Nos dias atuais, essa datação é questionada
cientificamente com o estudo de
Os teólogos do século XVII haviam feito um
cálculo para determinar a idade da Terra, com
base nas genealogias bíblicas, e estimaram
que a Terra e todo o universo haviam sido
criados por Deus aproximadamente 4 000 anos
antes de Cristo — alguns chegavam mesmo a
precisar o ano de 4004 a.C. como o momento
exato da criação.
BRAGA, M.; GUERRA, A.; REIS, J. C. Darwin e o
pensamento evolucionista:
ciência no tempo.
São Paulo: Atual, 2003 (adaptado)
Os teólogos do século XVII haviam feito um cálculo para determinar a idade da Terra, com base nas genealogias bíblicas, e estimaram que a Terra e todo o universo haviam sido criados por Deus aproximadamente 4 000 anos antes de Cristo — alguns chegavam mesmo a precisar o ano de 4004 a.C. como o momento exato da criação.
BRAGA, M.; GUERRA, A.; REIS, J. C. Darwin e o pensamento evolucionista:
ciência no tempo. São Paulo: Atual, 2003 (adaptado)
Gabarito comentado
Alternativa correta: A - registros fósseis
Tema central: a questão trata da forma como a ciência determina a idade da Terra e da vida. A evidência que derruba a ideia de uma Terra com ~6 000 anos é o conjunto de registros fósseis integrados à estratigrafia e à datação radiométrica.
Resumo teórico progressivo: os fósseis aparecem em camadas de rochas sedimentares em uma sequência ordenada (estratigrafia). Alguns fósseis são indicadores de idades relativas (fósseis-guia). Para obter idades absolutas, cientistas datam minerais ígneos associados (p. ex. zircões, rochas vulcânicas) por métodos radiométricos (U–Pb, K–Ar, etc.). A combinação estratigrafia + fósseis + datação radiométrica revela uma história da vida com centenas de milhões a bilhões de anos (ex.: stromatólitos ~3,5 Ga; trilobitas Cambriano ~540 Ma). Fontes: Gradstein et al., The Geologic Time Scale (2012); Dalrymple, G. B., The Age of the Earth (1991).
Por que a alternativa A está certa: os registros fósseis mostram formas de vida desaparecidas distribuídas em muitos estratos com idades muito maiores que milhares de anos. Eles fornecem evidência direta de mudanças biológicas ao longo de escalas geológicas e, quando calibrados por datação radiométrica, contradizem cronologias do tipo 4004 a.C.
Análise das alternativas incorretas:
B – reações bioquímicas: embora a bioquímica (p. ex. relógios moleculares) permita estimar tempos de divergência entre linhagens, esses métodos dependem de calibrações fósseis e têm incertezas; não são a base direta e única para refutar uma datação histórica como 4004 a.C.
C – atividades vulcânicas: rochas vulcânicas e minerais delas são, de fato, usadas em datação radiométrica (importante!), mas a alternativa fala em “atividades” de modo genérico — o enunciado pede o estudo que historicamente questionou a datação teológica: esse papel coube principalmente ao registro fóssil integrado à estratigrafia.
D – fenômenos climáticos: estudos paleoclimáticos (gelo, sedimentos) registram variações e podem cobrir milhares a milhões de anos, mas isoladamente não constituem a principal evidência histórica usada para disputar a cronologia baseada em genealogias bíblicas.
Dica de prova: ao interpretar, identifique qual alternativa dá evidência direta e histórica da existência de formas de vida ao longo do tempo. “Registros” e “fósseis” são palavras-chave que apontam para sequência temporal comprovada.
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