Questõessobre Filosofia
A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio. Ela é procurada por quem quer escapar
ao processo de trabalho mecanizado para se pôr de novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao mesmo tempo,
a mecanização atingiu um tal poderio sobre a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão
profundamente a fabricação das mercadorias destinadas à diversão que essa pessoa não pode mais perceber outra
coisa senão as cópias que reproduzem o próprio processo de trabalho.
ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
No texto, o tempo livre é concebido como
Eu poderia concluir que a raiva é um pensamento, que
estar com raiva é pensar que alguém é detestável, e que
esse pensamento, como todos os outros — assim como
Descartes o mostrou —, não poderia residir em nenhum
fragmento de matéria. A raiva seria, portanto, espírito.
Porém, quando me volto para minha própria experiência
da raiva, devo confessar que ela não estava fora do meu
corpo, mas inexplicavelmente nele.
MERLEAU-PONTY, M. Quinta conversa: o homem visto de fora.
São Paulo: Martins Fontes, 1948 (adaptado).
No que se refere ao problema do corpo, a filosofia cartesiana
apresenta-se como contraponto ao entendimento expresso
no texto por
Excerto 1
Quase todos estão de acordo que a felicidade é o maior de
todos os bens que se pode alcançar pela ação; diferem, porém,
quanto ao que seja a felicidade. A julgar pela vida que os homens levam em geral, a maioria deles, e os homens de tipo mais
vulgar, parecem identificar o bem ou a felicidade com o prazer,
e por isso amam a vida dos gozos.
(Adaptado de: Aristóteles. Ética a Nicomaco, Livro I, seções 4 e 5.)
Excerto 2
O conhecimento seguro dos desejos leva a direcionar toda a escolha e toda recusa para a saúde do corpo e para a serenidade
do espírito, visto que essa é a finalidade da vida feliz. O prazer
é o início e o fim de uma vida feliz. Embora o prazer seja nosso
primeiro bem inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer.
(Adaptado de: Epicuro. Carta sobre a felicidade. São Paulo: Editora UNESP, p. 35-37,
2002.)
Considerando os excertos dos filósofos gregos Aristóteles e Epicuro, ambos do século IV a.C., é possível afirmar que
Analise o seguinte argumento.
Se um grande número de As foi observado sob ampla variedade de condições, e se todos esses As
observados possuíam, sem exceção, a propriedade B, então todos os As têm a propriedade B.
Tome-se como exemplo para o enunciado acima o ponto de ebulição da água. Sempre que observamos a
água ferver (A), isso aconteceu a 100 graus centígrados (propriedade B). Portanto, pode-se concluir que
a água (A), e, qualquer água encontrada na terra, ferve a 100 graus centígrados (propriedade B).
https://filosofianaescola.com/logica/argumento-indutivo
Como é classificado esse tipo de argumento?
Analise o seguinte argumento.
Se um grande número de As foi observado sob ampla variedade de condições, e se todos esses As observados possuíam, sem exceção, a propriedade B, então todos os As têm a propriedade B.
Tome-se como exemplo para o enunciado acima o ponto de ebulição da água. Sempre que observamos a água ferver (A), isso aconteceu a 100 graus centígrados (propriedade B). Portanto, pode-se concluir que a água (A), e, qualquer água encontrada na terra, ferve a 100 graus centígrados (propriedade B).
https://filosofianaescola.com/logica/argumento-indutivo
A naturalização da vida moral ocorre quando não notamos a origem cultural dos valores morais, do senso
moral e da consciência moral porque somos educados para eles e neles, como se fossem naturais ou
fáticos existentes em si por si mesmo. Isso acontece porque, para garantir a manutenção dos padrões
morais através do tempo e sua continuidade de geração a geração, as sociedades tendem a naturalizá-la,
isto é, a fazer com que sejam seguidos e respeitados como se fosse uma segunda natureza.
https://brainly.com.br/tarefa/1416322
Quando os valores são naturalizados em uma sociedade e perdemos a origem deles, temos dificuldade
para
Tradicionalmente, costuma-se definir conhecimento como o modo pelo qual o sujeito se apropria do objeto
pelos sentidos e pela razão. E para compreender o mundo, a razão vai além das informações concretas e
imediatas dos sentidos.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2013,
Sentidos e razão se apoderam dos objetos, respectivamente, por
Uma ideologia não nasce do nada, nem repousa no vazio, mas exprime, de maneira invertida, dissimulada e
imaginária, a práxis social e histórica concreta. Isso se aplica à ideologia democrática. Em outras palavras,
há, na prática democrática e nas ideias democráticas, uma profundidade e uma verdade muito maiores e
superiores ao que a ideologia democrática pertence e deixa perceber.
O que significam as eleições? Muito mais do que mera rotatividade de governo ou alternância no poder.
Simbolizam o essencial da democracia: que o poder não se identifica com os ocupantes do governo, não lhes
pertence, mas é sempre um lugar vazio, que o cidadão, periodicamente, preenche com um representante,
podendo revogar seu mandato se não cumprir o que lhe foi delegado para representar.
CHAUI, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2007.
Podem-se relacionar as palavras da filósofa ao quadro político brasileiro, de forma crítica. Uma das ideologias
no Brasil possibilita a dissimulação da prática política porque procura legitimar para o cidadão que o poder é
O silogismo determina um argumento, formado por três proposições que estão interligadas. Na filosofia, o
silogismo é uma doutrina pertencente à lógica aristotélica e que organiza a forma de pensar. Aristóteles (384
a.C.-322 a.C.) utilizou esse método nos estudos da argumentação lógica.
Vejamos exemplo de um silogismo.
• Todo brasileiro é sul-americano.
• Todo nordestino é brasileiro.
• Logo, todo nordestino é sul-americano.
https://www.todamateria.com.br/silogismo
Como é classificado esse tipo de silogismo?
Leia esta breve reflexão conceitual.
O que é cultura? Cultura tem vários significados, como cultura da terra ou cultura de uma pessoa letrada,
“culta”. Em antropologia, cultura significa tudo o que o ser humano produz ao construir sua existência:
as práticas, as teorias, as instituições, os valores materiais e espirituais. Se o contato com o mundo é
intermediado pelo símbolo, a cultura é o conjunto de símbolos elaborados por um povo.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2013, p. 37
Considerando a definição de cultura da perspectiva antropológica, não se pode naturalizá-la porque a
cultura é
O século XVIII da história humana foi marcado por grandes revoluções, entre elas a francesa. Foi um século
de muitas dúvidas e novas conquistas para o conhecimento humano. Nesse período, duas correntes de
pensamento sobre o conhecimento, denominadas racionalismo e empirismo, se colocavam como detentoras
da verdade sobre o conhecimento, o que levou os pensadores a refletirem sobre o problema.
Essa teoria do século XVIII que juntou racionalismo e empirismo é conhecida como
A relação filosofia e tecnologia, ainda que seja um tema de reflexão que já ocorre há muito tempo, tem tomado
espaço cada vez maior no mundo todo, devido ao gigantesco avanço da tecnologia, principalmente, pela maior
dependência da humanidade em relação às ferramentas tecnológicas.
CUPANI, Alberto. Filosofia da Tecnologia. Um convite. Florianópolis: Editora da UFSC, 2016.
A relação filosofia e tecnologia exige que aquela assuma para si como desafio a (o)
Em sua obra "O Ser e o Nada", o filósofo francês Jean Paul Sartre (1905 -1980) trata da condição
humana, mais precisamente, da liberdade.
Para o referido filósofo, o homem, pela sua condição de ser homem, é ser livre e, portanto, ele, o
homem, é fruto de sua liberdade porque, no seu dia a dia, escolhe as ações que fará. Dessa forma, a
liberdade não é uma conquista humana, mas é uma condição da própria existência dele, do homem.
Explica o filósofo que “Com efeito, sou um existente que aprende sua liberdade através de seus atos;
mas sou também um existente cuja existência individual e única temporaliza-se como liberdade [...]
Assim, minha liberdade está perpetuamente em questão em meu ser; não se trata de uma qualidade
sobreposta ou uma propriedade de minha natureza; é bem precisamente a textura de meu ser.”
Jean-Paul Sartre. Ser e o Nada. (Adaptado)
De acordo com o referido filósofo, se somos livres, temos sempre de escolher.
Ao analisar essa premissa, como condição em uma sociedade capitalista, afirma-se que “Se você
fracassa, as escolhas foram suas.”
Essa afirmação mais popular decorrente da premissa de Sartre está centrada no entendimento de que
O filósofo camaronês, Achille Mbembe, descreve que o avanço do neoliberalismo produz o fim do trabalho,
criando o sujeito sem trabalho (“Já não há trabalhadores propriamente dito”) que gera uma “humanidade
supérflua”, um ser totalmente abandonado, inútil para o sistema capitalista. De modo que os indivíduos se veem
diante de uma “vida psíquica”, prisioneira de uma patologia de sintomas como memória artificial e modelados
pela neurociência e neuroeconomia, originando um novo sujeito humano que só tem uma possibilidade, o sujeito
“empreendedor de si mesmo”. A pessoa neoliberal se caracteriza por ser um “sujeito do mercado e da dívida”, ou
seja, uma “forma abstrata já pronta”. Ele fica puramente dependente de elaborar uma reconstrução de sua “vida
íntima” para se ofertar ao mercado como uma mercadoria. Por isso, o homem novo é composto de capitalismo
e animalismo, conceitos cindidos em outros tempos, agora motivados a se conectarem.
MEMBE, A.. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1, 2018. Adaptado.
Segundo Achille Mbembe, o racismo, no neoliberalismo,
O filósofo camaronês, Achille Mbembe, descreve que o avanço do neoliberalismo produz o fim do trabalho, criando o sujeito sem trabalho (“Já não há trabalhadores propriamente dito”) que gera uma “humanidade supérflua”, um ser totalmente abandonado, inútil para o sistema capitalista. De modo que os indivíduos se veem diante de uma “vida psíquica”, prisioneira de uma patologia de sintomas como memória artificial e modelados pela neurociência e neuroeconomia, originando um novo sujeito humano que só tem uma possibilidade, o sujeito “empreendedor de si mesmo”. A pessoa neoliberal se caracteriza por ser um “sujeito do mercado e da dívida”, ou seja, uma “forma abstrata já pronta”. Ele fica puramente dependente de elaborar uma reconstrução de sua “vida íntima” para se ofertar ao mercado como uma mercadoria. Por isso, o homem novo é composto de capitalismo e animalismo, conceitos cindidos em outros tempos, agora motivados a se conectarem.
MEMBE, A.. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1, 2018. Adaptado.
Segundo Achille Mbembe, o racismo, no neoliberalismo,