“A contextualização geoambiental da Região do Baixo Jaguaribe contempla a caracterização dos componentes naturais e a setorização dos principais sistemas ambientais. [...] A configuração espacial da área comporta duas unidades morfoestruturais compreendidas pela superfície de aplainamento talhada no embasamento cristalino (Depressão Sertaneja) e por parte da bacia potiguar cretácea (Chapada do Apodi). Além dessas unidades, cabe referências às coberturas sedimentares cenozoicas, incluindo sedimentos plio-pleistocênicos das Formações Faceira e Barreiras e sedimentos de neoformação que compõem as planícies fluviais, dentre as quais, as que têm maior expressão espacial são formadas pelos Rios Jaguaribe e Banabuiú.”

Contexto geoambiental das bacias hidrográficas dos Rios Acaraú, Curu e Baixo Jaguaribe - Estado do Ceará / Marcos José Nogueira de Souza... [et al]. - Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2005. 52 p. (Embrapa Agroindústria Tropical. Documentos, 101). ISSN 1677-1915.

Considerando o contexto geoambiental da Região do Baixo Jaguaribe, é correto afirmar que

Resposta correta: Alternativa D

Tema central: interpretação do contexto geoambiental e litoestratigráfico da Sub‑bacia do Baixo Jaguaribe (CE). Exige conhecimento sobre unidades morfoestruturais (Depressão Sertaneja e Bacia Potiguar/Chapada do Apodi), coberturas sedimentares cenozoicas e a ocorrência das Formações Apodi e Barreiras.

Resumo teórico rápido: a área do Baixo Jaguaribe integra duas unidades principais: embasamento cristalino aplainado (Depressão Sertaneja) e porção da Bacia Potiguar cretácea (Chapada do Apodi). Sobre esses terrenos há coberturas sedimentares cenozoicas — entre elas o Grupo/Unidade Apodi (litologias sedimentares cretáceas da Bacia Potiguar) e os sedimentos clásticos da Formação Barreiras, além de sedimentos plio‑pleistocênicos e planícies fluviais (Embrapa, 2005).

Justificativa da Alternativa D (correta): D afirma o predomínio genérico de rochas sedimentares na Sub‑bacia do Baixo Jaguaribe, citando o Grupo Apodi e os sedimentos da Formação Barreiras. Isso concorda com o texto-base e com a geologia regional: a porção de Bacia Potiguar e as coberturas cenozoicas ocupam grande parte das superfícies na área estudada, sendo essas unidades sedimentares relevantes para o reconhecimento geoambiental (fonte: Embrapa Agroindústria Tropical, 2005).

Análise das alternativas incorretas:

A — erro na caracterização dos limites. A expressão “bacias Metropolitanas” e a disposição proposta (leste/oeste/sul) não refletem corretamente a delimitação regional descrita no texto; a alternativa mistura nomes e posições de forma imprecisa.

B — incorreta porque afirma que as rochas cristalinas ocupam majoritariamente as superfícies da bacia do Baixo Jaguaribe. Embora exista embasamento cristalino na Depressão Sertaneja (Província Borborema, Grupo Orós presente em algumas áreas), a área do Baixo Jaguaribe apresenta cobertura sedimentar importante — logo, as cristalinas não são dominantes em toda a sub‑bacia.

C — afirma homogeneidade espaço‑temporal das precipitações e do escoamento, o que é enganoso: o semiárido cearense apresenta forte variabilidade pluviométrica e espacial do escoamento; municípios na sub‑bacia mostram diferenças climáticas e hidrológicas — termo “homogeneidade significativa” é inadequado.

Dica de prova / estratégia: desconfie de termos absolutos (majoritariamente, homogeneidade significativa). Relacione palavras‑chave do enunciado (Apodi, Barreiras, aplainamento, embasamento cristalino) com as alternativas; verifique se a alternativa condiz com a predominância regional (sedimentos vs. cristalinos).

Fontes: Embrapa (2005) — Contexto geoambiental das bacias hidrográficas dos Rios Acaraú, Curu e Baixo Jaguaribe; literatura regional sobre a Província Borborema e Bacia Potiguar (CPRM, manuais de geologia regional).

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