Com vários casos confirmados, Diamantina tem surto de malária. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, área de garimpo é tratada como local de provável infecção. Diante dessa notícia, as autoridades emitiram as seguintes informações à população.

Informação 1 - é transmitida por um mosquito do gênero Anopheles

Informação 2 - é causada por um protozoário e não por um vírus

Informação 3 - a morte de macacos é um evento sentinela

Informação 4 - borrifar inseticida nas casas é uma medida adequada

Fonte: http://www.em.com.br/ em 04/01/2017 - Acesso em 02/05/2017 (adaptado)

As autoridades erraram ao repassar a informação 

Alternativa correta: C — Informação 3

Tema central: controle e vigilância de doenças transmitidas por vetores (malária) — reconhecer agente etiológico, vetor e medidas de vigilância/controle apropriadas.

Resumo teórico: A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium e é transmitida pela picada de mosquitos do gênero Anopheles. As estratégias de controle incluem uso de mosquiteiros impregnados, pulverização residual interna (borrifar inseticida nas casas) e eliminação de criadouros/medidas locais conforme a ecologia do vetor (WHO, Ministério da Saúde - Brasil).

Por que a alternativa C está certa (ou seja, a informação 3 está errada)?

A afirmação "a morte de macacos é um evento sentinela" refere-se classicamente à febre amarela silvestre — em que mortes de primatas indicam circulação viral e acionam medidas de saúde pública. Para malária, mortes de macacos não são um indicador usado rotineiramente como evento sentinela para vigilância em áreas urbanas ou de garimpo. Embora existam formas zoonóticas raras (ex.: Plasmodium simium em áreas de Mata Atlântica), a vigilância para malária baseia-se em casos humanos, análise entomológica e busca ativa, não em primatas mortos (Ministério da Saúde; WHO).

Análise das demais alternativas:

Informação 1 — correta: malária é transmitida por mosquitos Anopheles (verdadeiro).

Informação 2 — correta: agente é protozoário (Plasmodium), não vírus (verdadeiro).

Informação 4 — correta (em geral): borrifar inseticida nas casas (pulverização residual interna) é medida validada para controlar vetores que repousam em interiores; sua adequação depende da espécie de Anopheles e do contexto local, mas é medida reconhecida pelas diretrizes de controle vetorial (WHO, Manual Brasileiro de Controle da Malária).

Dicas para resolver questões assim:

• Associe palavras‑chave a doenças: primatas mortos → pensar em febre amarela, não malária.
• Verifique agente etiológico (vírus, bactéria, protozoário) — isso elimina opções rapidamente.
• Considere contexto epidemiológico e medidas recomendadas por órgãos como WHO ou Ministério da Saúde.

Fontes: WHO — Malaria factsheet; Ministério da Saúde (Brasil) — Manuais de Vigilância e Controle da Malária e da Febre Amarela.

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