Questõesde FGV 2016 sobre História

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Foram encontradas 33 questões
2a46ccb2-1c
FGV 2016 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Viva Vaia é um poema concreto publicado em 1972 e dedicado ao compositor Caetano Veloso, que havia sido vaiado por grande parte do público presente ao Teatro Tuca, no Festival Internacional da Canção de 1968. Desde então, em diversos momentos, o poema é utilizado com intuito de dar significação a episódios da cena política e cultural brasileira.


Sobre o contexto de sua elaboração, podemos afirmar que se trata

A
de um período de contestações à Ditadura Militar, de ampliação das liberdades democráticas no país e de intensa efervescência cultural.
B
do momento da deposição do presidente João Goulart e da intensificação da repressão cultural.
C
da radicalização política do movimento estudantil contra a Ditadura Militar e de utilização da cultura como expressão política.
D
do descontentamento dos jovens com o conservadorismo da música popular brasileira durante a Ditadura Militar.
E
do momento de aceitação das ações repressivas da Ditadura Militar por meio da música e da poesia.
2a3d41ab-1c
FGV 2016 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Os chamados Atos de Navegação, instituídos na Inglaterra em 1651,

A
eram recomendações teóricas que buscavam estimular o livre comércio internacional.
B
constituíram-se como um instrumento jurídico que proibia o tráfico de escravos para a América inglesa.
C
foram uma forma de articulação entre a Inglaterra e o poderio naval holandês frente ao poderio ibérico.
D
estabeleceram regras para a navegação marítima visando combater as práticas de pirataria.
E
eram um conjunto de leis que ampliavam o controle metropolitano inglês sobre as suas colônias.
2a402d4c-1c
FGV 2016 - História - História do Brasil

Examine o mapa


Com base no mapa, é correto afirmar:

A
A província de Pernambuco perdeu parte de seu território, correspondente à margem esquerda do Rio São Francisco, como represália do poder central, logo após o final da Confederação do Equador.
B
O mapa reforça a perspectiva de que o processo de emancipação política no Brasil foi completamente pacífico e resumiu-se às articulações em São Paulo e Rio de Janeiro.
C
A Confederação do Equador tinha como objetivo estabelecer uma monarquia constitucional no Nordeste, tendo como base a província de Pernambuco
D
A separação da província de Cisplatina, que posteriormente se tornaria o Uruguai, ocorreu devido à lealdade de suas lideranças políticas à monarquia portuguesa.
E
Os conflitos registrados no Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia tinham caráter republicano e revelavam o descontentamento com o arranjo politico que estabeleceu a monarquia no Brasil.
2a43a585-1c
FGV 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A economia colonial na América portuguesa esteve assentada, principalmente, na produção em larga escala voltada ao abastecimento dos mercados europeus, visando atender aos interesses metropolitanos. Mesmo assim, na colônia, desenvolveu-se o mercado interno que teve como uma de suas características

A
o intenso comércio de manufaturados produzidos no Rio de Janeiro.
B
a comercialização de pedras preciosas na Zona da Mata.
C
a venda de gêneros alimentícios em São Paulo provenientes do Nordeste.
D
a circulação de tropeiros que ligava o Sul à região de Sorocaba.
E
as transações imobiliárias envolvendo fazendas pecuaristas na Amazônia.
2a3a761d-1c
FGV 2016 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Podendo-se encontrar na crise do mundo romano do século III o início da profunda perturbação de que sairá o Ocidente medieval, é legítimo considerar as invasões bárbaras do século V como o acontecimento que precipita as transformações, que lhes dá um aspecto catastrófico e que lhes modifica profundamente a aparência.

LE GOFF, J. A civilização do Ocidente Medieval. Trad. Lisboa: Estampa, 1983, v. 1, p. 29.

A crise do mundo romano e a transição para a Idade Média

A
foram decorrentes do fortalecimento do cristianismo que, a partir do século III, tornou-se a religião oficial do Império Romano.
B
tiveram entre suas características a diminuição do ingresso de mão de obra escrava e o processo de ruralização social.
C
foram marcadas pelas catástrofes naturais e pelas epidemias de peste e lepra que estimularam o deslocamento para as cidades.
D
levaram ao fortalecimento das instituições públicas romanas e ao desenvolvimento das atividades mercantis no Mediterrâneo.
E
foram particularmente catastróficas na parte Oriental do mundo Romano, pela proximidade geográfica com os povos germânicos.
8fdeff7f-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

