A Turquia, um dos países candidatos a integrar a União Européia, tem dividido opiniões quanto ao seu ingresso no bloco. Dentre as polêmicas que dificultam sua entrada destacam-se:

I. A posição estratégica que o país ocupa enquanto nação cristã, no combate ao terrorismo e ao fundamentalismo.

II. O tratamento diferenciado que o país ainda faz para com homens e mulheres.

III. A prática de violação dos direitos humanos ainda presente no país, sobretudo contra os curdos.

IV. A instabilidade econômica que o país ainda não conseguiu solucionar.

Estão corretas as assertivas:

Resposta correta: D — II, III e IV

Tema central: a questão trata dos entraves políticos, sociais e econômicos para a adesão da Turquia à União Europeia. Para responder é preciso conhecer os Critérios de Copenhague (estabilidade democrática, Estado de direito, direitos humanos e proteção de minorias; economia de mercado funcional) e os problemas concretos apontados em relatórios da Comissão Europeia e por organizações de direitos humanos.

Resumo teórico (claro e progressivo): a UE avalia candidatos segundo normas políticas e econômicas. Aspectos como igualdade de gênero, respeito aos direitos humanos (incluindo minorias étnicas) e estabilidade macroeconômica são exigências formais e práticas. Relatórios periódicos da Comissão Europeia e entidades como Human Rights Watch e Amnesty International monitoram cumprimento desses pontos.

Justificativa da alternativa D (II, III e IV):

II — Tratamento diferenciado de gênero: A igualdade entre homens e mulheres é requisito direto do acervo comunitário; desigualdades e retrocessos em políticas públicas e representação são citados como entraves nos relatórios da UE.

III — Violação dos direitos humanos contra curdos: Persistem preocupações sobre repressão a minorias, restrições à liberdade de expressão e detenção de opositores; a questão curda é ponto crítico em avaliações de direitos humanos.

IV — Instabilidade econômica: A Turquia enfrentou crises cambiais, inflação elevada e questões de governança econômica que levantam dúvidas sobre sua capacidade de cumprir o critério de economia de mercado estável.

Esses três itens estão comprovadamente entre as principais objeções à adesão turca.

Análise das alternativas incorretas:

I (errado): afirma que a Turquia é “nação cristã” combatendo terrorismo — isso está incorreto: a Turquia é majoritariamente muçulmana e secular; além disso, ainda que sua posição geoestratégica seja relevante, a descrição religiosa é falsa. Logo, qualquer alternativa que inclua I torna-se inválida.

Assim, alternativas A, B e C (que contêm I) estão erradas. A opção E (II e III apenas) falha por excluir a questão econômica (IV), que é efetivamente considerada pela UE como entrave.

Dica de prova: leia com atenção termos factuais (p.ex. “nação cristã”) — alternativas que contêm erros factuais claros devem ser descartadas. Relacione sempre cada item aos critérios de admissão da UE (Copenhague) para testar coerência.

Fontes úteis: Critérios de Copenhague (1993); Relatórios de Progresso da Comissão Europeia sobre a Turquia; relatórios da Human Rights Watch e Amnesty International sobre Turquia.

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