A Terra é sensivelmente esférica, sendo assim,
deveria supor-se que sua representação
adequada e exata somente poderia fazer-se em
corpos esféricos. Porém, considerando-se que se
necessitariam construir esferas de enormes
dimensões para poder representar todos os
acidentes do solo, tão grandes e de características
variáveis, foi resolvido este inconveniente
elaborando-se cartas geográficas portadoras de
representações gerais, em particular da superfície
curva da Terra, em superfícies planas. (QUERINO.
2013. p. 4).
O texto se refere
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: o trecho discute a razão prática para se usar cartas geográficas (mapas em superfícies planas) em vez de apenas globos para representar a Terra — ênfase na portabilidade e na possibilidade de representar detalhes em escala.
Resumo teórico rápido: Mapas são representações da superfície curva da Terra em superfícies planas por meio de projeções cartográficas. Essa transposição torna possível mostrar áreas amplas em folhas manejáveis, embora introduza distorções controladas (Snyder, 1987; IBGE — Manual de Cartografia). Globos reproduzem a forma real, mas são pouco práticos para escalas detalhadas e mobilidade.
Justificativa da alternativa E: o texto afirma que, em vez de construir esferas gigantes para representar a superfície, resolveu‑se elaborar cartas que apresentam a superfície curva em superfícies planas; destaca vantagem de facilidade de manuseio e detalhamento. A alternativa E expressa exatamente essa ideia: cartas (mapas) têm vantagem sobre globos por permitirem minúcia e por serem portáteis — corresponde ao argumento do enunciado.
Análise das alternativas incorretas:
A: fala do dinamismo da superfície devido a forças endógenas/exógenas — tema geológico, não relacionado ao problema prático de representar a esfera terrestre em superfície plana.
B: refere‑se às curvas de nível como “a única maneira” de representar relevo — incorreto: curvas de nível são uma técnica, mas existem outras (sombreamento, hipsometria, modelos digitais de elevação). Além disso, o texto não trata especificamente de representação do relevo.
C: mistura conceitos sobre domínio abissal e cor azul claro para penetração de raios solares — conceitualmente impreciso (zonas abissais são profundas, com pouca/nenhuma luz) e fora do foco do texto.
D: afirma que mapas antigos eram feitos com levantamentos topográficos auxiliados por fotogrametria — anacronismo: fotogrametria é técnica moderna associada a fotografia aérea/sensorial, não a mapas “antigos”; o enunciado trata da escolha entre globos e cartas, não da história técnica dos levantamentos.
Dica de interpretação para provas: foque em palavras‑chave do enunciado ("superfícies planas", "portabilidade", "minúcia") e desconfie de termos absolutos como "única" ou afirmações anacrônicas. Relacione sempre a ideia central do texto com a alternativa que reproduz esse raciocínio de forma direta.
Fontes sugeridas: Snyder, J.P. (1987) Map Projections — A Working Manual (USGS); IBGE — Manuais/Guias de Cartografia; Querino (2013) — trecho fornecido.
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