Questõesde IF-BA 2012 sobre História

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Foram encontradas 19 questões
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IF-BA 2012 - História - História Geral, Primeira Guerra Mundial

“As luzes se apagam em toda a Europa”, disse Edward Grey, secretário das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, observando as luzes de Whitehall na noite em que a GrãBretanha e a Alemanha foram à guerra. “Não voltaremos a vê-las acender-se em nosso tempo de vida”. Em Viena, o grande satirista Karl Kraus preparava-se para documentar e denunciar essa guerra num extraordinário drama-reportagem a que deu o título de Os Últimos Dias da Humanidade. Ambos viram a guerra mundial como o fim do mundo, e não foram os únicos.
“[...] A humanidade sobreviveu. Contudo, o grande edifício da civilização do século XX desmoronou nas chamas das guerras mundiais, quando suas colunas ruíram. Não há como compreender o breve século XX sem ela. Ele foi marcado pela guerra. Viveu e pensou em termos de guerra mundial, mesmo quando os canhões se calavam e as bombas não explodiam. Sua história e, mais especificamente, a história de sua era inicial de colapso e catástrofe devem começar com a da guerra mundial de 31 anos. [...]”

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 30.


Para o historiador Eric Hobsbawm, as duas guerras mundiais ocorridas no século XX se referem a um mesmo processo, que se inicia em 1914 e se encerra em 1945. Esta análise se sustenta historicamente no fato de que

A
a Inglaterra e a França romperam a paz logo após o final da Primeira Guerra para impedir a política expansionista do nazismo alemão nos territórios da União Soviética, resultando num novo conflito de extensão mundial
B
o aprofundamento do nacionalismo nos países derrotados na Primeira Guerra, resultante das duras penalizações a eles impostas pelos vencedores, criou condições para a retomada dos acirramentos e dos conflitos armados.
C
a Liga das Nações, criada no fim da Primeira Guerra, uniu os países vencidos contra os vencedores com o objetivo de manter vivas as rivalidades econômicas e militares que acabariam desembocando na Segunda Grande Guerra.
D
a Alemanha não assinou o tratado de paz proposto pelos países vencedores no final da Primeira Grande Guerra, mantendo ataques periódicos às bases militares que protegiam as fronteiras da França, alimentando novas rivalidades.
E
o Tratado de Versalhes, assinado no fim da Primeira Guerra, promoveu a chamada “paz armada”, caracterizada pela corrida armamentista dos países europeus que procuravam estar suficientemente fortes para a retomada dos ataques.
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IF-BA 2012 - História - História Geral, Questões Internacionais: história do tempo presente, Questões no Oriente Médio do pós guerra

“Os Estados Árabes se consideram em estado de guerra com Israel e, desde 1948, não cessam de proclamar sua vontade de lançar os israelitas no mar e de riscar seu Estado do mapa do Oriente próximo (...).”

FRIEDMANN, Georges. Fim do povo judeu? São Paulo: Perspectiva, 1969, p. 243.

Iniciado em 1848, o conflito palestino-israelense constituiu, no Oriente Médio, o que se convencionou chamar de Questão Palestina, que está longe de ser resolvida, ainda hoje, e pode ser relacionada à

A
exigência, pelos países do Oriente Médio, de cumprimento do Plano da ONU de Partição da Palestina, que criava o Estado Palestino no final da Segunda Guerra Mundial.
B
incapacidade dos países vencedores da Segunda Guerra de garantir a paz no Ocidente nos anos posteriores ao conflito, provocando uma fuga em massa de judeus para a Palestina.
C
construção de um padrão de instabilidade nas relações internacionais pelo recém-criado Estado de Israel, que contava com o apoio dos Estados Unidos, da União Soviética e da ONU.
D
recusa árabe à partilha da Palestina, imposta pela ONU, que submeteu a maior parte do território ao controle do recém-criado Estado de Israel, sem que se respeitasse a soberania dos povos desta região.
E
extinção oficial do mandato britânico sobre a Palestina, no final da Segunda Guerra, com reconhecimento imediato pelos países vencedores da independência de todos os países do Oriente Médio.
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IF-BA 2012 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

“A década de 1930 começa e termina por dois momentos trágicos, que são a crise de 1929 e a II Guerra Mundial. Os extremos cronológicos afetam não só a economia mundial, mas ajudam a abalar as condições sociais em geral. As consequências são mudanças nas estruturas dominantes e o aparecimento de novas relações de classe.”

