Questõesde ENEM sobre História
Roma foi imaginada e construída, de diferentes
maneiras, nos mais distintos lugares e épocas, legitimando
ou desautorizando grupos, práticas e políticas. Mas de
todos os seus legados, apropriados ou frutos de invenções,
a ideia de império e sua perenidade, assim como tudo o
que ela acarreta, talvez seja o que mais tenha marcado
o Ocidente.
SILVA, G. J. História antiga e usos do passado: um estudo de
apropriações da Antiguidade sob o regime de Vichy (1940-1944).
São Paulo: Annablume; Fapesp, 2007 (adaptado).
Uma apropriação significativa do legado mencionado foi
realizada pelo movimento simbolizado no slogan:
TEXTO I
Não veio do céuNem das mãos de IsabelA liberdade é um dragão no mar de Aracati
FIRMINO, D. et al. História pra ninar gente grande.
In: Sambas-Enredo 2019. Rio de Janeiro:
Universal Music, 2018 (fragmento).
TEXTO II
Prático do porto de Fortaleza, Chico da Matilde teve
um importante papel no abolicionismo do Ceará ao liderar,
em 1881, seus companheiros jangadeiros que se recusaram
a embarcar os escravizados que seriam enviados às províncias
do Sul. O Ceará seria a primeira província brasileira a abolir
a escravidão, em 1884, quatro anos antes da assinatura da
Lei Áurea. Na ocasião, Chico da Matilde embarcou para
o Rio de Janeiro, junto com ele levou uma de suas jangadas,
nomeada Liberdade. A recepção e as comemorações
abolicionistas na Corte ajudaram a consolidar a alcunha
de Dragão do Mar.
BOUZADA, M. A. Em 1881, o Dragão do Mar impediu o
tráfico de escravos. Disponível em: www.bn.gov.br.
Acesso em: 8 nov. 2021 (adaptado).
As abordagens dos textos I e II se complementam por
ressaltarem que o fator essencial para o sucesso do
processo abolicionista no Brasil foi a
Vertigem e aceleração do tempo: essa seria a sensação
mais forte experimentada pelos homens e mulheres que
viviam ou circulavam pelas ruas do Rio de Janeiro na virada
do século XIX para o século XX. O mesmo sentimento estaria
presente nas principais cidades brasileiras, que recebiam
levas de imigrantes europeus que atravessavam o Atlântico
em busca do sonho de fazer a América. O progresso tudo
parecia arrebatar em sua corrida desenfreada. Marasmo:
assim, nas fazendas, nas vilas do interior e nos sertões
do país, essa mesma virada do século seria percebida.
Ali, nada parecia romper uma rotina secular, firmemente
alicerçada no privilégio, na inviolabilidade da vontade
senhorial dos coronéis.
NEVES, M. S. Os cenários da República: o Brasil na virada
do século XIX para o século XX. In: DELGADO, L. A. N.;
FERREIRA, J. L. (Org.). Brasil republicano: Estado,
sociedade civil e cultura política. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2003 (adaptado).
Os cenários descritos no texto, referentes à Primeira
República no Brasil, evidenciam a(s)
Para provar que os índios se encontram no estado de
barbárie, Sepúlveda vai utilizar a Historia general y natural
de las índias, na qual o índio americano era um ser um tanto
infra-humano. Para provar o contrário, Las Casas escreve
um novo tratado: La apologética historia, em que contraria
os vários argumentos de Sepúlveda para justificar a guerra
contra os índios. Aí, o índio é um homem como os outros
do universo, superior até em muitos aspectos.
MOURÃO, J. A. A guerra nas “apologias” de Sepúlveda e Las Casas.
Revista da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas,
n. 16, 2003 (adaptado).
No contexto da colonização americana, as narrativas
conflitantes de Sepúlveda e Las Casas expressam o
seguinte aspecto:
TEXTO I
Aquarela do Brasil
Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim
BARROSO, A. Rio de Janeiro: Odeon, 1939 (fragmento).
TEXTO II
Menestrel das Alagoas
Quem é esse que conhece
Alagoas e Gerais
E fala a língua do povo
Como ninguém fala mais?
Quem é esse?
De quem é essa ira santa
Essa saúde civil
Que tocando a ferida
Redescobre o Brasil?
Quem é esse peregrino
Que caminha sem parar
Quem é esse meu poeta
Que ninguém pode calar?
NASCIMENTO, M.; BRANT, F. Milton Nascimento ao vivo.
São Paulo: Barclay, 1983 (fragmento).
Os trechos pertencem a canções que se tornaram
emblemáticas, respectivamente, dos seguintes fatos
históricos:
TEXTO I
Aquarela do Brasil
Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim
BARROSO, A. Rio de Janeiro: Odeon, 1939 (fragmento).
TEXTO II
Menestrel das Alagoas
Quem é esse que conhece
Alagoas e Gerais
E fala a língua do povo
Como ninguém fala mais?
Quem é esse?
De quem é essa ira santa
Essa saúde civil
Que tocando a ferida
Redescobre o Brasil?
Quem é esse peregrino
Que caminha sem parar
Quem é esse meu poeta
Que ninguém pode calar?
NASCIMENTO, M.; BRANT, F. Milton Nascimento ao vivo.
São Paulo: Barclay, 1983 (fragmento).
Os trechos pertencem a canções que se tornaram emblemáticas, respectivamente, dos seguintes fatos históricos: