Questõesde UERJ sobre História Geral
A derrota de Napoleão Bonaparte, em 1814-1815, foi registrada de diversas formas nas
sociedades europeias. Na imagem, o imperador francês tenta devorar o globo terrestre, sendo
atacado por uma águia, um dos símbolos do Império Russo.
Dois impactos que as guerras napoleônicas exerceram sobre as relações internacionais na
Europa da época foram:
A derrota de Napoleão Bonaparte, em 1814-1815, foi registrada de diversas formas nas sociedades europeias. Na imagem, o imperador francês tenta devorar o globo terrestre, sendo atacado por uma águia, um dos símbolos do Império Russo.
Dois impactos que as guerras napoleônicas exerceram sobre as relações internacionais na
Europa da época foram:
O patriotismo é o amor pelos seus; o nacionalismo é o ódio pelos outros.
Romain Gary (1914-1980)
Citado por Henri Deleersnijder.
O Globo, 28/07/2014
A frase do escritor francês Romain Gary ajuda a compreender como reivindicações de autonomia
de povos e sociedades variadas acabam por ocasionar disputas territoriais e políticas.
Um exemplo dessa situação é a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), para a qual
contribuiu o seguinte fator
O patriotismo é o amor pelos seus; o nacionalismo é o ódio pelos outros.
Romain Gary (1914-1980)
Citado por Henri Deleersnijder.
O Globo, 28/07/2014
A frase do escritor francês Romain Gary ajuda a compreender como reivindicações de autonomia
de povos e sociedades variadas acabam por ocasionar disputas territoriais e políticas.
Um exemplo dessa situação é a eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), para a qual
contribuiu o seguinte fator
O cartaz acima foi utilizado como instrumento de propaganda do Plano Marshall, principal iniciativa
dos Estados Unidos para a reconstrução dos países aliados após a Segunda Guerra Mundial.
Considerando a imagem e seu contexto histórico, um objetivo do governo estadunidense ao
implementar esse plano foi:
Caricatura de Napoleão Bonaparte, 1814.
Adaptado de britishmuseum.org.
A derrota de Napoleão Bonaparte, em 1814-1815, foi registrada de diversas formas nas
sociedades europeias. Na imagem, o imperador francês tenta devorar o globo terrestre, sendo
atacado por uma águia, um dos símbolos do Império Russo.
Dois impactos que as guerras napoleônicas exerceram sobre as relações internacionais na
Europa da época foram:
O Iluminismo é a saída do homem do estado de tutela, pelo qual ele próprio é responsável.
O estado de tutela é a incapacidade de utilizar o próprio entendimento sem a condução de
outrem. Cada um é responsável por esse estado de tutela quando a causa se refere não a uma
insuficiência do entendimento, mas à insuficiência da resolução e da coragem para usá-lo sem
ser conduzido por outrem. Sapere aude!* Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento.
Essa é a divisa do Iluminismo.
IMMANUEL KANT (1784)
*Expressão latina que significa “tenha a coragem de saber, de aprender”
In: BOMENY, Helena e FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Ed. do Brasil, 2010.
No contexto da expansão capitalista no século XIX, uma das ideias centrais do Iluminismo, de
acordo com o texto, está associada diretamente à valorização da:
O Iluminismo é a saída do homem do estado de tutela, pelo qual ele próprio é responsável. O estado de tutela é a incapacidade de utilizar o próprio entendimento sem a condução de outrem. Cada um é responsável por esse estado de tutela quando a causa se refere não a uma insuficiência do entendimento, mas à insuficiência da resolução e da coragem para usá-lo sem ser conduzido por outrem. Sapere aude!* Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento. Essa é a divisa do Iluminismo.
IMMANUEL KANT (1784)
*Expressão latina que significa “tenha a coragem de saber, de aprender”
In: BOMENY, Helena e FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Ed. do Brasil, 2010.