CARONE, Edgard. O Estado Novo (1937-1945). São Paulo: DIFEL, 1976, p. 107.


No Brasil, a década de 1930 também foi marcada por grandes transformações estruturais que podem ser associadas à

A
construção das primeiras bases da industrialização brasileira e inserção de novos atores sociais no cenário político do país.
B
planificação da economia sob a influência do modelo econômico socialista, que garantiu rápido desenvolvimento industrial.
C
criação de uma política de desenvolvimento baseada na aliança com o capital estrangeiro, em particular norteamericano.
D
criação da Petrobrás e desenvolvimento de uma política de exploração que tornou o Brasil um grande exportador de petróleo na América.
E
construção de um plano de estabilização econômica na agricultura, de modo a tornar a produção agrária brasileira mais competitiva no mercado externo.
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IF-BA 2012 - História - Primeira Guerra Mundial

“A França receia a Alemanha; a Turquia teme a Rússia; a Áustria está contida por ambas; a Itália necessita da benevolência de todas; e cada uma por sua vez treme do senhor Bismarck”.

QUEIRÓS, Eça de. Cartas da Inglaterra, 1880-1885. In: RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento: imagem e texto. São Paulo: FTD, 2001, p. 35.

O trecho da carta de Eça de Queirós aponta uma situação vivida pela Europa no final do século XIX, indicando que as

A
expansões imperialistas dos países citados chocavam-se entre si, mas não contaminaram outros países da Europa, que se mantiveram neutros e incapazes de impor seus interesses.
B
unificações da Itália e da Alemanha tornaram os dois países incapazes de fazer frente às investidas militares da Áustria, no sentido de unir os três países, formando um grande império.
C
ações imperialistas, ao longo do século, fizeram da Alemanha a maior potência econômica do mundo, subjugando os demais países, que não tiveram como impor limites ao seu expansionismo.
D
sucessivas vitórias francesas sobre a Alemanha em guerras anteriores deu à França o controle sobre o rico território da Alsácia-Lorena, fazendo surgir entre os alemães um sentimento revanchista.
E
disputas econômicas entre os países europeus, acrescido de um nacionalismo cada vez mais agressivo, colocaram a Europa em constante situação de guerra, que se concretizará com a Primeira Guerra Mundial.
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IF-BA 2012 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil


O contraste existente entre a ideia passada pela imagem, que apresenta um momento de grande comoção e apoio popular ao heroi da independência, aclamado Imperador em 1822, e a euforia demonstrada pela noticia da abdicação de D. Pedro I, em 1831, se explica por que ao longo dos nove anos de governo, o imperador

A
estabeleceu o sufrágio universal e o direito dos trabalhadores se rebelarem contra a exploração, desfavorecendo a elite brasileira que empenhará grandes esforços para destituir seu poder.
B
afastou-se do povo, aliando-se cada vez mais a uma elite comercial brasileira, que passou a ser a grande base de sustentação do Império, impedindo o acesso de outras categorias ao poder.
C
contrariou as elites brasileiras ao dissolver a Assembléia Constituinte, outorgar uma constituição e estabelecer uma Monarquia absolutista no país, aliando-se a portugueses residentes no Brasil.
D
incentivou a indústria brasileira, que comprometeu a economia agrário-exportadora e colocou em crise a produção açucareira no país, prejudicando os grandes senhores de engenho do Nordeste do país.
E
extinguiu o tráfico negreiro, cumprindo o compromisso assumido com o governo britânico, mas contrariando os interesses dos grandes proprietários brasileiros e de uma sociedade que não se concebia sem a mãode-obra escrava.
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IF-BA 2012 - História - Construção do Estado Liberal: Revolução Francesa, História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

“(...)
Neste século das luzes (...), nesta época feliz onde, reunidos para a felicidade pública e livres de qualquer interesse pessoal, vamos trabalhar para a regeneração do Estado, parece-me, senhores, que se deveria antes de estabelecer a Constituição tão desejada e esperada pela Nação, provar a todos os cidadãos que nossa intenção, o nosso desejo, é ir ao encontro de seus desejos e estabelecer o mais prontamente possível essa igualdade de direitos que deve existir entre todos os homens.”

