“Taxa de homicídios dobra em Goiás”. O número de homicídios cresceu em Goiás seis vezes mais que no resto do país. O Estado teve um aumento de 105,2% nos assassinatos no período, enquanto no Brasil o aumento foi de 17,8%. O mesmo fenômeno foi observado também em Goiânia, cuja taxa de homicídios por 100 mil habitantes saltou de 226 em 1997 para 429 em 2007 (89,8%).
O Popular, 30 jul. 2010.
De acordo com a leitura do texto acima, é CORRETO afirmar:
O Popular, 30 jul. 2010.
De acordo com a leitura do texto acima, é CORRETO afirmar:
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa D
Tema central: relações entre violência homicida e determinantes socioeconômicos. A questão pede identificar a explicação mais coerente com o dado: forte aumento das taxas de homicídio em Goiás/Goiânia.
Resumo teórico (sintético): Estudos de geografia política e criminologia indicam que desigualdade social, falta de acesso a educação, saúde, moradia e emprego aumentam vulnerabilidade à violência e ao crime (ver WHO, "World report on violence and health", 2002; Fórum Brasileiro de Segurança Pública).
Justificativa da alternativa D: Afirma que a grande concentração de renda e a falta de acesso a bens e serviços têm enorme impacto sobre índices de violência — isto está alinhado com a literatura científica e explica por que áreas com rápidas alterações socioeconômicas podem ver saltos nas taxas de homicídio. Logo, D é a mais adequada ao exposto.
Análise das alternativas incorretas:
A — Lista medidas públicas (programas, hospitais, policiamento). O enunciado relata crescimento da violência; não afirma que tais políticas foram efetivamente adotadas em Goiás. Afirmação presuntiva e não suportada pelo texto.
B — Reducionista: atribui a violência apenas a indivíduos abaixo da linha de pobreza e a disputas por alimentos. Ignora fatores estruturais mais amplos (exclusão social, tráfico, precariedade urbana) e estigmatiza populações.
C — Propõe resolução via policiamento ostensivo como solução principal. Evidências mostram que policiamento é parte da resposta, mas não resolve as causas estruturais; é uma medida paliativa quando não combinada com políticas sociais.
Dica de interpretação para concursos: procure palavras que indicam causalidade e abrangência ("impacto sobre os índices"); desconfie de alternativas que generalizam sem evidência ou que atribuem causas únicas a fenômenos complexos.
Fontes indicadas: WHO (2002) World report on violence and health; relatórios do Fórum Brasileiro de Segurança Pública; dados do IBGE sobre desigualdade.
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