A charge, publicada em 1981 no jornal Folha de S. Paulo, faz referências a um momento particular do último governo da ordem autoritária instaurada em 1964, porque

A
reforça a convicção do presidente sobre a necessidade de uma abertura política efetivamente democrática, inclusive com eleições presidenciais diretas para o seu sucessor, mas entende que a volta da inflação pode impedir esse formato institucional.
B
indica a reação do presidente frente a dois grandes problemas: os atentados praticados por grupos de extrema- -direita, contrariados com o processo de abertura política, nascido no governo anterior, e a forte inflação, que atingiu quase 100% em 1981.
C
recrimina o presidente porque este condiciona a continuidade do processo de abertura política ao melhoramento nas condições econômico-financeiras do país, em uma conjuntura particularmente complexa, marcada por uma hiperinflação e queda acentuada do PIB.
D
assinala a preocupação do presidente com dois eventos interligados: o acelerado ritmo da abertura política provocado pelo avanço das oposições nos pleitos municipais e o primeiro episódio de hiperinflação, associado à recessão econômica e à crise do petróleo.
E
destaca a provocação do presidente às organizações de esquerda que ainda defendiam o caminho da luta armada para a conquista do poder, mas reconhece a incapacidade do seu governo em conter a espiral inflacionária, provocada pelos aumentos salariais da década de 1970.
8fdac648-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral, Descolonização Afro-asiática : novos Estados, nova arena internacional

Tudo muda.
De novo começar podes, com o último alento.
O que acontece, porém, fica acontecido:
E a água que pões no vinho, não podes mais separar.
(...)
Porém, tudo muda: com o último alento podes
de novo recomeçar.
(Bertold Brecht)

É a esse processo histórico, que levou à liquidação dos impérios coloniais europeus e ao surgimento ou ressurgimento de povos que se constituíram em Nações e Estados, que se costuma dar o nome de descolonização.

(Letícia Bicalho Canêdo. A descolonização da Ásia e da África, 1985)

A partir dos textos, é correto afirmar que

A
a colonização europeia foi inseparável da descolonização da Ásia e da África do século XX, pois o nacionalismo, um valor ocidental, foi usado pela classe dirigente que, identificada com o Estado Nacional, não respeitou as tradições locais, isto é, a descolonização não destruiu a colonização; água e vinho estão misturados.
B
a descolonização da Ásia e da África, no século XX, fez surgir novos povos, identificados com suas tradições e com valores antigos, essenciais para a estabilidade dos Estados e das nações, geridos pela classe dirigente, distante do velho colonialismo; a descolonização rompeu com a colonização, isto é, separou a água do vinho.
C
a descolonização da Ásia e da África no século XIX, como continuidade ao colonialismo europeu, identificou-se com a classe dirigente internacional, preservou as principais tradições e criou o Estado Nacional a partir do nacionalismo, valor tribal que garantiu estabilidade para aquelas regiões; portanto, a água não se separou do vinho.
D
a descolonização da Ásia e da África, no século XX, foi um processo separado da colonização, pois os valores da tradição foram rompidos e surgiu o Estado Nacional como criação da classe dirigente local, cujos interesses estavam alinhados com o capitalismo internacional, o que significou desenvolvimento para a maioria; água e vinho estão separados.
E
o processo de descolonização do século XX, na Ásia e na África, é revolucionário na medida em que destruiu o velho colonialismo e colocou no poder a classe dirigente local, identificada com o capitalismo internacional, que organizou o Estado Nacional segundo os interesses de estabilidade e de desenvolvimento para todos; água e vinho estão separados.
8fc7a5ca-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - Construção do Estado Liberal: Revolução Francesa, História Geral

A Comuna é, assim, um órgão executivo e legislativo ao mesmo tempo, onde os poderes não estão “divididos”, mas sim “descentralizados”. (...) nasce como prefeitura e age como tal. Mas acima dela nada existe. (...) A Comuna toma funções próprias do Estado centralizador e, ao projetá-lo em uma dimensão municipal, converte-se, de fato, em uma reformulação fundamental da relação entre o poder e a sociedade. (...) seria o “governo dos produtores”, a “república do trabalho”.