Intervenção do Visconde de Nicalles na Assembléia Nacional Constituinte, 4 de agosto de 1789. In: MATTOSO, K. M. Q. Textos e Documentos para o Estudo de História Contemporânea (1789-1963). São Paulo: Hucitec/Edusp, 1977, p. 11.


Com o objetivo de barrar a onda de medo e terror que se espalhava pela França, no início da Revolução de 1789, de que fala o deputado no documento apresentado, a Assembleia Nacional Constituinte tomará medidas urgentes no sentido de estabelecer a igualdade

A
jurídica, com estabelecimento de uma ampla legislação que normatizasse sobre todas as questões do Estado e que fosse estendida a toda a sociedade, indistintamente.
B
política, com a instituição de um governo democrático e do sufrágio universal que garantissem a todos os cidadãos a participação direta na organização dos poderes da nação.
C
social, com extinção dos estamentos e ordens que impediam a ascensão e reorganização da sociedade a partir das classes sociais estabelecidas pelo critério econômico.
D
econômica, com extensão do direito de propriedade a todos os cidadãos através da apropriação, pelo Estado, das terras da nobreza emigrada e divisão com o campesinato francês.
E
fiscal, com a abolição dos privilégios secularmente mantidos pelo Estado em benefício do clero e da nobreza, e o estabelecimento de impostos que fossem igualmente sustentados por todos os cidadãos.
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IF-BA 2012 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

(...)
Artigo 2º - É permitido unicamente navios de construção portuguesa fazer o comércio de porto a porto em todas as possessões portuguesas. Todos os navios de construção estrangeira que forem de propriedade portuguesa (...) são considerados como de construção portuguesa.”

Decreto Português de 1821. Citado por AZEVEDO. J. S. Revolução Portuguesa em 1820. Lisboa: 1944, p. 152.


De 1821 a 1822, as Cortes de Lisboa adotaram medidas recolonizadoras como esta apresentada no Artigo 2º do Decreto Português, que representou a

A
aprovação das leis comerciais e marítimas adotadas por D. João VI no Brasil, desde que fossem controladas por uma junta governativa formada pelas Cortes.
B
liberação do comércio brasileiro com Portugal, rompido desde a Abertura dos Portos, quando a concorrência da Inglaterra inviabilizou as relações comerciais do Brasil com portugueses. 
C
liberdade comercial com outros países, desde que realizado por navios portugueses, sendo compreendidas como embarcações portuguesas todas aquelas construídas em Portugal.
D
extinção da autonomia administrativa do Brasil, que garantia o comércio do Brasil com Portugal, o que representava a anulação do decreto que elevou o Brasil a Reino Unido de Portugal.
E
garantia do mercado brasileiro para os comerciantes portugueses, com a retomada do monopólio comercial sobre o Brasil, nos moldes existentes no período anterior à chegada da corte à colônia.
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IF-BA 2012 - História - Construção do Estado Liberal: Revolução Francesa, História Geral



No contexto da Revolução Francesa em 1789, a imagem expressa um conjunto de ações que ficou conhecido como

A
Período do Terror, marco das perseguições aos “inimigos da revolução”, durante a Ditadura Jacobina.
B
Grande Medo, revolta dos camponeses contra a aristocracia francesa que os submetia ao regime de servidão.
C
Revolução Burguesa, marco inicial da luta da burguesia contra os privilégios da nobreza e do clero na França.
D
Período Napoleônico, marcado pela legitimação da rebelião camponesa no Código Civil para garantir a reforma agrária.
E
Queda da Bastilha, marco da adesão popular ao movimento revolucionário iniciado pelo Terceiro Estado na Assembléia Geral.
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IF-BA 2012 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

“De uma perspectiva geral, podemos dizer que a conspiração baiana como que atou as pontas das duas vertentes subversivas do Brasil Colônia.”

RISÉRIO, Antonio. Em torno da Conspiração dos Búzio. In: DOMINGUES, Carlos Vasconcelos; LEMOS, Cícero Bathomarco; YGLESIAS, Edyala. (Orgs). Animai-vos, Povo Bahiense! A Conspiração dos Alfaiates. Salvador: Omar G. Editora, 1999, p. 53.


