Questõesde FUVEST sobre História

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FUVEST 2016 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Não nos esqueçamos de que este é um tempo de abertura. Vivemos sob o signo da anistia que é esquecimento, ou devia ser. Tempo que pede contenção e paciência. Sofremos todo ímpeto agressivo. Adocemos os gestos. O tempo é de perdão. (...) Esqueçamos tudo isto, mas cuidado! Não nos esqueçamos de enfrentar, agora, a tarefa em que fracassamos ontem e que deu lugar a tudo isto. Não nos esqueçamos de organizar a defesa das instituições democráticas contra novos golpistas militares e civis para que em tempo algum do futuro ninguém tenha outra vez de enfrentar e sofrer, e depois esquecer os conspiradores, os torturadores, os censores e todos os culpados e coniventes que beberam nosso sangue e pedem nosso esquecimento.

Darcy Ribeiro. “Réquiem”, Ensaios insólitos. Porto Alegre: L&PM, 1979.


O texto remete à anistia e à reflexão sobre os impasses da abertura política no Brasil, no período final do regime militar, implantado com o golpe de 1964. Com base nessas referências, escolha a alternativa correta

A
A presença de censores na redação dos jornais somente foi extinta em 1988, quando promulgada a nova Constituição.
B
O projeto de lei pela anistia ampla, geral e irrestrita foi uma proposta defendida pelos militares como forma de apaziguar os atos de exceção.
C
Durante a transição democrática, foram conquistados o bipartidarismo, as eleições livres e gerais e a convocação da Assembleia Constituinte.
D
A lei de anistia aprovada pelo Congresso beneficiou presos políticos e exilados, e também agentes da repressão.
E
O esquecimento e o perdão mencionados integravam a pauta da Teologia da Libertação, uma importante diretriz da Igreja Católica.
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FUVEST 2016 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

No Brasil, do mesmo modo que em muitos outros países latinoamericanos, as décadas de 1870 e 1880 foram um período de reforma e de compromisso com as mudanças. De maneira geral, podemos dizer que tal movimento foi uma reação às novas realidades econômicas e sociais resultantes do desenvolvimento capitalista não só como fenômeno mundial mas também em suas manifestações especificamente brasileiras.

Emília Viotti da Costa, “Brasil: a era da reforma, 1870-1889”. In: Leslie Bethell, História da América Latina, v.5. São Paulo: Edusp, 2002. Adaptado.


A respeito das mudanças ocorridas na última década do Império do Brasil, cabe destacar a reforma

A
eleitoral, que, ao instituir o voto direto para os cargos eletivos do Império, ao mesmo tempo em que proibiu o voto dos analfabetos, reduziu notavelmente a participação eleitoral dos setores populares.
B
religiosa, com a adoção do ultramontanismo como política oficial para as relações entre o Estado brasileiro e o poder papal, o que permitiu ao Império ganhar suporte internacional.
C
fiscal, com a incorporação integral das demandas federativas do movimento republicano por meio da revisão dos critérios de tributação provincial e municipal.
D
burocrática, que rompeu as relações de patronato empregadas para a composição da administração imperial, com a adoção de um sistema unificado de concursos para preenchimento de cargos públicos.
E
militar, que abriu espaço para que o altocomando do Exército, vitorioso na Guerra do Paraguai, assumisse um maior protagonismo na gestão dos negócios internos do Império.
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FUVEST 2016 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)


Encontramse assinaladas no mapa, sobre as fronteiras dos países atuais, as rotas eurasianas de comércio a longa distância que, no início da Idade Moderna, cruzavam o Império Otomano, demarcado pelo quadro. A respeito dessas rotas, das regiões que elas atravessavam e das relações de poder que elas envolviam, é correto afirmar que

A
a China, com baixo grau de desenvolvimento político e econômico, era exportadora de produtos primários para a Europa.
B
a Índia era uma economia fracamente vinculada ao comércio a longa distância, em vista da pouca demanda por seus produtos.
C
a Europa, a despeito do poder otomano, exercia domínio incontestável sobre o conjunto das atividades comerciais eurasianas.
D
a África Ocidental se encontrava em posição subordinada ao poderio otomano, funcionando como sua principal fonte de escravos.
E
o Império Otomano, ao intermediar as trocas a longa distância, forçou os europeus a buscar rotas alternativas de acesso ao Oriente.
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FUVEST 2016 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Os ensaios sediciosos do final do século XVIII anunciam a erosão de um modo de vida. A crise geral do Antigo Regime desdobrase nas áreas periféricas do sistema atlântico – pois é essa a posição da América portuguesa –, apontando para a emergência de novas alternativas de ordenamento da vida social.

István Jancsó, “A Sedução da Liberdade”. In: Fernando Novais, História da Vida Privada no Brasil, v.1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado.


A respeito das rebeliões contra o poder colonial português na América, no período mencionado no texto, é correto afirmar que,

A
em 1789 e 1798, diferentemente do que se dera com as revoltas anteriores, os sediciosos tinham o claro propósito de abolir o tráfico transatlântico de escravos para o Brasil.
B
da mesma forma que as contestações ocorridas no Maranhão em 1684, a sedição de 1798 teve por alvo o monopólio exercido pela companhia exclusiva de comércio que operava na Bahia.
C
em 1789 e 1798, tal como ocorrera na Guerra dos Mascates, os sediciosos esperavam contar com o suporte da França revolucionária.
D
tal como ocorrera na Guerra dos Emboabas, a sedição de 1789 opôs os mineradores recémchegados à capitania aos empresários há muito estabelecidos na região.
E
em 1789 e 1798, seus líderes projetaram a possibilidade de rompimento definitivo das relações políticas com a metrópole, diferentemente do que ocorrera com as sedições anteriores.