(Horácio González. A Comuna de Paris, 1982)

A partir do excerto e do que se sabe sobre a Comuna, é correto afirmar que

A
a Comuna de Paris foi um órgão político centralizador, nascido em meio à Primeira Guerra, em 1914, e visava manter as relações típicas entre o poder e a sociedade da hierarquia liberal burguesa, isto é, baseadas no capital e na propriedade; foi derrotada.
B
foi uma forma de autogestão, nascida da luta liberal em Paris, cidade abandonada pelo governo de Thiers, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1914, para proteção das relações entre o poder centralizado e a sociedade da ordem liberal burguesa; foi vencedora.
C
a Comuna de Paris nasceu como uma municipalidade, em 1871; visou transformar as funções do Estado em um pacto comunal que destruiu as forças políticas contra o trabalhador baseadas nas relações de solidariedade; foi derrotada.
D
os trabalhadores de Paris tomaram o poder, em 1871, para impedir o avanço alemão sobre a cidade; eles tinham o objetivo de alterar as relações democráticas existentes, baseadas na cooperação e na descentralização; foram vencedores.
E
a Comuna nasceu em Versalhes, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1866, para proteger o governo antidemocrático que havia abandonado Paris e cuja ação privilegiava os interesses dos trabalhadores urbanos e do campo; foi derrotada.
8fcb1b0c-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Empreiteiro da Companhia Estrada de Ferro D. Pedro II, o imigrante norte-americano David Sompson decidiu dar fim à própria vida na noite de 29 de outubro de 1869, em Sapucaia, província do Rio de Janeiro. Por ser protestante e suicida, Sompson foi enterrado do lado de fora dos muros do cemitério. O diretor da companhia chegou a solicitar a realização de um sepultamento digno para seu funcionário, mas foi em vão: sob a justificativa de impedir a “profanação das almas”, o vigário-geral não autorizou o enterro no mesmo espaço sagrado dos católicos – “Tenho a honra de declarar que as leis da Igreja Católica proíbem o enterrar-se em sagrado aos que se suicidam, uma vez que antes de morrer não tenham dado sinais de arrependimento, acrescendo a circunstância no presente caso de ser o falecido protestante”.
Em 20 de abril de 1870, o imperador D. Pedro II tomou conhecimento do parecer e concordou com a opinião dos membros do Conselho de Estado: “Recomende-se aos Reverendos Bispos que mandem proceder às solenidades da Igreja nos cemitérios públicos, para que neles haja espaço em que possam enterrar-se aqueles a quem a mesma Igreja não concede sepultura em sagrado. E aos Presidentes de Província que providenciem para que os cemitérios que de agora em diante se estabelecerem se reserve sempre para o mesmo fim o espaço necessário”.

(Sérgio Augusto Vicente. Segregação dos mortos, 1.2.2015. In Revista de História da Biblioteca Nacional, no 113, fevereiro de 2015. Adaptado)

A partir do fato apresentado e do contexto do Segundo Reinado, é correto afirmar que a segregação dos mortos

A
marcou os primeiros embates da chamada Questão Religiosa, que opôs o recém-fundado Partido Republicano Paulista, patrono do projeto legislativo que revia o padroado, contra a cúpula da Igreja Católica no Brasil, que advogava a necessidade de as escolas básicas estarem sob a administração das ordens religiosas.
B
decorreu dos preceitos constitucionais do Império que atribuíam à Igreja Católica prerrogativas superiores às do Estado em algumas questões, caso dos sepultamentos, mas tais prerrogativas estavam sendo revistas pelo Legislativo, e o Imperador defendia, desde o início do seu reinado, a separação entre a Igreja e o Estado.
C
representou a etapa final de um longo processo de desgaste nas relações entre o governo imperial e as mais importantes lideranças da Igreja Católica brasileira, porque havia novas posições católicas que, desde 1850, condenavam a ausência de propostas objetivas para a extinção do trabalho compulsório no Brasil.
D
revelou uma face das contradições entre o poder espiritual da Igreja e o poder secular da Monarquia brasileira, em uma conjuntura na qual a hierarquia eclesiástica esforçava-se para ampliar sua autonomia perante as políticas do Estado e o Imperador buscava a conciliação dos interesses da religião oficial com o direito civil dos não católicos.
E
anunciou um novo patamar nas relações entre o Estado e as religiões no país, em especial a Igreja Católica, porque o princípio constitucional que permitia apenas a prática do culto católico no Brasil estava em debate público e dom Pedro II já havia manifestado a sua simpatia a uma ampla liberdade religiosa.
8fce90ab-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Revolução Russa de 1917

Controle público absolutamente indispensável. (...) Corrupção inevitável (...) A prática do socialismo exige uma completa subversão no espírito das massas (...). Instintos sociais em lugar dos instintos egoístas (...). Mas ele [Lenin] se engana completamente no emprego dos meios. Decreto, poder ditatorial dos inspetores de fábrica, sanções draconianas, terror (...). A única via que leva a um renascimento é a própria escola da vida pública, uma democracia mais ampla (...). É justamente o terror que desmoraliza.

