A Globalização possui muitas contradições e resistências.
O capitalismo, em seu estágio de desenvolvimento, é
considerado por muitos especialistas uma das principais
causas da crise que atinge as mais variadas dimensões
da vida social e política dos países. Dessa forma, nos
últimos anos, essa realidade homogeneizadora tem
acentuado e até mesmo desencadeado um estado de
tensão crescente no interior das sociedades, fato que
se revela por meio das manifestações de resistência
aos valores capitalistas ocidentais. Existem diversas
formas de resistência e de negação ao atual processo
de globalização, entre as quais NÃO é:
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: trata-se de identificar quais fenômenos configuram formas de resistência à globalização e escolher a alternativa que não corresponde a essa resistência. Atenção ao termo de negação "NÃO é" no enunciado — pista essencial.
Resumo teórico curto: A globalização implica reordenamento da produção (DIT, empresas transnacionais), difusão de tecnologias e homogenização cultural via mídia. Em reação, surgem resistências: fundamentalismos religiosos, movimentos separatistas, lutas sociais por trabalho e condições, e até sentimentos xenófobos que rejeitam o “outro”. Autores úteis: Manuel Castells (A Era da Informação) e Arjun Appadurai (Modernity At Large).
Por que E é correta (ou seja, é a alternativa que NÃO é forma de resistência): A alternativa E afirma que o reordenamento produtivo e a heterogeneização dos costumes não criam uma uniformização opressiva. Essa frase descreve — e até minimiza — processos da própria globalização (divisão internacional do trabalho, difusão cultural). Não corresponde a uma forma de resistência; além disso, a afirmação é discutível, pois muitos autores apontam efeitos homogenizadores da globalização. Portanto, ela é a opção que não representa resistência.
Análise das alternativas incorretas:
A — Fanatismo religioso/fundamentalismo: é resposta conservadora contra valores ocidentais e modernidade; constitui resistência cultural/política à globalização.
B — Movimentos separatistas: buscam recuperar identidade cultural e autonomia territorial frente a Estados e à pressão global; claramente forma de resistência.
C — Movimentos camponeses e urbanos: reivindicações por emprego, melhores condições frente ao desemprego estrutural e à automação são respostas sociais à reestruturação global da economia.
D — Xenofobia: reação hostil à presença de estrangeiros e produtos externos; manifesta-se como resistência (ainda que negativa) às dinâmicas migratórias e culturais da globalização.
Dica de prova: Leia sempre com calma frases que contenham “NÃO”; identifique se a alternativa descreve um efeito da globalização (E) ou uma reação contra ela (A–D). Pergunte-se: isto combate ou legitima a globalização?
Fontes rápidas: Manuel Castells, A Era da Informação; Arjun Appadurai, Modernity At Large.
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