Conforme o texto, em relação às mulheres, um efeito
decorrente do fato de assistentes digitais reforçarem
estereótipos de gênero é
Assigning female genders to digital assistants such as
Apple’s Siri and Amazon’s Alexa is helping entrench harmful
gender biases, according to a UN agency.
Research released by Unesco claims that the often
submissive and flirty responses offered by the systemsto many
queries – including outright abusive ones – reinforce ideas of
women as subservient.
“Because the speech of most voice assistants is female, it
sends a signal that women are obliging, docile and eager‐to‐
please helpers, available at the touch of a button or with a
blunt voice command like ‘hey’ or ‘OK’”, the report said.
“The assistant holds no power of agency beyond what the
commander asks of it. It honours commands and responds to
queries regardless of their tone or hostility. In many
communities, this reinforces commonly held gender biases
that women are subservient and tolerant of poor treatment.”
The Unesco publication was entitled “I’d Blush if I Could”;
a reference to the response Apple’s Siri assistant offers to the
phrase: “You’re a slut.” Amazon’s Alexa will respond: “Well,
thanks for the feedback.”
The papersaid such firms were “staffed by overwhelmingly
male engineering teams” and have built AI (Artificial
Intelligence) systems that “cause their feminised digital
assistants to greet verbal abuse with catch‐me‐if‐you‐can
flirtation”.
Saniye Gülser Corat, Unesco’s director for gender equality,
said: “The world needs to pay much closer attention to how,
when and whether AI technologies are gendered and,
crucially, who is gendering them.”
The Guardian, May, 2019. Adaptado.
Assigning female genders to digital assistants such as Apple’s Siri and Amazon’s Alexa is helping entrench harmful gender biases, according to a UN agency.
Research released by Unesco claims that the often submissive and flirty responses offered by the systemsto many queries – including outright abusive ones – reinforce ideas of women as subservient.
“Because the speech of most voice assistants is female, it sends a signal that women are obliging, docile and eager‐to‐ please helpers, available at the touch of a button or with a blunt voice command like ‘hey’ or ‘OK’”, the report said.
“The assistant holds no power of agency beyond what the commander asks of it. It honours commands and responds to queries regardless of their tone or hostility. In many communities, this reinforces commonly held gender biases that women are subservient and tolerant of poor treatment.”
The Unesco publication was entitled “I’d Blush if I Could”; a reference to the response Apple’s Siri assistant offers to the phrase: “You’re a slut.” Amazon’s Alexa will respond: “Well, thanks for the feedback.”
The papersaid such firms were “staffed by overwhelmingly male engineering teams” and have built AI (Artificial Intelligence) systems that “cause their feminised digital assistants to greet verbal abuse with catch‐me‐if‐you‐can flirtation”.
Saniye Gülser Corat, Unesco’s director for gender equality, said: “The world needs to pay much closer attention to how, when and whether AI technologies are gendered and, crucially, who is gendering them.”
The Guardian, May, 2019. Adaptado.
Gabarito comentado
Resposta correta: B
Tema central: preconceito de gênero e normalização do assédio por meio de assistentes digitais com vozes femininas. A questão exige identificar o efeito citado no texto — não uma consequência comercial ou técnica, mas social e cultural.
Resumo teórico (claro e progressivo): Estereótipos de gênero são imagens simplificadas que associam papéis (como subserviência) a um sexo. Quando tecnologias reproduzem essas imagens (por exemplo, vozes femininas que respondem de forma submissa a insultos), elas podem naturalizar comportamentos ofensivos e tornar o assédio mais aceitável socialmente. Fontes: Unesco (relatório “I’d Blush if I Could”, 2019) e cobertura jornalística (The Guardian, maio de 2019).
Justificativa da alternativa B: O texto afirma que respostas frequentemente “submissas e flertantes” a perguntas — incluindo “outright abusive ones” — reinforce ideas of women as subservient e que o assistente “honours commands... regardless of their tone or hostility”. Isso descreve exatamente a normalização de formas de assédio sexista (opção B): o tratamento abusivo deixa de ser percebido como inaceitável porque a tecnologia o recebe como se fosse normal.
Análise das alternativas incorretas:
A — “a inclusão de uma única voz nos dispositivos.” Incorreta: o texto não fala sobre quantidade de vozes, mas sobre o gênero atribuído a elas e o efeito social decorrente.
C — “o poder de influência positiva sobre as pessoas.” Incorreta: o relatório destaca um efeito negativo (entrenching harmful gender biases), não uma influência positiva.
D — “o incremento de vendas e customização de robôs.” Incorreta: nada no texto relaciona esse fenômeno a aumento de vendas ou customização comercial.
E — “a busca por formas que reflitam problemas sociais.” Incorreta: embora o texto peça atenção a quem “gendering” as tecnologias, a consequência explicitada é a reprodução de estereótipos, não uma procura por reflexões sociais.
Estratégia de leitura para provas: Procure palavras-chave que indiquem valor (positive/negative) e consequência (“reinforce”, “regardless of tone”, “abusive”). Relacione a consequência mencionada no enunciado com as alternativas — descarte opções que tratem de temas não citados (vendas, número de vozes, etc.).
Fonte principal: relatório Unesco “I’d Blush if I Could” (2019). Cobertura: The Guardian, maio de 2019.
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