No contexto da expansão capitalista no século XIX, uma das ideias centrais do Iluminismo, de
acordo com o texto, está associada diretamente à valorização da:
Em novembro de 2014, a Alemanha celebrou 25 anos da queda do Muro de Berlim. Apesar do
tempo decorrido e dos investimentos realizados, ainda persistem muitas diferenças entre as
porções ocidental e oriental do país. Os mapas abaixo apontam exemplos dessas diferenças.
Uma prioridade da plataforma política do Partido Nacional Democrata, da extrema-direita
alemã, é a adoção de severas restrições à imigração para o país.
Com base nessa informação e na análise dos mapas, a porção oriental do país possui atualmente,
como característica social marcante, níveis mais elevados de:
CAMPOS DE “REEDUCAÇÃO PELO TRABALHO” NA CHINA: A MUDANÇA DE UM SISTEMA DE
OPRESSÃO POR OUTRO
A extinção do sistema chinês de campos de “reeducação pelo trabalho” (RTL) arrisca não
ser mais do que uma mudança cosmética. “Abolir o sistema de RTL é um passo na direção
certa. Mas há agora indicadores de que isto é apenas para desviar as atenções públicas
dos abusos cometidos naqueles campos, onde a tortura é uma prática sistemática. É
claro que as políticas subjacentes de castigar pessoas pelas suas atividades políticas ou
pelas suas crenças religiosas não mudaram. Os abusos e a tortura continuam na China,
apenas assumiram uma expressão diferente”, sustenta a perita Corinna Barbara Francis,
da Anistia Internacional.
Adaptado de amnistia-internacional.pt, 17/12/2013.
Nas últimas quatro décadas, o sistema político chinês vem evoluindo de forma muito lenta, se
comparado às grandes mudanças econômicas observadas no país.
A prática mencionada no texto foi intensamente utilizada no momento da história chinesa
denominado:
Retirada da última estátua equestre do General Francisco Franco,
na cidade de Santander, na Espanha, em 18 de dezembro de 2008.
g1.globo.com
Em 2007, na Espanha, aprovou-se uma lei que possibilitou indenizar vítimas da Guerra Civil
(1936-1939) e do governo de Francisco Franco (1939-1975). A ação retratada na fotografia
também é decorrente dessa lei.
No contexto das denúncias e apurações acerca dos crimes cometidos pelo governo franquista,
a retirada da estátua equestre está associada à seguinte proposta:
Retirada da última estátua equestre do General Francisco Franco, na cidade de Santander, na Espanha, em 18 de dezembro de 2008.
Em 2007, na Espanha, aprovou-se uma lei que possibilitou indenizar vítimas da Guerra Civil (1936-1939) e do governo de Francisco Franco (1939-1975). A ação retratada na fotografia também é decorrente dessa lei.
No contexto das denúncias e apurações acerca dos crimes cometidos pelo governo franquista,
a retirada da estátua equestre está associada à seguinte proposta:
De acordo com dados e informações referentes ao ano de 1990, no sul da Polônia, um carvão
de linhito com elevado teor de enxofre era a principal fonte de combustível. Em Leuna, na
Alemanha Oriental, 60% da população sofria de doenças respiratórias, sendo que quatro em cada
cinco crianças desenvolviam bronquite crônica ou doenças do coração na idade de sete anos. Em
Telpice, uma cidade no noroeste da Tchecoslováquia, a contaminação atmosférica mantinha as
crianças dentro de casa cerca de um terço do inverno. Na tentativa de preservar as crianças com
boa saúde, as aulas eram realizadas em cidades mais limpas seis semanas por ano.
Adaptado de www.cato.org
Os países do extinto bloco socialista europeu sofreram os impactos ambientais legados pelas
suas respectivas políticas de desenvolvimento econômico.
Esses impactos ambientais estavam associados, principalmente, à seguinte causa:
O Iluminismo é a saída do homem do estado de tutela, pelo qual ele próprio é responsável.
O estado de tutela é a incapacidade de utilizar o próprio entendimento sem a condução de
outrem. Cada um é responsável por esse estado de tutela quando a causa se refere não a uma
insuficiência do entendimento, mas à insuficiência da resolução e da coragem para usá-lo sem
ser conduzido por outrem. Sapere aude!* Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento.
