
correta
Tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava e a
largueza com que se pagava tudo o que lá ia, logo se
fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a
mandar às Minas Gerais o melhor que chega nos navios do
Reino e de outras partes. De todas as partes do Brasil, se
começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não
somente grande, mas excessivo. Daqui se seguiu,
mandarem-se às Minas Gerais as boiadas de Paranaguá, e
às do rio das Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e
tudo o mais que os moradores imaginaram poderia
apetecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e
industriais, adventícias e próprias.
(Adaptado de André Antonil, Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte:
Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.)
Sobre os efeitos da descoberta das grandes jazidas de
metais e pedras preciosas no interior da América
portuguesa na formação histórica do centro-sul do Brasil, é
correto afirmar que:
As plantações de mandioca encontradas pelas saúvas
cortadeiras nas roças indígenas eram apenas uma entre
várias outras. Em muitas situações, a composição química
das folhas favorecia a escolha de outras plantas e a
folhagem da mandioca era cortada apenas quando as
preferidas das saúvas não eram suficientes. Já na
agricultura comercial, machados e foices de ferro
permitiam abrir clareiras em uma escala maior, resultando
em grande homogeneidade da flora. Nas lavouras de
mandioca de finais do século XVII e do início do século
XVIII, as folhas da mandioca tornavam-se uma das poucas
opções das formigas. Depois de mais algumas colheitas, a infestação das formigas tornava-se insuportável, por vezes
causando o completo despovoamento humano da área.
(Adaptado de Diogo Cabral, 'O Brasil é um grande formigueiro’:
território, ecologia e a história ambiental da América Portuguesa –
parte 2. HALAC - História Ambiental Latinoamericana y Caribeña. Belo
Horizonte, v. IV, n. 1, p. 87-113, set. 2014-fev. 2015.)
A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre
História do Brasil Colônia, assinale a alternativa correta.
As plantações de mandioca encontradas pelas saúvas cortadeiras nas roças indígenas eram apenas uma entre várias outras. Em muitas situações, a composição química das folhas favorecia a escolha de outras plantas e a folhagem da mandioca era cortada apenas quando as preferidas das saúvas não eram suficientes. Já na agricultura comercial, machados e foices de ferro permitiam abrir clareiras em uma escala maior, resultando em grande homogeneidade da flora. Nas lavouras de mandioca de finais do século XVII e do início do século XVIII, as folhas da mandioca tornavam-se uma das poucas opções das formigas. Depois de mais algumas colheitas, a infestação das formigas tornava-se insuportável, por vezes causando o completo despovoamento humano da área.
(Adaptado de Diogo Cabral, 'O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América Portuguesa – parte 2. HALAC - História Ambiental Latinoamericana y Caribeña. Belo Horizonte, v. IV, n. 1, p. 87-113, set. 2014-fev. 2015.)
A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre
História do Brasil Colônia, assinale a alternativa correta.
O documento abaixo foi redigido pelo governador de
Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, em 18 de agosto de
1694, para comunicar ao Rei de Portugal a tomada da Serra da
Barriga.
“ (...) Não me parece dilatar a Vossa Majestade da gloriosa
restauração dos Palmares, cuja feliz vitória senão avalia por
menos que a expulsão dos holandeses, e assim foi festejada
por todos estes povos com seis dias de luminárias. (...) Os
negros se achando de modo poderosos que esperavam o
nosso exército metidos na serra (....), fiando-se na aspereza do
sítio, na multidão dos defensores. (...) Temeu-se muito a ruína
destas Capitanias quando à vista de tamanho exército e
repetidos socorros como haviam ido para aquela campanha
deixassem de ser vencidos aqueles rebeldes pois
imbativelmente se lhes unir-se os escravos todos destes
moradores (....)”.
(Décio Freitas, República de Palmares – pesquisa e comentários em documentos
históricos do século XVII. Maceió: UFAL, 2004, p. 129.)
Sobre o documento acima e seus significados atuais, é correto
afirmar que
Os estudos históricos por muito tempo explicaram as
relações entre Portugal e Brasil por meio da noção de
pacto colonial ou exclusivo comercial. Sobre esse conceito,
é correto afirmar que:

É correto afirmar que a obra acima reproduzida

É correto afirmar que a obra acima reproduzida

Considerando as informações do enunciado, a arte colonial mineira pode ser definida como

Considerando as informações do enunciado, a arte colonial mineira pode ser definida como