A melhor forma de combate à dengue é o ataque aos mosquitos transmissores.
Pesquisadores conseguiram obter mosquitos machos de A. aegypti, modificados
geneticamente, que foram soltos em algumas regiões de alta incidência da doença
para serem cruzados com fêmeas existentes nesses locais. Com isso pretendeu-
-se obter descendentes
Gabarito comentado
Resposta correta: C — estéreis e, assim, não dando origem a novas gerações do mosquito.
Tema central: controle biológico/competitivo da população de Aedes aegypti para reduzir a transmissão da dengue. Conhecimentos úteis: biologia reprodutiva do mosquito, diferenças entre machos e fêmeas (apenas fêmeas picam e transmitem), e técnicas como a Técnica do Inseto Estéril (SIT) e métodos de liberação de machos modificados.
Resumo teórico: Na SIT ou em programas de liberação de machos geneticamente modificados, soltam-se machos incapazes de produzir descendência viável. Esses machos acasalam com fêmeas selvagens; como o cruzamento não gera filhotes férteis, a população local diminui ao longo do tempo. É uma estratégia de redução populacional, recomendada por órgãos que estudam manejo de vetores (ex.: WHO, FAO/IAEA).
Por que a alternativa C é correta: O enunciado descreve a liberação de machos para cruzar com fêmeas locais com o objetivo de diminuir a população. Apenas a opção que prevê descendentes estéreis explica a redução de novas gerações — objetivo claro dessas intervenções.
Análise das incorretas:
A — “resistentes ao vírus”: modificar para resistência seria útil em fêmeas, mas não resolve imediatamente a densidade de mosquitos e não é a estratégia descrita (liberação de machos para cruzar).
B — “não hematófagos”: apenas fêmeas se alimentam de sangue; machos naturalmente não são hematófagos, logo essa alternativa é redundante e não corresponde ao mecanismo de redução populacional buscado.
D — “machos que não cruzarão”: se não cruzarem, não há efeito sobre a reprodução — contraria a proposta do enunciado, que menciona cruzamento com fêmeas locais.
E — “fêmeas geneticamente modificadas e estéreis”: liberar fêmeas seria perigoso (elas picam e transmitem doenças); programas sérios liberam apenas machos.
Dica para provas: ao ver “machos soltos” + “cruzar com fêmeas”, associe imediatamente à ideia de redução de descendência (esterilidade). Isso elimina opções que falam em resistência viral, alteração de alimentação ou liberação de fêmeas.
Fontes sugeridas: WHO — Vector Control; FAO/IAEA — Sterile Insect Technique (consultas de revisão sobre controle por liberação de machos).
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