Questõesde Esamc sobre Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

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Esamc 2016 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Leia as informações:



(Imagem disponível em: http://professorlindomar.blogspot.com.br/ 2010/03/lisistrata-guerra-do-sexo.html. Acesso em: 11 ago. 2016, às 17h30.)


    Atenas e uma coalisão de cidades-Estado gregas, lideradas por Esparta, estavam em guerra havia anos, e as mulheres estavam cansadas daquilo. Elas queriam seus maridos e filhos de volta. Então, a ateniense Lisístrata bolou um plano: as mulheres se negariam a fazer sexo com seus maridos até eles acabarem com a guerra.


(KICK, Russ (org.). Cânone gráfico – volume 1. SP: Barricada, 2014, p. 62.)


A peça do dramaturgo grego Aristófanes, Lisístrata, tem como pano de fundo a série de guerras que opuseram as coalisões lideradas por Atenas e Esparta, durante o chamado Período Clássico da história grega, entre os anos de 431 e 404 a.C. Assinale a alternativa na qual aparecem, respectivamente, o nome do conjunto de guerras e uma de suas principais motivações.

A
Guerra do Peloponeso – Disputa pelo controle político sobre a Grécia.
B
Guerras Médicas – Disputa pelo domínio sobre o comércio do mar Egeu.
C
Guerras Púnicas – Disputa pelo controle político sobre o Norte da África.
D
Guerra do Peloponeso – Disputa pelos territórios pertencentes aos Persas.
E
Guerras Médicas – Disputa pelo controle político sobre a Grécia.
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Esamc 2015 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Leia os fragmentos abaixo:


O que muitos cristãos parecem procurar é o martírio. Muitos governadores de províncias, quando recebem cristãos, fornecem a eles todas as oportunidades para se conformarem com os mais básicos requisitos do Estado – uma oferenda de incenso para o gênio do imperador, por exemplo – mas muitas vezes têm sido repelidos com repetidas manifestações de fé. Os governadores relutam, mas no final são obrigados a expor esses fanáticos às feras e ao martírio. Talvez seja isso o que torna a religião cristã tão atraente para alguns. Acima de tudo, eles seguem os preceitos de um fazedor de milagres que foi, ele próprio, crucificado como um criminoso.
(LAURENCE, Ray. Guia do Viajante Pelo Mundo Antigo – Roma no ano 300 d.C. SP: Ciranda Cultural, 2008, p. 31.)


Os cristãos mataram muçulmanos nas Cruzadas. Os cristãos mataram judeus em muitos massacres. Enquanto isso, outra dimensão foi adicionada: os cristãos começaram a matar companheiros cristãos acusados de “hereges”. [...] Em Alexandria, em 415, a grande cientista Hypatia, chefe da Biblioteca de Alexandria, foi espancada até a morte pelos monges e outros seguidores de São Cirilo, que viam a ciência dela muito como a Igreja, mais tarde, veria a de Galileu.
(HAUGHT, James A. Perseguições Religiosas – Uma história do fanatismo e dos crimes religiosos. RJ: Ediouro, 2003, p. 53.)


A relação entre os excertos pode ser encontrada em:

A
Desde os tempos do Império Romano, os cientistas eram alvo de perseguições, porém, com o fortalecimento do catolicismo, os cientistas cristãos de perseguidos tornaram-se perseguidores.
B
As perseguições aos cristãos no Império Romano apresentavam um caráter religioso, enquanto as praticadas pelo catolicismo medieval procuravam eliminar cientistas que contestavam seu poder, independentemente de sua religião.
C
Os cristãos do Império Romano foram perseguidos por não aceitarem a divindade dos imperadores, enquanto os professantes de religiões não católicas por defenderem a racionalização do pensamento a partir da Idade Média.
D
As perseguições a religiões diferentes da do Estado ocorrem desde os tempos do Império Romano, chegando ao seu auge a partir da ascensão de católicos aos mais altos cargos políticos na Europa Medieval.
E
De perseguidos pelo Império Romano, por suas concepções religiosas, os cristãos passaram a perseguidores e, com o fortalecimento do catolicismo, cristãos não católicos também foram por ele perseguidos.
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Esamc 2018 - História - Medievalidade Europeia, História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Leia os excertos para responder à questão:

O sistema gentílico estava fadado a durar pouco. [...] A transformação devia-se a dois fatores:
I. A produção não crescia proporcionalmente à população, devido às técnicas rudimentares, advindo então a queda da renda familiar, provocando descontentamento;
II. O genos passou a dividir-se em famílias menores, enfraquecendo-se; filhos mais novos e bastardos protestavam contra a vida difícil; cada um trabalhava com menos estímulo e mais exigência na divisão dos produtos.
(Grécia Antiga. Disponível em: https://www.mundovestibular.com.br/ articles/529/2/GRECIA-ANTIGA/Paacutegina2.html. Acesso em: 18 ago. 2018, às 08h00.)


A expansão demográfica promove o desequilíbrio na oferta e demanda de alimentos. A primitiva e ineficiente produção agrícola feudal não consegue suprir as necessidades de uma sociedade em expansão. Surge, no interior dos feudos, o excedente populacional. Dada a insuficiência de recursos para prover o excedente populacional, inicia-se o processo de marginalização social. Os senhores feudais expulsam de suas terras a população excedente.
(Baixa Idade Média. Disponível em: https://portaldoestudante.wordpress.com/ 2011/07/08/baixa-idade-media-crescimento-demografico/.
Acesso em: 18 ago. 2018, às 08h30.)

Os fragmentos tratam dos processos de desagregação das comunidades gentílicas, na Grécia Antiga, e dos feudos, na Idade Média europeia. Assinale a alternativa que mais bem representa a relação entre os processos

A
Em ambos os casos, o aumento populacional não foi acompanhado pelo crescimento da produção, provocando a marginalização de parte da população.
B
Ao contrário dos genos, os feudos se desagregaram por fatores internos, principalmente a falta de alimentos para a crescente população.
C
Não existe relação entre os processos, uma vez que a organização dos dois modelos de sociedade foi radicalmente diferente.
D
Ao contrário dos feudos, os genos se desagregaram por problemas internos, como o aumento populacional, não acompanhado pelo aumento da produção.
E
Em ambos os casos, a produção era suficiente para abastecer a população, mas, por ter sido apropriada pelas elites, causou uma marginalização social.
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Esamc 2018 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Atente para o fragmento:

Onde exatamente começou a democracia? A maioria das pessoas responde: na cidade de Atenas, há muito tempo. Parece convincente, como se poderia esperar de uma resposta alimentada por um mito fundador com raízes profundas que retrocedem ao século XIX. [...] E aqui termina a lenda: ela reafirma como a coragem e o gênio fizeram Atenas ganhar a reputação de ser o lugar de nascimento da democracia, de ser responsável por dar asas a ela, libertando-a assim para voar através de calmarias e tempestades, a fim de entregar suas dádivas à posteridade, em todos os quatro cantos da Terra. [...] Seus inícios, nessa cidade, [...] ilustram uma verdade inconveniente: exceto em um número mínimo de casos, a democracia nunca foi construída democraticamente.
(KEANE, John. Vida e morte da democracia. SP: 70/Almedina, 2010, p. 35-36.)


De acordo com o conteúdo do fragmento e com o processo de implantação do sistema democrático em Atenas, assinale a alternativa que mais bem representa o ponto de vista defendido pelo autor.

A
Com a implantação da democracia em Atenas, a maior parte da população teve direito à participação política. Apesar disto, o processo que culminou com o sistema, foi imposto pelas elites, não sendo, de fato, democrático.
B
A evolução política de Atenas levou à democracia, após várias etapas de governo marcadas por sangrentos combates. Uma vez adotada, a maior parte da população da cidade, contudo, não obteve direito à participação política.
C
A democracia ateniense não foi a primeira a ser alcançada, tendo sido inspirada em modelos anteriormente utilizados por outras cidades gregas, como Tebas e Corinto.
D
O modelo democrático de Atenas, proposto por Sólon, pretendia conter as revoltas sociais que abalavam a cidade. Por ter sido implantado por um membro da elite, não pode ser considerado democrático.
E
Por ser um modelo de governo que excluía a maioria da população da participação política, a democracia ateniense foi adotada por grande parte das cidades da Grécia, garantindo o controle das elites.
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Esamc 2019 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Leia o fragmento, extraído do famoso discurso do governante ateniense Péricles (494 a.C. – 429 a.C.) e reproduzido na obra de Tucídides, para os soldados da cidade antes de uma batalha da Guerra do Peloponeso, que opôs os aliados de Atenas aos de Esparta:

[...] quanto às cidades de nossa confederação, restituir-lhes-emos a independência se elas eram independentes quando concluímos a paz, e logo que os lacedemônios, de sua parte, concederem às suas cidades aliadas o direito de ser independentes de forma condizente não com os interesses dos lacedemônios, mas com os desejos de cada cidade isoladamente; quanto à arbitragem, estamos prontos a submeter-nos a ela de acordo com o tratado, e não tomaremos a iniciativa da guerra, mas nos defenderemos contra aqueles que o fizerem.

(TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UNB, 1987, p. 87-88.)

O texto aponta para a existência de ligas entre as cidades gregas, durante a Guerra do Peloponeso. Enquanto ocorriam os conflitos, Atenas vivia o auge de sua experiência democrática.

Assinale a alternativa na qual aparece a contradição entre teoria e prática dos atenienses no período retratado, associando ao mundo atual.

A
Apesar de apresentar Atenas como uma nação contrária à guerra, Péricles foi o iniciador da Guerra do Peloponeso, ao buscar o controle sobre toda a Grécia, semelhante a países atuais que pregam a paz mas continuam a estimular conflitos pelo mundo.
B
Mesmo após a vitória sobre Esparta na Guerra do Peloponeso, Atenas manteve a Liga de Delos, caracterizada pela imposição de suas determinações, semelhante à manutenção da Otan após o final da Guerra Fria e a consequente derrota do bloco soviético.
C
Apesar de democrática na organização política, ao manter a Liga de Delos, mesmo após a vitória sobre os persas, Atenas se apresenta como uma nação imperialista, contrariando o conceito de autodeterminação, prática muito comum no mundo contemporâneo.
D
Péricles afirma que Atenas não tomará a iniciativa da guerra, mas se defenderá caso seja atacada, o que contraria o fato de os atenienses terem iniciado a Guerra do Peloponeso, discurso parecido com o de potências atuais que invadem outros países em nome da manutenção da paz.
E
A democracia ateniense, por si só, já apresentava uma contradição, uma vez que mulheres, escravos e estrangeiros estavam proibidos de participarem da política, semelhante à democracia atual, na qual, apesar de a teoria dizer o contrário, a maior parte da população é proibida de participar da política.
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Esamc 2014 - História - Medievalidade Europeia, História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Leia o excerto:


No ano de 476, o general godo Odoacro, o Rúgio, depôs o último imperador do Ocidente e a Itália tornou-se um reino bárbaro. [...] Embora perseguissem interesses próprios, os reis bárbaros da Itália governaram, pelo menos no começo, em nome do imperador, que vivia em Constantinopla, mantiveram e respeitaram o senado e chegaram a aceitar o título honorífico de “Patrício de Roma”. Mesmo Teodorico, o feroz sucessor de Odoacro, [...] aceitou e explorou a ficção do império, adotando a vestimenta romana e a efígie do imperador no cunho de suas moedas. Os reis godos estabeleceram-se em Ravena, a antiga capital do império do Ocidente na costa do Adriático, de modo que o glamour de Roma persistiu. Como declarou o próprio Teodorico, “Todo godo, quando pode, quer ser romano: nenhum romano quer ser godo”.
(DUFFY, Eamon. . Santos & Pecadores – história dos papas SP: Cosac &Naify, 1998, p. 37.)