A ideia apresentada por Antonio Risério se sustenta historicamente no fato de que a Conjuração Baiana foi o movimento anticolonial brasileiro que

A
aliou à luta emancipacionista reivindicações sociais, como a questão escravista.
B
inseriu o ideal de unidade territorial à luta pela independência da América Portuguesa.
C
reduziu a luta libertária à defesa do livre comércio e da autonomia administrativa.
D
defendeu a independência do Brasil e a proclamação de uma república de base oligárquica.
E
apresentou caráter de luta nacionalista à medida que representou o ideal de liberdade de todos os brasileiros.
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IF-BA 2012 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

O Brasil constituía então uma base essencial da economia portuguesa. A nossa exportação era quase toda (excetuando o vinho do Porto) canalizada para os portos brasileiros; a nossa importação vinha quase toda do Brasil; as matériasprimas tropicais faziam escala em Lisboa e daqui eram exportadas para o exterior. (...)
A emancipação econômica do Brasil (em 1808) teve, portanto, consequências graves na economia portuguesa. A antiga colônia passara, em poucos anos, de fonte de rendimento à fonte de despesa.

SARAIVA, J. H. História de Portugal. Lisboa: Europa-América, 1996. p. 274.


No contexto das medidas liberais decretadas por D. João VI no Brasil, a “emancipação econômica do Brasil” que o historiador português apresenta como danosa à economia portuguesa, é resultado da

A
autonomia administrativa advinda da elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves.
B
autonomia financeira garantida com a criação do Banco do Brasil, que passou a emitir papel moeda.
C
liberação manufatureira estabelecida pelo Alvará de 1º de abril, que permitiu as instalações de indústrias no Brasil.
D
incrementação do comércio brasileiro a partir da assinatura do Tratado de Comércio e Navegação com a Inglaterra.
E
liberdade de comércio estabelecida pelo decreto de Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas de Portugal
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IF-BA 2012 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

“Os habitantes da paróquia de Chateaubourg, na Bretanha, consideram que o regime priva o proprietário do direito da propriedade, o mais sagrado, pois todo ano ele é obrigado a pagar a seu senhor uma renda em dinheiro ou em espécie. A dependência em relação aos moinhos também deve ser levada em consideração: ela sujeita [camponês] a utilizar os moinhos do senhor; dessa forma, ele é forçado a levar suas sementes a moleiros de honestidade nem sempre reconhecida, embora pudesse moer mais perto e escolher um moleiro de sua confiança.”

Caderno de queixas de Rennes para os Estados Gerais de 1789. Coletânea de Documentos Históricos para o 1º Grau. São Paulo: SE/ CENP, 1980, p. 87


O trecho do documento acima aponta para uma realidade da sociedade francesa do final do século XVIII, que pode ser relacionada à

A
submissão do campesinato francês a um regime de servidão, característico do feudalismo medieval europeu.
B
decadência da atividade agrária, consequência do forte processo de industrialização vivido pela França.
C
manutenção de regras e normas típicas do colonato, herdado das relações camponesas do Império Carolíngio.
D
continuidade do regime de cercamentos de terras, empreendidos pela aristocracia com apoio da monarquia francesa.
E
exploração dos camponeses, obrigados, pela política fiscal do governo, a sustentar o Estado, a nobreza e a burguesia francesa.
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IF-BA 2012 - História - Construção de Estados e o Absolutismo, História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

Texto I

Um reino bem governado deve ser como uma família cujo soberano é o pai e os cidadãos seus filhos ... O monarca não poderia ser feliz quando seus povos são miseráveis. O príncipe é apenas o primeiro servidor do Estado, obrigado a agir com probidade, sabedoria e completo desinteresse, como se a cada momento tivesse que dar contas de sua administração a seus concidadãos.

Francisco II, rei da Prússia. 1740 - 1786


Texto II

A cada país é necessária uma lei fundamental, ou contrato, entre o povo e o soberano, que limite a autoridade e o poder deste último (...). o poder executivo está no soberano, mas o legislativo no povo e seus representantes (...) O soberano deve prestar conta exata e anual ao povo a respeito de emprego das rendas públicas; ele não tem absolutamente o direito de impor arbitrariamente as taxas.

Leopoldo II, imperador da Alemanha, 1747-1792
RODRIGUE, Joelza Ester. História em documento: imagem e texto. São Paulo: FTD, 2001, p. 35.


