Questõesde UERJ sobre Urbanização brasileira

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Foram encontradas 14 questões
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UERJ 2018 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira


A história da Maré começa nos anos 40. No final dessa década, já havia palafitas – barracos de madeira sobre a lama e a água. Surgem as comunidades da Baixa do Sapateiro, Parque Maré e Morro do Timbau – este em terra firme. A construção da avenida Brasil, concluída em 1946, foi determinante para a ocupação da área, que prosseguiu pela década de 50. Nos anos 60, um novo fluxo de ocupação teve início, quando moradores da Praia do Pinto, Morro da Formiga, Favela do Esqueleto e desabrigados das margens do rio Faria-Timbó foram transferidos para moradias “provisórias” construídas na Maré. O início dos anos 80, quando a Maré das palafitas era símbolo da miséria nacional, marca a primeira grande intervenção do governo federal: o Projeto Rio, que previa o aterramento e a transferência dos moradores das palafitas para construções pré-fabricadas. Em 1988, foi criada a 30ª Região Administrativa (R.A.), abarcando a área da Maré. A primeira R.A. da cidade a se instalar numa favela marcou seu reconhecimento como um bairro.

Adaptado de museudamare.org.br.


Composta hoje por 16 comunidades, a Maré é o maior complexo de favelas do Rio de Janeiro. Sua história, em parte, está relacionada com as transformacões na cidade entre meados do século XX e o momento atual.

Considerando tais transformações, a análise das fotos e do texto permite concluir que a história da Maré é marcada pelo seguinte processo urbano:

A
estabilização das políticas públicas em regiões insalubres
B
integração das vias de transporte em logradouros periféricos
C
expansão de habitações populares em espaços desvalorizados
D
manutenção de obras de recuperação em ambientes degradados
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UERJ 2015 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

No início do século XXI, as favelas da cidade do Rio de Janeiro não são apenas distintas daquelas existentes há cinquenta anos, como também apresentam diferenças internas que foram constituídas ao longo do tempo e de sua expansão espacial. No entanto, a visão homogeneizante, que considera “iguais” todas as favelas, ainda está presente no senso comum – e também nas práticas de alguns agentes do setor público. Trata-se de uma visão que não dá conta da complexa dinâmica socioespacial das favelas cariocas e deve, portanto, ser revista.

Gerônimo Leitão
Adaptado de observatoriodefavelas.org.br.

Uma característica socioespacial presente no conjunto das favelas cariocas e que contribui para o tipo de visão a que o autor do texto faz referência é:

A
densidade elevada de habitações
B
valorização semelhante dos imóveis
C
sociabilidade reduzida de moradores
D
topografia acidentada dos assentamentos
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UERJ 2015 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

              

Avenida Central, Rio de Janeiro, inaugurada em 1904.          Palácio Monroe, Rio de Janeiro, inaugurado em 1906.

produto.mercadolivre.com.br                                 pt.wikipedia.org


O cartão-postal é o melhor veículo de propaganda e reclame de que podem dispor os homens, as empresas, a indústria, o comércio e as nações. 

Olavo Bilac

A cartophilia, 15/06/1904.


A frase de Olavo Bilac assinala a ampliação da produção de cartões-postais no início do século XX, que animou colecionadores e o trabalho de editores, fotógrafos e gravuristas.
As imagens dos cartões do Rio de Janeiro, capital brasileira naquele momento, associaram-se à propaganda das ações governamentais indicadas em: 

A
modernização e progresso material de espaços públicos
B
planejamento e racionalização do crescimento urbano
C
valorização e preservação dos monumentos arquitetônicos
D
remodelamento e expansão das vias de transportes coletivos
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UERJ 2015 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

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Ponte Rio-Niterói: 40 anos


A Rio-Niterói começou a ser erguida em dezembro de 1968, nove dias antes da edição do AI-5, e só foi concluída no dia 4 de março de 1974. No começo, a Ponte era uma via de 13,2 quilômetros, construída pelos militares para ligar dois trechos da BR-101. No primeiro ano, atingiu a marca de 20 mil veículos por dia. Hoje, quando o movimento diário já ultrapassa os 150 mil veículos, seus operadores preferem vê-la como uma grande rua unindo duas cidades. Talvez seja essa a mesma impressão dos usuários, que, nos horários de pico, levam quase o mesmo tempo para atravessá-la que seus antepassados que usavam barcaças.

Adaptado de infograficos.oglobo.globo.com, 2014.

Por sua história e seus usos atuais, a Ponte Rio-Niterói sinaliza algumas das mudanças que afetaram a sociedade brasileira a partir da década de 1960.
A principal função da Ponte no momento de sua inauguração e uma problemática que ela evidencia hoje, respectivamente, são:

A
favorecer o progresso industrial – incremento da poluição urbana
B
possibilitar a conexão de rodovias – saturação de fluxos intermunicipais
C
promover a substituição de vias ferroviárias – deterioração das zonas portuárias
D
garantir a nacionalização do transporte público – privatização da administração das rotas
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UERJ 2014, UERJ 2014, UERJ 2014 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

O problema habitacional na cidade do Rio de Janeiro é antigo, com alguns de seus efeitos mantendo-se há mais de um século, como o tipo de moradia popular retratado nas imagens.


Uma causa econômica e um resultado socioespacial, associados diretamente à expansão desse tipo de moradia ao longo do século XX, são:

A
mercantilização do solo urbano − segregação
B
fortalecimento do comércio informal − verticalização
C
crescimento do trabalho assalariado − suburbanização
D
redução do financiamento habitacional − periferização
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UERJ 2019 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

MUITA GENTE SEM CASA, MUITA CASA SEM GENTE

A Constituição de 1988 e o Estatuto da Cidade de 2001 contemplam a função social da cidade. O problema é que, com a desindustrialização das metrópoles, a cidade deixou de ser o lugar de produção de bens e virou o próprio objeto da produção econômica. Em consequência dessa mudança, o número de imóveis vazios supera e muito o de famílias com problemas de moradia, como indicam os gráficos abaixo.



A contradição apresentada no texto e nos gráficos deve-se ao fato de que o espaço urbano possui, simultaneamente, os seguintes atributos:

A
valor de uso e valor de troca
B
patrimônio cultural e patrimônio individual
C
estrutura unicêntrica e estrutura policêntrica
D
território de circulação e território de resistência
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UERJ 2018 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

A cidade dos sonhos do arquiteto Le Corbusier teve enorme impacto em nossas cidades. Ele procurou fazer do planejamento para automóveis um elemento essencial do seu projeto. Traçou grandes artérias de mão única para trânsito expresso. Reduziu o número de ruas porque “os cruzamentos são inimigos do tráfego”. Manteve os pedestres fora das ruas e dentro dos parques. Essa visão deu enorme impulso aos defensores do zoneamento urbano e dos conceitos de superquadra. Não importava quão vulgar ou acanhado fosse o projeto, quão árido ou inútil o espaço, quão monótona fosse a vista, a imitação de Le Corbusier gritava: “Olhem o que eu fiz!”.

Adaptado de JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.


O texto expressa a crítica de Jane Jacobs a um modelo urbanístico importante ao longo do século XX. A escritora defendia a mistura de usos no espaço urbano de forma a valorizá-lo e a fortalecer o convívio.


A cidade que apresenta o predomínio do padrão urbano criticado por Jane Jacobs é:

A
Brasília
B
Curitiba
C
São Paulo
D
Belo Horizonte
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UERJ 2018 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira


A história da Maré começa nos anos 40. No final dessa década, já havia palafitas – barracos de madeira sobre a lama e a água. Surgem as comunidades da Baixa do Sapateiro, Parque Maré e Morro do Timbau – este em terra firme. A construção da avenida Brasil, concluída em 1946, foi determinante para a ocupação da área, que prosseguiu pela década de 50. Nos anos 60, um novo fluxo de ocupação teve início, quando moradores da Praia do Pinto, Morro da Formiga, Favela do Esqueleto e desabrigados das margens do rio Faria-Timbó foram transferidos para moradias “provisórias” construídas na Maré. O início dos anos 80, quando a Maré das palafitas era símbolo da miséria nacional, marca a primeira grande intervenção do governo federal: o Projeto Rio, que previa o aterramento e a transferência dos moradores das palafitas para construções pré-fabricadas. Em 1988, foi criada a 30ª Região Administrativa (R.A.), abarcando a área da Maré. A primeira R.A. da cidade a se instalar numa favela marcou seu reconhecimento como um bairro.

                                                                        Adaptado de museudamare.org.br. 


Composta hoje por 16 comunidades, a Maré é o maior complexo de favelas do Rio de Janeiro. Sua história, em parte, está relacionada com as transformações na cidade entre meados do século XX e o momento atual.


Considerando tais transformações, a análise das fotos e do texto permite concluir que a história da Maré é marcada pelo seguinte processo urbano: 

A
estabilização das políticas públicas em regiões insalubres
B
integração das vias de transporte em logradouros periféricos
C
expansão de habitações populares em espaços desvalorizados
D
manutenção de obras de recuperação em ambientes degradados
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UERJ 2016 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

A análise do mapa e dos dados aponta tanto para aspectos sociais que se modificaram quanto para aqueles que permaneceram, no que diz respeito a bairros e regiões do município do Rio de Janeiro.
Um dos aspectos que explica a situação das regiões administrativas com os mais baixos índices de progresso social é:


O Índice de Progresso Social (IPS) varia de 0 a 100 e é calculado levando em consideração 36 indicadores. Entre eles, estão acesso a esgoto sanitário e água canalizada, mobilidade, taxa de homicídios, incidência de dengue, mortalidade por tuberculose e HIV, homicídios de jovens negros e frequência no ensino superior. Não são levadas em conta variáveis econômicas, como renda. Segundo Sérgio Bessermann, presidente do Instituto Pereira Passos, o índice é uma ferramenta que ajuda a acompanhar as mudanças e a direcionar as políticas de governo.

Adaptado de O Globo, 17/05/2016

A
redução da rede de saneamento básico
B
desigualdade no acesso a vias de transporte
C
redistribuição da força de segurança pública
D
uniformização na oferta de assistência hospitalar
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UERJ 2010 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira, Hierarquia urbana

A avenida Presidente Vargas, inaugurada em 7 de setembro de 1944, existe graças à demolição de mais de 500 edificações nas quadras compreendidas entre a rua General Câmara e a rua de São Pedro; estas duas ruas passaram a constituir as pistas laterais (lados ímpar e par, respectivamente), enquanto a pista central ocupa o lugar das quadras demolidas.
                                                                                                               Adaptado de www.skyscrapercity.com


A abertura da avenida Presidente Vargas foi uma das principais obras realizadas na cidade do Rio de Janeiro durante a gestão do prefeito Henrique Dodsworth, de 1937 a 1945.

No contexto da época, essa obra tinha como principal objetivo:

A
valorização imobiliária de regiões favelizadas
B
integração das redes rodoviária e ferroviária urbanas
C
ampliação dos acessos entre as zonas central e norte
D
modernização da infraestrutura habitacional da área portuária
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UERJ 2015, UERJ 2015, UERJ 2015 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

No início do século XXI, as favelas da cidade do Rio de Janeiro não são apenas distintas daquelas existentes há cinquenta anos, como também apresentam diferenças internas que foram constituídas ao longo do tempo e de sua expansão espacial. No entanto, a visão homogeneizante, que considera “iguais” todas as favelas, ainda está presente no senso comum – e também nas práticas de alguns agentes do setor público. Trata-se de uma visão que não dá conta da complexa dinâmica socioespacial das favelas cariocas e deve, portanto, ser revista.

Gerônimo Leitão

Adaptado de observatoriodefavelas.org.br.

Uma característica socioespacial presente no conjunto das favelas cariocas e que contribui para o tipo de visão a que o autor do texto faz referência é:

A
densidade elevada de habitações
B
valorização semelhante dos imóveis
C
sociabilidade reduzida de moradores
D
topografia acidentada dos assentamentos
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EM NOVA YORk, HABITAÇÃO SOCIAL VIVE O “BOOM” DAS RENDAS MISTAS

“50-30-20” é um termo quente na cidade norte-americana de Nova York hoje em dia.É também o apelido dos imóveis financiados pela prefeitura que miram a integração das rendas mistas na habitação. Nesse modelo de empreendimento, 50% do total de unidades de cada prédio são ocupadas por famílias de classe média, 30% por moradores de classe média-baixa, e 20% destinam-se à baixa renda. O presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional de Nova York, Marc Jahr, afirma que a instituição já financiou e construiu quase 8 mil apartamentos nesse modelo:“Acreditamos que prédios com rendas mistas e bairros com economias diversas são pilares de comunidades estáveis”.

Adaptado de prefeitura.sp.gov.br.


O Estado é um agente fundamental na produção do espaço, pois suas ações interferem deforma acentuada sobre a dinâmica e a organização das cidades.

A principal finalidade de uma política pública como a relatada no texto é:

A
reduzir a segregação espacial
B
elevar a arrecadação municipal
C
favorecer a atividade comercial
D
desconcentrar a população urbana
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UERJ 2012 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

Os textos referem-se a duas transformações na cidade do Rio de Janeiro nos últimos sessenta anos: a construção do viaduto da Perimetral, na década de 1950, e, na atualidade, sua demolição parcial, prevista nas obras do projeto Porto Maravilha.

Esses dois momentos evidenciam a seguinte mudança nas políticas de planejamento urbano:

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A
interação entre ocupação fabril e modernização dos serviços
B
integração entre equilíbrio ambiental e ampliação dos espaços públicos
C
compatibilização entre controle da poluição e redução das estruturas viárias
D
equiparação entre desenvolvimento do setor de serviços e expansão das áreas de lazer
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UERJ 2009 - Geografia - Urbanização, Urbanização brasileira

O Rio é a cidade paradoxal. A cinquenta metros do Teatro Municipal, a vinte metros do Palácio das Belas Artes, a quinze metros de uma grandiosa biblioteca e do Supremo Tribunal de Justiça, podem-se ver as cabras pastando na encosta do Morro do Castelo.

O momento presente é de ação, porque o essencial é dar à cidade o asseio indispensável, terminar as obras de embelezamento desta cidade na qual a natureza encarregou-se de formar o quadro mais lindo que seria possível imaginar-se; e pôr em prática outros melhoramentos que permitam melhorar o que a arte humana não tem conseguido pôr à altura da beleza natural.

Entre 1900 e 1930, a cidade do Rio de Janeiro sofreu reformas urbanas e ações de intervenção promovidas pela administração municipal, dentre as quais se destacou o arrasamento do Morro do Castelo, na gestão do prefeito Carlos Sampaio.

Com base na análise dos textos, a realização do arrasamento atendia à seguinte diretriz de governo:

A
planejamento de espaços populares, integrando-os à área central
B
expansão da rede de transportes, articulando-a à região metropolitana
C
racionalização da ocupação urbana, subordinando-a às condições ambientais
D
modernização de logradouros públicos, adequando-os às propostas sanitaristas