Essa é a divisa do Iluminismo.
IMMANUEL KANT (1784)
*Expressão latina que significa “tenha a coragem de saber, de aprender”.
In: BOMENY, Helena e FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Ed. do Brasil, 2010.
No contexto da expansão capitalista no século XIX, uma das ideias centrais do Iluminismo, de
acordo com o texto, está associada diretamente à valorização da:
O Iluminismo é a saída do homem do estado de tutela, pelo qual ele próprio é responsável. O estado de tutela é a incapacidade de utilizar o próprio entendimento sem a condução de outrem. Cada um é responsável por esse estado de tutela quando a causa se refere não a uma insuficiência do entendimento, mas à insuficiência da resolução e da coragem para usá-lo sem ser conduzido por outrem. Sapere aude!* Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento. Essa é a divisa do Iluminismo.
IMMANUEL KANT (1784)
*Expressão latina que significa “tenha a coragem de saber, de aprender”.
In: BOMENY, Helena e FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Ed. do Brasil, 2010.
No contexto da expansão capitalista no século XIX, uma das ideias centrais do Iluminismo, de acordo com o texto, está associada diretamente à valorização da:
Primo Levi, judeu e antifascista, no
fim de 1943, aos 24 anos, foi preso
pela polícia italiana e entregue às
forças de ocupação alemãs. Logo
se fechava atrás dele o portão
do campo de Auschwitz com a
inscrição “O trabalho liberta”, e
Levi compreendeu: “Então isto é o
inferno”.
Adaptado de WEINRICH, H. Lete: arte e crítica
do esquecimento. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2001.
No decorrer da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), campos de concentração foram criados
em vários países europeus, sendo um dos maiores o complexo de Auschwitz, na Polônia. Para
lá, eram enviados em massa aqueles considerados inimigos da nação alemã.
De acordo com a imagem e com o texto, a frase “O trabalho liberta” apontava para a seguinte
estratégia do projeto nazista:
Primo Levi, judeu e antifascista, no fim de 1943, aos 24 anos, foi preso pela polícia italiana e entregue às forças de ocupação alemãs. Logo se fechava atrás dele o portão do campo de Auschwitz com a inscrição “O trabalho liberta”, e Levi compreendeu: “Então isto é o inferno”.
Adaptado de WEINRICH, H. Lete: arte e crítica do esquecimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
No decorrer da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), campos de concentração foram criados em vários países europeus, sendo um dos maiores o complexo de Auschwitz, na Polônia. Para lá, eram enviados em massa aqueles considerados inimigos da nação alemã.
De acordo com a imagem e com o texto, a frase “O trabalho liberta” apontava para a seguinte
estratégia do projeto nazista:
Adaptado de statistiques-mondiales.com
A variação da curva do gráfico entre os anos de 1950 e 1975 é explicada pelo seguinte
evento histórico:
Era um garoto que como eu amava
os Beatles e os Rolling Stones (1967)
Era um garoto
Que como eu
Amava os Beatles
E os Rolling Stones
Girava o mundo
Sempre a cantar
As coisas lindas
Da América
Cantava viva à liberdade
Mas uma carta sem esperar
Da sua guitarra o separou
Fora chamado na América
Stop! Com Rolling Stones
Stop! Com Beatles songs
Mandado foi ao Vietnã
Lutar com vietcongs
Eu te amo, meu Brasil (1970)
As praias do Brasil ensolaradas
O chão onde o país se elevou
A mão de Deus abençoou
Mulher que nasce aqui tem muito mais amor
O céu do meu Brasil tem mais estrelas
O sol do meu país mais esplendor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras vou plantar amor
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura a juventude do Brasil
BANDA OS INCRÍVEIS
Adaptado de vagalume.com.br.
A banda brasileira Os Incríveis marcou época ao cantar acontecimentos e ideias que afetavam
especialmente a vida dos mais jovens no final da década de 1960, como ilustram as letras citadas.