Os textos apresentam ideias de alguns reis e imperadores europeus que, no século XVIII, implementaram reformas liberais, influenciados pelos iluministas, marcando um processo histórico conhecido como

A
Impérios Liberais;
B
Monarquias Iluminadas;
C
Despotismo Esclarecido;
D
Monarquias Reformistas.
E
Absolutismo Monárquico.
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IF-BA 2012 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil



A imagem é representativa da Ditadura Militar no Brasil (1964- 1985) e permite caracterizá-la como um período marcado pela

A
perseguição aos opositores do regime, que sofreram todo tipo de repressão, legitimados pela Doutrina de Segurança Nacional.
B
estabilidade política marcada pela ausência de oposição e pela adesão imediata e apoio da maior parte dos brasileiros ao regime militar.
C
ação de diferentes grupos de resistência ao regime militar, que conseguiram impor alguns limites à repressão no país, através da guerilha.
D
liberdade de expressão garantida pelo próprio regime, embora a constituição estabelecesse limites à imprensa através da censura prévia.
E
manutenção dos principais direitos do cidadão, como o voto direto para os cargos do executivo, embora houvesse forte perseguição à oposição.
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IF-BA 2012 - História - Construção dos Estados Liberais na América Hispânica : século XIX, História da América Latina



Publicado em 1865 como propaganda da guerra do Paraguai, o cartaz acima reflete a defesa do conflito por membros da elite intelectual, que apresentava, entre outros, o argumento de que o presidente do Paraguai, Solano Lopes

A
ameaçou a soberania brasileira ao tentar incorporar territórios na região nordeste do país.
B
criou a Confederação do Prata, aliando-se à Argentina e ao Uruguai contra os interesses econômicos do Brasil.
C
rompeu as relações comerciais com o Brasil, prejudicando a exportação brasileira, que dependia do mercado paraguaio.
D
invadiu e conquistou áreas territoriais brasileiras na região do Mato Grosso, para garantir a construção do Grande Paraguai.
E
estabeleceu regras para assegurar a livre navegação na bacia do Prata, que prejudicavam o monopólio brasileiro na região.
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IF-BA 2012 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil

“Havendo esta assembleia perjurado ao tão solene juramento, que prestou à Nação, de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: hei por bem, como imperador e defensor perpétuo do Brasil, dissolver a mesma Assembleia e convocar já uma outra (...) a qual deverá trabalhar sobre o projeto de constituição que eu hei de em breve apresentar.”

Decreto de D. Pedro I, de 12 de novembro de 1823 apud BENEVIDES, P. & VIEIRA, R. A. A. Textos Políticos da História do Brasil. Fortaleza: UF do Ceará, s/d. p. 124.


A constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824, foi criticada pelos brasileiros, principalmente, porque

A
garantiu a indissolubilidade ao Poder Legislativo e o direito de vetar projetos imperiais.
B
estabeleceu o sufrágio universal e a periodicidade dos Poderes Legislativo e Judiciário.
C
conferiu ao Imperador grandes poderes, estabelecendo uma Monarquia de caráter absolutista.
D
estabeleceu uma Monarquia Parlamentar, seguindo o modelo clássico do parlamentarismo inglês.
E
criou o Poder Moderador que funcionava como um agente fiscalizador da harmonia e independência dos demais poderes.
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IF-BA 2012 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O encontro de Rodolfo
Cavalcante com Lampião
(Trecho de Cordel)


Foi Virgulino Ferreira
Pobre homem injustiçado
E por isto vingativo
Se tornou um acelerado,
Se a justiça fosse reta
Nem jornalista ou poeta,
O teria decantado.
(...)
Embora seja criança
Com meus 15 anos de idade
Pude ver em Lampião
Vítima da sociedade.
Talvez ele em outro meio
(Posso dizer sem receio)
Era útil à humanidade ! (...)

CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião Virgulino. Salvador: [s.n.], 1973. In: CATELLI Jr, Roberto. História: texto e contexto. São Paulo:Scipione, 2006. p. 499.