(Rosa Luxemburgo. A Revolução Russa (1918), apud Marc Ferro. A Revolução Russa de 1917, 1974. Adaptado)

A partir do fragmento, é correto afirmar que

A
o processo de criação do Estado socialista na Rússia, a partir de 1917, faz-se com métodos violentos, defendidos pela autora: esvaziamento do poder dos sovietes, fortalecimento da polícia secreta, burocracia e implantação de uma ditadura para realizar as mudanças econômicas tão importantes naquele momento de crise.
B
o texto da militante comunista é uma crítica à forma como a Revolução de 1917, liderada por Lenin, organizou o Estado de forma centralizadora, burocrática, sem tolerar a oposição, impunha a requisição de grãos, a estatização com o comunismo de guerra, afastando-se da democracia.
C
a militante anarquista russa critica a forma como a liderança menchevique usa meios violentos para implantar o socialismo, baseado na reforma agrária, no controle dos bancos, dos transportes e das riquezas do subsolo, na tentativa de diminuir as distâncias sociais e aumentar o poder dos sovietes.
D
a autora considera que a Revolução Russa de 1917 havia avançado no seu projeto de construção do Estado socialista e no êxito de suas realizações econômicas: controle da máquina administrativa para evitar a corrupção, a organização do Estado de forma democrática e o estabelecimento da propriedade coletiva.
E
a militante comunista alemã, a partir de uma crítica contundente, aponta erros na rota planejada por Lenin para o Estado socialista russo e sugere caminhos como: o controle público da economia, o terror com a polícia secreta, sanções contra a corrupção administrativa e, por fim, a ditadura para garantir os princípios socialistas.
8fd17bb5-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - História da América Latina, Primeira metade do século XX: Revolução Mexicana, peronismo e cardenismo

No mesmo ano em que o Nafta [1994] entrou em vigor, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), liderado pelo subcomandante Marcos, deu a conhecer ao mundo sua objeção ao tratado. (...) os zapatistas reclamaram uma nova atitude do Estado mexicano perante grupos sociais indígenas condenados a séculos de pobreza, exploração e abandono.

(Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino. História da América Latina, 2014)

Referência do movimento citado, Emiliano Zapata foi um

A
líder camponês, comandante do Exército Libertador do Sul, que ofereceu importante contribuição para a vitória da Revolução Mexicana de 1910 e defendia a continuidade das terras do pueblo nas mãos das comunidades camponesas.
B
líder guerrilheiro que, depois de 1911, integrou o governo revolucionário mexicano, representando os interesses dos trabalhadores urbanos, assim como dos operários das minas de prata e da construção de ferrovias.
C
nacionalista mexicano que elegeu como o maior inimigo do povo do seu país os Estados Unidos, interessados especialmente na exploração do petróleo e da construção e administração das ferrovias no México.
D
presidente revolucionário mexicano, que assumiu o governo após a queda de Porfírio Dias, e, em 1913, foi emboscado e morto a mando de Venustiano Carranza, outra importante liderança popular da Revolução Mexicana.
E
partidário do ditador Porfírio Dias, que rompeu com o antigo aliado e, ao associar-se ao revolucionário Francisco Madero, organizou e liderou milícias populares com o objetivo de derrubar o regime autoritário mexicano.
8fd58b61-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

[Em novembro de 1937], (...) ao falar em organizar a juventude com a finalidade “de promover-lhe a disciplina moral e o adestramento físico, de maneira a prepará-la ao cumprimento dos seus deveres para com a economia e a Nação, [o ministro da Justiça Francisco] Campos estava pensando em instituições voltadas para a mobilização e a militarização dos jovens. (...)
Consciente de que não poderia contar com o apoio de Gustavo Capanema para a efetivação de seu projeto de mobilização política da juventude através do sistema de ensino e tendo fracassado na sua tentativa de afastá-lo do Ministério da Educação e Saúde, Campos planejava reunir os jovens em um sistema e criar para isto uma grande organização nacional, sob a dependência direta do Ministério da Justiça, isto é, dele mesmo.