A análise do fragmento nos permite concluir que:

A
mesmo após ter tido seu território conquistado, o Império Romano conseguiu manter em funcionamento todas as suas instituições políticas.
B
a violência dos reis bárbaros que conquistaram Roma provocou a extinção da maior parte dos padrões culturais e políticos do Império.
C
a transformação da Itália em um reino bárbaro, com a fusão de culturas entre conquistados e conquistadores, garantiu a preservação da cultura romana.
D
a influência cultural romana não se deu apenas sobre os povos conquistados, mas também sobre os que conquistaram o Império.
E
a submissão dos reis bárbaros à política de Constantinopla foi a causa fundamental para a preservação do império do Oriente.
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Esamc 2014 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas mulheres e crianças. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate, os exortam a defender contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto, pois nenhum destes romanos possui nem altar de família, nem sepultura de ancestral. É para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais pretensos senhores do mundo, que não possuem sequer um torrão de terra.

(PLUTARCO DE QUERONEIA.Tibério Graco. In____PINSKY, Jaime.100 textos de História Antiga. SP: Contexto, 1991, p.20.)


Durante a República Romana, os irmãos Tibério e, seu sucessor como Tribuno, Caio Graco elaboraram propostas que visavam reduzir a crise social de Roma.


Tomando por base as informações acima e o trecho retirado do discurso do Tribuno da Plebe, Tibério Graco, assinale a alternativa na qual aparecem algumas das propostas dos irmãos.

A
Eliminação da propriedade privada da terra, transformando as terras produtivas da República em bens de utilidade pública, como forma de eliminar a fome do povo romano.
B
Distribuição de terra para plebeus soldados, redução dos preços do trigo para pessoas mais pobres e realização de espetáculos circenses, política conhecida como Pão e Circo.
C
Redução do tamanho dos latifúndios e assentamento de plebeus, promovendo uma reforma agrária, e redução dos preços do trigo para cidadãos mais pobres.
D
Construção de casas populares, que seriam vendidas a preços baixos para as parcelas mais pobres da população, distribuição regular de trigo para a plebe e estatização de todas as terras.
E
Reforma agrária, fim do pagamento de impostos para a plebe, aumento dos salários dos plebeus soldados e realização de espetáculos circenses gratuitos, o Pão e Circo.
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Esamc 2015 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Leia as informações:



(A morte de Júlio CésarObra de Vincenzo Camuccini (1804-05). Imagem disponível em: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cesar-sa_mort.jpg. Acesso em: 30 jan. 2015 às 11h30.)


Ei! Júlio César

Vê se não vai ao senado

Já sabem do teu plano

Para controlar o Estado

(Al Capone. Música de Raul Seixas, do álbum Krig-Ha-Bandolo, de 1973.)


-Quando você vai aprender que os homens são sempre homens? – disse Casca, apunhalando a nuca de César.

 Cássio foi o segundo a atacar, depois Marco o golpeou. O punhal resvalou na toga de César, ficando espetado.

 César lutou para se manter de pé, mas caímos sobre ele.

-Este é por Pompeu...

-Ditador vitalício...

-Tirano...

-Pelo meu irmão...

Seus olhos encontraram os meus. Por um instante, horror e censura encheram o teatro.

-Até você, Bruto, meu filho?

(MASSIE, Allan. César. RJ: Ediouro, 1993, p. 275.)


Assinale a alternativa na qual aparece o “plano para controlar o Estado”, citado na canção, que levou o Senado romano a tramar a morte de Júlio César em 44 a.C.

A
César defendia a redução da interferência do Senado nas questões políticas de Roma, exigindo que lhe fosse concedido o cargo de Cônsul vitalício, o que abriria caminho para a implantação de sua Ditadura.
B
Ao exigir que seu filho com a rainha egípcia Cleópatra fosse coroado Rei de Roma, César desagradou seu filho adotivo Bruto, um dos maiores conspiradores de seu assassinato.
C
Após eliminar seus maiores adversários políticos, como por exemplo Pompeu, César tentou criar o Triunvirato, o que lhe garantiria o poder sobre o Exército e sobre o Senado.
D
Ao se proclamar Ditador Perpétuo de Roma, sem a aprovação do Senado, mas com apoio popular, César reduziu significativamente o poder dos senadores, o que levou à sua morte.
E
César pretendia conseguir a aprovação da vitaliciedade de seu cargo de Ditador, o que provocaria a submissão do Senado ao seu poder e possibilitaria a eliminação da República Romana.