Para o autor do Cordel Lampião é uma “vítima da sociedade”. Dentro desta perspectiva histórica, o cangaço é um fenômeno social resultante

A
das alianças firmadas entre jagunços e coronéis no sentido de perpetuar o poder oligárquico no sertão brasileiro.
B
das brigas entre os grandes coronéis, que incentivavam a formação de grupos de cangaceiros para se fortalecerem.
C
dos conflitos entre famílias poderosas, que levavam alguns de seus membros a entrarem no cangaço para eliminar os inimigos.
D
das poucas oportunidades oferecidas aos sertanejos em um contexto social marcado pela exploração oligárquica, pela miséria e pela fome.
E
das disputas políticas entre grupos de jovens sertanejos, que se armavam e lutavam entre si para garantir o domínio de algumas cidades ou região.
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IF-BA 2012 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Tabelas sobre o tráfico de escravos




Tomando como referência a lei inglesa do Bill Aberdeen em 1845 e a Lei Eusébio de Queirós, em 1850, as tabelas acima sugerem que

A
com a lei Eusébio de Queirós, que rompeu todo tipo de tráfico de escravos no Brasil, a escravidão foi gradativamente desaparecendo.
B
grande parte dos escravos brasileiros no século XIX era de negros nascidos no Brasil, o que tornou indiferente à escravidão o fim do tráfico africano.
C
as pressões inglesas e o fim do tráfico foram responsáveis pelo crescimento do comércio interregional que sustentou a escravidão nas áreas de expansão cafeeira.
D
ocorreu uma redução da chegada de africanos no Brasil quando a Inglaterra passou a aprisionar navios negreiros, tornando desnecessária a lei brasileira extinguindo o tráfico.
E
para o Brasil, a intromissão inglesa significava um golpe à sua soberania.Por isto, o governo imperial fechou os olhos ao tráfico de africanos mesmo depois da Lei Eusébio de Queirós.
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IF-BA 2012 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

“Obrigado pelas imperiosas circunstâncias (...) a transportar a sede do império temporariamente para outra parte dos meus domínios, (...) foi necessário procurar elevar a prosperidade daquelas partes do império (...) para que elas pudessem concorrer às despesas necessárias para sustentar a honra e o esplendor do trono e para segurar sua defesa contra a invasão de um poderoso inimigo. Para este fim (...) fui servido a adotar os princípios (...) da liberdade e franquia do comércio e diminuição dos direitos de alfândegas (...).”

Príncipe regente, D. João VI, Rio de Janeiro, 7/3/1810. In: INÁCIO, I. C. & LUCA, T. R. de. Documentos de Brasil Colonial. São Paulo : Ática, 1983. p. 173.


A diminuição dos direitos de alfândega de que trata o texto, consequências dos Tratados de 1810, resultou no

A
aumento das exportações brasileiras na medida em que se legalizou o comércio com outros países da Europa.
B
incremento e consolidação do domínio inglês sobre o Brasil em função dos privilégios comerciais garantidos à Inglaterra.
C
estabelecimento no Brasil, das primeiras estradas de ferro interligando áreas produtoras aos portos, agilizando as exportações.
D
desenvolvimento da indústria manufatureira do Brasil incentivada pela entrada de capitais estrangeiros, em particular ingleses.
E
crescimento da produção agrária da colônia para atender a demanda dos vários países que passaram a comprar matéria prima brasileira.
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IF-BA 2012 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“Marginalizado legalmente, o escravo nem sempre o é materialmente, na medida em que pode desempenhar certas funções na dinâmica econômica urbana. Estas funções o colocam numa posição de certa independência material, imposta pelas próprias modalidades de seu exercício.”

MATTOSO, Kátia de Queirós. A cidade de Salvador e seu mercado no século XIX. São Paulo: Hucitec, 1978.


Das várias modalidades de escravo existentes no Brasil do século XIX, aquela que se ajusta à analise da historiadora é:

A
o escravo da lavoura, pois sua importância na economia exportadora o tornava imprescindível e insubstituível.
B
o escravo de aluguel, pois representava um lucro extra ao seu dono, passando a ser bem tratado e respeitado.
C
o escravo doméstico, porque podia cair nas boas graças do senhor e passar a exercer certo poder sobre os demais escravos.
D
o escravo de ganho, pois sua atividade permitia-lhe certa autonomia e juntar algum dinheiro que serviria para a compra da alforria.
E
o escravo público, porque não tinha um dono específico o que lhe permitia uma certa liberdade de escolha da função que desempenharia.