Essas letras estão relacionadas, respectivamente, aos seguintes contextos internacional e
brasileiro daquele momento:
Era um garoto que como eu amava
os Beatles e os Rolling Stones (1967)
Era um garoto
Que como eu
Amava os Beatles
E os Rolling Stones
Girava o mundo
Sempre a cantar
As coisas lindas
Da América
Cantava viva à liberdade
Mas uma carta sem esperar
Da sua guitarra o separou
Fora chamado na América
Stop! Com Rolling Stones
Stop! Com Beatles songs
Mandado foi ao Vietnã
Lutar com vietcongs
Eu te amo, meu Brasil (1970)
As praias do Brasil ensolaradas
O chão onde o país se elevou
A mão de Deus abençoou
Mulher que nasce aqui tem muito mais amor
O céu do meu Brasil tem mais estrelas
O sol do meu país mais esplendor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras vou plantar amor
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil
Eu te amo, meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura a juventude do Brasil
BANDA OS INCRÍVEIS
Adaptado de vagalume.com.br.
A banda brasileira Os Incríveis marcou época ao cantar acontecimentos e ideias que afetavam especialmente a vida dos mais jovens no final da década de 1960, como ilustram as letras citadas.
Essas letras estão relacionadas, respectivamente, aos seguintes contextos internacional e brasileiro daquele momento:
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ação do Partido Nazista na Alemanha ampliou
a propaganda contra os que foram considerados os inimigos internos da nação germânica. O
cartaz abaixo é um exemplo dessa política.
Adaptado de advertisingarchives.co.uk.
Um aspecto da ideologia nazista observado nesse cartaz é:
Depois da votação no parlamento alemão da resolução que classifica a matança
de armênios pela Turquia como genocídio, as relações entre Turquia e Alemanha
ameaçam congelar. A Comissão de Relações Internacionais do Parlamento turco
acusou os alemães de deturparem fatos históricos sobre os acontecimentos de 1915.
A Turquia, até hoje, nega veementemente que se trate de genocídio a morte de até
1,5 milhão de armênios em massacres e marchas ao deserto ordenadas pelo Império
Otomano, sobretudo entre 1915 e 1917.
Adaptado de O Globo, 03/06/2016.
No contexto dos efeitos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ONU passou a conceber o
genocídio como um crime contra o Direito Internacional.
De acordo com o texto acima, o posicionamento do governo turco indica o temor de possíveis
punições, especialmente se esse organismo internacional conceber o massacre dos armênios
como um ato deliberado de:
Depois da votação no parlamento alemão da resolução que classifica a matança de armênios pela Turquia como genocídio, as relações entre Turquia e Alemanha ameaçam congelar. A Comissão de Relações Internacionais do Parlamento turco acusou os alemães de deturparem fatos históricos sobre os acontecimentos de 1915. A Turquia, até hoje, nega veementemente que se trate de genocídio a morte de até 1,5 milhão de armênios em massacres e marchas ao deserto ordenadas pelo Império Otomano, sobretudo entre 1915 e 1917.
Adaptado de O Globo, 03/06/2016.
No contexto dos efeitos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ONU passou a conceber o genocídio como um crime contra o Direito Internacional.
De acordo com o texto acima, o posicionamento do governo turco indica o temor de possíveis
punições, especialmente se esse organismo internacional conceber o massacre dos armênios
como um ato deliberado de:
Esboçamos as preocupações fundamentais que a nossa peça procura refletir. A primeira e mais
importante de todas se refere a uma face da sociedade brasileira que ganhou relevo nos últimos
anos: a experiência capitalista que se vem implantando aqui − radical, violentamente predatória,
impiedosamente seletiva − adquiriu um trágico dinamismo. O santo que produziu o milagre é
conhecido por todas as pessoas de boa-fé e bom nível de informação: a brutal concentração da riqueza
elevou a capacidade de consumo de bens duráveis de uma parte da população, enquanto a maioria
ficou no ora veja. [Adaptado da apresentação.]
CREONTE:
(...)
O trem atrasa o quê? Nem meia hora
E o cara quebra tudo... Acha que é certo,
Jasão?...
