A ingestão de bebida alcoólica provoca muitos efeitos no sistema nervoso central, pois o álcool interfere na comunicação entre as células. Algumas das conseqüências são o enfraquecimento dos centros inibidores do comportamento e a inibição da secreção do hormônio antidiurético, fazendo com que a pessoa se torne mais falante e produza mais urina.

Considerando-se as alterações mencionadas anteriormente, é correto afirmar que as áreas afetadas pelo álcool são, respectivamente,

Alternativa correta: A — o cérebro e o hipotálamo.

Tema central: efeito do álcool sobre o sistema nervoso central — como o álcool altera comportamento (desinibição) e a secreção do hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina).

Resumo teórico progressivo: o álcool atua principalmente no córtex cerebral (especialmente no córtex pré-frontal e em circuitos límbicos), reduzindo a atividade dos centros inibidores — daí a maior fala, desinibição social e julgamento prejudicado. Já a regulação e secreção do ADH é controlada por neurônios do hipotálamo, que liberam vasopressina na neuro-hipófise; álcool inibe essa liberação, causando poliúria.

Fontes de referência: livros de fisiologia e neuroanatomia — por exemplo, Guyton & Hall, "Textbook of Medical Physiology", e Tortora & Derrickson, "Principles of Anatomy and Physiology".

Justificativa da alternativa A: a primeira alteração (enfraquecimento dos centros inibidores → desinibição e maior verbalização) corresponde ao cérebro/córtex. A segunda (inibição da secreção do hormônio antidiurético) refere-se ao hipotálamo, sede dos neurônios que controlam a liberação de ADH. Assim, "cérebro e hipotálamo" estão, respectivamente, relacionados aos efeitos descritos.

Análise das alternativas incorretas:

B: menciona cerebelo e córtex — o cerebelo relaciona-se a coordenação motora (atuação do álcool: marcha, equilíbrio), não à desinibição verbal; faltou o hipotálamo para explicar a inibição de ADH.

C: bulbo (medula oblonga) e mesencéfalo — estruturas do tronco cerebral que controlam funções autonômicas e reflexos, não são responsáveis por centros inibidores de comportamento nem pela síntese/liberação direta de ADH.

D: encéfalo e medula oblonga — "encéfalo" é genérico, mas a segunda parte (medula oblonga) não explica a inibição de ADH; a regulação hormonal depende do hipotálamo/neuro-hipófise.

Dica de interpretação: identifique palavras-chave no enunciado ("centros inibidores" → córtex pré-frontal/cérebro; "hormônio antidiurético" → hipotálamo/neuro-hipófise). Evite alternativas vagas ou que troquem estruturas com funções distintas (coordenação vs. regulação hormonal).

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!