(José Silvério Baía Horta. O hino, o sermão e a ordem do dia: a educação no Brasil (1930-1945), 1994)

Considerando o fragmento e o contexto do Estado Novo, é correto afirmar que

A
o prestígio do ministro Francisco Campos podia ser dimensionado pela importância que Getúlio Vargas deu ao projeto da juventude brasileira, com recursos financeiros, apoio político e aval da Câmara dos Deputados, e foi implantado durante a Segunda Guerra, encaminhando o Brasil em direção aos interesses dos Estados Unidos e dos Aliados.
B
a efetivação da Juventude Brasileira, que tinha como patrono Duque de Caxias, funcionando apenas no Rio de Janeiro e em algumas outras capitais brasileiras, desencadeou um sério conflito entre vários líderes do Estado Novo, o que enfraqueceu o regime autoritário, que perdia as suas bases de sustentação por conta da forte oposição liberal nascida nos estados nordestinos.
C
o ministro Francisco Campos, um notável articulador político, soube convencer o ministro Capanema das vantagens em organizar militarmente os estudantes brasileiros, assim o projeto inicial foi ampliado e, durante boa parte do Estado Novo, os jovens brasileiros receberam instruções sobre o uso de armas, civismo e condicionamento físico.
D
o ministro da Justiça do Estado Novo, apesar da sua função relevante de autor da Constituição de 1937, ocupava poucos espaços políticos na ordem derivada do golpe de Estado, e a proposta de uma organização militar para a juventude dificilmente contaria com o apoio do presidente Vargas, avesso às práticas físicas e esportivas, que desviavam a população do trabalho.
E
o ministro Francisco Campos, um dos mais importantes ideólogos do autoritarismo, defendia uma organização da juventude brasileira em formato parecido com as experiências das nações nazifascistas, e, ao mesmo tempo, a oposição do ministro Capanema a esse projeto mostra o governo ditatorial de Vargas marcado por divergências políticas entre os seus ministros.
8fc06bcc-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico tendia a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial: apesar das intenções aristocráticas da nobreza da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente. Ao mesmo tempo, observa-se a ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de créditos e escravos à agricultura de exportação e às demais atividades econômicas. Na Bahia, desde o final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo menos o início do século XVIII, o tráfico atlântico de escravos passou a ser controlado pelas comunidades mercantis locais (...).
(João Fragoso et alli. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX), 1998)

O texto permite inferir que

A
o tráfico atlântico de escravos prejudicou a economia colonial brasileira porque uma enorme quantidade de capitais, oriunda da produção agroindustrial, era remetida para a África e para Portugal.
B
as transações comercias envolvendo a África e a América portuguesa deveriam, necessariamente, passar pelas instâncias governamentais da Metrópole, condição típica do sistema colonial.
C
a monopolização do tráfico negreiro nas mãos de comerciantes encareceu essa mão de obra e atrasou o desenvolvimento das atividades manufatureiras nas regiões mais ricas da América portuguesa.
D
as rivalidades econômicas e políticas entre fidalgos e burgueses, no espaço colonial, impediram o crescimento mais acelerado da produção de outras mercadorias além do açúcar e do tabaco.
E
nem todos os fluxos econômicos, durante o processo de colonização portuguesa na América, eram controlados pela Coroa portuguesa, revelando uma certa autonomia das elites coloniais em relação à burguesia metropolitana.
8fc433a7-1d
FGV 2016, FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Sobre a regência do paulista Diogo Antônio Feijó, entre 1835 e 1837, é correto afirmar que

A
o regente conseguiu vencer a eleição devido ao apoio recebido dos produtores de algodão do Nordeste, classe emergente nos anos 1830, o que possibilitou o combate às rebeliões regenciais e o início do processo de centralização político-administrativa.
B
o apoio inicial que Feijó recebeu de todas as forças políticas do Império foi, progressivamente, sendo corroído porque o regente eleito mostrou simpatia pelo projeto político da Balaiada, que defendia uma Monarquia baseada no voto universal.
C
a opção de Feijó em negociar com os farroupilhas e com a liderança popular da Cabanagem provocou forte reação dos grupos mais conservadores, especialmente do Partido Conservador, que organizaram a queda de Feijó por meio de um golpe de Estado.
D
o isolamento político do regente Feijó, que provocou a sua renúncia do mandato, relacionou-se com a sua incapacidade de conter as rebeliões que se espalhavam por várias províncias do Império e com a vitória eleitoral do grupo regressista.
E
as condições econômicas brasileiras foram se deteriorando durante a década de 1830 e provocaram um forte desgaste da regência de Feijó, que renunciou ao cargo depois de um acordo para uma reforma constitucional.