JASÃO:
Não discuto quebrar... Agora,
quem às três da manhã tá de olho aberto,
se espreme pra chegar no emprego às sete,
lá passa o dia todo, volta às onze
da noite pra acordar a canivete
de novo às três, tinha que ser de bronze
para fazer isso sempre, todo dia,
levando na marmita arroz, feijão
e humilhação...
(...)
CREONTE:
Sociologia, Jasão...
JASÃO:
Não...
(...)
O cara já tá por aqui. Tá perto
de explodir, um trem que atrasa, ele mata,
quebra mesmo, é a gota d`água...
BUARQUE, C.; PONTES, P. Gota d’agua: uma tragédia brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
Encenada pela primeira vez em 1975, a premiada peça de teatro Gota d`água foi reapresentada
diversas vezes. No momento em que foi escrita, como indicam seus autores, a peça buscou
explicitar questionamentos sobre mudanças que afetaram a sociedade brasileira durante os
governos militares.
Tendo como base o diálogo citado acima, entre os personagens Creonte e Jasão, um dos
efeitos dessas mudanças na experiência capitalista do Brasil da época foi a:
Esboçamos as preocupações fundamentais que a nossa peça procura refletir. A primeira e mais importante de todas se refere a uma face da sociedade brasileira que ganhou relevo nos últimos anos: a experiência capitalista que se vem implantando aqui − radical, violentamente predatória, impiedosamente seletiva − adquiriu um trágico dinamismo. O santo que produziu o milagre é conhecido por todas as pessoas de boa-fé e bom nível de informação: a brutal concentração da riqueza elevou a capacidade de consumo de bens duráveis de uma parte da população, enquanto a maioria ficou no ora veja. [Adaptado da apresentação.]
CREONTE:
(...)
O trem atrasa o quê? Nem meia hora
E o cara quebra tudo... Acha que é certo,
Jasão?...
JASÃO:
Não discuto quebrar... Agora,
quem às três da manhã tá de olho aberto,
se espreme pra chegar no emprego às sete,
lá passa o dia todo, volta às onze
da noite pra acordar a canivete
de novo às três, tinha que ser de bronze
para fazer isso sempre, todo dia,
levando na marmita arroz, feijão
e humilhação...
(...)
CREONTE:
Sociologia, Jasão...
JASÃO:
Não...
(...)
O cara já tá por aqui. Tá perto
de explodir, um trem que atrasa, ele mata,
quebra mesmo, é a gota d`água...
BUARQUE, C.; PONTES, P. Gota d’agua: uma tragédia brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
Encenada pela primeira vez em 1975, a premiada peça de teatro Gota d`água foi reapresentada diversas vezes. No momento em que foi escrita, como indicam seus autores, a peça buscou explicitar questionamentos sobre mudanças que afetaram a sociedade brasileira durante os governos militares.
Tendo como base o diálogo citado acima, entre os personagens Creonte e Jasão, um dos
efeitos dessas mudanças na experiência capitalista do Brasil da época foi a:
1970: BRANDT DE JOELHOS EM VARSÓVIA
Ao se ajoelhar diante do Memorial aos Heróis do Gueto de Varsóvia, em 7 de dezembro de 1970, o
então chanceler federal alemão, Willy Brandt (1913-1992), protagonizou um gesto que entraria para
a história como um símbolo da busca alemã pela reconciliação no pós-Guerra.
Os nazistas haviam encurralado
meio milhão de judeus no Gueto
de Varsóvia. Em abril de 1943,
aconteceu o levante, reprimido
violentamente pelas tropas de
Hitler. O cair de joelhos do
chefe de governo Willy Brandt
e o silêncio que se seguiu
repercutiram no mundo como
um símbolo de arrependimento,
pedido de perdão e tentativa de
reconciliação da Alemanha.
Dentro do país, entretanto, Brandt
foi até xingado. Vinte e cinco anos depois do final da Segunda Guerra, a viagem de Brandt à Polônia de
regime comunista foi um tema extremamente controvertido na Alemanha. O objetivo era a assinatura
do tratado de normalização das relações entre os dois países, que seria seguido de um acordo no
mesmo sentido entre a Alemanha e a União Soviética.
A coragem e a espontaneidade de Willy Brandt naquele 7 de dezembro de 1970 foram apenas um dos
motivos que lhe valeram o Prêmio Nobel da Paz do ano seguinte.
Adaptado de dw.com.
A foto e o episódio relatado na reportagem indicam transformações que afetaram a sociedade
alemã entre as décadas de 1930 e 1970.
Uma dessas transformações, no âmbito das relações internacionais, está associada à seguinte
mudança de orientação:
1970: BRANDT DE JOELHOS EM VARSÓVIA
Ao se ajoelhar diante do Memorial aos Heróis do Gueto de Varsóvia, em 7 de dezembro de 1970, o então chanceler federal alemão, Willy Brandt (1913-1992), protagonizou um gesto que entraria para a história como um símbolo da busca alemã pela reconciliação no pós-Guerra.
Os nazistas haviam encurralado meio milhão de judeus no Gueto de Varsóvia. Em abril de 1943, aconteceu o levante, reprimido violentamente pelas tropas de Hitler. O cair de joelhos do chefe de governo Willy Brandt e o silêncio que se seguiu repercutiram no mundo como um símbolo de arrependimento, pedido de perdão e tentativa de reconciliação da Alemanha.
Dentro do país, entretanto, Brandt foi até xingado. Vinte e cinco anos depois do final da Segunda Guerra, a viagem de Brandt à Polônia de regime comunista foi um tema extremamente controvertido na Alemanha. O objetivo era a assinatura do tratado de normalização das relações entre os dois países, que seria seguido de um acordo no mesmo sentido entre a Alemanha e a União Soviética.
A coragem e a espontaneidade de Willy Brandt naquele 7 de dezembro de 1970 foram apenas um dos motivos que lhe valeram o Prêmio Nobel da Paz do ano seguinte.
Adaptado de dw.com.
A foto e o episódio relatado na reportagem indicam transformações que afetaram a sociedade alemã entre as décadas de 1930 e 1970.
Uma dessas transformações, no âmbito das relações internacionais, está associada à seguinte
mudança de orientação:
O QUE É UMA NAÇÃO?
O homem não é escravo nem de sua raça, nem de sua língua, nem de sua religião, nem do curso dos
rios, nem da direção das cadeias de montanhas. Um grande agrupamento de homens, de espírito
sadio e coração ardoroso, cria uma consciência moral que se chama nação. Enquanto puder provar
sua força através dos sacrifícios que exigem a abdicação dos indivíduos em prol de uma comunidade,
essa consciência moral será legítima, terá o direito de existir. Se surgem dúvidas quanto a fronteiras,
consultem-se as populações envolvidas. Elas têm bem o direito de ter uma opinião na questão.
- ERNEST RENAN
-
Conferência na Universidade de Sorbonne, 1882. revistas.usp.br
Ao longo do século XX, houve acontecimentos vinculados a projetos nacionalistas similares à
concepção defendida pelo historiador Ernest Renan, em 1882.
Identifica-se como um desses acontecimentos a:
O QUE É UMA NAÇÃO?
O homem não é escravo nem de sua raça, nem de sua língua, nem de sua religião, nem do curso dos rios, nem da direção das cadeias de montanhas. Um grande agrupamento de homens, de espírito sadio e coração ardoroso, cria uma consciência moral que se chama nação. Enquanto puder provar sua força através dos sacrifícios que exigem a abdicação dos indivíduos em prol de uma comunidade, essa consciência moral será legítima, terá o direito de existir. Se surgem dúvidas quanto a fronteiras, consultem-se as populações envolvidas. Elas têm bem o direito de ter uma opinião na questão.
- ERNEST RENAN
- Conferência na Universidade de Sorbonne, 1882. revistas.usp.br
Ao longo do século XX, houve acontecimentos vinculados a projetos nacionalistas similares à concepção defendida pelo historiador Ernest Renan, em 1882.
Identifica-se como um desses acontecimentos a: